sexta-feira, 14 de julho de 2017

EBD: A evangelização urbana


Texto Áureo
Mateus 9.35
E percorria Jesus todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas deles, e pregando o evangelho do Reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo.

Verdade Aplicada
Um cristão jamais deve cometer o erro de guardar para si a salvação que recebeu.

Textos de Referência.
Lucas 8.1-3
E aconteceu, depois disto, que andava de cidade em cidade e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do Reino de Deus; e os doze iam com ele,
E algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios; Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes, e Suzana, e muitas outras que o serviam com suas fazendas.



O Dom Ministerial

Jesus Cristo veio ao mundo com um único propósito: Restaurar o homem a Deus. A Igreja foi incumbida de dar continuidade a esta obra gloriosa, e foi regiamente capacitada para concluí-la. Tudo gira em torno das almas perdidas. Nosso chamado, vocação e capacitação no Espírito.  Existe uma categoria de DONS espirituais que são dados a ”IGREJA” visando o aperfeiçoamento espiritual de cada indivíduo e a total edificação da comunidade como o Corpo de Cristo. A esses DONS congregacionais chamamos de MINISTÉRIOS. I Coríntios 12:5 nos diz que existe uma diversidade de ministérios, mas que o Senhor que os ministra é o mesmo. Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas.
E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo. (Efésios 4:10-11) Paulo já havia citado alguns desses ministérios em sua segunda carta aos corintos: Ora, vós sois o corpo de Cristo, e seus membros em particular. E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro doutores, depois milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas (I Co. 12:27-28).

A concessão desses DONS fazem parte de um plano estratégico de Deus para o crescimento da igreja e a manutenção da obra sacra. Efésios 4:12-16 lista os propósitos que embasam a excelência desses DONS e creditam sua imensa necessidade na vida diária da congregação:

- Aperfeiçoamento do cristão como cidadão do céu
- Eficiência na realização dos trabalhos eclesiásticos
-Edificação da igreja como um só organismo
- Unificação fraternal da fé
- Pleno conhecimento de/sobre Cristo
- Aperfeiçoamento do caráter cristão
- Crescimento espiritual
- Amadurecimento teológico
- Refutação e anulação da tola ingenuidade
- Exposição da verdade
- Ajuste “fino” do Corpo de Cristo
(Ef. 4:12-16)

Apóstolos, Pastores, Mestres, Profetas e Evangelistas são ministérios distintos que funcionam em conjunto, com o objeto primaz de buscar, discipular e pastorear almas. Embora algumas igrejas utilizem o termo “EVANGELISTA” para designar um cargo eclesiástico, o MINISTÉRIO EVANGELÍSTICO não está necessariamente ligado a uma hierarquia ministerial, pois os Evangelistas citados por Paulo, são encontrados em todas as esferas congregacionais. Um Evangelista é aquele a quem o Senhor concedeu uma capacidade especial de anunciar o Evangelho. Está capacidade “especial” é um privilégio concedido para um grupo reduzido, mas anunciar a Mensagem de Cristo é um DEVER de todo cristão.

O Ministério Evangelístico pode ser considerado o DOM primário da igreja e o principal responsável pelo crescimento da mesma. Não houve uma só época da Igreja em que esse DOM tenha se extinguido.  Tal DOM pode ser evidenciado a cada página do livro de Atos, onde vemos os apóstolos pregando o Evangelho com poder, fazendo com que uma multidão se achegasse a igreja todos os dias (Atos 4:31-33). No período pós Bíblico, Deus também tem levantado Evangelistas cuja história poderiam constar na Bíblia. John Huss, “o ganso magro” que foi assado para que um “cisne” pudesse cantar cem anos depois; Martin Lutero, pai da grande reforma protestante; Jônatas Edwards, o grande avivalista inglês; John Wesley, o estopim do avivamento europeu; Jorge Whitefield, o peregrino em busca de almas; John Bunyan, que fez da cela de uma prisão o seu altar; Davi Brainerd, pioneiro na evangelização dos povos indígenas americanos; João Paton, que viu corações famintos por Deus dentro de corpos famintos por carne humana; Hudson Taylor, o evangelista que primeiro amou a China; Charles Spurgeon, o príncipe dos pregadores; Dwight Moody, ganhador de meio milhão de almas; Daniel Berg e Gunnar Vingren, visionários batistas que introduziram o pentecostalismo na América Latina; Billy Graham, o maior evangelista do nosso tempo; além dos inúmeros anônimos que levaram e levam a Palavra de Deus para milhares de almas por todo o mundo.

A grande maioria dos Evangelistas, não terão seus nomes divulgados nos livros de história e nem serão lembrados pela posteridade... Entretanto cada vez que alguém prega ao seu vizinho, a um companheiro de fila, a um ouvinte de sala de espera ou realiza uma visita fraternal; pode acreditar que um novo parágrafo é escrito no livro das obras compilado pelo próprio Deus. Hoje é comum substituirmos o termo “EVANGELISTA” por “MISSIONÁRIO”, sem que a essência deste excelso dom ministerial seja alterada. Embora sejam poucos os que realmente se lancem na grande seara, todos nós devemos ser participantes ativos do ministério destes homens especiais. Existe um chavão pentecostal que diz: Missão é feita pelos pés que vão, pelos joelhos que se dobram em oração e pelas mãos que contribuem.

Para cada Evangelista / Missionário que está em campo, faz se necessário um grande número de pessoas clamando, buscando e intercedendo, travando batalhas espirituais para que aquele que foi enviado possa se concentrar apenas em pregar o evangelho. Por outro lado, são as ofertas, os dízimos, o dinheiro abençoado que sai dos cofres da congregação que possibilitam o envio e a manutenção dos missionário.

Em suma, o Ministério Evangelístico e um dom tão nobre, a ponto de permitir que até mesmo os que não o possuem, participem ativamente no seu desenvolvimento. Aquele que fala de Jesus ao seu vizinho, cumpre o mesmo IDE atendido por um missionário que leva a mensagem da cruz a uma tribo do interior da África.


Exemplos Primitivos
Pb. Bene Wanderley

Vivemos num contexto diferente dos nossos irmãos primitivos, os quais se destacaram por sua coragem e amor ao Santo Evangelho de Cristo Jesus, mesmo que para isso tivessem que enfrentar a morte. Todo estudante da Bíblia sabe que os séculos passados foram​ cheios de desafios, e que os nossos irmãos primitivos tiveram inúmeras dificuldades para desenvolver a obra evangelizadora da qual foram incumbidos. As limitações da época eram grandes, a perseguição aos cristãos estava aflorada nos corações dos inimigos do Reino, a oposição infernal era assustadora e os oponentes ao evangelho dominavam poderes gigantescos. Mas, tudo isso fez com que os cristãos cheios do poder do alto, do amor ao Senhor Jesus Cristo e a mensagem de salvação que o mestre os havia dado, se mantiveram motivados a enfrentarem os desafios, a vencer seus temores, a romper seus limites e ir além do que fosse possível.

Na verdade, quando lemos a história da igreja ao longo dos séculos, podemos ver homens e mulheres que sofreram por amor ao Senhor Jesus Cristo, abrindo mão de suas próprias vidas. As histórias que vemos são verdadeiros combustíveis que podem nos incendiar e movimentar em direção ao cume do monte. Porém, fato é, que temos desprezado a história de bravos guerreiros do santo evangelho de Cristo Jesus. Já não nos comove relembrar os sofrimentos de nossos irmãos do passado. Não damos importância ao que eles davam, não desejamos o que eles desejavam, não aspiramos o que eles aspiravam; e assim chegamos ao ponto triste e degradante da modernidade. O descaso ao " ide" de Jesus é patente.

Os últimos dias da Igreja de Jesus Cristo aqui nessa terra, tem imerso em dificuldades, e tende a se agravar. Muitas são as fontes de distrações, mas, precisamos manter o foco. Este trimestre da EBD será repleto de estudos desafiadores e ao mesmo tempo, encorajadores.  Infelizmente, as três praticas básicas do evangelismo, tem sido ignorado por boa partes de nossos líderes, mesmo sendo fundamentais para o alcance mundial do evangelho. Ao longo dos últimos 30 anos, principalmente em nosso Brasil, enfrentamos uma decadência moral e espiritual que vem causando uma catástrofe sem limites. Sei que muitos irão discordar do meu enfático ponto de vista, mas, sinceramente com todo respeito aos homens e mulheres que Deus ainda bradam nesta terra; estamos a ver navios, sem um curso definido, e nossas prioridades são totalmente inversas ao que as escrituras sagradas nos dizem. Os valores se inverteram, o foco não é mais “amar a Deus” acima de todas as coisas e o próximo como a nós mesmos. A frágil visão teológica moderna, tem sufocado a excelência do puro evangelho. Por esses e outros motivos e razões, estamos sendo desafiados neste maravilhoso trimestre. Mais do que nunca, precisamos voltar as ruas de nossas cidades, sairmos aos becos, vielas, guetos, vales e valados em busca das almas perdidas.

Esse tema é de suma importância para os crentes em Cristo Jesus, pois todo servo fiel do Senhor, tem anseio pelas almas e a ansiedade de ir ao campo em busca dos perdidos. Desejo profundamente que nestes dias de profundo estudo, sejamos despertados para a evangelização. Apesar de ser um dever de cada crente exercer sua função de pescador de almas, essa obra só poderá lograr êxito, se toda liderança tiver na sua alma tal desejo. Preciso dizer aqui que todo esforço desprendido por parte dos líderes em motivar, encorajar e ajudar os filhos e filhas de Deus na obra de evangelização, ainda será pouco, se os mesmos não se despuserem a fazer o mesmo. Estamos em grande desafio. A hora é chegada. Que não fique só em palavras escritas em papel, mas, que de fato, sejamos despertados para cumprir a nobre missão de levar esperança aos perdidos.

Material Didático

Revista Jovens e Adultos nº 104 - Editora Betel
Evangelismo, Missões e Discipulado – Lição 3
A evangelização urbana
Comentarista: Bp. Oídes José do Carmo












Introdução

Vivemos uma realidade urbana. A cidade é o grande desafio para a igreja. A região urbana é o habitat natural de cerca de 80% da população mundial, e os demais vivem em função das cidades (At 17.16, 23)

1. Necessidade da evangelização urbana.

Grandes são os desafios da evangelização urbana. No entanto, devemos aproveitar esta maravilhosa oportunidade de conduzir almas para o Reino de Deus (Cl 1.13).

1.1.         As boas novas de salvação.

Todos precisam ouvir a Palavra de Deus e serem tocados pelo poder do Evangelho. Assim, podemos afirmar que é da vontade de Deus que os centros urbanos sejam evangelizados. Apesar de tratar-se de um ambiente caracterizado pela diversidade étnica, cultural, religiosa e econômica, o Evangelho de Cristo é único e nos apresenta um único Deus e um único Salvador, chamando todos ao arrependimento. É de se destacar que o apóstolo Paulo utilizava como estratégia missionária a evangelização de cidades. O campo urbano é um verdadeiro lugar de batalha espiritual. Agostinho declarou que em cada cidade há duas cidades: a cidade de Deus e a cidade de Satanás. Há um conflito. É necessário, pois, que a oração pelas cidades faça parte da estratégia de evangelização urbana.

O amor de Jesus era a força que o motivava a ir de cidade em cidade em busca de almas perdidas (Mt 15.24; Lc 8.1). Precisamos ter em mente que nossa tarefa vai além de resgatar as almas do juízo vindouro. Mais do que nunca, devemos auxiliar as pessoas em suas necessidades, tratar suas feridas da alma e torná-las capazes tanto de andar por si mesmas, quanto de repassar o que receberam (Mt 28.18-20). A passagem de Lucas 8.1-3 mostra a incansável diligência do nosso Senhor Jesus Cristo em anunciar o Evangelho e o Reino de Deus. Alguns creram, outros não. No entanto, a incredulidade dos homens não mudou Sua atitude, nem O impediu de realizar Sua obra. Embora Seu ministério terreno tenha sido curto em duração, foi imenso e intenso, se levarmos em conta as obras que foram realizadas. A diligência de Jesus Cristo é um exemplo para todo cristão. Devemos seguir Seus passos, mesmo que fiquemos aquém da Sua perfeição. Devemos evitar a ociosidade e a frivolidade. Precisamos remir o tempo (Ef 5.16).

1.2.         A vida urbana e suas carências.

Muitas pessoas buscam as grandes metrópoles porque enxergam melhores oportunidades tanto para o mercado de trabalho quanto para a qualidade de vida. Todavia. Ao chegarem aos grandes centros, se deparam com uma série de dificuldades, como problemas de moradia, alimentação, segurança, etc. Esses fatores negativos influenciam o indivíduo a que se torne solitário e, até mesmo, abandone suas convicções religiosas (Ec 4.1). É nesse ambiente de necessidade e desilusão que muitos se perdem. Devemos aproveitar a oportunidade que temos de alcançar e acolher tais pessoas em Cristo. Por isso, o tempo de evangelizar é já (2Tm 4.2).

Os diferentes tipos de carências para aqueles que vivem ou principalmente se mudam para as cidades são: problemas financeiros, familiares, morais e culturais, que cercam e influenciam o homem que busca uma melhor oportunidade na cidade grande. Pela falta de amparo e recursos, muitos são os envolvidos pela perversidade do sistema mundano e, assim, levados a todo o tipo de pecados que vemos na sociedade (1Co 15.33).

1.3.         Dificuldades da evangelização.

Há dois tipos de dificuldades que envolvem a evangelização. A primeira diz respeito à falta de iniciativa das igrejas para evangelizar. Muitas igrejas não buscam entender o que está ocorrendo no seu bairro e não aproveitam dessa oportunidade para pregar o Evangelho. A falta de iniciativa e planejamento de evangelização urbana também pode ser reflexo de problemas internos (competição, excesso de atividades internas ou indiferença). A segunda dificuldade diz respeito à vida pecaminosa mais intensa da própria cidade, como violência, uso de drogas, promiscuidade, roubo, etc. Tendo noção dessas coisas, pode-se, com certeza, fazer um trabalho mais efetivo de evangelização.

As duas dificuldades citadas acima mostram que, se buscarmos compreendê-las melhor, a evangelização local poderá ser bem mais efetiva. Aliada a um bom conhecimento de causa, a fé é indispensável para os cristãos no cumprimento da missão que o Senhor destinou (Mc 16.15-18).

2.          Estratégias da evangelização urbana.

Cabe a nós, cristãos, na direção do Espírito Santo e oração, a criação e o desenvolvimento de estratégias para alcançar vidas para Cristo. Vejamos algumas alternativas que podem nos conduzir a grandes resultados.

2.1.         Através dos templos.

Evangelizar através dos templos é uma excelente estratégia. Até o Senhor Jesus fazia isso. Em diversos textos dos evangelhos, encontramos Jesus ensinando, pregando e curando nas sinagogas. O apóstolo Paulo também utilizava das sinagogas para anunciar a Cristo (Jo 8.32; At 18.4). A igreja local pode ser mobilizada a convidar os vizinhos, parentes e amigos não cristãos ou afastados do Evangelho. Pode-se realizar um culto especial, onde a igreja será mobilizada somente para buscar as pessoas que se afastaram (Mt 15.24). Essa estratégia facilita bastante na integração do novos decididos, porque essas pessoas chegaram ao templo indicadas ou acompanhadas por alguém. Assim, tal convidado, decidindo aceitar a Cristo, não se sentirá só ou terá dificuldade para se entrosar na igreja local.

A própria Escola Bíblica Dominical pode e deve ser usada como um instrumento de evangelização. Vale ressaltar que a Escola Dominical nasceu com este caráter evangelizador. Tanto o professor quanto os alunos podem convidar não cristãos para assistir as aulas. Assim, os convidados têm uma excelente oportunidade de ouvir a Palavra de Deus, aprender mais sobre Jesus, Seus ensinamentos e a salvação.

2.2.         Através dos lares.

A tática de evangelização através dos lares é sempre muito eficaz. Foi uma das principais formas de evangelizar nos primórdios da Igreja (Mt 10.12; At 5.42; 18.7-8). Mas, para isso, algumas providências devem ser tomadas, começando, por exemplo, pela autorização do líder da igreja. É necessário um ambiente preparado em oração, organizado para receber e acomodar os convidados. Para esse tipo de trabalho, requer horário previsto para começar e terminar. Não se deve usar tom de pregação, mas, sim, de conversa no culto. Não se deve cantar muitos hinos, para que se tenha tempo para a Palavra. Nada de lanches caros, mas tudo regado à oração e gentileza, para que as pessoas possam voltar no próximo culto doméstico (1Co 10.31).

A igreja primitiva caminhava com os cultos no templo e nos lares (At 16.32). É importante ressaltar que nada se faz nesse sentido sem ser autorizado pelo líder local da Igreja. Com oração, organização e perseverança, o culto no lar contribuirá para o crescimento da igreja local. Esse tipo de culto edifica não somente aos que ouvem, mas também aos que anunciam.

2.3.         Na evangelização pessoal.

A evangelização pessoal segue passos bem simples no contato com as pessoas. Para isso, deve-se marcar encontros pessoais; praticar a visitação de casa em casa; ou ainda, distribuir folhetos ou qualquer outra literatura de natureza evangelística. O lugar e o tempo disponível determinarão que palavras usar ou que maneira poderemos nos dirigir à pessoa a ser evangelizada. É preciso estar atento às oportunidades, esforço e orientação do Espírito Santo. Duas classes sempre são abordadas: os que ainda não se decidiram e os desviados. Para cada grupo, existe um tipo de mensagem. Por esse motivo, é preciso manusear bem a Palavra e deixar que o Espírito Santo use nossa instrumentalidade (Mc 16.20).

A evangelização pessoal é eficaz porque nela o evangelista tem a oportunidade de abordar as pessoas diretamente. Assim, elas poderão expressar suas dúvidas, fazer perguntas sem serem interrompidas e expor seus medos e anseios. Quando os cristãos estão inflamados pelo desejo ardente de anunciar a salvação aos pecadores, eles transmitem influência aos que estão descuidados e indiferentes. É muito edificante ver a Palavra de Deus se cumprindo quando anunciamos sem temor (Rm 1.16).

3.          Outros modos de evangelização.

As cidades são os campos brancos para a colheita evangelística (Jo 4.35). Vejamos alguns mecanismos bem eficazes na proclamação do Evangelho.

3.1.         A distribuição de folhetos.

O folheto nos aproxima do pecador para iniciar uma conversa. Ele é nosso ponto de contato. Embora muitos o achem ultrapassado, o folheto ainda é de grande eficácia em nossos dias. Existem pessoas que jamais entrariam em uma igreja e o folheto é a ponte para que possamos falar acerca da salvação. Todo bom pescador sabe que é preciso ter uma boa isca para atrair o peixe. O folheto é a isca perfeita para que a rede seja lançada e o pecador seja regenerado por Cristo (Lc 5.4-5).

Se cair em terra fértil, um folheto entregue em mãos pode causar uma revolução em multidões (1Pe 1.25). Quando tinha 14 anos, João Ferreira de Almeida, primeiro a traduzir a Bíblia Sagrada para a língua portuguesa, viajava da Batávia (atual Jacarta, Indonésia) para Malaca (atual Malásia). Nessa viagem, ele recebeu e leu um folheto em espanhol intitulado: Diferencias de la Cristandad (Diferenças da Cristandade). Este folheto provocou um grande impacto na vida de João Ferreira de Almeida. Ao chegar a Malaca, ele se converteu a Cristo e a partir daí dedicou tioda sua vida à tradução da Bíblia Sagrada. Em meados de outubro de 1691, João Ferreira de Almeida faleceu. Até aquele momento, ele havia traduzido o Novo Testamento, e o Velho Testamento até Ezequiel 48.21. Três anos após sua morte, um Pastor chamado Jacobus op den Akker terminou a tradução do Velho Testamento.

3.2.         O culto ao ar livre.

Mesmo havendo emissoras de rádio, televisão e redes sociais, o contato humano é poderoso e insubstituível. O culto ao ar livre jamais saíra de moda. Precisamos de pessoas treinadas para atuar fora das quatro paredes da igreja. É possível reunir as pessoas e em determinado ponto anunciar a salvação. Na rua, tudo é mais rápido e dinâmico, não se usa a mesma liturgia do culto. As pessoas que vão testemunhar, cantar ou pregar não precisam de apresentação, pois já sabem o que fazer e o tempo que devem usar. A mensagem é curta, o apelo é rápido e o culto não deve durar mais que uma hora.

A maior barreira para o sucesso do culto ao ar livre é a timidez das pessoas. Temos que agir normalmente quando saímos às ruas para evangelizar. Infelizmente, alguns irmãos ficam distraídos, conversando, demonstrando pouco interesse. Outros agem com religiosidade preconceito. Precisamos compreender que o culto ao livre é uma batalha no terreno do inimigo (Pv 1.20). Por isso, devemos nos preparar com oração e jejum, e, como soldados, estar atentos. A Igreja Primitiva logrou sucesso com este tipo de culto (At 2,42-47).

3.3.         A integração e os cuidados com o novo cristão.

A integração é tão importante quanto a evangelização, porque ela é quem vai consolidar o novo cristão (1Pe 2.2). A integração providência os meios para que os novos convertidos sejam integrados nesse novo grupo social. Convencer o pecador e trazê-lo à presença de Cristo é o primeiro passo. Mas, após isso, o novo cristão precisa de instrução, de apoio e de pais espirituais que os instruam e o conduzam a uma fé madura, preparando-o para mais adiante batizar-se em águas (Gl 4.19; Mt 28.18-20). A integração também deve promover o acompanhamento pós-batismo. Temos perdido muitos por não vigiar nesse serviço.

O trabalho de integração deve fazer o registro de nome e endereço desse novo cristão, fazer contato por telefone no dia seguinte, marcar uma visita para acompanha-lo e oferecer algum tipo de ajuda ou companhia para chegar até o templo.  São atitudes simples que, com um pouco de boa vontade e muito amor pelas vidas, se resolvem.

Conclusão.

Concluímos que as cidades são para a Igreja um campo missionário vasto e desafiador. A Igreja, em cada cidade, deve proclamar e advertir sobre o reino dos céus (Mt 4.17), em nome de Jesus e no poder do Espírito Santo.



Neste trimestre, estudaremos sobre a missão primordial da Igreja! As treze lições enfocarão evangelismo, missões e discipulado. Será uma oportunidade para lembrar que a responsabilidade no cumprimento da missão não está restrita aos pastores, missionários e evangelistas, mas, sim, que pertence a todo discípulo de Cristo (Mt 28.19-20). Trata-se de continuar a obra iniciada por Jesus Cristo, que estava prevista desde o princípio. Ainda há povos, tribos e nações não alcançados pelo evangelho de Jesus. E, mesmo no Brasil, muitos são os desafios para cumprirmos o mandamento do Senhor, em diversos ambientes e com diferentes grupos sociais. Para aprender como alcança-los, participe neste domingo, 16 Julho de 2017 da Escola Bíblica Dominical.


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