Texto
Áureo
Mateus
9.35
E percorria Jesus todas as cidades e
aldeias, ensinando nas sinagogas deles, e pregando o evangelho do Reino, e
curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo.
Verdade
Aplicada
Um cristão
jamais deve cometer o erro de guardar para si a salvação que recebeu.
Textos de
Referência.
Lucas
8.1-3
E
aconteceu, depois disto, que andava de cidade em cidade e de aldeia em aldeia,
pregando e anunciando o evangelho do Reino de Deus; e os doze iam com ele,
E algumas
mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades:
Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios; Joana, mulher de Cuza,
procurador de Herodes, e Suzana, e muitas outras que o serviam com suas
fazendas.
O Dom Ministerial
Jesus
Cristo veio ao mundo com um único propósito: Restaurar o homem a Deus. A Igreja
foi incumbida de dar continuidade a esta obra gloriosa, e foi regiamente capacitada
para concluí-la. Tudo gira em torno das almas perdidas. Nosso chamado, vocação
e capacitação no Espírito. Existe uma
categoria de DONS espirituais que são dados a ”IGREJA” visando o aperfeiçoamento
espiritual de cada indivíduo e a total edificação da comunidade como o Corpo de
Cristo. A esses DONS congregacionais chamamos de MINISTÉRIOS. I Coríntios 12:5
nos diz que existe uma diversidade de ministérios, mas que o Senhor que os
ministra é o mesmo. Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos
os céus, para cumprir todas as coisas.
E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo. (Efésios 4:10-11) Paulo já havia citado alguns desses ministérios em sua segunda carta aos corintos: Ora, vós sois o corpo de Cristo, e seus membros em particular. E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro doutores, depois milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas (I Co. 12:27-28).
E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo. (Efésios 4:10-11) Paulo já havia citado alguns desses ministérios em sua segunda carta aos corintos: Ora, vós sois o corpo de Cristo, e seus membros em particular. E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro doutores, depois milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas (I Co. 12:27-28).
A
concessão desses DONS fazem parte de um plano estratégico de Deus para o
crescimento da igreja e a manutenção da obra sacra. Efésios 4:12-16 lista os
propósitos que embasam a excelência desses DONS e creditam sua imensa
necessidade na vida diária da congregação:
-
Aperfeiçoamento do cristão como cidadão do céu
-
Eficiência na realização dos trabalhos eclesiásticos
-Edificação
da igreja como um só organismo
-
Unificação fraternal da fé
- Pleno conhecimento
de/sobre Cristo
-
Aperfeiçoamento do caráter cristão
-
Crescimento espiritual
-
Amadurecimento teológico
-
Refutação e anulação da tola ingenuidade
-
Exposição da verdade
- Ajuste
“fino” do Corpo de Cristo
(Ef. 4:12-16)
Apóstolos,
Pastores, Mestres, Profetas e Evangelistas são ministérios distintos que
funcionam em conjunto, com o objeto primaz de buscar, discipular e pastorear
almas. Embora algumas igrejas utilizem o termo “EVANGELISTA” para designar um
cargo eclesiástico, o MINISTÉRIO EVANGELÍSTICO não está necessariamente ligado
a uma hierarquia ministerial, pois os Evangelistas citados por Paulo, são
encontrados em todas as esferas congregacionais. Um Evangelista é aquele a quem
o Senhor concedeu uma capacidade especial de anunciar o Evangelho. Está
capacidade “especial” é um privilégio concedido para um grupo reduzido, mas
anunciar a Mensagem de Cristo é um DEVER de todo cristão.
O
Ministério Evangelístico pode ser considerado o DOM primário da igreja e o
principal responsável pelo crescimento da mesma. Não houve uma só época da
Igreja em que esse DOM tenha se extinguido. Tal DOM pode ser evidenciado a cada página do
livro de Atos, onde vemos os apóstolos pregando o Evangelho com poder, fazendo
com que uma multidão se achegasse a igreja todos os dias (Atos 4:31-33). No período
pós Bíblico, Deus também tem levantado Evangelistas cuja história poderiam
constar na Bíblia. John Huss, “o ganso magro” que foi assado para que um “cisne”
pudesse cantar cem anos depois; Martin Lutero, pai da grande reforma
protestante; Jônatas Edwards, o grande avivalista inglês; John Wesley, o
estopim do avivamento europeu; Jorge Whitefield, o peregrino em busca de almas;
John Bunyan, que fez da cela de uma prisão o seu altar; Davi Brainerd, pioneiro
na evangelização dos povos indígenas americanos; João Paton, que viu corações
famintos por Deus dentro de corpos famintos por carne humana; Hudson Taylor, o
evangelista que primeiro amou a China; Charles Spurgeon, o príncipe dos
pregadores; Dwight Moody, ganhador de meio milhão de almas; Daniel Berg e Gunnar
Vingren, visionários batistas que introduziram o pentecostalismo na América Latina;
Billy Graham, o maior evangelista do nosso tempo; além dos inúmeros anônimos
que levaram e levam a Palavra de Deus para milhares de almas por todo o mundo.
A grande
maioria dos Evangelistas, não terão seus nomes divulgados nos livros de
história e nem serão lembrados pela posteridade... Entretanto cada vez que alguém
prega ao seu vizinho, a um companheiro de fila, a um ouvinte de sala de espera
ou realiza uma visita fraternal; pode acreditar que um novo parágrafo é escrito
no livro das obras compilado pelo próprio Deus. Hoje é comum substituirmos o
termo “EVANGELISTA” por “MISSIONÁRIO”, sem que a essência deste excelso dom
ministerial seja alterada. Embora sejam poucos os que realmente se lancem na
grande seara, todos nós devemos ser participantes ativos do ministério destes
homens especiais. Existe um chavão pentecostal que diz: Missão é feita pelos
pés que vão, pelos joelhos que se dobram em oração e pelas mãos que contribuem.
Para cada
Evangelista / Missionário que está em campo, faz se necessário um grande número
de pessoas clamando, buscando e intercedendo, travando batalhas espirituais
para que aquele que foi enviado possa se concentrar apenas em pregar o
evangelho. Por outro lado, são as ofertas, os dízimos, o dinheiro abençoado que
sai dos cofres da congregação que possibilitam o envio e a manutenção dos
missionário.
Em suma, o
Ministério Evangelístico e um dom tão nobre, a ponto de permitir que até mesmo
os que não o possuem, participem ativamente no seu desenvolvimento. Aquele que
fala de Jesus ao seu vizinho, cumpre o mesmo IDE atendido por um missionário
que leva a mensagem da cruz a uma tribo do interior da África.
Exemplos Primitivos
Pb. Bene Wanderley
Vivemos num
contexto diferente dos nossos irmãos primitivos, os quais se destacaram por sua
coragem e amor ao Santo Evangelho de Cristo Jesus, mesmo que para isso tivessem
que enfrentar a morte. Todo estudante da Bíblia sabe que os séculos passados
foram cheios de desafios, e que os nossos irmãos primitivos tiveram inúmeras
dificuldades para desenvolver a obra evangelizadora da qual foram incumbidos.
As limitações da época eram grandes, a perseguição aos cristãos estava aflorada
nos corações dos inimigos do Reino, a oposição infernal era assustadora e os
oponentes ao evangelho dominavam poderes gigantescos. Mas, tudo isso fez com
que os cristãos cheios do poder do alto, do amor ao Senhor Jesus Cristo e a
mensagem de salvação que o mestre os havia dado, se mantiveram motivados a
enfrentarem os desafios, a vencer seus temores, a romper seus limites e ir além
do que fosse possível.
Na verdade,
quando lemos a história da igreja ao longo dos séculos, podemos ver homens e
mulheres que sofreram por amor ao Senhor Jesus Cristo, abrindo mão de suas
próprias vidas. As histórias que vemos são verdadeiros combustíveis que podem
nos incendiar e movimentar em direção ao cume do monte. Porém, fato é, que
temos desprezado a história de bravos guerreiros do santo evangelho de Cristo
Jesus. Já não nos comove relembrar os sofrimentos de nossos irmãos do passado.
Não damos importância ao que eles davam, não desejamos o que eles desejavam,
não aspiramos o que eles aspiravam; e assim chegamos ao ponto triste e degradante
da modernidade. O descaso ao " ide" de Jesus é patente.
Os últimos
dias da Igreja de Jesus Cristo aqui nessa terra, tem imerso em dificuldades, e
tende a se agravar. Muitas são as fontes de distrações, mas, precisamos manter
o foco. Este trimestre da EBD será repleto de estudos desafiadores e ao mesmo
tempo, encorajadores. Infelizmente, as
três praticas básicas do evangelismo, tem sido ignorado por boa partes de
nossos líderes, mesmo sendo fundamentais para o alcance mundial do evangelho.
Ao longo dos últimos 30 anos, principalmente em nosso Brasil, enfrentamos uma
decadência moral e espiritual que vem causando uma catástrofe sem limites. Sei
que muitos irão discordar do meu enfático ponto de vista, mas, sinceramente com
todo respeito aos homens e mulheres que Deus ainda bradam nesta terra; estamos
a ver navios, sem um curso definido, e nossas prioridades são totalmente
inversas ao que as escrituras sagradas nos dizem. Os valores se inverteram, o
foco não é mais “amar a Deus” acima de todas as coisas e o próximo como a nós
mesmos. A frágil visão teológica moderna, tem sufocado a excelência do puro
evangelho. Por esses e outros motivos e razões, estamos sendo desafiados neste
maravilhoso trimestre. Mais do que nunca, precisamos voltar as ruas de nossas
cidades, sairmos aos becos, vielas, guetos, vales e valados em busca das almas
perdidas.
Esse tema
é de suma importância para os crentes em Cristo Jesus, pois todo servo fiel do
Senhor, tem anseio pelas almas e a ansiedade de ir ao campo em busca dos
perdidos. Desejo profundamente que nestes dias de profundo estudo, sejamos
despertados para a evangelização. Apesar de ser um dever de cada crente exercer
sua função de pescador de almas, essa obra só poderá lograr êxito, se toda
liderança tiver na sua alma tal desejo. Preciso dizer aqui que todo esforço
desprendido por parte dos líderes em motivar, encorajar e ajudar os filhos e
filhas de Deus na obra de evangelização, ainda será pouco, se os mesmos não se despuserem
a fazer o mesmo. Estamos em grande desafio. A hora é chegada. Que não fique só
em palavras escritas em papel, mas, que de fato, sejamos despertados para
cumprir a nobre missão de levar esperança aos perdidos.
Material Didático
Revista
Jovens e Adultos nº 104 - Editora Betel
Evangelismo,
Missões e Discipulado – Lição 3
A evangelização urbana
Comentarista: Bp.
Oídes José do Carmo
Introdução
Vivemos
uma realidade urbana. A cidade é o grande desafio para a igreja. A região
urbana é o habitat natural de cerca de 80% da população mundial, e os demais
vivem em função das cidades (At 17.16, 23)
1. Necessidade da evangelização
urbana.
Grandes
são os desafios da evangelização urbana. No entanto, devemos aproveitar esta
maravilhosa oportunidade de conduzir almas para o Reino de Deus (Cl 1.13).
1.1.
As boas novas de salvação.
Todos
precisam ouvir a Palavra de Deus e serem tocados pelo poder do Evangelho.
Assim, podemos afirmar que é da vontade de Deus que os centros urbanos sejam
evangelizados. Apesar de tratar-se de um ambiente caracterizado pela
diversidade étnica, cultural, religiosa e econômica, o Evangelho de Cristo é
único e nos apresenta um único Deus e um único Salvador, chamando todos ao
arrependimento. É de se destacar que o apóstolo Paulo utilizava como estratégia
missionária a evangelização de cidades. O campo urbano é um verdadeiro lugar de
batalha espiritual. Agostinho declarou que em cada cidade há duas cidades: a
cidade de Deus e a cidade de Satanás. Há um conflito. É necessário, pois, que a
oração pelas cidades faça parte da estratégia de evangelização urbana.
O amor de
Jesus era a força que o motivava a ir de cidade em cidade em busca de almas
perdidas (Mt 15.24; Lc 8.1). Precisamos ter em mente que nossa tarefa vai além
de resgatar as almas do juízo vindouro. Mais do que nunca, devemos auxiliar as
pessoas em suas necessidades, tratar suas feridas da alma e torná-las capazes
tanto de andar por si mesmas, quanto de repassar o que receberam (Mt 28.18-20).
A passagem de Lucas 8.1-3 mostra a incansável diligência do nosso Senhor Jesus
Cristo em anunciar o Evangelho e o Reino de Deus. Alguns creram, outros não. No
entanto, a incredulidade dos homens não mudou Sua atitude, nem O impediu de
realizar Sua obra. Embora Seu ministério terreno tenha sido curto em duração,
foi imenso e intenso, se levarmos em conta as obras que foram realizadas. A
diligência de Jesus Cristo é um exemplo para todo cristão. Devemos seguir Seus
passos, mesmo que fiquemos aquém da Sua perfeição. Devemos evitar a ociosidade
e a frivolidade. Precisamos remir o tempo (Ef 5.16).
1.2.
A vida urbana e suas carências.
Muitas
pessoas buscam as grandes metrópoles porque enxergam melhores oportunidades
tanto para o mercado de trabalho quanto para a qualidade de vida. Todavia. Ao
chegarem aos grandes centros, se deparam com uma série de dificuldades, como problemas
de moradia, alimentação, segurança, etc. Esses fatores negativos influenciam o
indivíduo a que se torne solitário e, até mesmo, abandone suas convicções
religiosas (Ec 4.1). É nesse ambiente de necessidade e desilusão que muitos se
perdem. Devemos aproveitar a oportunidade que temos de alcançar e acolher tais
pessoas em Cristo. Por isso, o tempo de evangelizar é já (2Tm 4.2).
Os diferentes
tipos de carências para aqueles que vivem ou principalmente se mudam para as
cidades são: problemas financeiros, familiares, morais e culturais, que cercam
e influenciam o homem que busca uma melhor oportunidade na cidade grande. Pela
falta de amparo e recursos, muitos são os envolvidos pela perversidade do
sistema mundano e, assim, levados a todo o tipo de pecados que vemos na
sociedade (1Co 15.33).
1.3.
Dificuldades da evangelização.
Há dois
tipos de dificuldades que envolvem a evangelização. A primeira diz respeito à
falta de iniciativa das igrejas para evangelizar. Muitas igrejas não buscam
entender o que está ocorrendo no seu bairro e não aproveitam dessa oportunidade
para pregar o Evangelho. A falta de iniciativa e planejamento de evangelização
urbana também pode ser reflexo de problemas internos (competição, excesso de
atividades internas ou indiferença). A segunda dificuldade diz respeito à vida
pecaminosa mais intensa da própria cidade, como violência, uso de drogas,
promiscuidade, roubo, etc. Tendo noção dessas coisas, pode-se, com certeza,
fazer um trabalho mais efetivo de evangelização.
As duas dificuldades
citadas acima mostram que, se buscarmos compreendê-las melhor, a evangelização
local poderá ser bem mais efetiva. Aliada a um bom conhecimento de causa, a fé
é indispensável para os cristãos no cumprimento da missão que o Senhor destinou
(Mc 16.15-18).
2.
Estratégias da evangelização
urbana.
Cabe a
nós, cristãos, na direção do Espírito Santo e oração, a criação e o
desenvolvimento de estratégias para alcançar vidas para Cristo. Vejamos algumas
alternativas que podem nos conduzir a grandes resultados.
2.1.
Através dos templos.
Evangelizar
através dos templos é uma excelente estratégia. Até o Senhor Jesus fazia isso.
Em diversos textos dos evangelhos, encontramos Jesus ensinando, pregando e
curando nas sinagogas. O apóstolo Paulo também utilizava das sinagogas para
anunciar a Cristo (Jo 8.32; At 18.4). A igreja local pode ser mobilizada a
convidar os vizinhos, parentes e amigos não cristãos ou afastados do Evangelho.
Pode-se realizar um culto especial, onde a igreja será mobilizada somente para
buscar as pessoas que se afastaram (Mt 15.24). Essa estratégia facilita
bastante na integração do novos decididos, porque essas pessoas chegaram ao
templo indicadas ou acompanhadas por alguém. Assim, tal convidado, decidindo
aceitar a Cristo, não se sentirá só ou terá dificuldade para se entrosar na
igreja local.
A própria
Escola Bíblica Dominical pode e deve ser usada como um instrumento de
evangelização. Vale ressaltar que a Escola Dominical nasceu com este caráter
evangelizador. Tanto o professor quanto os alunos podem convidar não cristãos
para assistir as aulas. Assim, os convidados têm uma excelente oportunidade de
ouvir a Palavra de Deus, aprender mais sobre Jesus, Seus ensinamentos e a
salvação.
2.2.
Através dos lares.
A tática
de evangelização através dos lares é sempre muito eficaz. Foi uma das
principais formas de evangelizar nos primórdios da Igreja (Mt 10.12; At 5.42;
18.7-8). Mas, para isso, algumas providências devem ser tomadas, começando, por
exemplo, pela autorização do líder da igreja. É necessário um ambiente
preparado em oração, organizado para receber e acomodar os convidados. Para
esse tipo de trabalho, requer horário previsto para começar e terminar. Não se
deve usar tom de pregação, mas, sim, de conversa no culto. Não se deve cantar muitos
hinos, para que se tenha tempo para a Palavra. Nada de lanches caros, mas tudo
regado à oração e gentileza, para que as pessoas possam voltar no próximo culto
doméstico (1Co 10.31).
A igreja
primitiva caminhava com os cultos no templo e nos lares (At 16.32). É
importante ressaltar que nada se faz nesse sentido sem ser autorizado pelo
líder local da Igreja. Com oração, organização e perseverança, o culto no lar
contribuirá para o crescimento da igreja local. Esse tipo de culto edifica não
somente aos que ouvem, mas também aos que anunciam.
2.3.
Na evangelização pessoal.
A
evangelização pessoal segue passos bem simples no contato com as pessoas. Para
isso, deve-se marcar encontros pessoais; praticar a visitação de casa em casa;
ou ainda, distribuir folhetos ou qualquer outra literatura de natureza
evangelística. O lugar e o tempo disponível determinarão que palavras usar ou
que maneira poderemos nos dirigir à pessoa a ser evangelizada. É preciso estar
atento às oportunidades, esforço e orientação do Espírito Santo. Duas classes
sempre são abordadas: os que ainda não se decidiram e os desviados. Para cada
grupo, existe um tipo de mensagem. Por esse motivo, é preciso manusear bem a
Palavra e deixar que o Espírito Santo use nossa instrumentalidade (Mc 16.20).
A
evangelização pessoal é eficaz porque nela o evangelista tem a oportunidade de
abordar as pessoas diretamente. Assim, elas poderão expressar suas dúvidas,
fazer perguntas sem serem interrompidas e expor seus medos e anseios. Quando os
cristãos estão inflamados pelo desejo ardente de anunciar a salvação aos
pecadores, eles transmitem influência aos que estão descuidados e indiferentes.
É muito edificante ver a Palavra de Deus se cumprindo quando anunciamos sem
temor (Rm 1.16).
3.
Outros modos de evangelização.
As cidades
são os campos brancos para a colheita evangelística (Jo 4.35). Vejamos alguns
mecanismos bem eficazes na proclamação do Evangelho.
3.1.
A distribuição de folhetos.
O folheto
nos aproxima do pecador para iniciar uma conversa. Ele é nosso ponto de
contato. Embora muitos o achem ultrapassado, o folheto ainda é de grande
eficácia em nossos dias. Existem pessoas que jamais entrariam em uma igreja e o
folheto é a ponte para que possamos falar acerca da salvação. Todo bom pescador
sabe que é preciso ter uma boa isca para atrair o peixe. O folheto é a isca
perfeita para que a rede seja lançada e o pecador seja regenerado por Cristo
(Lc 5.4-5).
Se cair em
terra fértil, um folheto entregue em mãos pode causar uma revolução em
multidões (1Pe 1.25). Quando tinha 14 anos, João Ferreira de Almeida, primeiro
a traduzir a Bíblia Sagrada para a língua portuguesa, viajava da Batávia (atual
Jacarta, Indonésia) para Malaca (atual Malásia). Nessa viagem, ele recebeu e
leu um folheto em espanhol intitulado: Diferencias de la Cristandad (Diferenças
da Cristandade). Este folheto provocou um grande impacto na vida de João
Ferreira de Almeida. Ao chegar a Malaca, ele se converteu a Cristo e a partir
daí dedicou tioda sua vida à tradução da Bíblia Sagrada. Em meados de outubro
de 1691, João Ferreira de Almeida faleceu. Até aquele momento, ele havia
traduzido o Novo Testamento, e o Velho Testamento até Ezequiel 48.21. Três anos
após sua morte, um Pastor chamado Jacobus op den Akker terminou a tradução do
Velho Testamento.
3.2.
O culto ao ar livre.
Mesmo
havendo emissoras de rádio, televisão e redes sociais, o contato humano é
poderoso e insubstituível. O culto ao ar livre jamais saíra de moda. Precisamos
de pessoas treinadas para atuar fora das quatro paredes da igreja. É possível
reunir as pessoas e em determinado ponto anunciar a salvação. Na rua, tudo é
mais rápido e dinâmico, não se usa a mesma liturgia do culto. As pessoas que
vão testemunhar, cantar ou pregar não precisam de apresentação, pois já sabem o
que fazer e o tempo que devem usar. A mensagem é curta, o apelo é rápido e o
culto não deve durar mais que uma hora.
A maior
barreira para o sucesso do culto ao ar livre é a timidez das pessoas. Temos que
agir normalmente quando saímos às ruas para evangelizar. Infelizmente, alguns
irmãos ficam distraídos, conversando, demonstrando pouco interesse. Outros agem
com religiosidade preconceito. Precisamos compreender que o culto ao livre é
uma batalha no terreno do inimigo (Pv 1.20). Por isso, devemos nos preparar com
oração e jejum, e, como soldados, estar atentos. A Igreja Primitiva logrou
sucesso com este tipo de culto (At 2,42-47).
3.3.
A integração e os cuidados com
o novo cristão.
A
integração é tão importante quanto a evangelização, porque ela é quem vai consolidar
o novo cristão (1Pe 2.2). A integração providência os meios para que os novos
convertidos sejam integrados nesse novo grupo social. Convencer o pecador e
trazê-lo à presença de Cristo é o primeiro passo. Mas, após isso, o novo
cristão precisa de instrução, de apoio e de pais espirituais que os instruam e
o conduzam a uma fé madura, preparando-o para mais adiante batizar-se em águas
(Gl 4.19; Mt 28.18-20). A integração também deve promover o acompanhamento
pós-batismo. Temos perdido muitos por não vigiar nesse serviço.
O trabalho de
integração deve fazer o registro de nome e endereço desse novo cristão, fazer
contato por telefone no dia seguinte, marcar uma visita para acompanha-lo e
oferecer algum tipo de ajuda ou companhia para chegar até o templo. São
atitudes simples que, com um pouco de boa vontade e muito amor pelas vidas, se
resolvem.
Conclusão.
Concluímos
que as cidades são para a Igreja um campo missionário vasto e desafiador. A
Igreja, em cada cidade, deve proclamar e advertir sobre o reino dos céus (Mt
4.17), em nome de Jesus e no poder do Espírito Santo.
Neste trimestre, estudaremos sobre a
missão primordial da Igreja! As treze lições enfocarão evangelismo, missões e
discipulado. Será uma oportunidade para lembrar que a responsabilidade no
cumprimento da missão não está restrita aos pastores, missionários e
evangelistas, mas, sim, que pertence a todo discípulo de Cristo (Mt 28.19-20).
Trata-se de continuar a obra iniciada por Jesus Cristo, que estava prevista
desde o princípio. Ainda há povos, tribos e nações não alcançados pelo
evangelho de Jesus. E, mesmo no Brasil, muitos são os desafios para cumprirmos
o mandamento do Senhor, em diversos ambientes e com diferentes grupos sociais.
Para aprender como alcança-los, participe neste domingo, 16 Julho de 2017 da
Escola Bíblica Dominical.
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