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terça-feira, 4 de julho de 2017

Testemunho: Sinais e Livramentos (Dc. Claudomiro Cândido)



O ano de 2003 foi marcante em minha vida. Realizei meu sonho de casar, mas, a experiência não foi tão boa como eu esperava. Por nove meses, economizei o meu salário para realizarmos uma viagem. Porém, o dinheiro foi usado na festa do casamento, e eu, sequer, pude convidar minha mãe.

Depois de casado, minha esposa me maltratava com frequência, e nosso matrimônio durou apenas 50 dias. Todo este processo foi muito traumático, mas, mesmo que minha vida pessoal estivesse envolta em tristeza, eu permaneci firme nos pés do Senhor.

Nesta época, eu morava na cidade de Aguaí, e fazia parte de uma dupla, que cantava nas igrejas da cidade. Um dia, fomos atender um convite para louvar ao Senhor, e durante o culto, um profeta vindo da cidade de Paulínia, marchou em minha direção e disse:

- Deus me manda te dizer. Ele é quem está no céu, e você na terra. Sei que no momento mais difícil, você não negou o meu nome. Tenho uma grande obra em sua vida, mas, não será nesta cidade.

Eu estava bem empregado, tinha minha casa e desfrutava de uma boa estabilidade em Aguaí. Não fazia parte de meus planos mudar de cidade. Apesar do meu casamento ter sido destruído, eu decidi continuar morando ali. Mas, os planos de Deus eram outros, e logo, alguns sinais me apontaram que meu tempo naquela cidade estava terminando.

Eu era líder de jovens, bem comunicativo e simpático com todo mundo. Este meu comportamento extrovertido, despertou os ciúmes do ex-namorado de uma das moças da igreja.

Um dia, enquanto esperávamos o ônibus que nos levaria para a congregação, este moço apareceu bêbado e drogado, me puxou pela camisa e encostou um facão em meu pescoço, enquanto dizia que iria me matar. Respondi que Jesus me livraria da morte. Logo, os irmãos se aproximaram, e o moço afrouxou a arma. Neste momento, aproveitei a sua distração e entrei no ônibus correndo, e ele foi atrás. Houve um grande tumulto, até que os irmãos conseguiram dominá-lo, e desarmá-lo definitivamente.

Mesmo desarmado, o moço ainda se jogou na frente do ônibus e esmurrou o vidro, até que o mesmo se quebrasse. A polícia interviu, e tudo se acalmou. Eu entendi que aquele grande livramento, era também um recado de Deus. Ainda assim, permaneci em Aguaí.

Tinha um vizinho que era traficante de drogas, e numa grande infelicidade, eu o vi roubando um garrote no pasto. Ele me ameaçou dizendo que eu não “tinha visto nada” e “não sabia de nada”. No dia seguinte, Deus falou ao meu coração para realizar um jejum, pois a polícia iria até minha casa. E foi exatamente isto que aconteceu.

Minha mãe, puxou conversa com os policiais, e os traficantes ficaram incomodados. O roubo tinha acontecido na quarta feira, e já na sexta feira, Deus me visitou mais uma vez, me alertando que naquele dia, minha família receberia um grande livramento.

Cheguei da igreja naquela noite, e me mantive em alerta. Por volta das 0:00 horas, o traficante pulou no quintal de casa, e começou a bater na janela, chamando pelo nome da minha mãe. Convicto que não devia nada para aquele homem, eu abri a porta da casa para atende-lo, e foi então, que ele sacou um revólver 38 e apontou na minha direção.

Começou a chamar minha mãe de desgraçada, e a acusá-la de tê-lo entregado para a polícia. Foi então, que ele disparou a arma. Naquela hora, não consegui enxergar nada. Apenas senti a poeira do reboco se espalhando pela sala, em decorrência do impacto daquele projetil. Milagrosamente, a bala fez um desvio de 180 graus, passou por mim e pela minha mãe, e explodiu na parede. Um grande livramento. A mão do Senhor nos cobriu naquela hora. 


Após esta experiência, entendi que meu tempo em Aguaí tinha de fato se encerrado. Busquei em Deus uma direção para onde seguir. Minha irmã Célia já morava em Estiva Gerbi, e foi para esta cidade, que as mãos do Senhor me guiou. E é exatamente aqui, que Deus tem trabalhado na minha vida, no meu ministério e na minha linda família.


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