Mateus 8:19, nos diz que
veio até Jesus um certo escriba, que de imediato se ofereceu de pronto a seguir
Jesus. Suas palavras nos comove, nos faz respirar profundamente, e eu, particularmente,
fico até extasiado (arrebatado, enlevado, emocionado) com tais palavra, pois me
parece de alguém apaixonado, alguém que está envolvido por um sentimento puro e
ao mesmo tempo imerso em euforia. É contagiante!
Mas, não era um
sentimento verdadeiro, pois logo que Jesus ouviu tal declaração, sua postura e
resposta denotam que Jesus vislumbrou ali, algo que estava em oculto. Não basta
apenas querer seguir Jesus, não é o bastante achar bonito o ministério ou coisa
do tipo, Jesus não se engana com nossas emoções ou gestos de aparências gentis
Ele não se impressiona
com nada que venha de nós, na verdade nós não o impressionamos em nada. O fato
é, que muitas vezes queremos aparecer, sermos vistos, admirados, sentir-se
importante, ao ponto de bancarmos o papel de ridículos diante do Senhor.
Na verdade, é desse
jeito que a atual geração está vendo o Reino de Deus. “Servos” tentando tirar
vantagens de seu Senhor, os sacrifícios requeridos são esquecidos, as pessoas
estão querendo ganhar e não sacrificar suas vidas. Aquele escriba se auto
examinou, se disponibilizou por vontade própria, mas em essência, não
priorizava a Jesus, e as renuncias ministeriais lhe seriam um fardo pesado
demais. E é bem assim que muitas vezes estamos agindo em relação ao Reino.
Em querer seguir Jesus
nada contra; o fato é que o custo dessa entrega é caro, e também quase
impagável por qualquer um de nós. Jesus deixou isso bem definido em sua
resposta ao escriba. As raposas têm seus covis, e as aves dos céus os seus
ninhos, mas, o filho do homem não tem onde reclinar sua cabeça. As palavras de
Jesus nos mostram o porquê aquele escriba foi recusado de imediato: nesse Reino não teremos uma vida de
facilidades, confortos e regalias.
Precisamos rever o que
estamos fazendo com o dom precioso do evangelho do Reino. Será que estamos dispostos
a perder para ganhar no porvir? Até que ponto somos capazes de sofrer para
glória do nome de Jesus...
O escriba foi reprovado
nestas questões primárias do discipulado. Em seguida outro homem se
aproximou do mestre com a mesma intenção de se engajar o Reino, mas, sob uma
condição: - Deixa que eu vá enterrar meu pai primeiro. Depois eu o
alcanço, pode ser? Mais uma vez, Jesus se recusa a receber aquele discípulo
com prioridades invertidas. Isso parece irônico, mas é triste, pois é desse jeito que estamos agindo em
relação ao chamado de Deus.
Estamos banalizando o
preço a ser pago, a renúncia, ao zelo pelo santo.... Escolhemos ao invés de
sermos escolhidos. E me perdoe a franqueza, mas está uma bagunça isso aqui... É
hora de mudar. Jesus ainda é o Senhor, o Mestre e o Rei... O critério é Dele, e
a prioridade é sempre Ele!
Pb. Bene Wanderley
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