Texto Áureo
I Coríntios 9.22
Fiz-me como fraco para
os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, para, por todos os
meios, chegar a salvar alguns.
Verdade Aplicada
É inestimável o valor de
uma alma para Deus. Por isso, devemos mover todos os nossos recursos e empregar
todas as nossas forças para conduzi-las à salvação.
Textos de Referência
Atos 2.46-47; 4.4; 5.42
E, perseverando unânimes
todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e
singeleza de coração, louvando a Deus e caindo na graça de todo o povo. E todos
os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.
Muitos, porém, dos que
ouviram a palavra creram, e chegou o número desses homens a quase cinco mil.
E todos os dias, no
templo e nas casas, não cessavam de ensinar e de anunciar a Jesus Cristo.
Imagine que você este numa autoestrada. A
velocidade permitida é de 110 Km por hora, e seu veículo trafega bem abaixo
deste limite. Os pneus estão calibrados e aferidos, o IPVA está em dia, todos
os itens de segurança foram checados e reconferidos. Seus reflexos tinem como
sino novo, o que resulta numa direção segura e confiável. Todas as leis de
transito estão latentes em sua memória, e cada uma delas é observada com rigor.
De repente, na margem da pista, um guarda rodoviário lhe acena, indicando o
acostamento. O que você faz? Agora, vamos inverter a situação. Nesta mesma
pista, imagine se num automóvel trafegando muita acima do limite de velocidade
permitida. Os pneus mais carecas que Charles Xavier. Os itens de segurança
estão avariados (e alguns, faltantes). O chassi está caindo aos pedaços, e o
motor é uma verdadeira fábrica de nuvens negras. Os impostos estão atrasados, a
documentação vencida e os seus reflexos na direção, são compatíveis a firmeza
de uma gelatina. De repente, na margem da pista, um guarda rodoviário lhe
acena, indicando o acostamento. O que você faz?
Quando um guarda rodoviário levanta sua mão em direção
a um veículo, não importa a marca, o valor, o tamanho, a velocidade alcançada,
seu estado de conservação, a periodicidade documental ou o estado físico e
mental do condutor. Perante a lei, todo cidadão têm que estacionar o seu
veículo imediatamente, e respeitosamente, se reportar ao oficial.
Numa análise pragmática, até o mais simplório dos
automóveis, poderia, literalmente, passar por cima do policial sem nenhuma
dificuldade. Afinal, neste caso específico, a vantagem da “máquina” sobre o
“homem” é abissal. A pergunta então é: Por que paramos? Simples. Sobre aquele homem está delegada uma
autoridade que não podemos ignorar.
Ali, enquanto exerce sua função, ele é a
personificação da própria lei. E sabemos que desobedecer ao seu comando terá
sérias consequências. Ele pode até ser um homem comum, mas, a farda que veste e
o distintivo que ostenta, o transformam em uma muralha moral, que cidadãos de
bem não se atrevem a ultrapassar.
Da mesma maneira é o cristão. Olhando com olhos
naturais, nada é possível ver além de nossa carcaça corruptível. Porém, no
mundo espiritual, estamos revestidos de uma autoridade tão poderosa que é capaz
de curar enfermos, sobreviver a ataques mortíferos e colocar demônios em fuga
(Mateus 16:17-18).
Assim como um policial rodoviário, que no momento
em que realiza uma abordagem, é visualmente identificado pelo seu uniforme,
também precisamos estar devidamente trajados no momento de exercer nossa
autoridade espiritual.
Este vestuário esta minuciosamente detalhado em
Efésios 6:14-17, e consiste em se vestir de verdade, usar a couraça da justiça,
e calçar os pés com o Evangelho. Ainda se faz necessário o uso do escudo da fé,
do capacete da salvação e da espada que é a Palavra de Deus. Mas, nada disto será
proveitoso se não tivermos em mãos nosso distintivo oficial, a nossa credencial
de representante do Reino dos Céus nesta Terra. O nome de Jesus.
Infelizmente muitos cristãos tem usado o nome de
Jesus com um mantra poderoso ou uma palavrinha mágica. Somos ensinados desde
pequenos que exclamar o nome de “Jesus” ou proferir sentenças
como “o sangue de Jesus tem poder”, é o suficiente para afugentar o inimigo
e nos livrar dos mais complexos problemas. A realidade pode não ser tão simples
assim.
Quando Gabriel anunciou à Maria que ela seria a mãe
do Messias, também lhe indicou o nome humano pelo qual deveria ser chamado,
“Yehoshua”. Sendo uma das variações para Josué, aquele era um nome comum na
sociedade judaica, embora seu significado revelasse muito sobre a missão do
Cristo, ou seja, “Deus Salva”. Falando sobre ele, o profeta Isaías revelou que o
Messias vindouro seria como uma “plantinha sob o sol” e “raiz em terra seca”
(Isaías 53:2). Em outras palavras, seria necessário olhar além das aparências
para poder enxergar o que de tão especial havia naquele carpinteiro de Nazaré.
O que a grande maioria não conseguiu entender, é que Jesus era o anunciado
“EMANUEL” – Deus entre nós. Nele estava contida toda a virtude e a suprema
autoridade.
Se seu nome fosse João, Paulo, Moisés ou Isaque,
seu poder miraculoso e seu propósito salvífico não sofreriam qualquer
alteração. Quem Ele é, está acima de qualquer nome. Quando Jesus incumbiu seus discípulos de
continuarem sua obra, revestindo-os de autoridade espiritual, os instruiu a
sempre agirem em seu nome. Não a “repetirem” seu nome sistematicamente, ou o
mencionarem à revelia, mas sim, “agir” como um “representante legal” de seu
Reino.
Paulo identifica o cristão como um “embaixador de
Cristo” aqui na terra, “agindo” em nome de Jesus, é não apenas “falando o nome
de Jesus” (II Coríntios 5:10). E nos exorta a seguir o seu próprio exemplo,
imitando Cristo em todas as esferas da vida (I Coríntios 11:1).
Agir em nome de Jesus requer legalidade, e tal
condição só é adquirida quando vivemos de modo a honrar a vontade de Deus em
nós, fazendo de nossa existência um testemunho vivo do poder transformador do
Evangelho. O “nome de Jesus” só terá impacto através de nossa boca, quando
nossa vida honrar plenamente o “Jesus do nome”.
Caso, contrário, sem portar uma farda espiritual
compatível com as escrituras, e ostentar seu distintivo validado pelo próprio
Cristo, o cristão, terá muita sorte, se o inimigo ignorar seus acenos e passar
de largo. A tendência, é que Satanás, ávido por matar e destruir, simplesmente
o atropele com seu rolo compressor infernal.
A
mensagem da Cruz
Pb.
Bene Wanderley
Romanos 10 é um dos
textos mais inspiradores a todos que desejam comunicar o evangelho. Os versículos 14 e 15, tão lidos em nossos
cultos evangelísticos e “missionários”, embora sejam o suprassumo da essência cristã,
acabam sendo repetidos à revelia, uma mescla fina e sem consistência, um toque
bíblico sem de profunda comoção no espírito. Nesses versos temos quatro
perguntas enfáticas, inteligentes, coerentes, abrangentes e absolutamente
desafiadoras. Primeira: - Como invocarão aquele em quem não creram? Segunda:
- E como crerão naquele de quem nada
ouviram? Terceira: - E como ouvirão se não há quem pregue? Quarta; e como pregarão
se não forem enviados? Nós estamos em sérios
problemas quando o assunto é a comunicação evangelizadora. Ao longo dos últimos
30 anos, comunidades cristãs, perderam o rumo nessa tão imperativa e motivadora
missão. Os vários desvios doutrinários e teológicos do século passado, e deste
presente também, vem causando um maléfico mal em nosso meio, que sinceramente
não vejo, saída a não ser que haja uma comoção genuína dentro das igrejas
locais, partindo de seus respectivos líderes. Infelizmente, se não houver
nenhuma decisão de rendição ao Senhorio do Senhor Jesus Cristo, o que nos
restará será fagulhas de uma fé inoperante, um cristianismo raso e uma crença
falida. Como resultado disso tudo, os perdidos não terão a oportunidade de se
encontrar com Jesus Cristo, o Filho do Deus vivo.
Oro para que haja uma
revitalização espiritual ao longo deste trimestre, com suas 13 lições de
ensinos preciosos. A igreja de Jesus precisa se levantar e ir aos homens
pecadores, e lhes mostrar Cristo Jesus, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do
mundo. As pessoas precisam saber que há uma porta aberta de salvação para todos
os homens. Mas, para irmos em busca dos perdidos, precisamos tomar alguns
cuidados, aprender com as escrituras sobre o Reino de Deus, buscar conhecimento
das coisas espirituais e a se submeter ao Senhorio de Jesus Cristo. Comunicar o
Evangelho de Cristo Jesus não é uma tarefa fácil como alguns julgam; pois
requer de seus evangelizadores, fidelidade total aos mandamentos de Deus. Devemos
ter em mente que o Evangelho de Cristo Jesus não é algo sem valor ou sem
importância; é vital termos a consciência de que os mandamentos de Deus são
justos e verdadeiros, e que a palavra do Senhor Deus é santa e nunca volta
vazia.
O anunciador do
evangelho deve saber que a sua conduta é o cartão postal de Cristo Jesus. As
pessoas verão no comunicador se ele vive a mensagem que transmite, e com isso
concluirão (ou não) se o evangelho que ouvem é mesmo o poder de Deus e a salvação
para todo o que crer. Se somos realmente representantes do Reino; devemos nos
portar como tais. O conhecimento das escrituras deve ser primordial em nós. A
falta desse requisito faz toda a diferença. Precisamos de mais evangelistas e
menos marionetes ambulantes em cima dos nossos púlpitos, caçadores de fama e
dinheiro fácil. Vamos nos dedicar ao conhecimento de Deus. Vamos voltar a
chorar aos pés da cruz e depender de Deus. Só tendo uma postura santa e justa é
que de fato veremos as multidões se rederem ao senhor Jesus Cristo.
A mensagem e o
mensageiro devem formar um casamento perfeito. O desejo de Deus é que todos alcancem
uma maturidade cristã pautada nos alicerces da palavra (Ef 4.13). Como
mensageiros do evangelho de Cristo Jesus, devemos ser o exemplo de filhos da
luz, ministros do Reino da Verdade, santos e não conformados com o curso desse
mundo mal. Na verdade, devemos ser completos em Jesus, procurando agrada-lo em tudo.
Jesus é o nosso modelo, nosso exemplo e nosso guia. Não podemos sair ao campo
se não somos maduros o bastante para os desafios dessa tarefa tão grandiosa. O
convite feito por Jesus aos seus ouvintes em Lucas 9:23 é valido pelos séculos,
sem exceções: - " Se alguém deseja
me seguir; negue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e venha". Ainda
hoje, a mensagem da cruz é aterradora para os que não querem servir a Jesus
Cristo, mas, o fator básico e único “é a cruz. ” Precisamos passar pela cruz
todos os dias. A cruz é uma sentença de morte, e infelizmente não queremos
isso. Queremos Jesus, mas, nos negamos morrer para o mundo. O problema dos dias
atuais é justamente esse: negar a mensagem da cruz.
Se para herdar a vida
eterna o homem tem que morrer, como falaremos outra coisa! Se não negarmos o
mundo com os seus deleites, como iremos reinar na glória eterna? Sei que muitos
não terão uma resposta, e isso nos mostra que não somos maduros o bastante para
sofrermos pela causa do Senhor Jesus Cristo. A verdadeira mensagem do evangelho
é baseada na cruz. A humanidade está vazia de Deus. Mas só existe um caminho
para mudar essa situação: a cruz. A solução para o problema do pecado ainda é e
sempre será a cruz. Infelizmente, essa mensagem tem se ausentando dos nossos púlpitos,
das nossas reuniões, dos nossos eventos. Vamos nos voltarmos para a cruz. E com
isso ganharmos as almas perdidas
Material Didático
Revista
Jovens e Adultos nº 104 - Editora Betel
Evangelismo,
Missões e Discipulado – Lição 2
O comunicador e a mensagem de salvação
Comentarista: Bp.
Oídes José do Carmo
Introdução
Evangelismo
pessoal é a ação de comunicar o plano divino de salvação, a partir de um
contato direto entre o evangelista e a pessoa a ser evangelizada. Falar de
Cristo é uma tarefa que exige vida prática.
1. A
comunicação do Evangelho.
A Bíblia
nos diz: “Quão formosos os pés dos que anunciam coisas boas!” (Rm 10.15b). A
Palavra de Deus é poderosa e jamais volta vazia. Devemos saber manejá-la bem.
Para isso, precisamos conhecer a Cristo, a nós mesmos e o que vamos anunciar.
1.1.
Anunciando o Evangelho de Cristo.
A
comunicação do evangelho pode parecer simples, mas não é (1Co 1.17). Qualquer
pessoa que deseje evangelizar precisa entender que as atitudes falam mais do
que qualquer palavra. O corpo a corpo é diferente de um sermão, porque nele o
evangelista será questionado, haverá barreiras preconceituosas por parte do
ouvinte e muita resistência espiritual também. Por esse motivo, é preciso estar
preparado para tal resistência e, principalmente, estar equipado com a Palavra
(2Tm 2.15).
Para algumas
pessoas, a comunicação é uma simples transmissão de informação, uma espécie de
transferência de símbolos. No entanto, sabemos que pode existir comunicação até
através do silêncio, porque nossas atitudes revelam quem somos na realidade
(1Pe 3.1). É preciso atenção para que nossa conduta não prejudique a recepção
da mensagem da salvação por parte do ouvinte. A passagem bíblica de Atos
5.15-16 revela o caráter da influência de Pedro. O que ele possuía de especial?
Por que as pessoas tinham essa expectativa? O apóstolo Pedro era um homem
comum, mas sua vida em contato com a luz de Cristo produzia uma fé tão intensa
que as pessoas se contentavam em apenas estar debaixo de sua sombra.
1.2.
A conexão entre mensagem e
mensageiro.
Aqueles
que anunciam o Evangelho não podem ser como atores de comercial de TV, que
tentam convencer o público a adquirir um produto que eles mesmos não usam. O
comunicador do Evangelho deve fazê-lo como um profeta, que apresenta a verdade
de Deus tal como ele a vê e vive. Se o orador não acredita realmente no que
diz, seu inconsistente comunicará uma mensagem negativa, que substituirá tudo
de positivo que possa dizer. Porém, uma pregação sincera, e até mesmo mansa,
pode chegar ao coração, quando anunciada com a totalidade do ser (1Rs 19.12).
Se não houver nenhuma coerência entre o que dizemos ser e o que somos, podemos
fazer com que nos ouçam, mas não seremos escutados.
Jesus Cristo
nos comparou ao sal. Ele não disse que temos sal, disse que somos sal (Mt
5.13). O sal em si mesmo não é alimento, ele não é a parte principal de uma
refeição, no entanto, todos percebem a sua presença. Se a nossa vida for
semelhante à de Cristo, nossa presença fará os outros perceberem que Cristo
está em nós. Nossa presença pode ser uma mensagem mais importante do que tudo o
que dissermos.
1.3.
Entender para comunicar.
A falta de
leitura devocional da Bíblia e a falta de oração explicam a crise que muitas
igrejas experimentam no campo da evangelização. Esse é um sério problema que
precisa urgentemente ser combatido (2Pe 3.18). Como anunciar aquilo que
desconhecemos? O que nos adianta ter armas e não saber como manejá-las (2Co
10.4). Devemos entender o que pretendemos comunicar e não há como entender algo
sem dedicar tempo à leitura e meditação. Afinal, como iremos comunicar a
salvação, se nem ao menos a conhecemos? Três coisas revelam o vigor da Igreja
Primitiva: o ensino e a experiência ao lado de Jesus, e o poder do Espírito
Santo (Lc 24.49; At 1.8).
O que
significa ser uma testemunha? Uma pessoa que não tem por hábito ler, que ora
esporadicamente, e que tem pouquíssima experiência no campo espiritual, pode
estar em sérios apuros ao tentar falar de Cristo: “Porque hás de ser sua
testemunha para com todos os homens do que tens visto e ouvido” (At22.15).
Jesus não enviou Seus discípulos para contar histórias. Ele mandou que eles
testemunhassem acerca do que viram e ouviram.
2.
A mensagem e o mensageiro.
A Bíblia
nos adverte a não conformar com uma vida espiritual medíocre (2Pe 1.8-11). A
meta e que todos alcancem a maturidade e se permitam moldar a estatura de
Cristo Ef 4.13). Por isso, devemos tomar consciência de quanto nos falta para
que vejam Cristo em nós.
2.1.
O mensageiro deve ser exemplo.
O cristão
não deve procurar ser completo em Jesus Cristo somente para seu benefício
pessoal. A Palavra de Deus enfatiza repetidamente a necessidade de nos
tornarmos um modelo para os outros. Os cristãos têm a Jesus Cristo como um
arquétipo. Devemos servir como modelo para outros (Fp 3.17). O apóstolo Paulo
afirma que todos os cristãos de Tessalônica foram exemplos para todos os fiéis
na Macedônia ne Acaia (1Ts 2.6-9). Exemplo foi a palavra dirigida a Timóteo
(1Tm 4.12); Tito (2.7); e os líderes da igreja (1Pe 5.3).
Na passagem
bíblica de João 20.25, o termo usado para se referir às marcas que os cravos
fizeram nas mãos de Jesus é “tipos”, traduzida também por “sinal”. Assim como
as marcas das mãos de Jesus Cristo são um sinal, nós também devemos ser sinais
claros aos homens de uma vida dedicada a Deus, e em processo de transformação
(1Tm 4,15-16).
2.2.
O mensageiro deve amadurecer
espiritualmente.
Os
evangelhos sinóticos apresentam como os discípulos evoluíram até a chegarem a
refletir Cristo para as nações. Inicialmente, Jesus fez um convite (Lc 9.23). Depois,
Ele deu elementos para análises e reflexões, como: milagres, para edificar a
fé, e verdades acerca da vida. Quando já estavam aptos e maduros para decisões,
lhes perguntou: “Quem sou eu?”. Após a confissão de Pedro (Mt 16.13, 16), Jesus
lhes fala pela primeira vez acerca da cruz. Era não somente necessário
descobri-lo como Mestre, Senhor e Messias. Eles deveriam aceitá-lo também como
Salvador. Por fim, Jesus leva-os ao monte e lhes explica que terão que negar-se
a si mesmos. Ou seja, serem dependentes do Mestre em tudo.
A cruz era
terrivelmente assustadora. Tratava-se de uma sentença de morte vergonhosa e
assombrosa. Eles compreenderam claramente qual seria o preço de testemunhar
acerca da verdade. Foi por esse motivo que Jesus revelou-se paulatinamente. A
boca deve falar daquilo que o coração está cheio, mas somente quando
amadurecemos é que compreendemos o valor de cada coisa, inclusive da vida. Ser
testemunha é ser capaz de morrer pela verdade que se anuncia (At 1,8).
2.3.
A grandeza da revelação divina.
Um grande
problema tem impedido que muitos cheguem ao conhecimento do plano divino de
salvação: a cegueira espiritual (2Co 4.3-4). O “deus deste século” conserva a
mente de muitos na escuridão. Porém, sabemos que o mesmo Deus “que disse que
das trevas resplandecesse a luz” é Aquele que nos deu o Evangelho da revelação
da glória de Deus, em Cristo (2Co 4.6). A mensagem do Evangelho continua sendo
o meio pelo qual a luz brilha no coração das pessoas. Assim, o evangelismo
continua sendo absolutamente indispensável (2Co 4.5).
A
evangelização deve partir do pressuposto básico de que o pior dos homens pode
ser restaurado e transformado por Deus. A Bíblia nos diz que todos os seres
humanos foram destituídos da glória de Deus e, por isso, precisam da salvação
(Rm 3.23). A salvação em Cristo Jesus é devemos anunciar essa mesma verdade aos
que estão ainda na escuridão do pecado (2Co 4.5-6).
3.
A mensagem da salvação.
O pecado
trouxe sérios problemas à humanidade. O profeta Isaías descreve assim a
condição do Homem sem Deus: “Mas as vossas iniquidades fazem divisão entre vós
e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos
não ouça” (Is 59.2).
3.1.
O vazio da alma humana.
Desde que
o pecado entrou no mundo, o homem perdeu a comunhão com o Pai. Desde então, o
homem tenta encontrar a Deus por obras, religiosidade ou suas próprias
invenções (Ec 7.29). A realidade universal é que todo ser humano sente um vazio
existencial causado por sua natureza pecaminosa. A realidade do pecado tem
causado esta inquietação quer o seu humano sente. Somente Deus pode saciar esta
fome que há no coração da pessoa e preencher o vazio. Como escreveu Agostinho,
em “Confissões”: “Tu nos fizeste para ti, e inquieto está o nosso coração
enquanto não repousa em ti”.
Jesus é o
único que pode libertar o homem do pecado. Ele é o autor e consumador da nossa
fé (2Co 4.4; Cl 1.15-19; Ef 4.13-!4; Hb 12.1-2). Sem Jesus Cristo, o homem
jamais encontrará plena liberdade e paz: “Eis que estou à porta e bato; se
alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei...” (Ap 3.20). A morte de
Jesus Cristo na cruz nos oferece a salvação, por meio da qual deixamos de ser
homens distanciados de Deus por causa do pecado para nos tornarmos filhos (Jo
1.12) mediante a fé (Ef 2.8-9).
3.2.
O plano de Deus para a salvação
do homem.
Uma vez
que iremos testemunhar para as pessoas acerca da salvação, é de suma
importância que conheçamos bem o caminho que estaremos anunciando, para que
possamos ser claros à alma sedenta que nos ouve. Por mais que a pessoa seja pecadora,
nossa missão não é julgá-la, mas, sim, fazê-la compreender que Cristo morreu
por nossos pecados (Rm 5.8; 1Co 15.3). É importante estarmos atentos para que o
assunto principal não seja deixado de lado, principalmente quanto ao
evangelismo pessoal. É comum a pessoa que está sendo evangelizada tentar
aproveitar o tempo para apresentar dúvidas e curiosidades que nada contribuirão
para que o plano divino de salvação seja conhecido.
No tempo em
que Jesus esteve aqui, nem todos O recusaram. Muitos O receberam e lhe deram as
boas-vindas. A eles Jesus deu o direito de serem chamados filhos de Deus (Jo
1.12). O apóstolo João afirma que não podemos nos tornar filhos de Deus por
nossos próprios meios. Devemos entrar em uma relação que Deus nos oferece.
Jesus Cristo bancou tudo. Ele pagou com a própria vida, para que hoje
pudéssemos desfrutar de uma salvação que nada nos custou. Tudo o que devemos
fazer é crer (At 16.31).
3.3.
Jesus, o tema central.
Diante de
tantas críticas e acusações recebidas, o apóstolo Paulo apresenta em 2
Coríntios, capítulo 4, como ele conduz e proclama o Evangelho: “pregamos...a
Cristo Jesus, o Senhor...” (2Co 4.5). Em Samaria, Felipe “lhes pregava a
Cristo” (At 8.5). Ao eunuco, no caminho para Gaza, Felipe, começando no texto
que o mordomo-mor de Candace estava lendo, “lhe anunciou a Jesus” (At 8.35). O
Evangelho que devemos anunciar hoje é o mesmo que Paulo anunciava: “Cristo
morreu por nossos pecados...foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia”
(1Co 15.1-4).
Não cessou a
necessidade de evangelização. Vivemos num tempo desafiador. Somos tentados a
nos calarmos diante da indiferença e da erosão crescente dos valores cristãos.
Parece que Paulo está escrevendo para nós: “Portanto, não te envergonhes do
testemunho de nosso Senhor...” (1Tm 1.8). Assim, somos exortados pelo Espírito
Santo a continuarmos o anúncio do Evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus
(Rm 1.16). E este Evangelho de Cristo afirma que a justificação é pela fé
somente; o perdão tem como única base a morte de Cristo na cruz; e a
insubstituível necessidade do novo nascimento para entrar no Reino de deus, por
obra do Espírito Santo e da Palavra de Deus.
Conclusão.
A vontade
de Deus é transformar o ser humano e nós estamos aqui para anunciar essa
verdade a todos aqueles que ainda não a conhecem (Jo 8.32; At 4.12). Por isso,
nos esforcemos para testemunhar de Cristo, porque a seara é realmente muito
grande, mas ainda são poucos os ceifeiros (Mt 9.37).
Neste trimestre, estudaremos sobre a
missão primordial da Igreja! As treze lições enfocarão evangelismo, missões e
discipulado. Será uma oportunidade para lembrar que a responsabilidade no
cumprimento da missão não está restrita aos pastores, missionários e
evangelistas, mas, sim, que pertence a todo discípulo de Cristo (Mt 28.19-20).
Trata-se de continuar a obra iniciada por Jesus Cristo, que estava prevista
desde o princípio. Ainda há povos, tribos e nações não alcançados pelo
evangelho de Jesus. E, mesmo no Brasil, muitos são os desafios para cumprirmos
o mandamento do Senhor, em diversos ambientes e com diferentes grupos sociais.
Para aprender como alcançá-los, participe neste domingo, 09 Julho de 2017 da
Escola Bíblica Dominical.
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