sábado, 1 de junho de 2013

Uma Mesa no Deserto - (Palavra Pastoral - Abril 2013)

Republicação da Palavra Pastoral escrita originalmente para a Edição nº 40 do Informe Gospel

Êxodo 15 e 16 / I Reis 17 / Gênesis 21

____________________________________________________________________________

Há alguns anos atrás, fui convidado pelo Pr. Elias dos Santos para ministrar em sua igreja. Aquela era uma época difícil para mim, pois estava atravessando por momentos desagradáveis e conturbados, e a prova era realmente muito “dura” e o deserto era vasto. Lembro-me de ter ido à pé para aquela reunião, pois dinheiro para gasolina era luxo raro. 

Confesso que não tinha a menor idéia sobre o que ministrar, e no caminho falava com Deus, ora pedindo misericórdia, ora pedindo uma palavra, ora simplesmente chorando. Cheguei ao templo, assentei-me e comecei a assistir o culto, mas em relação ao que eu pregaria... Nada! Veio o anuncio: “Vamos ouvir a mensagem da noite com o Pr. Wilson”, e então só tive tempo de perguntar: “E agora Senhor?”. Parei em frente à igreja por alguns instantes e então ouvi a resposta de Deus: “Diga ao meu povo que eu preparo uma mesa no deserto”

Naquela noite eu experimentei o que é viver na total dependência de Deus e três nomes surgiram em meu coração: MOISÉS, ELIAS e AGAR.

Sobre Moisés eu disse que no deserto não há mercado, nem barraca de lanche. Há somente maná, água saindo da rocha e carne vinda do céu. Ou seja, se não vir do Senhor, então pode esquecer, pois nada virá... A isto eu chamo de DEPENDÊNCIA.

Sobre Elias eu disse que no deserto não existe caminhões de entrega na porta de casa, nem padaria e muito menos churrasqueira acessa, mas há sim corvo, pão do céu e carne fresca. Ou seja, se o corvo não trouxer, esqueça o churrasco, é fome na certa; mas não se preocupe, pois o corvo nunca erra teu endereço, e a isso eu chamo de PROVISÃO.

Sobre Agar eu disse que no deserto há desprezo, há o choro de uma mãe desesperada, há o medo do filho morrer de fome e sede, e procura frustrada por uma sombra acolhedora que não existe; ou seja, humanamente falando não existem esperanças. Mas também se pode ouvir a voz de Deus dizendo pra você se humilhar, voltar pra casa, começar de novo por que existe uma promessa sobre a vida do teu filho e que se você prestar atenção ao seu redor, já existe uma fonte aberta pra se matar a sede. A isto eu chamo de PROTEÇÃO.

Para mim, aquela foi uma noite inesquecível com uma mensagem poderosa. Confesso que as vezes não entendo Deus, mas sei que ele me entende, e exatamente por isso posso afirmar que independentemente do deserto que você está vivendo, sempre há um aprendizado, e Deus irá extrair de você o seu melhor e a provisão com certeza virá.
No dia seguinte a aquela mensagem, pouco antes do almoço, um inesperado caminhão de supermercado parou em frente da minha casa, enchendo minha despensa com uma compra que eu não fiz, e a isso eu chamo de MILAGRE... Mas esta já é outra história...


Mãozinhas pra cima! Deus os abençoe...

Pr. Wilson Gomes

Nenhum comentário:

Postar um comentário