Vídeo comemorativo em homenagem aos aniversariantes de agosto.
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segunda-feira, 31 de agosto de 2015
Porque Deus interrompeu a construção da Torre de Babel?
Quando Ninrode
arquitetou o projeto mais audacioso da história da humanidade, ao tentar
construir uma torre que alcançasse os céus, e assim, se tornasse um refúgio
seguro caso um novo dilúvio fosse enviado sobre a terra, todos os homens de sua
geração prontamente atenderam ao chamado.
Apesar da complexidade daquela
empreitada, a obra prosperou vertiginosamente, pois todos estavam “unidos” e
“falavam uma só língua”.
Os construtores desenvolveram técnicas especiais para
queimar os tijolos afim de lhe dar maior resistência, e utilizavam o piche como
liga entre eles, dando condições para que as imensas fileiras de tijolos se
sustentassem uma sobre as outras. O campo de trabalho era próspero e o povo
esforçado, tanto que o próprio Deus decidiu visitar o “canteiro de obras”.
O relato de Gênesis
11:6 expressa a admiração do Criador pela organização dos construtores, sendo
que o próprio Deus testifica que se assim continuassem, em breve, não haveria
limites para o que os homens pudessem fazer. Exatamente por isso, uma reunião é
convocada nos céus, afim de avaliar o portentoso empreendimento, e uma questão
importante é trazida para a pauta central. Tudo está indo muito bem, a
obra prospera, o povo é unido e se comunica com perfeição, “mas a motivação”
esta deturpada. A intenção de Ninrode com a construção da gigantesca torre era
“ajuntar os homens em um único lugar” e “engrandecer o seu próprio nome”. Os
homens se esqueceram completamente do nome de “Deus” e agora almejavam
perpetrar seus próprios nomes na história. Ao intentar “reunir” os homens em
uma única cidade, Ninrode contrariava a ordem divina de multiplicar e “encher”
a Terra (Gênesis 1:28). O povo trabalhava corretamente, mas a “MOTIVAÇÃO”
estava errada. Assim, conhecendo a força de uma motivação enraizada profundamente
no coração humano, Deus decide intervir, e confunde a língua dos homens, e sem
poder se comunicar entre si, os construtores não tiveram outra opção a não ser
interromper a construção, e cada família se viu obrigada a migrar para regiões
diferentes da terra.
Infelizmente, muitos
homens têm construído verdadeiros “impérios”, fazendo uso indevido da Palavra
de Deus. Interpretam a Bíblia ao bel prazer, aplicando textos isolados como
regras de fé para justificar seus engôdos doutrinários. Muitos homens têm se colocado
acima do próprio Cristo, com muitas denominações tendo como seu estandarte um
líder religioso e não mais o Salvador Ressurreto. Obras megalomaníacas ofuscam
a simplicidade do Evangelho. Rituais abolidos pelo próprio Cristo são trazidos
de volta com intenções puramente comerciais. A fé do povo tem sido tratada como
moeda de troca e milagres são barganhados por bens materiais. Homens amantes de
si mesmo, que por puro hedonismo e interesse pessoal são verdadeiros
“profissionais” da fé, e com isso, pastores se tornam animadores de plateias e
levitas são elevados a status de ídolos. Obviamente, quando isto acontece, a
Bíblia é posta no centro de um cabo de guerra de intenções escusas. Nestes
casos, a motivação está claramente deturpada, sendo lapidada pelos mesmos
falsos profetas que Jesus nos alertou que estariam em nosso meio (Mateus 24:11).
Se tem uma lição que
Babel nos ensinou, é que quando as motivações estão deturpadas, a obra pode até
prosperar, mas um dia, essa ostentação se transformará em ruína. O orgulho
humano precede a queda e a avareza é um anuncio antecipado da miséria. Que
possamos voltar ao Evangelho puro e simples que Jesus nos ensinou, onde o amor
é o maior mandamento e corações limpos são cartões de visita para o trono de
Deus. Onde os valores são medidos pela voluntariedade e não por cifras
monetárias. Onde o que somos testifica do Evangelho e não apenas o que temos.
Um Evangelho onde Cristo seja o centro e homens sejam apenas servos. Um
Evangelho onde a Bíblia seja amada, lida e meditada com fervor e paixão, e não
garimpada descompromissadamente, apenas em busca de argumentos que justifiquem
as motivações libidinosas de homens que se comprometem apenas com o próprio
ego.
domingo, 30 de agosto de 2015
Culto dos Aniversariantes - Agosto 2015
O último domingo do mês é sempre dedicado para um
culto especial em homenagens aos aniversariantes, e este 30/08/2015 não foi
diferente. Vários irmãos de nossa igreja vivenciaram mais uma primavera no mês
de Agosto, crescendo em graça e experiência.
Louvamos a Deus pela vida de cada um desses amados
irmãos, desejando sobre todos as mais ricas bênçãos dos céus, felicidade, paz e
prosperidade...
04 – Rosalina Maria de Almeida
07 – Eder Marcos Pavan
07 – João Rodrigues
09 – Francisco Tadeu Jovino do Nascimento
10 – Carmem Silvia da Silva
13 – Valmira Sandra da Sant´Ana
17 – Valdomiro Abreu
18 – Elói Buhl
18 – Miguel Donizete da Silva
23 – Miralva Teles Paiva
25 – Caroline Vieira de Jesus
26 – Grimaldo Dantas de Jesus
26 – Ronaldo Aparecido Ferreira
28 – Antônia Aparecida Santana da Silveira
29 – Wesley Correa da Silva
Assim diz o Senhor: - Eu sei os planos
que tenho para vocês... Planos de faze-los prosperar e não de causar danos,
planos de lhes dar esperança e um futuro (Jeremias 29:11-NVI).
Informe Gospel 68
Setembro será um mês muito especial em nossa
igreja, pois iremos sair numa busca espiritual pela da 100ª ovelha. Em Lucas 15, Jesus nos conta como a centésima ovelha se perdeu e foi
achada. Ela foi atraída por novos horizontes, novas pastagens, novas aventuras
e afastou-se do convívio das outras ovelhas. Certamente não notou o risco de
cair no abismo, nem de perder o rumo nos desertos, nem mesmo a possibilidade de
ser apanhada por um animal predador.
A ovelha é um animal frágil, teimoso,
indefeso, míope e que não consegue se defender. Para estar segura precisa do
cuidado do pastor e da companhia das outras ovelhas. Mas agora, estava
sozinha. O pastor, entretanto, não
desistiu dela e nem a culpou por sua fuga inconsequente. Antes, deixou as
demais em segurança, procurou-a pelas montanhas escarpadas e valados profundos
e a encontrou em situação desesperadora, não podendo sequer andar. Então o pastor a tomou no colo. Em vez de
puni-la ou sacrificá-la, ele alegrou-se em encontrá-la e festejou a sua reintegração
no meio do rebanho. Este é nosso objeto e
contamos com o envolvimento e a oração de todos, para que possamos festejar o
retorna de ovelhas tão preciosas. E a edição nº 68 do Informe Gospel traz ainda a
palavra pastoral “O Matador de Vacas”, na coluna “Histórias da Nossa Gente” tem
o relato “Deus ainda remove pedras” da Pra. Marcia Gomes, agendas, datas
comemorativas, humor, aniversariantes do mês e todas as informações que farão
de setembro um mês inesquecível.
Nosso informativo estará disponível a partir
deste domingo (30/08/2015), e poderá ser retirado gratuitamente em nossa sede
regional na Rua Silvio Aurélio Abreu, 595, Jardim Florestal – Estiva Gerbi.
Culto da Saudade
Numa época de caos miséria,
Jeremias estava assentado nos escombros de Jerusalém, lamentando a triste sorte
dos judeus que se dividiam entre os exilados na Babilônia e os abandonados nas
ruínas de Judá. Então, entre as nuvens de lágrimas que enegreciam os seus dias,
o profeta decide buscar um facho de luz no meio da escuridão, e exclama: -
Quero trazer a memória, aquilo que me dá esperança (Lamentações 3:21).
Paulo, escrevendo aos irmãos
filipenses, os aconselha a construírem seus pensamentos tendo como “banco
dados” suas mais virtuosas lembranças. Tudo aquilo que fosse verdadeiro, respeitável,
justo, puro, bom, amável, louvável, reto e prudente deveria ser uma constante
em suas mentes (Filipenses 4:8).
De acordo com a Bíblia, é
recomendável imergir num “flash back” e trazer a memória aquelas lembranças que
inspiram nossa fé, a nossa fidelidade e evocam mais uma vez o primeiro amor.
Foi exatamente com este proposito que realizamos na noite deste sábado,
29/08/2015, o nosso terceiro Culto da Saudade, onde através do louvor, podemos
revisitar momentos marcantes de nossa história pessoal, recordar com emoção dos
primórdios de nossa vida cristã e compartilhar da nostalgia de tempos que já
não voltam mais.... E nem precisa voltar.
Cada dia de nossas vidas, cada momento
vivido, cada emoção aflorada são os tijolos que usamos para construir nossa
vida. Os caminhos trilhados nos trouxeram até aqui.... As escolhas e decisões
tomadas forjaram nosso caráter. O ontem já foi e o amanhã e apenas uma
promessa... O Hoje é o dia que o Senhor nos deu e devemos nos alegrar nele
(Salmo 118:4). Crente se lembra do passado, mas não está preso nele. Vive o dia
de hoje esperando a qualquer minuto a volta de Jesus. Então o momento para
fazer acontecer é o “agora”. Mas podemos muito bem nos inspirar com nossas
experiências e transformar a saudade num impulso para coisas futuras.
O CULTO DA SAUDADE, nos trouxe a memória
coisas que nos dão esperança, nos inspiram e nos fazem ter certeza que o Deus que
começou em nós a boa obra, não vai parar enquanto não a ver concluída. A sentir
saudades é bom.... Ter esperança é ainda melhor... Mas a certeza da glória é o
que nos trouxe até aqui e nos conduzirá para muito além...
sexta-feira, 28 de agosto de 2015
A Portas Fechadas
No famoso “Sermão da
Montanha” Jesus instruiu os seus seguidores sobre a importância da oração feita
a portas fechadas:
Tu, porém, quando
orares, vai para teu quarto e, após ter fechado a porta, orarás a teu Pai, que
está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará plenamente
(Mateus 6:6 – King James).
É obvio que neste texto,
Jesus não estava restringindo nosso período devocional de oração a um cômodo
especifico de nossa casa, mas sim ressaltando a “postura” com a qual devemos
nos portar no momento de nossas preces. Quando estamos sozinhos, com as
portas fechadas e sem ninguém para julgar nossas ações, relevamos nossa
verdadeira identidade.
É ali que tiramos nossa
máscara, desmontamos o figurino social, rompemos a casca que nos protege dos
olhares alheios e podemos finalmente descortinar nosso coração e revelar os
sentimentos ocultos e escusos que trancafiamos no porão de nossa alma.
No oculto não há
segredos, e é exatamente assim que devemos nos apresentar diante de Deus com a
cara limpa e desarmados de qualquer hipocrisia. Deus conhece nosso
íntimo, e deseja que ele seja exteriorizado em nossa face, e o melhor lugar
para que isto aconteça é nos recôncavos da solidão.
Fechar a porta, mais do
que uma ação em busca de sigilo e privacidade, é a atitude de ignorar o mundo,
remover as artificialidades que sustentamos e revelar-se a Deus sem reservas.
Este é o cenário propício para Deus nos moldar segundo sua própria imagem.
quinta-feira, 27 de agosto de 2015
EBD - A irreverência destruiu Ananias e Safira
Texto Áureo
Atos 5:11
E houve um grande temor
em toda a igreja, e em todos os que ouviram estas coisas.
Verdade Aplicada
Deus conhece o interior
da alma de cada ser humano, Ele jamais é injusto. Quando age com juízo, é
porque viu o que nenhum de nós poderia ter visto.
Textos de Referência
Atos 5:3-5,
9
Disse então Pedro:
Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito
Santo e retivesses parte do preço da herdade?
Guardando-a, não ficava
para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em
teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus.
E Ananias, ouvindo estas
palavras, caiu e expirou. E um grande temor veio sobre todos os que isto
ouviram.
Então Pedro lhe disse:
Por que é que entre vós vos concertastes para tentar o Espírito do Senhor? Eis
aí à porta os pés dos que sepultaram o teu marido, e também te levarão a
ti.
Um casamento e dois funerais
Os primórdios
da Igreja foram marcados por uma intensa e irrepreensível união, tornando-se um
dos pilares que sustentaram seu crescimento assombroso. Nos primeiros capítulos
de Atos dos Apóstolos, o evangelista Lucas registra minuciosamente os fatores
que corroboraram para o estabelecimento desta unidade eclesiástica: A Igreja, como um todo, se mantinha fiel aos
ensinamentos apostólicos, nas orações, na comunhão e no partir do pão. Entre
eles não havia gente necessitada, pois aqueles que “tinham” repartiam com os
que “não tinham”. Faziam refeições comunitárias, onde comiam juntos em alegria
e humildade de coração. Todos cultivavam a mesma fé e tinham tudo em comum,
sendo hospitaleiros uns para com os outros. Perseveravam unânimes no
templo, louvando a Deus e caindo na graça do povo. O amor era uma pregação
prática e incessante, despertando interesse de todo tipo de gente por aquela
nova fé. Uma vez atraídos pelos laços de fraternidade tão presente entre os
cristãos, todos eram impactados pelo poder que residia na pregação dos
apóstolos, que cheios de unção testificavam sobre a ressurreição de Cristo e
ministravam a Palavra de Deus com tamanha ousadia, que até os alicerces do
templo eram abalados, operando em nome de Jesus, grandes sinais e prodígios
maravilhosos. Com um número cada vez maior de fiéis ingressando em suas
fileiras, seria apenas uma questão de tempo para que alguma “laranja podre”
fosse identificada no seio da congregação. E de fato, isto não demorou a
acontecer.
Uma das
práticas mais relevantes da Igreja Primitiva consistia em que cristãos mais
abastados se desfaziam de alguns bens e traziam o dinheiro angariado até os
apóstolos, afim de que os mesmos repartissem aquele valor entre os mais
necessitados. Lucas cita, por exemplo, que um levita natural de Chipre por nome
Barnabé, após vender uma propriedade, reverteu toda a renda em prol dos menos
favorecidos. Tal atitude generosa fez com que o mesmo fosse muito estimado pela
congregação, abrindo precedentes para que outros irmãos agissem da mesma forma.
Ananias e Safira, também venderam uma propriedade, mas não tornaram público o
valor da transação. Separaram uma parte do dinheiro obtido com aquela venda e
trouxeram o montante aos apóstolos, dizendo que estavam ofertando aos necessitados
todo o valor conseguido com a venda. Com isso, objetivaram ganhar em duas
frentes. Se por um lado poderiam empregar o dinheiro guardado em novas
propriedades, por outro seriam enaltecidos dentro da congregação por sua
generosidade desapegada. Buscando ser duplamente honrados, o casal decide que
cada um deverá levar separadamente, uma parte do dinheiro até os apóstolos,
ressaltando que ali estava sendo entregue tudo quanto tinham conseguido
arrecadar.
Porém,
esta atitude hipócrita e gananciosa, com motivações meramente carnais, desagradou
profundamente ao Espírito de Deus, que tomou aquela mentira como uma ofensa
pessoal. Pedro ficou incumbido da dura tarefa de transmitir ao casal a terrível
sentença desta irreverente ação. Ananias foi o primeiro a se achegar ao altar,
e assim que entregou sua “oferta” ao apóstolo, foi inquirido pelo homem de
Deus: - Por que você deixou Satanás
encher teu coração com mentiras? Alguém exigiu algo de você? A herança não era
tua? O dinheiro da venda não era teu? Por que, então, decidiu por este engodo,
mentindo não aos homens, mas sim ao próprio Deus? Assim que ouviu estas
palavras, Ananias foi atingido mortalmente pelo Senhor e faleceu imediatamente,
fazendo que um grande temor recaísse sobre toda congregação. Alguns jovens
obreiros se encarregaram de retirar o cadáver do cenáculo e sepulta-lo nas
imediações. Passadas três horas, Safira se apresenta diante de Pedro, e incauta
sobre o acontecido, repete a história contada anteriormente por seu marido. Diante
de mais esta mentira, Pedro informa aquela mulher que as mesmas pessoas que
sepultaram seu marido horas atrás, também seriam responsáveis pelo seu próprio
sepultamento. Ao saber de sua viúves, e tomando consciência da gravidade de seu
erro, imediatamente, Safira morreu.
Ananias e Safira –
Inimigos íntimos da Igreja
Corremos grandes riscos quando tentamos aparentar
ser o que não somos. Tal ação e denominada hipocrisia. É a dissimulação
deliberada. É a tentativa de fazer as pessoas acreditarem que somos mais
espirituais do que somos. Lucas faz questão de relatar a oferta de Barnabé
antes da oferta de Ananias e Safira (Atos 4:36. Seu intento é mostrar a
motivação do casal, os quais buscavam reconhecimento entre os apóstolos.
Ananias e Safira forma instigados por Satanás a buscarem glória humana e, tomados
pelo orgulho, cederam e planejaram uma estratégia (Atos 5:3). Satanás sabe que
não pode destruir a Igreja, por isso, tenta misturá-la perder a credibilidade
(Atos 20:28-3). O “Inimigo” sabe como enganar a mente e o coração dos membros
da Igreja, e como os manipular de modo que sigam suas ordens, mesmo sendo
cristãos sinceros (Efésios 6:5-9). Devemos ter em mente que Ananias e Safira
não foram condenados por roubar dinheiro de Deus, mas sim pela mentira
arquitetada em seus corações. Eles não tinham obrigação alguma de ofertar
qualquer valor pela propriedade vendida (Atos 5:4). A origem de seu pecado se
deu pelo desejo de reconhecimento (Atos 5:4-9), um pecado que, infelizmente,
lhes custou a vida (Tiago 1:15).
A igreja vivia um
altíssimo nível espiritual naquele tempo e qualquer pessoa que fizesse parte
dela não conseguira participar da comunhão por muito tempo sem que sua
falsidade fosse percebida. A intervenção poderosa de Pedro condenou a raiz do
pecado e manifestou um dom pouco ativado pelos cristãos em nossos dias: o dom
de discernir os espíritos, que é a habilidade ou capacidade, dada por Deus, de
se reconhecer a identidade, a personalidade e a condição dos espíritos em suas
diferentes manifestações ou atividades. Ananias e Safira teriam se tornado
pessoas influentes dentro da Igreja, caso Pedro não discernisse e a palavra de
juízo os julgasse (I Coríntios 12:1-11 / I João 4:1). Pedro tinha o dom de
discernimento espiritual e foi informado pelo Espírito Santo que Ananias e
Safira estavam mentindo. As palavras do apóstolo deixam bem claro que Ananias
tinha completa liberdade para conservar ou vender sua propriedade conforme bem
entendesse. Seu pecado se achava na sua mentira ao Espírito Santo e consistia,
assim, não em dar uma mera parte do preço ao fundo comum, mas, sim, em alegar
que o dinheiro representava a totalidade e não apenas parte do preço da
propriedade. Nem sequer se tratava apenas de procurar enganar os líderes
humanos da Igreja. Os líderes eram homens inspirados pelo Espírito e, portanto,
eram os representantes de Deus.
Enquanto os ataques do
inimigo forem externos, a Igreja estará segura, mas, quando estes penetrarem em
seu seio, esta ação deve ser cortada. A Igreja foi comprada com o precioso sangue
de Jesus e o zelo de Deus está sobre ela (Atos 20:28; Efésios 5:25). Satanás
tem por finalidade destruí-la ou enfraquecê-la com sua mentira, porque uma
Igreja sem poder é apenas mais uma religião no mundo (João 8:44 / 10:10). Três
qualidades distinguem a Igreja e, por isso, é vítima dos ataques inimigos.
Primeiro, ela é coluna e baluarte da verdade (1Tm 3.15), por isso é atacada com
as mentiras de Satanás. Em segundo lugar, a Igreja é o templo de Deus, onde Ele
habita (I Coríntios 3:16), por isso, ele deseja se mudar para dentro dela para
roubar sua perfeição. Por último, a Igreja é o exército de Deus e Satanás
procura se infiltrar nela para seduzir o maior número possível de traidores (II
Timóteo 2:1-5). Esta história nos dá um claro exemplo do julgamento pessoal de
Deus, pois se Ananias e Safira tivessem julgado o próprio pecado, não teriam
sofrido o julgamento de Deus (I Coríntios 11:31). No entanto, ao concordarem em
mentir, Deus teve de lidar seriamente com eles
Desde o
Jardim do Éden, Satanás tem enganado o ser humano de diversas maneiras, mas
nenhuma é tão eficiente quanto “simular” as ações de Deus. A Bíblia nos revela
que Deus é Espírito (João 4:34) e é também no campo espiritual que o Inimigo
atua em sistemas de poderes organizados. O homem também é um ser espiritual
“revestido de um corpo corruptível” (I Coríntios 15:35-54), o que faz deste
mundo invisível, um ponto chave em nossa vida cristã – “Pois não temos que lutar contra a carne e nem o sangue, mas sim,
contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas
deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais
(Efésios 6:12) ”. O termo espírito
ou espíritos aparece cerca de 990 vezes nas escrituras, sendo que em Hebreus
12:7-9, é aconselhado que nos sujeitemos a Deus, que é “Pai dos Espíritos”. Deus
é um ser espiritual, logo as ordens angelicais também o são, ministrando seus
desígnios e tornando-se visíveis aos homens apenas em ocasiões especiais
(Genesis 32:1-2; Juízes 6:11; I Reis 19:5; Neemias 9:6; Jó 1:6;
2:1; Salmos 68:17; 91:11; 104:4; Isaías 6:2,3; Daniel
8:15-17; Mateus 13:39; 13:41; 18:10; 26:53; Marcos 8:38; Lucas
22:43; João 1:51; Efésios 1:21; Colossenses 1:16; II
Tessalonicenses 1:7; Hebreus 1:13,14; 12:22; I Pedro 3:22; II Pedro 2:11; Judas 9; Apocalipse 12:7; 22:8,9). Se
os anjos do Senhor são espíritos, logo a terça parte dos renegados que foram
expulsos do paraíso também o são. Espíritos maldosos e enganadores, que atuam
nas esferas celestes (céu cósmico), aos quais comumente denominamos DEMÔNIOS. O
homem também possui um espírito dentro de si, que foi dado e será recolhido por
Deus (Eclesiastes 12:7), recebendo então uma destinação final baseado no julgamento
de seus atos enquanto vivente (Hebreus 9:27).
Considerando
estes fatores, podemos concluir que uma manifestação espiritual pode ser
oriunda de três fontes distinta: Espírito de Deus, espírito de demônios ou
espírito do homem. A manifestação do Espírito de Deus visa fortalecimento,
consolação, conselho, exortação e santificação do Corpo de Cristo. A
manifestação do espírito de demônios visa confusão, contendas, deturpação e
corrompimento deste mesmo Corpo. A manifestação do espírito do homem por sua
vez, age visando vanglória e interesses pessoais, como por exemplo, no caso de
Ananias e Safira. Para realizar o julgamento sobre as ações espirituais sem
cometer uma grave blasfêmia contra o Espírito Santo, atribuindo a ele uma ação
demoníaca ou vice-versa, faz-se necessário o Discernimento dos Espíritos.
Este DOM
nada mais é do que a capacidade e a habilidade sobrenatural de se reconhecer e
identificar o espírito (ou espíritos) que estão por detrás de uma manifestação
ou atividade, percebendo e distinguindo suas personalidades e condições. Este DOM é vital dentro da igreja, pois
qualquer espírito que queira “interagir com o mundo físico” precisará fazer uso
do corpo e das faculdades de um ser humano, o que nos trará imensos desafios e
batalhas tremendas dentro da congregação, exigindo do cristão essa habilidade
de identificar a manifestação espiritual e posteriormente, conhecendo a fonte,
saber como agir e reagir em relação a cada tipo de espírito. Uma vez
reconhecida à voz de Deus, postar-se em reverência para ouvir a mensagem. Se a
manifestação espiritual for identificada como oriunda de uma fonte maligna,
expulsar os demônios no nome de Jesus e trazer libertação a pessoa que está
sendo “usada” por esta força demoníaca. Caso seja identificado que a
manifestação não passa de uma atividade humana, repreender o responsável pela
mensagem, e assim evitar confusão junto à igreja. Caso não haja na congregação
pelo menos um indivíduo que possua tal DOM, toda a comunidade eclesiástica
ficará vulnerável a ação de espíritos enganadores e homens mal-intencionados
que se usurpam da “Palavra de Deus” para obter lucros abusivos e vantagens
pessoais, manipulando a fé dos fiéis. Todo membro do Corpo, deve constantemente
interceder por seus líderes e pastores, a fim de que estes homens sejam
capacitados por Deus a exercerem o bom discernimento e identificar as
manifestações nocivas que podem acontecer no seio da congregação.
Uma cultura orgulhosa e
materialista
A nova vida produzida
pelo Espírito Santo capacitava os primeiros cristão a viver em comunhão e a
dividir seus bens para suprir a necessidade dos menos favorecidos. Esta atitude
desafiava o espírito ambicioso dos moradores de Jerusalém, lugar onde o
Espírito Santo imprimia em cada cristão um modelo de Cristo (I Coríntios 11:1).
Na época do derramamento do Espírito, Roma estava no poder e disseminava uma
cultura de orgulho, arrogância e materialismo, onde os oprimidos, as viúvas,
órfãos e os pobres não tinham vez (Salmo 9:6). Por toda a extensão do império
encontravam-se monumentos e palácios que foram construídos para os heróis de
guerra. Porém, não havia qualquer preocupação com os pobres (Salmos 9:18). Do
lado judeu, a cobiça e o orgulho também predominavam. Os líderes religiosos se
inclinavam para a aquisição das riquezas e de propriedades (Eclesiastes 5:10 /
I Timóteo 6:10). Enquanto isso os fariseus viviam de artimanhas legais para
roubar as casas das viúvas. Assim, os órfãos eram abandonados e os desabrigados
sofriam ofensas. A classe trabalhista era sabotada no salário. Não havia mais
justiça, nem temor a Deus. Por todo Israel, a atitude predominante era a
seguinte: “Cada um por si”. Não havia satisfação porque cobiçosamente se
desejava mais e mais.
Durante centenas de
anos, os pobres haviam sido desprezados, mas, de repente, o Espírito Santo
soprou uma qualidade de vida contagiante, onde as pessoas vendiam propriedades,
compartilhavam suas alegrias e tinham tudo em comum (Atos 2:43-46). O mundo
presenciou o surgimento de crentes que amavam uns aos outros, eram cheios de
poder, não estavam presos a bens materiais e se preocupavam com os
necessitados. O Espírito Santo queria que eles fossem uma carta lida, um
testemunho vivo do amor de Deus para o mundo (II Coríntios 3:2). Eles pregavam
sem palavras, com atos. Foi exatamente esse clima que Ananias e Safira tentaram
sabotar. Não custa entender porque perderam a vida. A aparente generosidade de
Ananias não foi um ato de fé. Ananias não agiu licitamente, pelo que inclui o
verbo grego (nosphizomai) traduzido por reter (Atos 5:2-3). Esse verbo no Novo
Testamento só aparece aqui e em Tito 2.10 (traduzido por defraudar). “Reter”
aqui é no sentido de “subtrair”. Esse mesmo verbo aparece em Josué 7:1, na
Septuaginta, quando Acã tomou do “anátema” de Jericó.
Muitas pessoas servem a
Deus com reservas, não permitindo que o senhor preencha as áreas escuras de
suas almas. Ananias e Safira não foram punidos por causa de um pedaço físico de
terra, o juízo tem a ver com o território interno dos seus corações. Eles se
rebelaram contra a verdade. Acreditaram que podiam servir a Deus e estar
agarrados a alguma coisa. Pedro afirma que mentiram ao Espírito Santo (Atos 5:3).
A ganância em seus corações foi a chave que deu acesso legal à entrada de
Satanás e, com obstinada desobediência, permitiram que o inimigo enchesse seus
corações (Provérbios 26:2 / Efésios 4:7). O preço de uma vida triunfante não é
pequeno. Significa sujeitar a vida toda à Palavra de Deus, não deixando mais
nenhum lugar escuro, nenhuma luxúria oculta ou rebelião. Não devemos dar espaço
para Satanás entrar porque é tudo o que ele precisa para ganhar o direito de
entrar e estabelecer uma base poderosa em nossos corações (Tiago 4:7/ I Pedro
2:13).
Lições de um juízo inesperado
O testemunho que se
espalhou por toda Jerusalém é a mensagem que o Espírito Santo desejava disseminar
em todo o mundo. Somente o poder de Deus poderia suplantar aquele espírito de
materialismo que há séculos asfixiava Israel. Algumas pessoas confundem período
de graça com ausência de santidade divina. Embora não sejam comuns tais juízos.
Deus ainda os executa em nossos dias. Ninguém, exceto Deus, conheceu o que
havia de tão horrendo no coração de Ananias e Safira. Todavia, não há dúvidas
de que eles mexeram em casa de maribondo quando tentaram enganar a todos,
inclusive a Deus (Atos 5:3-4). Ananias significa “Deus é cheio de graça”, mas
ele descobriu que Deus também é santo. Safira significa “bela”, mas o pecado
tornou seu coração repugnante. Um avivamento não nos isenta de ter no seio da Igreja
pessoas com essa estirpe. Em tempos de grande avivamento, a presença de Deus é
real e quando essa presença é real pode tanto salvar quanto matar (II Samuel
6:6-7). Ressalte para eles que, no mesmo lugar que se produzia a vida, Ananias
e Safira encontraram a morte. Assim como Nadabe, Abiú e Uzá, eles foram irreverentes
e a presença de Deus para eles agiu como juízo em vez de graça (Levíticos
10:1-5 / I Crônicas 13:9-10).
Vivemos tempos difíceis
onde as pessoas misturam o santo com o profano, onde tudo é muito comum. Tempos
em que se vive uma graça sem responsabilidade, onde o temos a Deus parece não
fazer parte da vida de muitos cristãos. O que o Espírito Santo está tentando
nos comunicar com o juízo sobre esse casal? Será que sabemos o que significa
temor? Temor não é medo, é respeito, reverência! Eles tentaram enganar a Deus
como se Deus fosse uma pessoa qualquer! Eles não precisavam dar nada, a
propriedade lhes pertencia. Também não precisavam forjar valores. Era somente
dizer: “eu quero dar isso! ”. Morreram por querer aparentar o que não eram. Por
isso, eles se tornaram exemplo para que todos vissem o quanto Deus é santo (Jó
28:28 / Provérbios 1:7; 10:27). O motivo da ira de Deus se encontra nos
versículos 3 e 4 – eles mentiram ao Senhor! Ananias e Safira venderam um
terreno e afirmaram que o ofertaram o valor total da venda para ajudar os
irmãos pobres. Eles queriam parecer pessoas generosas, mas, ao mesmo tempo,
queriam ficar com uma parte do dinheiro. Decidiram mentir, dizendo que sua
oferta foi o valor integral da venda do terreno. Deus não obrigou ninguém a
vender terras ou a dar o valor total de suas propriedades. Pedro reconheceu o
direito de Ananias e Safira de ficar com o seu terreno: “Conservando-o, porventura, não seria teu? Uma vez que decidiram
vender, não foram obrigados a doar o valor total. Pedro acrescentou: “E, vendido, não estaria em teu poder? ”
(Atos 5:4). Ananias e Safira queriam o “crédito” por uma doação generosa, sem o
sacrifício de perder todo o valor do terreno. Mentiram para Deus e para os
homens e foram cobrados por essa infeliz atitude.
A irreverência matou
Ananias e Safira. No entanto, o grande questionamento é se foram ou não salvos.
Segundo o que as Escrituras nos informam, poderíamos acreditar que não (I Coríntios
6:9-10 / Apocalipse 22:15). Todavia, o que convém é entendermos que Deus é
soberano e não precisa dar explicação de seus atos. Somente Ele viu realmente o
que havia em seus corações e se agiu dessa forma é porque viu muito mais além
daquilo que vemos (Jeremias 17:10). Pedro também lhes deu a oportunidade de
dizer a verdade, ele apenas condenou a mentira. Entretanto, foi o Espírito de
Deus que executou o julgamento (Atos 5:4-11 / Gálatas 6:7). Ananias e Safira
esperavam dar um pouco a Deus e receber crédito por muito. O seu esquema era
desonesto e o julgamento de Deus foi rápido e severo. Não precisavam terminar
dessa maneira. Esse é o preço da hipocrisia e da insensatez. Em vez de fama e
sucesso, alcançaram a vergonha e o fracasso.
O juízo sobre a vida de
Ananias e Safira nos ensina que ninguém deve brincar com o Espírito Santo, nem
deixar de levar a sério a importância de se dizer a verdade. A graça é a
oportunidade para se viver retamente; o juízo é a resposta para quem se utiliza
da graça para ser desonesto.
O perigo das “boas intenções”
Há um
ditado popular que diz: de boas intenções, o inferno está cheio. De fato, as
boas intenções não justificam ações impensadas, levianas ou displicentes. Basta
lembrar do caso de Saul, que recebeu do Senhor a ordem de subir contra os
amalequitas e aniquilar tudo que encontrasse pelo caminho. Ele reuniu um
poderoso exército com 210 mil homens e subiu contra Amaleque, mas contrariando
a instrução divina, poupou a vida de Agague, rei dos amalequitas e ainda tomou
como espólio de guerra os seus rebanhos de vacas, ovelhas e carneiros. Esta
atitude de Saul acendeu a ira do Senhor contra ele, e Samuel foi enviado para
repreende-lo. O rei tentou justificar seu erro com um argumento que convenceria
a maioria de nós: trouxe estes animais para sacrificar ao Senhor. Mas a
resposta de Saul a essa justificativa foi a celebre frase: É melhor obedecer do
que sacrificar (I Samuel 15:22).
O amor e o
zelo estão intrínsecos em Deus, fazendo parte de sua personalidade. Logo, o
Grande "Eu Sou" vela pela sua palavra e sempre a fará se cumprir.
Uzá, ao tentar segurar a Arca com suas próprias mãos, negligenciou o zelo de
Deus. Como sacerdote, ele sabia exatamente como proceder, mas foi conivente com
desleixo demonstrado na tentativa de levar a Arca para Israel. Todas as intenções
eram boas... Davi ansiava pelo retorno da presença de Deus. O povo
desejava que a Arca voltasse para casa. Os sacerdotes se apressaram para que
nenhum minuto fosse desperdiçado. Mas todos se esqueceram que não basta desejar
a presença de Deus.... Antes é exigido preparo, cuidado e santificação.
Deus não visita casa bagunçada. Ele vem até seu povo, mas é necessário
atender os pré-requisitos. Deus faz suas exigências e homem que deseja
compartilhar de sua presença precisa atender. Uzá se esqueceu disso, assim como
nós nos esquecemos também. A Arca não poderia ser guiada por bois, Uzá estava
do lado da carroça... Quando a Arca pareceu estar em risco de queda, ele se
prontificou a ampará-la, mas se esqueceu que Deus não necessita de mãos humanas
para estar de pé. Deus é bom, mas é justo... Deus é amor, mas também é
zelo...
É preciso
se atentar a estes detalhes, afim de preparar o ambiente para a chegada de
Deus. Caso contrário, colocamos nossa vida em perigo. Certa vez, ao ser
questionado sobre porque Deus matou Uzá, um rabino respondeu: A pergunta
correta não é porque Deus matou Uzá, mas sim porque nós continuamos vivos.
Participe da EBD deste domingo, 30/08/2015, e descubra você também o maravilhoso poder de Jesus Cristo e o segredo do sucesso apostólico.
Material Didático:
Revista Jovens e Adultos nº 96 - Editora Betel
Comentarista: Pr. Abner de Cássio Ferreira
Sinais, Milagres e Livramentos do Novo Testamento
Lição 9
Lição 9
Comentários Adicionais (em verde):
Pb. Miquéias Daniel Gomes
quarta-feira, 26 de agosto de 2015
Quarta Forte com Pb. Miquéias Daniel
Pouco
sabemos sobre a vida do patriarca Jó. Ele morava em Uz, era casado, pai de dez
filhos que gostavam de festas, tinha por estima seus amigos e seu rebanho era
superior a 10.000 animais. Porém, a mais importante informação sobre Jó está
inserida logo no primeiro verso de sua história: Ele era íntegro,
justo, temia a Deus e se desviava do mal (Jó 1:1). O patriarca não
frequentava uma igreja, e até onde sabemos, não tinha um mentor espiritual.
Mesmo assim, ele decidiu ser fiel ao seu Deus e vivia sua vida cerceada de
cuidados para que ela não fosse minada pelo pecado. E isso atraiu sobre Jó o
olhar invejoso do próprio Satanás. O escritor americano Philip Yancey descreve
o livro de Jó como uma grande peça de teatro, onde nós, espectadores conhecemos
o enredo e as motivações de cada personagem, e exatamente por isso compreendemos
cada reação as diversas ações desencadeadas. Mas Jó, personagem central desta
peça, está completamente no escuro, sem saber o que acontece nos bastidores e
portanto, não conseguindo compreender os muitos porquês” das páginas seguintes.
E
foi exatamente sobre escolhas tomadas por Jó diante de seus muitos flagelos que
o Pb. Miquéias Daniel Gomes
ministrou uma poderosa palavra na Quarta Forte deste dia 26/08/2015.
O ponto
chave desta história é a fidelidade de Jó. Satanás, astuto e ardiloso,
argumenta com Deus que é muito fácil ser fiel quando se vive em conforto e
abastança, e insinua que a fidelidade de Jó se deve única e exclusivamente ao
fato que Deus o cobria de bênçãos. Ali é estabelecido um embate épico, um duelo
de escala cósmica, cujo epicentro é a vida de um simples mortal. O inimigo
sugere que Deus tire de Jó tudo o que ele tem, e que depois seja reavaliado o
nível de sua fidelidade. Deus aceita o desafio e Satanás é autorizado a retirar
de Jó seus bens mais preciosos. Em poucas horas, seus bois, jumentos e camelos
são roubados por saqueadores, seus funcionários mais leais são cruelmente
assassinados por uma horda bárbara e suas ovelhas são dizimadas por uma
saraivada. No mesmo dia, enquanto seus filhos almoçavam juntos na casa do mais
velho, um furacão derrubou o edifício matando todos eles. Jó agora era um homem
pobre, imerso em dor e sofrimento, com um pesar indescritível lacerando seu
coração. Porém, mesmo na mais cruel adversidade, ele esbofeteia Satanás e se
mantem fiel ao seu Senhor, não imputando a Deus falha alguma: Nu saí do
ventre de minha mãe, e nu tornarei para lá. O Senhor deu, e o Senhor tirou;
bendito seja o nome do Senhor (Jó 1:21).
Satanás
não se deu por vencido e alegou que a fidelidade havia se mantido pois o mais
precioso dos bens ainda estava intocável, e insinua que se a saúde de Jó for
afetada, sua fé também será. Mais uma vez, Deus coloca sua própria honra nas
mãos de Jó, e permite que o inimigo atinja o patriarca com força total,
ferindo-o com úlceras purulentas da cabeça aos pés. Apodrecendo em vida, e
sofrendo com a intolerância das pessoas mais próximas, Jó se depara com o
inevitável questionamento: Pra que se manter fiel a um Deus que só lhe
causa dor e sofrimento, sem que ao mesmo uma única ofensa justifique tamanho
infortúnio? Porém, com a cabeça raspada e coberta de cinzas para
externando toda sua dor, a atitude surpreendente tomada por Jó é se lançar
sobre o pó e “ADORAR” ao Senhor. E o golpe final, que derruba por terra as
perniciosas ambições de Satanás está registrado nas palavras de Jó 13:15 - Ainda
que ele me mate, nele esperarei; contudo, os meus caminhos defenderei diante
dele.
Filme: Eu & Você, Nós para Sempre
O longa metragem “Eu
& Você, Nós para Sempre” (Me & You, Us, Forever) é uma produção
estadunidense produzida, escrita e dirigida por Dave Christiano. O elenco conta
com Michael Blain-Rozgay e Stacey J. Aswad, numa história emocionante, sobre a busca por um recomeço.
A dor de um divórcio não
desejado... Uma fé questionada... A lembrança do primeiro amor perdido.
Baseado
em fatos reais, Eu & Você, Nós Para Sempre... conta a história de Dave, um
cristão que sente muito a dor de um divórcio não desejado. Em busca de
respostas que amenizem seu sofrimento e tragam algum sentido para sua vida,
Dave começa a participar de um grupo cristão de apoio a pessoas divorciadas.
Enquanto participa desta terapia de grupo, ele se lembra de sua primeira
namorada e de o quanto haviam sido felizes. Mas lamenta ter, um dia, rompido o
relacionamento. Agora, 30 anos mais tarde, Dave quer vê-la novamente...
terça-feira, 25 de agosto de 2015
4º trimestre da EBD - Maturidade Espiritual
Se você
também é um apaixonado pela EBD, certamente fica ansioso por conhecer o tema do
próximo trimestre, mesmo ainda estando imerso no assunto do trimestre
atual. Então, que tal pelo menos matar
essa curiosidade?
Para o 4º trimestre de 2015, a editora Betel traz para os
alunos da EBD um tema de grande relevância e que dá continuidade direta a
temática eclesiástica que estudamos atualmente:
MATURIDADE ESPIRITUAL
“Capacitando o cristão para cumprir os desígnios
de Deus com uma vida de fé e atitudes”.
A revista didática é comentada pelo Pr.
José Fernandes Correia Noleto, presidente da AD em Cuiabá MT, e as aulas do próximo trimestre estão
previstas para iniciar em 04 de setembro. Enquanto isso, não perca as aulas da EBD que acontecem todos os domingos as 9:00 horas, onde temos estudado sobre os Sinais, Milagres e Livramentos do Novo Testamento - O poder de Jesus Cristo e o segredo do sucesso apostólico.
Biografia: John Wycliffe
John Wycliffe nasceu na terra natal
de “Occam”, na Inglaterra, aproximadamente na mesma data em que o exilado
excomungado morreu de peste em Munique. Embora chegassem a muitas conclusões
idênticas no tocante à igreja, Wycliffe e Occam divergiam grandemente nas
abordagens básicas da filosofia e da teologia. Wycliffe era realista em relação
às proposições universais, mas acreditava, assim como Occam, que o papa era
corrupto e que a igreja deveria ser governada pelo povo de Deus com seus
respectivos representantes e não pela estrutura hierárquica clerical.
Wycliffe
nasceu por volta de 1330 em Lutterworth, no condado de Yorkshire, na
Inglaterra. Morreu ali em 1384 como pároco, depois de ter sido afastado da
Universidade de Oxford pelos seus colegas e pelos líderes eclesiásticos, devido
aos seus ensinos radicais. Ainda jovem, Wycliffe tornou-se mestre no Balliol
College da Universidade de Oxford, alcançou rapidamente posição de destaque e
adquiriu grande reputação como erudito e forte defensor de reformas na igreja.
Enquanto dava aulas em Oxford, assim como muitos outros catedráticos, Wycliffe
era funcionário do rei da Inglaterra de quem recebia proteção contanto que suas
opiniões concordassem com as da realeza. Serviu de mediador entre a igreja e a
corte real nas disputas a respeito dos bens imóveis da igreja, impostos e de
outras questões conflitantes entre a igreja e o estado e escreveu dois grandes
livros sobre a teoria governamental.
Defendia a
tradução da Bíblia inteira para a linguagem do povo para que todos os cristãos
pudessem lê-la e estudá-la por conta própria. Graças a isso, é lembrado no nome
da maior sociedade de tradução bíblica do mundo.
Wycliffe
não era nada diplomático ou flexível em questões que envolviam suas fortes
convicções. Censurava a corrupção e abusos dentro da igreja e condenava
duramente os papas de sua época por causa da secularidade e obsessão pelo poder
e dinheiro. Um exemplo de sua invectiva contra o papa oferece uma amostra de
sua inclinação à polêmica: “Portanto, o papa corrupto é anticristão e maligno,
por ser a própria falsidade e o pai das mentiras”. Chamou os ubíquos frades de seu
país de “adúlteros da Palavra de Deus, que usam as vestes e véus coloridos das
prostitutas”. Wycliffe antecipou os ataques de Lutero contra a corrupção da
igreja de forma mais veemente em sua crítica às indulgências. As indulgências
eram documentos de absolvição do castigo temporal (como o purgatório) dos
pecados vendidos por agentes dos papas. Wycliffe condenou severamente essa
prática, assim como Lutero o fez em seus dias. A respeito das críticas que o
teólogo de Oxford fez contra a igreja, um biógrafo moderno de Wycliffe escreve:
“Um ataque como esse foi necessariamente o prelúdio para a Reforma e uma
contribuição importante de Wycliffe. De fato, pode-se dizer que o ataque de
Wycliffe foi tão direto, tão devastador que poupou os reformadores do século
XVI o trabalho de realizar a tarefa sozinhos”.
Em 1377, dezoito “erros” de Wycliffe
foram condenados pelo papa a pedido de alguns de seus colegas em Oxford. Ele
foi intimado a comparecer diante dos bispos da Inglaterra para se defender.
Nessa ocasião, conseguiu evitar a confrontação apenas porque a rainha-mãe o
defendeu firmemente. Em 1378, Wycliffe começou a criticar o Grande Cisma do
Ocidente, no qual dois homens e, posteriormente, três alegavam ser papas. Suas
críticas, no entanto, não se restringiram ao papado. Elas se estenderam às
doutrinas católicas essenciais como a transubstanciação, que se tornou dogma
semi-oficial da igreja no tocante à eucaristia no Quarto Concílio Laterano em
1215. A família real apoiou e protegeu Wycliffe até 1381, quando ele simpatizou
abertamente com a revolta dos camponeses. Sofrendo grandes pressões do corpo
docente de Oxford e dos bispos da Inglaterra, Wycliffe voltou à sua paróquia
natal em Lutterworth, onde passou o resto de seus dias escrevendo e organizando
uma sociedade de pregadores leigos pobres, conhecidos como lollardos. Morreu de
derrame enquanto conduzia o culto no último dia de 1384 e foi condenado como
herege e oficialmente excomungado pelo Concílio de Constança em 1415; ali
também foi queimado na fogueira seu dovoto seguidor boêmio, João Hus. Os restos
mortais de Wycliffe foram exumados, queimados e jogados no rio Swift pelo bispo
de Lincoln em 1428.
Diferentemente de Occam, Wycliffe era
um ardoroso realista no tocante às proposições universais. Nessa questão, assim
como também em muitas outras, ele recorreu à tradição cristã platônica da igreja
primitiva e de Agostinho e se posicionou com Anselmo. Empregava a lógica
escolástica, mas dava pouco valor ao aristotelismo de Aquino e ao nominalismo
de Occam. O realismo de Wycliffe manifestou-se em várias áreas da sua teologia,
mas em nenhum outro lugar com tanta força quanto em sua crítica à doutrina da
transubstanciação. Segundo ela, quando o sacerdote pronuncia as palavras da
consagração na celebração da missa, o pão muda de substância e torna-se
verdadeira e fisicamente a carne de Jesus Cristo enquanto o vinho torna-se de
fato seu sangue. Os “acidentes” ou qualidades exteriores do pão e do vinho
permanecem os mesmos, mas a substância interior é transformada de tal maneira
que, segundo a doutrina, a pessoa que participa da eucaristia realmente come e
bebe o corpo e sangue de Cristo. Embora essa doutrina da eucaristia não tenha
se tornado um dogma definitivo e formal – já não mais passível de debate –
antes do Concílio de Trento no século XVI, ainda na época de Wycliffe chegou a
ser crença e doutrina aceita pela Igreja Católica Romana. Wycliffe lutou com
ferocidade contra essa doutrina e usou o realismo como aliado.
Na obra On
the eucharist, Wycliffe levantou muitas objeções contra a doutrina da
transubstanciação e até mesmo a rotulou de “fantasias infiéis e infundadas” e
argumentou que ela levava à adoração idólatra dos alimentos. Mas seu argumento
mais forte baseava-se na metafísica realista. A referida doutrina subentende
que uma substância, como o pão e o vinho, pode ser destruída e que “acidentes”
podem existir sem que haja nenhuma relação com a substância. Segundo Wycliffe,
essa crença desonra a Deus que é o autor de todas as substâncias. Além disso,
viola as regras básicas da metafísica e da lógica. Em qualquer metafísica
realista, quando uma substância ou proposição universal é destruída, seus
acidentes também são destruídos. Pelo menos, assim ele acreditava e
argumentava.
De
qualquer forma, Wycliffe apresentou seu próprio conceito da eucaristia como
alternativa ao que chamava de “heresia moderna” da transubstanciação. Segundo
seu conceito, as substâncias do pão e do vinho permanecem enquanto o Espírito
do Deus vivo estiver nelas, de modo que contêm a “presença real” de Jesus
Cristo, embora continuem sendo pão e vinho. Em suas próprias palavras: “Assim
como Cristo é duas substâncias, a saber, terrena e divina, também esse
sacramento é o corpo do pão material e o corpo de Cristo”. Wycliffe rejeitava a
ideia de que qualquer sacramento funcionasse ex opere operato.
Nessa questão, rompeu com seu amado pai da igreja, Agostinho, e insistiu que,
para que o sacramento fosse verdadeiro e transmitisse graça, devia existir a
presença da fé. A visão de Wycliffe sobre os sacramentos – especialmente da
refeição eucarística – foi prenúncio do pensamento dos grandes reformadores
protestantes magisteriais: Lutero e Calvino. Sua doutrina da presença real de
Cristo por meio do Espírito Santo antecipa, sobretudo, a de Calvino.
A rejeição
de Wycliffe à doutrina e à prática católica romana medieval ia muito além da
crítica à transubstanciação. Seus conceitos sobre ministério e autoridade foram
ainda mais importantes para sua luta por reforma. O teólogo de Oxford
argumentava que a responsabilidade básica do ministro cristão – o sacerdote –
era proclamar o evangelho e esse dever sobrepujava todos os demais. “Pregar o
evangelho é infinitamente mais importante do que orar e administrar os
sacramentos. […] Difundir o evangelho produz um benefício maior e mais
evidente; é, por isso, a atividade mais preciosa da igreja. […] Portanto, os
que pregam o evangelho devem realmente ser consagrados pela autoridade do
Senhor”.
Como eles deviam ser escolhidos e
consagrados? Wycliffe chegou a recomendar que os membros de cada paróquia
escolhessem seu próprio sacerdote – uma ideia bastante radical para a época.
Ele estava profundamente desiludido com o poder, as riquezas, a corrupção e os
abusos de autoridade por parte dos líderes da igreja e voltou sua atenção para
o povo de Deus como a voz da vontade de Deus no governo eclesiástico. Embora
fosse realista, sua eclesiologia converge, em certos aspectos, para a de Occam.
Assim como o nominalista de Munique, Wycliffe defendia reformas radicais do
clero e até a abolição do papado em qualquer forma reconhecível.
Talvez o principal trabalho de
Wycliffe na teologia tenha sido sua defesa da autoridade suprema das Escrituras
para tudo que tem relação com a fé e a vida. A Igreja Católica medieval chegou
a considerar que a tradição tinha a mesma autoridade das Escrituras. A palavra
do papa era considerada, por muitos sacerdotes e bispos, a palavra de Deus,
embora a teologia católica não exigisse necessariamente essa crença. O dogma da
infalibilidade papal só foi promulgado oficialmente no século XIX, mas na
prática, as palavras e ações dos papas medievais eram respeitadas como
autoridade absoluta. Wycliffe rejeitava totalmente essa ideia e depois de 1380
começou a chamar os papas de anticristos. Até o papa precisava obedecer ao
“padrão evangélico” de ensino e prática derivado inteiramente das Escrituras e,
à medida que o papa deixava de ser verdadeiramente evangélico, deixava mesmo de
fazer parte da verdadeira igreja de Jesus Cristo e não devia ser considerado
seu senhorio temporal ou espiritual.
Wycliffe
escreveu o tratado chamado De veritae Sacrae Scripturae (Da veracidade das Sagradas Escrituras) em 1378, ano em que
começou o Grande Cisma Ocidental. Nele, apresentou a tese de que as “Sagradas
Escrituras são a suprema autoridade para todo o cristão e o padrão de fé e de
toda a perfeição humana”11. Afirmou, também, a infalibilidade
das Escrituras, que se interpretavam a si mesmas e o papel do Espírito Santo em
iluminar a mente dos leitores enquanto as lêem e estudam. Em outras palavras,
assim como os principais Reformadores protestantes de tempos posteriores,
Wycliffe rejeitava a necessidade do magisterium autorizado – o
ofício da igreja no ensino e interpretação das Escrituras. A Bíblia, a Palavra
inspirada de Deus, assume esse ofício e está acima de todas as agências
eclesiásticas.
Wycliffe rejeitava, também, o sistema
medieval penitencial da salvação. Nos séculos subsequentes a Gregório Magno, a
igreja ocidental e, especialmente, os monges desenvolveram um sistema
meticuloso e exigente de penitências, ou atos de contrição, que os cristãos
tinham que seguir para conquistar mérito perante Deus. Embora Wycliffe não
chegasse a aceitar plenamente o evangelho protestante da justificação
unicamente pela graça, antecipou Lutero e Calvino e outros reformadores do
século XVI ao condenar todas as práticas humanas que visavam conquistar méritos
diante de Deus. Sem nunca criticar ou abandonar as genuínas obras de amor como
parte integrante da vida cristã, Wycliffe atribuía todo o mérito somente a
Cristo e enfatizava a graça e a fé de maneira que não se ouviu falar na igreja
durante séculos. Além disso, endossava com firmeza a crença na predestinação e
tendia ao monergismo no seu conceito da intervenção de Deus em relação à
atuação humana. Baseava-se nas Escrituras e não na metafísica escolástica ou na
teologia natural.
Muitas
razões justificam a reputação de Wycliffe como precursor da Reforma
protestante. Nenhuma delas é mais importante, entretanto, do que a sua ênfase à
Bíblia como infinitamente superior, em veracidade e autoridade, a qualquer
tradição ou ofício humano. “Cento e cinquenta anos antes daqueles tempo (da
Reforma Protestante), Wycliffe agarrou-se à única autoridade adequada à
Reforma, concedeu-lhe posição de destaque em sua obra e não poupou esforços
para torná-la conhecida pelo povo, graças à tradução e à insistência na
pregação da Palavra”.
Nos anos finais, em Lutterworth,
organizou o grupo de evangelistas e pregadores leigos, posteriormente chamados
de lollardos, que ajudaram a preparar a Reforma na Inglaterra. Além disso,
lutou pela tradução da Bíblia para a língua inglesa e seus esforços produziram
entre seus seguidores a primeira Bíblia em inglês, chamada Bíblia de Oxford.
Seus livros e ensinos chegaram à cidade de Praga, na Boêmia, onde o grande
pregador e reformador João Hus usou-os para estabelecer ali um movimento
permanente pré-protestante. Posteriormente, Lutero aproveitou os trabalhos
tanto de Hus quanto de Wycliffe em sua luta bem-sucedida para reformar a
teologia e a vida eclesiástica na Europa.
Fonte: E-Crstianismo
Fonte: E-Crstianismo