quinta-feira, 30 de março de 2017

EBD - O chamado de um profeta


Texto Áureo
Jeremias 1.5
Antes que eu te formasse no ventre, eu te conheci; e, antes que saísses da madre, te santifiquei e às nações te dei por profeta.

Verdade Aplicada
É preciso que primeiro reconheçamos avocação que nos é dada por Deus e, assim, cumprirmos a missão.

Textos de Referência
Jeremias 1:4-8

Assim veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:
Antes que eu te formasse no ventre, eu te conheci; e antes que saísses da madre, te santifiquei às nações te dei por profeta.
Então, disse eu: Ah! Senhor Jeová! Eis que não sei falar; porque sou uma criança.
Mas o Senhor me disse: Não digas: Eu sou uma criança; porque, aonde quer que eu te enviar, irás; e tudo quanto te mandar dirás.
Não temas diante deles, porque eu sou contigo para te livrar, diz o Senhor.




Panorama histórico e profético
Pb. Miquéias Daniel Gomes

Palavras já não surtiam efeito sobre o povo de Israel. Mais mimado que filho único na casa da avó, mais rebelde que adolescente em festa de formatura, mais irresponsável que um jovem apaixonado pela pessoa errada. Centenas de profetas ao longo dos séculos, mais de seiscentos preceitos da lei passados de geração a geração, e nada disso estava gerando o resultado que se esperava.  Então entra em cena um novo conceito e para aplicá-lo, Deus levanta um profeta que terá por bandeira ministerial a celebre frase: EDUCAR PELO EXEMPLO. Seu nome, Jeremias.  Filho do sacerdote Hilquias, jovem humilde, meigo, introspectivo, poético, grande pesquisador (alguns creditam a ele os relatos do Livro dos Reis), garoto escolhido desde o ventre de sua mãe para pregar arrependimento e destruição em Judá, Jerusalém e no Egito. Seu difícil ministério lhe trouxe muitos aborrecimentos, pois foi desprezado pela família, humilhado pelo povo, foi preso e lançado num calabouço, teve sua morte decretada pelo rei Jeoaquim e chegou até a duvidar da veracidade de sua própria profecia. Mas a grande peculiaridade do ministério de Jeremias foi trazer a revelação de Deus usando elementos reais e palpáveis, para que a mensagem fosse plenamente entendida. Exemplos simples do cotidiano para as mais complexas realidades espirituais. 

Da popular descida a casa do oleiro para o entendimento da capacidade da restauração que há na mão Deus através do vaso que se quebrava e era consertado (Jeremias 18), até o fétido cinto de linho usado pelo profeta após ter sido deixado por  meses sob uma pedra limbenta a beira do rio Eufrates  para que o povo contemplasse com os próprios olhos a podridão de seus pecados (Jeremias 13), Jeremias quebrou uma botija diante dos sacerdotes para exemplificar o que Deus faria com a casa de Judá (Jeremias 19); comprou de volta as terras perdidas por seu primo distante Hamamel numa mensagem prática de que Deus resgataria seu povo do exílio caldeu (Jeremias 32) e escondeu pedras dentro da casa de Faraó para evidenciar que aquele lugar seria tomado por Nabucodonosor (Jeremias 48), além disso o profeta não pode se casar, como um sinal dos filhos que não nasceriam por causa da mortandade e destruição que estavam por vir (Jeremias 16). Tudo muito prático. Exemplos fáceis de serem entendidos pelo povo. Pena que o povo nunca quis entender.

Jeremias foi levantado como profeta ainda muito jovem. Se sentia despreparado para exercer ministério tão pesaroso. Porém, sua chamada foi vaticinada pelo próprio Deus que o revestiu de uma autoridade espiritual que ecoa até os dias de hoje. Nos seus dias, porém, ele enfrentou um tempo de apostasia e incredulidade sem precedentes em Judá. Ele é o profeta bíblico que tem seu caráter mais exposto aos leitores. Sua devoção é tão explicita, quanto as dificuldades emocionais que enfrentava. Jeremias recebeu, inclusive, a alcunha popular de “O Profeta Chorão”. Por vezes, era afligido pelo complexo de inferioridade, crises de depressão e desesperança. Mesmo assim, suas batalhas interiores nunca foram capazes de o derrubar da fé. Como sua mensagem não era popular, enfrentou enorme resistência junto a seus ouvintes. Apesar desta frustração, nunca deixou de pregar, e nem de viver sua mensagem.

Seu ministério teve início durante o reinado de Josias, que iniciou uma reforma espiritual em Judá. O rei convocou os líderes do reino para uma grande escola bíblica, onde foram reeducados nos princípios da lei. O rei ordenou que Hilquias (pai de Jeremias), liderasse os sacerdotes e os levitas num mutirão que retirou do templo todos os altares, imagens e utensílios usados em rituais destinados a outros deuses. Todo vestígio de idolatria deveria ser eliminado das dependências sagradas. Posteriormente, esta reforma foi estendida a toda terra de Judá. Jeremias foi participante fundamental deste período, já que a reforma alcançou seu ápice no quarto ano de seu ministério profético. A mensagem de Jeremias se alinhavam aos ideais de Josias. Rei e profeta falavam a mesma língua.

Tudo ficou mais difícil para Jeremias após a morte do rei. Por apenas três meses, Jeoacaz foi o governante de Judá, que por se negar a pagar tributos ao Egito, acabou deposto do trono pelo faraó Neco e levado cativo. Em seu lugar, Jeioaquim, um homem arrogante e vil, foi declarado rei. Neste período, a mensagem de Jeremias endureceu. Ele profetizou o exílio perpétuo de Jeoacaz e denunciou os crimes morais e espirituais do novo monarca. Anunciou a proximidade da ruína de Judá e a ascensão da Babilônia, que até aqueles dias, não era um reino tão poderoso assim. Imediatamente, as classes dominantes de Judá, repudiaram sua mensagem pessimista, e se empenharam em desmerecer as palavras do profeta, o ridicularizando constantemente diante da população.

Em 605 AC, após derrotar o poderoso exército egípcio, o rei Nabucodonozor começou suas investidas contra Judá. Era o início do exílio predito por Isaías, e agora, ratificado por Jeremias. Confiando em seus esforços humanos, Zedequias, o último rei de Judá, promoveu uma rebelião contra os babilônicos. O resultado deste levante foi desastroso, e o reino, testemunhou cada palavra profetizada por Jeremias se realizar piamente.



O ministério de um profeta
Pb. Bene Wanderley


O livro de Jeremias é o segundo livro dos livros proféticos conhecido como profetas​ maiores. Esse profeta era um sacerdote que nascera em Anatote uma cidade sacerdotal próxima a Jerusalém. O ministério de Jeremias durou aproximadamente quarenta anos em Jerusalém e cinco anos no Egito. O ministério profético de Jeremias alcançou cinco reis do reino do sul. Jeremias desenvolveu seu ministério numa fase mais crítica do povo de Deus. Ele sofreu grande oposição por parte de seus compatriotas, chegou a ser acusado de traidor da nação, pois em suas profecias ele aconselhava os judeus a se submeterem ao julgo babilônico. Entre tantos objetivos​ do livro de Jeremias, o principal sempre foi registrar as várias admoestações de Deus ao país que se precipitava em um desastre espiritual e nacional. Uma das coisas que mais nos chama atenção é a coragem e determinação do profeta em se manter fiel ao seu chamado, mesmo em meio as adversidades que lhe sobrevinha. Jeremias 1:10, sintetiza bem o ministério do  profeta, através das palavras do Deus que o convocou: - Olha, ponho-te neste dia sobre as nações, e sobre os reinos, para arrancares, e para derrubares, e para destruíres e para arruinares; e também para edificares e para plantares.


Material Didático
Revista Jovens e Adultos nº 103 - Editora Betel
Jeremias - Lição 01
O chamado de um profeta
Comentarista: Pr. Clementino de Oliveira Barbosa












Introdução

Neste trimestre, estudaremos o livro do profeta Jeremias, cuja mensagem foi direcionada, inicialmente, ao reino de Judá, para que o povo se arrependesse dos seus pecados e voltasse a sua adoração ao Senhor.

Um profeta eleito por Deus

Para eleger líderes, Deus se fundamenta na Sua soberania. A eleição de Jeremias como profeta é descrita por um chamamento do próprio Deus (Jr 1.5) A Bíblia corrobora que Deus levantou profetas para executar os Seus planos para a nação de Judá. Ele escolhe Jeremias, que a princípio tenta recusar o chamado. A atuação do ministério profético de Jeremias foi no Reino do Sul, Judá, durante os últimos quarenta anos de sua história (627-586 a.C). O livro de Jeremias estende-se desde o ano 13 do reinado do rei Josias (Jr 1.2), até a primeira parte do cativeiro da Babilônia, tendo o próprio Jeremias como principal personagem deste contexto. O autor do livro é Jeremias (Jr1.1) Ele mesmo registrou parte de suas profecias (Jr 36.1,3). Depois de profetizar durante anos em Judá, Jeremias foi comissionado por Deus a deixar a sua mensagem por escrito (Jr 36.2) Mais tarde, vai se valer do seu escriba, Baruque, para redigir suas palavras (Jr 36.4). Assim sendo, a autoria do livro de Jeremias é fato comprovado. A Bíblia nos informa que outras pessoas atribuem a autoria do livro de Jeremias: Daniel e Esdras (Dn 9.2; Ed 1.1).

Jeremias escreveu parte de suas profecias e teve o auxílio do seu escriba, Baruque, para escrever o restante. Assim sendo, a autoria do livro de Jeremias é fato confirmado. A função do escriba era escrever e alisar os documentos importantes da época. Para ser escriba, não poderia ser qualquer um, tinha que ser uma pessoa instruída. O requisito principal era saber ler e escrever. Também deveria ser conhecedor das ciências da época, sobre tudo matemática, direito, desenho, artes, etc. Esses homens trabalhavam em cargos elevados nos governos, preparando documentos importantes para os nobres. O escrivão Baruque, embora citado somente em quatro capítulos das Escritura, é bem conhecido dos estudiosos da Bíblia como fiel secretário e bom amigo do profeta Jeremias.

Jeremias era de uma linhagem sacerdotal. Era membro da família de Hilquias (Jr 1.1). Pela sua linhagem sacerdotal, ele poderia ter desempenhado sua ocupação sacerdotal, o que lhe traria diversos privilégios, além de segurança. Jeremias entendeu sua chamada, trocou todo o conforto do sacerdócio para deixar Deus usá-lo em sua missão. Sua cidade natal era Anatote, perto de Jerusalém e estava situada na terra de Benjamim, que foi dada aos filhos de Arão. Era uma aldeia a 5 km a nordeste de Jerusalém, na mesma região onde o sacerdote Abiatar foi exilado por Salomão.

O sacerdote era um instrumento de Deus que tinha como função ser mediador de Deus e os homens. Era um indivíduo poderoso que exercia sua autoridade através de suas palavras ou de seus conselhos, alguém que dava instruções por inspiração divina. Todos os sacerdotes deveriam vir da tribo de Levi (Dt 17.9,18). O simples motivo de uma pessoa ser levita não fazia dele um sacerdote. Para exercer tal função era imprescindível o chamado de Deus (Hb 5.4). Para ser consagrado ao sacerdócio a pessoa tinha de estar isenta de quaisquer deformidades físicas.

A fidelidade de Jeremias nos ensina que devemos ser audaciosos no cumprimento de nossa missão no mundo. Este livro é muito prazeroso de se ler. Não se pode apreciar a História Antiga sem compreender a História do povo de Israel neste período. É neste contexto que Deus iria levantar um dos maiores profetas que a História teria conhecimento. É provável que Jeremias tenha dado início ao seu ministério profético em Anatote. Contudo, foi perseguido, almejaram mata-lo em sua própria terra, segundo Jeremias 12.6. Jeremias dará ênfase a um quesito indispensável qualquer povo: a de jamais abandonar os princípios de Deus. Ele profetizou durante cinco reinados distintos. Foram os seguintes monarcas: Josias, Jeoacaz, Jeoaquim, Joaquim e Zedequias.

Jeremias teve sua atuação profética na gestão de ci9nco monarcas distintos. É interessante pesquisar a importância positiva e negativa de cada um deles para a história de Israel.

Um profeta comprometido com Deus

O profeta Jeremias viveu em um período que tinha como cenário político disputas por um território muito importante, conhecido como Crescente Fértil. Diante destas disputas, Jeremias se manteve fiel ao Deus de Israel, diferentemente dos líderes da nação, que estavam envolvidos em um grau de depravação moral sem fim (Jr 2.11).

Jeremias exerceu seu ministério profético em um dos momentos mais críticos da história do povo de Deus. Entretanto, Deus sabia que podia contar com ele. Deus tinha certeza que Jeremias enfrentaria a elite governante e os desejos pervertidos do povo de Judá sem se contaminar. Deus fez Jeremias saber que sua vida seria de sofrimentos e dor, mas era para ele não desanimar diante das adversidades (Jr 26.12-13).

O crescente Fértil é uma terra fixada entre o Oriente Médio (vales dos rios Tigre e Eufrates) e nordeste da África (vale do rio Nilo). Recebeu este título, pois, vista no mapa a região tem contorno da Lua na fase quarto crescente. Já o termo fértil é devido a fertilidade do solo nos vales dos rios Nilo, Tigre e Eufrates. Entre tantos sofrimentos, o profeta Jeremias não negou a sua convocação de ser porta-voz de Deus ao povo. Ele tinha convicção que cada dor valeria a pena. A sua chamada era inegociável. O profeta Jeremias expôs um espírito de plena obediência ao aceitar o desafio da missão profética. Ele sabia que não teria outra razão para viver a não ser andar conforme a pretensão divina.  

Como é difícil ser chamado por Deus quando a situação não está de acordo com a sua vontade. Crise após crise ia aproximando Judá a passos largos da destruição (Jr 2.5). As agitações políticas e religiosas se faziam presentes neste contexto histórico. O profeta Jeremias, em meio a toda esta turbulência, não se acovardou. O povo de Israel cometeu dois pecados (Jr 2.13). O primeiro, foi o abandono do Senhor. Segundo, foi cavar cisternas rotas, isto é cisternas que não retêm água.

A palavra cisterna provém do hebraico e significa “lugar cavado”. Esta palavra aparece na Bíblia cerca de 67 vezes e apenas no Antigo Testamento. Cisterna rotas não guardam água, tinham alguma brecha, simbolizando o homem na sua busca desenfreada pelos deleites do mundo, não guardando os bens confiados pelo Senhor. Deus não é uma cisterna, Deus é uma fonte de água viva. Jesus Cristo é a verdadeira fonte (Jo 4.13).

Vivemos em um momento onde muito se é dito e escrito de ruim sobre esta geração de cristãos. Os líderes têm que ensinar nos púlpitos a esta geração de adoradores que a religião cristã hoje nos dá a liberdade de nos aproximarmos de Cristo sem intermediário (1Tm 2.5). Esta geração tem que ter consciência de que a sua busca pela verdade só terá fim quando aprenderem a desejar o Senhor de todo coração (Sl 37.4). É ter a certeza de que somente a sede por Deus nos satisfaz de verdade (Sl 42.2).

Somente a sede por Deus nos dá ânimo para continuarmos a viver em Cristo e não somente a sede por Suas bênçãos. A intimidade com Deus nos dá força para avançarmos para as coisas que estão diante de nós (Fp 3.13).

O profeta e a vontade de Deus

Ao estudar o livro de Jeremias, notamos que Deus apresenta um determinado propósito para ele: ser profeta (Jr 1.5). Isto é, ser porta-voz de Deus para a nação de Israel. Tem momentos que precisamos nos calar para ouvirmos a voz de Deus. Ser profeta não é fácil. É escutar de Deus e transmitirão povo. Quando somos convocados e escolhidos por Deus, é necessário estarmos atentos à voz dEle. Deus fala de múltiplos modos (Jó 33.14). Pode ser durante um culto; através de uma criança; na meditação de um versículo. Não importa o meio, o importante é que Ele fale conosco. Quando Deus fala com alguém, é porque tem um propósito (Jr 1.5). Será que você está preparado para ouvir a voz de Deus?

Todo ser humano foi criado para se relacionar com o seu Criador. Deus não escuta um em diminuição ao outro. Para Deus, todos somos iguais. A base deste relacionamento está pautada na intimidade e amor. É necessário ter uma vida consagrada ao Senhor, para executarmos a voz suave do Criador. Quem se aproxima mais do Senhor goza de maior privilégio. Podemos ouvir a voz de Deus de uma forma pessoal e íntima. O Senhor se preocupa em falar conosco, para que possamos ser conduzidos, renovados e reparados regularmente.

A maior prova de que conhecemos a voz de Deus é quando nos tornamos dependente dEle. As Escrituras afirmam que “sem fé é impossível agradar a Deus” (Hb 11.6). Existem momentos que as lutas são tantas que pensamos em nos calar. Com Jeremias não foi diferente. Ele pensou seriamente em se calar. Então, disse ele: “Não me lembrarei dele e não falarei mais no seu nome; mas isso foi no meu coração como fogo ardente, encerrado nos meus ossos; e estou fadigado de sofrer e não posso”. (Jr 20.9). No entanto, ele não conseguiu, pois já havia provado do amor do Mestre. Ele já havia descoberto que “a voz do Senhor faz tremer o deserto” (Sl 29.8).

Jeremias se apaixonou pela doce Palavra do Eterno. Ele suportou aflições físicas e emocionais, que lhe acarretaram marcas profundas em seu corpo. Apesar dessas provas, ele se sentiu instigado a cumprir sua designação (Jr 4.19). Uma vez tocada em sua boca, a chama nunca mais apagou (Jr 1.9). Quando pensou em se calar, a Palavra de Deus se transformou em chama dentro dele. A Palavra se convertia em fogo, em seus próprios ossos (Jr 20.7-9).

O Senhor nunca se cansa de convidar pessoas ao Seu Reino (Mt 11.28). Em Sua casa sempre há lugar para mais um. Aquele que houve a voz do Senhor, nem que seja uma única vez, necessita alimentar esta chama interior. Paulo e Silas, por exemplo, mesmo na prisão, não deixaram de louvar ao Senhor (At 16.25). Seus corpos estavam presos, mas as suas almas estavam livres. Não deixe que outras vozes ocupem o lugar da voz do Eterno na sua vida. Jeremias perseverou na vocação que foi chamado, se tornando um grande homem de Deus. Jeremias foi dotado de uma mensagem profética e clara, seguiu o caminho traçado por Deus, perseverando até o fim de sua jornada.

Assim como o Senhor confiou em Jeremias, ainda sendo uma criança para realizar a sua obra, Ele deseja levantar profetas nos dias de hoje. O povo tem se corrompido como nos dias de Jeremias e precisa ser advertido dos seus pecados. O Senhor está à procura de homens fiéis para trabalhar em Sua seara.

Conclusão

O profeta Jeremias foi levantado por Deus e anunciou o castigo que viria sobre o reino de Judá, caso o povo não se arrependesse. Jeremias foi açoitado, torturado, preso e até denunciado pelos próprios amigos. Entretanto, nada disso o fez desistir de sua chamada.




Neste trimestre, estudaremos a vida do profeta Jeremias. Veremos no decorrer das treze lições que o serviço na obra do Senhor é bastante árduo. Será uma excelente oportunidade para meditarmos sobre os propósitos de Deus ao disciplinar o Seu povo e as profecias de restauração e renovo. Que possamos ter a força necessária para prosseguir nos caminhos do Senhor e possamos nos tornar pessoas melhores na caminhada diária de nossas vidas. Para conhecer ainda mais sobre o ministério do profeta Jeremias, e as grandiosas lições retiradas de suas palavras e ações, participe neste domingo, 02 de abril de 2017, da Escola Bíblica Dominical.

terça-feira, 28 de março de 2017

Ninguém é completo sozinho


Nossa vida nesta Terra é extremamente curta, sendo chamada pela Bíblia de brisa, sopro e comparada a uma pequena planta que nasce e rapidamente morre. Na prática, temos pouquíssimo tempo para realizar a missão que nos foi confiada, e por mais que consigamos avanços consideráveis, infelizmente, alguma coisa sempre fica para traz. É inegável que nossos dias estão relativamente mais curtos, e nossas “horas” se tornaram artigo de luxo.

São tantas as ocupações e preocupações que fica praticamente impossível administrar o tempo disponível para atender tamanha demanda. Atividades diárias se acumulam sobre nossas costas e nos obrigam a estabelecer prioridades, o que fatalmente fará com que momentos importantes e decisivos sejam sublimados pelo cruel carrasco cronológico. 

A modernidade impõe um julgo desumano sobre o indivíduo, e essa imposição é aumentada sobre todo homem que precisa mensurar em poucas horas o teórico e o prático, a ação e a reação, o planejamento e a execução, o material e o espiritual, a vida secular e o ministério. 

Devido à necessidade de se fazer mil coisas em um período relativamente escasso, é que muitas vezes, atividades importantes não são feitas. Em suma, toda esta realidade se encerra na mais pragmática das revelações: é impossível fazer tudo sozinho.  

Mas esta não é uma verdade pertinente apenas aos nossos dias, pois desde a antiguidade, os textos sagrados explicitam a necessidade do trabalho em equipe, em referências como as encontradas em Provérbios 24:6, Eclesiastes 4:9-10, Isaías 41:6 e Lucas 10:1.

Já no Éden, a existência da vida humana foi drasticamente reduzida em decorrência do pecado (Gêneses 2:17), e mais nenhum homem conseguiu ser pleno em realizações, pois nossa vida se finda antes de nossas ambições. Assim, cada pessoa aproveita o “gancho” deixado por outros, para a partir deste ponto começar a desenvolver algo pessoal e possivelmente relevante, que chamará a atenção da próxima geração, que usará este novo “gancho” para suas próprias inovações. 

Tem se então a verdade por traz do jargão: - Neste mundo nada se inventa, mas se copia. A grande preocupação que devemos ter, se divide em duas etapas. Na primeira avaliamos se nossas ações honram o que foi construído pelos patriarcas que sucedemos, e também, se estamos construindo algo realmente sólido para a posteridade. Ninguém é pleno sozinho...

Ninguém consegue ser completo no isolamento. Precisamos trabalhar em conjunto com os que foram e com os que serão, afim de construir uma história e perpetrar um legado. Muitos acreditam que um exército de ovelhas lideradas por um leão, venceriam facilmente um exército de leões liderados por uma ovelha. Isto porque o "formador de opiniões" tem a capacidade de moldar seus influenciados de acordo com sua própria mentalidade. 

Esta dádiva é uma faca de dois gumes, pois quando não usada com sabedoria se torna em maldição. Líderes fracos fatalmente forjarão grupos fracos, e líderes fortes, fortaleceram seus liderados, por mais fracos que sejam. Este princípio vale para qualquer esfera de ação, tais como o empreendedorismo, a dedicação, a inventividade e a pró atividade. Uma geração sempre irá ditar os passos da próxima geração, a grande é: - Para onde?


segunda-feira, 27 de março de 2017

Jeremias – Deus convoca seu povo ao arrependimento



Vai começar um novo trimestre da Escola Bíblica Dominical. E nós próximos meses, faremos uma viagem histórica e teológica até os anos 630 e 580 AC, onde iremos acompanhar o declínio espiritual de Judá, e testificar sobre o corajoso ministério de sacerdote ao qual Deus convocou para profetizar com ousadia e poder.

Jeremias Deus convoca seu povo ao arrependimento

As aulas terão início no dia 02 de abril, sendo lecionadas nas manhãs de domingo, a partir das 9:00 horas, pelos seguintes professores: Pb. Miquéias Daniel Gomes, Pb. Abdenego Alves Wanderley, Pb. Paulo Gonçalves Oliveira e Pr. Wilson Gomes. Haverá classe especial para crianças.

O material didático será a Revista Betel Dominical Nº 103, tendo como comentarista o Pr. Clementino de Oliveira Barbosa, Bacharel em Teologia, Conferencista e Articulista; Membro da Mesa Diretora da CONEMAD SP, Membro do Junta Conciliadora do Estado de São Paulo e Pastor Presidente da Assembleia de Deus em Guarulhos SP.

SUMÁRIO:

- O chamado de um profeta
- A intensidade das profecias de Jeremias
- A postura profética de Jeremias
- Jeremias: crises e solidão
- Atributos indispensáveis de um profeta
- O Senhor, Justiça Nossa
- A coragem de um profeta levantado por Deus
- O perigo de ser enganado por falsos profetas
- O Senhor é soberano entre as nações
- O profeta desce a casa do oleiro
- A soberba precede a ruína
- Judá é levado para o cativeiro da Babilônia
- Deus estabelecerá governo justo e eterno


Palavra do Comentarista:


Neste trimestre, o assunto abordado é o livro do profeta Jeremias. Ele foi escolhido por Deus e revestido de autoridade pelo Eterno, a fim de cumprir sua missão.  A princípio, o jovem profeta hesitou e temeu, até porque sua missão era falar a Palavra do Senhor ao povo, aos reis, aos falsos profetas e aos sacerdotes. Veremos no decorrer das treze lições que o serviço na obra do Senhor é bastante árduo. Jeremias foi abandonado e aprisionado devido às mensagens ásperas em suas profecias. Foi acusado de infidelidade por dizer, em nome do Senhor, que o povo de Judá deveria se render à Babilônia. Porém, mesmo diante de falsas denúncias e de ameaças de morte, Jeremias nunca se esquivou do seu chamado, cumprindo-o com esmero e afinco. Será uma excelente oportunidade para meditarmos sobre os propósitos de Deus ao disciplinar o Seu povo e as profecias de restauração e renovo. Esperamos que, após estudarmos estas lições, possamos ter a força necessária para prosseguir nos caminhos do Senhor e possamos nos tornar pessoas melhores na caminhada diária de nossas vidas.




sábado, 25 de março de 2017

A adoração é um estilo de vida



O apóstolo Paulo faz uma forte declaração em Romanos 12:1-2 sobre o conceito de adoração em tempo integral. Essas suas palavras vêm depois do que possivelmente é a maior exposição de teologia de toda a Escritura.
                
A adoração é para a vida cristã o que a mola mestra é para um relógio, o que o motor é para um carro. A adoração é o núcleo, o elemento essencial. A adoração não pode ser isolada ou relegada a um único lugar, tempo ou segmento de nossa vida. Não podemos expressar em palavras todo o agradecimento e louvor a Deus enquanto levamos uma vida de egoísmo e carnalidade. Esse tipo de adoração acaba por revelar-se uma perversão.

Atos verdadeiros de adoração devem ser o transbordamento de uma vida em adoração perpétua. Refletir sobre a centralidade da adoração nesses tempos nebulosos é de suma importância, tendo em vista que o assunto é dominante nas Sagradas Escrituras.

Temos muitas atividades e pouca adoração. Somos grandes no ministério e pequenos na adoração. Somos desastrosamente pragmáticos. Só queremos saber se algo funciona. Queremos fórmulas e efeitos e, no processo, de certo modo, deixamos de lado aquilo para a qual Deus nos chamou.

Somos Marta demais e Maria de menos. Estamos tão profundamente enraizados no fazer que perdemos o estar. Estamos tão programados, informados, planejados e ocupados que menosprezamos a adoração!

A adoração pode ser refletida em nosso comportamento em relação aos outros. “Porque quem nisto serve a Cristo, agradável é a Deus e aceite aos homens.” (Romanos 14:18).

O que significa esta oferta agradável Deus?

O contexto revela que é ser sensível ao irmão mais fraco (Romanos 14:13). Quando tratamos os irmãos em Cristo com o tipo adequado de sensibilidade, isso é um ato aceitável de adoração. Esse ato honra ao Deus que criou essa pessoa e esse ato também reflete a compaixão e o cuidado de Deus. O evangelismo também é uma forma de adoração aceitável (Romanos 15:16).

Assim, a adoração pode ser expressa ao compartilhar o amor com irmãos em Cristo, pregar o Evangelho aos descrentes e atender as necessidades das pessoas num nível material. A adoração aceitável é dar. É um amor que compartilha (Filipenses 4:18). Paulo escreve que graça especial lhe foi dada para ser servo de Cristo Jesus entre os gentios, servindo ao Evangelho de Deus como sacerdote, para que os gentios sejam aceitáveis a Deus. Os gentios foram ganhos para Cristo pelo ministério de Paulo tornaram-se adoradores.

Para muitos, o culto é apenas uma programação de fim de semana, um evento, um show, um momento que sobra da agitada vida terrena para oferecer a Deus o que Ele rejeita. O propósito e a responsabilidade de cada cristão como sacerdócio real é promover um ensaio na terra da vida eterna que será vivida no céu. Este é o culto racional!

Efésios 5.8-10 diz: “Andai como filhos da luz (porque o fruto do Espírito está em toda bondade, e justiça, e verdade), aprovando o que é agradável ao Senhor”. A palavra agradável vem do grego e significa “aceitável”. Nesse contexto, refere-se à bondade, justiça e verdade, dizendo claramente que fazer o bem é um ato aceitável de adoração a Deus. Paulo, aconselhando a Timóteo (I Timoteo 2), exorta para que os cristãos orem pelas pessoas investidas de autoridade de modo que os cristãos possam ter vida tranquila e serena, em toda piedade e honestidade.

Portanto compartilhar é um ato de adoração e esse é o efeito da adoração sobre os outros.

Fazer o bem é igualmente um ato de adoração e esse é seu efeito em nossa vida. Agradar a Deus, fazer o bem e compartilhar com os outros, todos são atos de adoração legítimos e bíblicos. Isso abarca toda a atividade e todo o relacionamento da vida humana.


A implicação é que assim como a Bíblia se dedica de capa a capa ao tema da adoração, o cristão deve se dedicar à atividade de adoração, absorvido pelo desejo de dedicar cada momento de sua vida a fazer o bem a todos, a compartilhar as bênçãos com os vizinhos e a louvar a Deus, que é a fonte de toda bondade e toda bênção.


quinta-feira, 23 de março de 2017

EBD - Os últimos dias serão tempos trabalhosos e de apostasia


Texto Áureo
Hebreus 12:1
Portanto, nós também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo embaraço e o pecado que tão de perto nos rodeia e corramos, com paciência, a carreira que nos está proposta.

Verdade Aplicada
Para vencer nos últimos dias, é necessário permanecer seguindo as Sagradas Escrituras.

Textos de Referência
II Timóteo 3:1-5

Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos;
Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos,
Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons,
Traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus,
Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.

Comentários Adicionais


Perda de Identidade
Pb. Miquéias Daniel Gomes

O mundo é cada vez mais voraz, e a sociedade de hoje, se tornou frívola e hedonista. Vivemos em prol do capitalismo, buscando obter cada vez mais, afim de padronizarmos nosso estilo de vida as comodidades hodiernas. A necessidade de possuir coisas novas constantemente, inibe nosso senso de gratidão por tudo que já temos. Almejamos mais potência, mais beleza, mais interatividade, maior capacidade de armazenamentos de dados, melhor sinal de satélite, maior cobertura de rede, 4G, wi-fi, tv a cabo, wireless... São tantas novidades para consumir, que na verdade, acabamos consumidos por elas. E nem percebemos. Num mundo que se comunica com imediatismo, as pessoas quase não se olham nos olhos. Movemo-nos cada vez mais rápido, e a cada ano, um número maior de pessoas não consegue chegar ao seu destino. A agilidade nos tirou a paciência, o imediatismo nos roubou a esperança, e o consumismo matou nossa gratidão.

Até o Evangelho, puro e simples, tem sido deturpado por líderes gananciosos que constroem impérios megalomaníacos pregando mensagens recheadas de revanchismo, egoísmo e ambições. Fé virou moeda de barganha, e o Reino Espiritual, passou a ser medido por bens materiais. De muitos púlpitos, estúdios de rádio ou TV, somos bombardeados com promessas de prosperidade, riqueza e fartura. Infelizmente, por falta de maturidade espiritual, muitos sucumbem a esta irresponsabilidade religiosa, e muitos, inadvertidamente, acabam decepcionados com “DEUS” quando as coisas não vão bem. A grande verdade, é que vivemos em uma geração espiritualmente fraca, teologicamente rasa e miseravelmente ingrata.

O grande desafio da igreja primitiva era enfrentar a fúria dos judaizantes e o genocídio promovido pelo Império Romano, que assassinou com requintes de crueldade milhares de cristão. Embora em muitos lugares do mundo, o cristianismo ainda viva esta luta de diária de sobrevivência e sacrifício, o grande desafio de nosso tempo é exatamente conviver com as facilidades que afrouxam nossa devoção. A vida cristã esta banalizada. Ser “evangélico” é mais um rotulo social, do que uma mudança de vida e comportamento. A Igreja tem espaço em horários nobres de rádio e TV, ocupa cadeiras cobiçadas no Congresso Federal, no Senado e em Assembleias Legislativas de todo país. Nossos cantores figuram entre os maiores vendedores de discos do Brasil e pastores famosos não encontram dificuldades para cravar seus livros na estante de best seller´s. Mesmo assim, a Igreja nunca esteve tão vazia de conteúdo bíblico e carente de representatividade apostólica. E por que? Simplesmente, porque a igreja tem perdido progressivamente sua identidade.

A Igreja Primitiva tinha sérios problemas a lhe confrontar. Prisões, julgamentos e sentenças de morte eram comuns no dia-a-dia de seus cultos. Mesmo assim, ela preservava sua essência. Diante do fogo ou dos leões, o cristão se mantinha irredutível, convicto de sua fé e disposto a morrer por amor a Cristo. Por séculos, professar a fé em Jesus era ilegal, proibido pela lei e passível de sanções aterradoras. Só abraçava a cruz, quem tinha experimentado uma genuína transformação em sua vida. Eram cristãos de verdade. Nos dias de hoje, no território nacional, o evangelho se tornou um self servisse, onde pode se escolher somente o traz prazer e felicidade, sem existir renúncia, sacrífico e abnegação. São tempos onde os “lobos” não precisam de esconder entre ovelhas, já que o rebanho o carrega nos braços.

Para o cristão genuíno, que anseia manter intacta a essência da Palavra de Deus, este é um tempo de trabalhoso pesaroso. É uma maratona aquática de milhares de quilômetros contra uma correnteza monumental. A Igreja do Senhor Jesus tem atravessado nestes últimos anos por ondas de modismos e invencionices, que se enveredam rapidamente para o território negro das heresias. Líderes que são adorados quase como seres divinais. Públicos que se engalfinham para ter acesso as gotas “santificadas” do suor de seus pregadores. Templos faraônicos de pura ostentação que trazem de volta ritos e celebrações, que para a Igreja, já foram abolidos na cruz. Desvios doutrinários e teologia forjada em interesses. 

Qual é a saída para homens e mulheres sinceros que desejam apenas cultuar ao seu Deus em “Espírito e Verdade?”  A resposta passa primeiro pela conscientização da simplicidade do Evangelho, cuja doutrina inalterável pelos séculos é a diminuição do próprio “eu” para que “Cristo” se destaque (João 3:3). E aí está o problema. A igreja de hoje está abarrotada de adoradores do próprio “EU”, que centralizam o evangelho em seu próprio umbigo. Há muito trabalho a se fazer e o tempo está cada vez mais curto. Que Deus esforce as mãos do remanescente fiel, afim de que possam promover um avivamento genuíno, pautado na Palavra de Deus, e traga Jesus Cristo para o centro de nossas ministrações, mensagens e louvores.


Tempos Trabalhosos
Pb. Bene Wanderely

Os últimos dias serão tempos trabalhosos principalmente para a igreja de Jesus Cristo. É nítido os sinais do fim nesses dias. A crescente apostasia da verdadeira fé, a corrupção religiosa e moral que se alastra espantosamente, a falta de amor ao próximo, o desprezo a família e outros males (causado pelo pecado dos homens e influência satânica), são provas contundentes de que estamos vivendo o tempo do fim. Os três tópicos da lição aqui estudada são claros e abrangentes em todos os seus aspectos. O primeiro ponto, trata da malignidade da geração dos últimos tempos, trazendo o perfil dos homens desses dias. O exposto no texto é de uma realidade tão verdadeira que não se pode negar. Infelizmente, estamos vivendo neste contexto. Muitos crentes (ou assim chamados), estão incluídos nessa relação de homens totalmente corruptos, malignos, roubadores, perversos, sem afeto, sem moral, mentirosos, soberbos, adúlteros, presunçosos, violentos e etc. A lista é interminável. O pior, em tudo isto, é que muitos líderes preferem fechar os olhos e tapar os ouvidos a esse caos. 

Todos nós sabemos que a Noiva do Senhor Jesus Cristo é santa e pura, mas é preciso precisa esta pureza. O texto aqui estudado se numa carta enviada a um jovem pastor, que certamente estava passando (ou deveria logo passar), por muitas dificuldades no seu ministério. Paulo almejava que ele soubesse de pronto, quais desafios lhe esperavam de braços abertos, para um nada amigável abraço caloroso e apertado. O fato de tantos males aterradores em nosso meio, é justamente a cegueira adquirida ou acolhida por muitos líderes de igrejas locais, que para manter seus templos religiosos cheios, se esquivam das suas responsabilidades de protestar contra o pecado e o corrupto sistema que tem como seu principal agente e precursor, o próprio Satanás e sua horda demônios.

Desde a queda da humanidade, Satanás tem como alvo corromper o coração de todos os homens, levando-o, a se afastar da graça do Senhor Jesus Cristo. Mas, veja que o apóstolo Paulo não tentou esconder ou disfarçar o sistema, e nem proteger seu apostolado por medo de denunciar ao seu filho na fé (e jovem pastor Timóteo) as tramoias existentes nas altas rodas. Entretanto, tratou de ensina-lo a como proceder e o agir diante de tais circunstâncias. Então o apóstolo dá uma breve listra negra ao jovem pastor.

1-) Homens amante de si mesmo. Esse tipo de pessoa, tão comum nos tempos apostólicos, também estão ativos em nossos dias. São pessoas que a primeira vista parecem ser justas e verdadeiras, mas, no fundo carregam uma pesada máscara de engano sob seus rostos. O amante de si mesmo é domado pelo egoísmo. E para quem não sabe; o egoísmo é o pecado base, onde se edifica todo tipo de pecado. Essa gente tem como alvo se auto propagar, usando  meios dissimulados para estar  sempre em evidência.

2-) Homens presunçosos e soberbos. Estas características mundanas têm muita a ver com o primeiro ponto. Estão presentes em homens detentores de um nível elevado de arrogância, e que se gloriam em si mesmos. O soberbo se acha melhor do que todo mundo. Ele se coloca num nível superior, e alguns se comparam a deuses. O conselho de Paulo a Timóteo é:  - Afaste - se deles. Evite esse tipo de gente.

3-) Homens desobedientes aos pais. Infelizmente, a família, como nunca, tem sofrido um ataque em massa infernal. Toda estrutura de base familiar tem sido bombardeada de forma assustadora. Com as mudanças e avanços tecnológicos, e a transformação comportamental acentuada com o fim do século XIX, testemunhamos hoje, o desmoronamento da moral física, intelectual e emocional do homem. E desde os primeiros dias do homem na terra, um plano maquiavélico vem sendo trabalhado e estruturado, para afundar de uma vez por todas, a bendita e sagrada família.

Desde então uma das armas de satanás é infundir na mente humana o desejo de ser superior aos outros. Não importando em quem vai se pisar, e potencialmente, matar e destruir. Infelizmente muitas famílias cristãs vivem em pé de igualdade com os ímpios, no que diz respeito a desestruturação familiar. Pessoas sem preparo para enfrentar os desafios da vida a dois. Homens e mulheres com problemas sérios de carácter, de formação familiar degradante, filhos gerados por conflitos e pais que tem o mesmo histórico. Para piorar, o avanço da decadência moral irrompe os lares e se abriga em salas e quartos.  O mal está instalado dentro das famílias. A desobediência e a falta de respeito aos pais é um desses males que vêm destruído nossa geração. A lição vem tratando de outros aspectos desse quadro triste de nossa história.

Mas para mim, o ponto chave da lição é o tópico três. Nesse ponto, Paulo instrui a Timóteo com conselhos que nos permitem ser barreira de Deus contra está cachoeira de iniquidade. O texto de II Timóteo 3:10-17 deveria ser leitura obrigatória a todo cristão genuíno, que deseja pôr em pratica uma vida devocional voltada para Deus, sem influencias maléficas.


Material Didático
Revista Jovens e Adultos nº 102 - Editora Betel
Aprendendo com as Gerações Passadas - Lição 13
Os últimos dias serão tempos trabalhosos e de apostasia
Comentarista: Pr. Manoel Luiz Prates

Introdução

Os sinais da vinda de Jesus estão cada vez mais nítidos em nossa geração e temos a certeza de que brevemente a trombeta estará ressoando (1Co 15.51-52). Portanto, precisamos estar firmes e vigilantes!


A malignidade da geração dos últimos dias

Ao anunciar que os últimos dias da humanidade serão trabalhosos, Paulo descreve a qualidade da geração vigente. Ele fala sobre um terrível reflorescimento do mal, em que todos os fundamentos morais estão abalados (II Timóteo 3:3). A primeira característica relatada aqui é a vida centrada em si mesmo. O termo usado é “filautos”, que significa “amante de si mesmo”. O egoísmo é o pecado básico de onde provém os outros pecados. A essência do cristianismo não é entronizar o eu, mas, sim, destrona-lo. Jesus nos ensinou que devemos amar a Deus sobre todas as coisas e o próximo como a nós mesmos (Mateus 22:37-40). Nenhum ensino nas Escrituras nos admoesta a amar a nós mesmos.

Nenhum cristão é admoestado pelas Sagradas Escrituras a amar ou a odiar a si mesmo. Essa partícula do amor já se encontra em cada um de nós. Os tais que se queixam da falta de amor próprio são geralmente pessoas insatisfeitas com seus próprios sentimentos, habilidades e as adversidades das circunstâncias. O cristianismo propaga a morte do “eu” e nunca o amor a si mesmo como alicerce para uma vida melhor (Mateus 22:40). Vale a pena ressaltar que a corrupção moral completa tende a ser o resultado quando os homens abandonam a Deus para ficarem ocupados com o próprio eu e a satisfação material.

Nos últimos dias, os homens serão presunçosos e soberbos (II Timóteo 3:3; Provérbios 16:18-19). Um dos sinônimos para presunçoso é jactancioso. Jactância é a atitude de quem se comporta com arrogância e tem alto conceito sobre si mesmo. É a atitude de alguém que se vangloria. Aliado ao presunçoso está o soberbo, aquele que sempre se mostra acima dos outros. Deus resiste aos soberbos, pois são homens que querem a glória para si (Tiago 4:6; I Pedro 5:5). As orientações do apóstolo Paulo a Timóteo, seu filho na fé, são perfeitamente aplicáveis ao nosso tempo, isto é, que nos afastemos desses homens (II Timóteo 3:5).

Em nossos dias, temos visto muitos desses pretenciosos, que estão inseridos em todas as camadas da sociedade, inclusive na igreja, os quais tentam destacar-se com seus mais variados métodos e enganos. Já os soberbos, o segredo está em seus corações. Até podem parecer humildes, calados e inofensivos. Mas, no íntimo de seus corações, está o desprezo por todos os outros. Em seus corações existe um pequeno altar, onde se ajoelham perante si mesmos, e em seus olhos existe algo que olha a todos com um silencioso desprezo. Por isso, Deus os resiste e os abomina (Provérbios 3:32; 24:1-2).

O mundo vive uma crise generalizada quando o assunto é família. Paulo fala de um tempo de insubmissão à autoridade paterna. Não faz muito tempo que os filhos tinham como de grande valia os deveres com os pais. De repente, uma revolução ocorreu na sociedade e o que mais vemos em nossos dias é o rompimento na comunhão entre pais e filhos. O sinal da suprema decadência de uma civilização se dá quando a juventude perde todo o respeito pelos mais velhos, e se nega a reconhecer essa impagável dívida, juntamente com o básico dever de gratidão para com aqueles que lhe deram a vida (Mateus 15:4). Os filhos devem honrar os seus progenitores, esse é o elixir da longevidade, pois, como encontramos nas Escrituras, tal atitude resultará em uma sociedade mais estável e saudável, e em uma vida com mais qualidade (Efésios 6:1-3).

Embora os tempos sejam outros, nossa obrigação junto àqueles que nos geraram continua a mesma. Filhos, mais tarde, podem se tornar pais e, da mesma forma com que agem diante de seus pais, seus filhos também agirão diante deles (Galatas 6:7-8). O importante é fazer o que é certo e de acordo com o que a Bíblia trata do assunto, quando fala acerca da longevidade e felicidade para os obedientes aos pais (Efésios 6:1-3). Uma pessoa de honra se distingue por pagar suas dívidas e todos nós temos uma dívida para com Deus e com nossos pais. Como pessoas de honra, devemos pagar essa dívida para estar em paz com todos (Romanos 13:7). 

A escória de uma geração

Vivemos numa sociedade degradada, composta por pessoas sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons (II Timóteo 3:3). Além desses, ainda temos três grupos que certamente trarão muitos problemas aos moradores da Terra. O termo usado por Paulo para traidor é “prodotes” (II Timóteo 3:4), o mesmo usado para definir Judas. Esse livro foi escrito nos dias da perseguição romana. Naquele tempo, para se ganhar o favor de Roma, um amigo traia o próprio amigo. Paulo está retratando aqui a falta de fidelidade na amizade (Provérbios 25:18). Ele fala de homens impetuosos, que, levados por uma paixão obstinada, tornam-se imprudentes e insensíveis. Também fala de homens envaidecidos por sua própria importância. Paulo não está se dirigindo aos de fora. Ele está traçando um perfil de pessoas aparentemente cristãs (II Timóteo 3:7-8).

O verdadeiro cristianismo produz um poder dinâmico que muda a vida pessoal do homem. O apóstolo Paulo está falando de pessoas que nunca experimentaram o novo de Deus em suas vidas, mas que estão inseridas dentro do contexto cristão. Esses indivíduos já fazem parte da igreja atual e estão se proliferando. A melhor maneira de identifica-los é observando seus frutos (Mateus 7:20). Longe de ficar desanimado, o verdadeiro cristão deve ficar de sobreaviso, pelas evidências ao seu redor da má conduta e da fé religiosa insatisfatória.

Devemos ter em mente que aproximar-se de Deus é estar pronto para experimentar uma revolução pessoal através do poder de Jesus Cristo (Hebreus 4:12). A acusação aqui é que esses homens terão apenas uma forma externa (aparência de bondade). Eles seguirão um ritual com liturgia e adoração, mas nada compreenderão acerca do poder dinâmico que transforma a vida dos homens. Hoje, muitas pessoas apresentam-se como representantes e agentes a serviço do Reino de Deus. Todavia, na prática, são reprovadas por agir em contradição com a verdade que deveriam anunciar (II Timóteo 3:5).

Nossa geração já tem observado esse escurecimento decadente. Embora tenha progredido e melhorado em vários aspectos, na esfera moral e espiritual as coisas têm se complicado cada vez mais. O apóstolo Paulo nos assegura que esses homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados (II Timóteo 3:13). Esses homens ímpios se unirão aos santos e isso brotará na Igreja e ao redor dela.

Como é possível aprender a verdade e desconhecê-la? Isso acontece quando uma pessoa passa a viver somente de aparência, pois sabe que será reprovada caso venha para a luz (João 3:19.-20). Paulo diz que eles sempre aprendem mas não tem conhecimento (II Timóteo 3:7). Existem pessoas que sempre estão desejosas em discutir toda nova teoria, que sempre estão profundamente envoltas no último movimento ou grupo religioso da moda, mas que são totalmente incapazes de aceitar a disciplina diária e até mesmo a tarefa de viver a vida cristã na prática. O resultado de um corpo sem vida é apenas a decomposição. É nossa obrigação purificar e fortalecer nossas vidas na batalha moral para viver a vida cristã (II Timóteo 2:22-26).

Somos o Corpo de Cristo. Um corpo sem espírito está morto. O que parece ser bom exteriormente, quando está sem vida interior, se decompõe e se torna sujo e intragável. A curiosidade intelectual não pode tomar o lugar da seriedade moral. Mesmo nos tornando intelectuais, nada adianta se não estivermos conectados a à vida de Deus. Os últimos dias serão eclipsados por um gradativo aumento de iniquidade no mundo, haverá um colapso nos padrões morais e a multiplicação de falsos cristãos e falsas igrejas entre nós (Mateus 24:11).

Resplandecendo em meio a corrupção

No texto de Filipenses 2.15, Paulo diz que devemos resplandecer como astros no meio de uma geração corrompida. Mesmo que sejamos ostentados a agir de maneira pessimista diante dos desvarios da geração vigente, a verdade divina sempre prevalecerá sobre as trevas da mentira (II Timóteo 3:8-9). O conselho de Paulo é claro: permaneça firmado na Palavra de Deus (II Timóteo 3:14-15). Ventos fortes não podem abalar os alicerces de um prédio fortificado. Por que o povo de Deus se perde? Por falta de conhecimento (Oséias 4:6). Como o povo se encontra? Através do conhecimento da verdade (João 8:32). A verdade destrói o egocentrismo, destrona todo o “eu” da vida humana, conduzindo o homem tanto a ser salvo, quanto a tornar-se uma ferramenta que conforta a vida de outros (II Timóteo 3:16-17).

Mais do que nunca, o homem deve estudar as Sagradas Escrituras para fazer-se útil a Deus e a seus semelhantes (II Timóteo 3:13-14). A orientação sistemática obtida através do estudo bíblico na Escola Dominical capacita o cristão a enfrentar de modo firme suas responsabilidades.

Pode parecer que o mal esteja prevalecendo, mas jamais devemos esquecer quem escreveu essa história. Ela tem começo e fim, e, ao final, o bem prevalecerá e o Cristo vivo reinará sobre todas as nações da Terra (Salmo 22:28). Deus nunca vai deixar de falar. Ele procura homens e mulheres que estejam na brecha (Ezequiel 22:30). Uma pessoa na posição que Deus quer pode salvar uma nação. Nesses dias finais, os homens apostatarão da fé, darão ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios. Mas precisamos continuar pregando a Palavra de Deus, pura e sem mistura (II Coríntios 2:27; II Timóteo 4:2-5).

A grande tragédia de muitos cristãos é não crescer e progredir na fé (João 15:4). Muitas vezes, nossa vida leva sempre a marca das mesmas falhas e enganos. Parece que continuamos sendo vítimas dos mesmos hábitos e escravos das mesmas tentações. A verdadeira vida cristã não pode ser estagnada; deve estar em contínuo progresso. A vida cristã é uma viagem rumo a Deus e não pode jamais permanecer num mesmo lugar.

Fomos posto neste mundo sem sabor para temperá-lo (Mateus 5:13). É muito ruim uma comida sem sal. Assim também estará o mundo se não tomarmos a consciência do que somos. Jesus nos chamou para viver em meio as diferenças. Fomos colocados num mundo avesso para alterá-lo. Por que o sal? Porque produz sede; o mundo precisa desejar o que temos. O sal conserva. O sal dá sabor; o paladar mais insípido pode ser restaurado com um leve toque desse sal.

O sal perde seu poder de influência quando se torna sem sabor. Espiritualmente falando, o sabor do sal está em sua essência, que é Cristo Jesus e Sua verdade. Vivemos, nesses últimos dias, um tempo em que muitas coisas têm sido adulteradas. Devemos ter o cuidado de jamais ser influenciados pelo mal, mas sempre vencê-lo com o bem (Romanos 12:21). Se um discípulo de Cristo perde a virtude do Espírito Santo, ele é como o sal que perde a sua salinidade, tornando-se, assim, uma substância completamente inútil, só servindo para ser jogado fora, nas ruas, onde é pisado pelos caminhantes.

Conclusão

Nesses últimos dias, precisamos estar atentos aos sinais e sempre prontos a enfrentar os desafios de nossa geração. Devemos estar conscientes de nossa participação no Reino de Deus, fugindo de todo embaraço e do pecado que tão de perto nos rodeia (Hebreus 12:1).



Em sua infinita bondade e misericórdia, Deus criou um plano de salvação para a humanidade e cada geração desempenha seu papel para que este plano se torne conhecido em seu tempo. Quando uma geração não cumpre o seu propósito, os prejuízos são incalculáveis. Devemos ser espelhos para as próximas gerações, isto é, através das nossas atitudes anunciar as grandezas do Senhor, mostrando a necessidade constante de termos um relacionamento íntimo e profundo com Deus. Para uma maior compreensão desta verdade, participe neste domingo, 26 de março de 2017, da Escola Bíblica Dominical.