quinta-feira, 24 de setembro de 2015

EBD - O milagre do livramento da serpente em Paulo



Texto Áureo
Atos 28:3
E, havendo Paulo ajuntado uma quantidade de vides e pondo-as no fogo, uma víbora, fugindo do calor, lhe acometeu a mão.

Verdade Aplicada
Não existe investida diabólica que não se revele diante do fogo produzido por Deus ou que possa frear um crente cheio do Espírito Santo.

Textos de Referência
Atos 28.5-8

Mas, sacudindo ele a víbora no fogo, não padeceu nenhum mal.
E eles esperavam que viesse a inchar ou a cair morto de repente; mas tendo esperado já muito e vendo que nenhum incômodo lhe sobrevinha, mudando de parecer, diziam que era um deus.
E ali, próximo daquele mesmo lugar, havia umas herdades que pertenciam ao principal da ilha, por nome Públio, o qual nos recebeu e hospedou benignamente por três dias.
E aconteceu estar de cama enfermo de febres e disenteria o pai de Públio, que Paulo foi ver, e, havendo orado, pôs as mãos sobre ele, e o curou.


Apenas destroços

Quando Paulo embarcou para seu julgamento em Roma, tudo parecia maravilhosamente bem. Embora fosse um “prisioneiro”, o apóstolo se sentia honrado desta condição, pois o desejo de evangelizar as nações era o combustível de sua vida, e se aquele era o jeito de falar de Jesus aos romanos, ele estava feliz e realizado (II Timóteo 3:16 / Efésios 3:1). Paulo zarpou de Cesaréia sob a custódia do centurião Júlio, onde se estabeleceu uma simpatia reciproca. Entre os companheiros de viagem também estavam seus amigos Lucas e Aristarco, mantendo o apostolo num ambiente quase familiar.  Ao chegarem em Sidom, foi permitido a Paulo que visitasse alguns cristãos da cidade, dos quais recebeu muito carinho e algumas provisões.  A viagem prosseguiu por Chipre, Cilicia, Panfília e Lícia. Nesta última parada, Júlio achou por bem transferir seus passageiros para um navio cargueiro que ia para a Itália, abarrotado de trigo. A partir daí, a viagem começou a ficar bem complicada, já que o navio cruzou a rota de um vendaval, e a intensidade dos ventos limitava drasticamente a velocidade do navio. Quase se arrastando, a embarcação é direcionada para a costa de Creta, onde usa a ilha como um escudo contra o vendaval. Dali, eles conseguem aportar em uma cidade receptiva, com um novo bem promissor: Bons Portos. Mas este seria o último alento da viagem. Antes de zarparem da cidade, uma reunião é realizada para decidir a viabilidade da jornada, já que aquela não era uma estação propícia para se lançar em alto mar. Entre os consultados está o próprio Paulo, que se dirigindo aos responsáveis pela viagem advertiu: - Senhores, vejo que esta viagem será muito trabalhosa, com danos e prejuízos, não apenas da carga e da embarcação, mas também de nossas própria vidas (Atos 27:10).

Como aquela seria uma longa viagem, o centurião Júlio deu mais crédito as palavras do piloto e do mestre do navio, que insistiram para que a viagem fosse retomada com imediatismo, pois queriam chegar ao porto de Fênix antes que o inverno agitasse permanentemente o mar. Aproveitando-se da calma momentânea das águas, a tribulação se lança ao mar rapidamente, e tudo parecia estar indo muito bem, até que a embarcação foi apanhada pela fúria do tufão “Euro-Aquilão” vindo do nordeste de Creta. Com o navio sendo açoitado pelas ondas e arrastado sem direção pelo vento, logo a tripulação percebe que a embarcação não é párea para a natureza. Afim de aliviar o peso do barco, eles começam a se desfazer das cargas, e para não ficarem ao sabor dos ventos, se livraram da armação do velame do navio. Durante dias nenhum daqueles homens viu o sol e nem as estrelas, e desencorajados, deixaram de se alimentar, perdendo por completa as esperanças. Paulo descobriu que os tripulantes do navio tramavam abandonar o barco em um bote, deixando os “prisioneiros” para traz. Imediatamente comunicou o fato a Júlio, que tomou medidas disciplinares para que todos trabalhassem em conjunto. No 14º dia de tormenta, Paulo insistiu para que todos se alimentassem, pois, o navio se perderia, mas as pessoas seriam salvas (Atos 27:21-26).

Após a refeição, os homens avistaram uma praia, e se livrando do resto da comida para aliviar a embarcação, tentaram levar o já fragilizado barco rumo a terra seca. Porém, no meio do caminho, o navio se chocou com um recife, encravando a quilha na areia. Com o impacto, a embarcação se desfragmentou, sendo varrida pelas ondas. Como era usual entre a guarda romana, os soldados decidiram assassinar seus prisioneiros para que não houvesse fuga, porém, Paulo intercedeu. Júlio então ordenou que todos se agarrassem em alguma parte dos destroços, para que pudessem chegar a praia nadando. Para surpresa geral, todos alcançaram a terra firme com vida. Nestas situações, muitos se perguntam o porquê Deus tira nossos pés do navio e põem em nossas mãos apenas uma parte dos destroços. Simples... É que o “NAVIO” afunda, mas os “DESTROÇOS” não. São eles que te levarão até a praia. Deus tem seus meios de trabalhar e não cabe a nós entende-los, mas sim vive-lo. Se houver naufrágio, se agarre ao destroço, nade como nunca e siga o fluxo das águas... Deus conhece a geografia do mar, e sempre haverá uma praia por perto.


Uma víbora em meio ao fogo

A experiência do naufrágio havia sido extremamente traumática e descansar era tudo o que aqueles homens precisavam e antes de prosseguir a viagem. Estava escuro e frio e o apóstolo resolveu acrescentar lenha na fogueira. Muito pior do que a situação que vivemos pode ser a interpretação que as pessoas têm ao nosso respeito. Paulo viajava como um prisioneiro, já havia sido injustiçado pelos judeus, havia passado por julgamentos e acusações, encarou uma tremenda tempestade, sobreviveu a mais um naufrágio e agora uma víbora se agarra à sua mão (Atos 28:4). A vida de Paulo passa por uma cadeia de eventos que parece não terminar. Agora, em Malta, uma víbora se agarra em sua mão (Atos 28:3). Existem momentos que devemos escolher entre lamentar ou agir, esperar que a tela da provação se feche ou sacudirmos as mãos. Na interpretação das pessoas, alguma maldição estava sob a vida de Paulo. Mas ele não se deixou levar nem pela víbora, nem pela opinião alheia. Existem palavras que nos paralisam e nessas horas é importante não somente sacudir as mãos, como também a mente (Romanos 12:1-2). A atitude correta e a esperança (Romanos 4:18 / Colossenses 1:23 / I Tessalonicenses 5:8). Não importa quantas víboras se prendam à nossa mão, Deus não nos chamou para sermos consumidos pelas víboras da desesperança e da dúvida, mas para sacudi-las no fogo. Paulo e os que viajavam no barco foram lançados sobre a ilha de Malta. Ngrego se chama “barbaroiaos” – maltenhos; mas para os gregos os bárbaros eram pessoas que diziam “barbar”, o que significa que falavam uma linguagem estrangeira incompreensível e não a flexível e bela língua grega. Estamos mais perto do significado quando simplesmente os chamamos de nativos. Mostre para eles que o navio em que Paulo viajava foi obrigado a irem em direção ao sul, de Cnido até o sul de Creta. Em vista da direção predominante dos ventos naquela tempestade, é pouco provável que o navio tenha então dado meia-volta e navegado em direção ao norte até Mljet ou a ilha perto de Corfu. Assim, é mais provável que a localização de Malta fosse bem mais ao oeste. Isso faz da ilha de Malta, ao sul da Sicília, o local mais provável do naufrágio.

Os bárbaros foram solidários com os sobreviventes do naufrágio (Atos 28:2). Por causa do frio e da chuva, eles foram se aquecer diante da fogueira e Paulo juntou alguns gravetos secos para lançar no fogo já existente. Então, para fugir do “calor”, a víbora se revelou de onde estava camuflada (Atos 28:3). O texto é claro: “o fogo” revelou onde estava a víbora. Se desejarmos de todo o coração um avivamento em nosso tempo, vamos ficar surpresos em ver a atuação de Satanás em lugares e vidas aparentemente normais. O fogo tem como característica iluminar e tudo o que estiver acobertado pelas trevas há de se declarar (Daniel 2:22 / I Coríntios 3:13 / Efésios 5:13). Os habitantes de Malta conheciam muito bem o poder do veneno da víbora. Eles tinham plena convicção de que Paulo iria morrer, porém nada lhe aconteceu. Eles esperavam que o veneno deformasse a Paulo e que ele fosse afastado pelo inchaço. Há pessoas assim em nossa sociedade. Pessoas deformadas no afeto, no ciúme, na alma complexo de inferioridade, pessoas deformadas nos princípios e distante de Deus. Reforce para eles que o fogo de Deus queima este veneno e pode restabelecer vidas e restaurar conceitos morais até então perdidos e esquecidos. O apóstolo Paulo levou a víbora até o fogo. Façamos como ele e levemos as víboras que nos atacam a presença do fogo do Espírito Santo de Deus. De uma coisa devemos ter certeza: Satanás não suporta o fogo; e nós temos em nossas vidas o fogo do Espírito Santo de Deus.

Todos esperavam que Paulo morresse, mas ele de modo simples sacudiu a víbora na fogueira e agiu como se nada houvesse acontecido (Atos 29:4-5). De repente, viram que Paulo já não era mais uma maldição e passaram a compará-lo com um “deus” (Atos 29.6). Em nossa vida, sempre haverá fases que irão nos marcar e depende de nós deixarmos que as situações nos afoguem ou nos impulsionem a seguir em frente (Filipenses 3:12-13). Estar nas mãos de Jesus é sempre ir além do essencial (Filipenses 4:12). Não podemos ser parados pelo que pensam ou acham de nós. Muitos não entendem como Deus está agindo conosco e traçam um perfil de acordo com o que veem. Para uns somos malditos, para outros somos deuses, mas o que importa, na verdade, é o que somos para Deus e o que Ele é para nós. A cada passo de nossa vida, Deus vai montando a nossa história. Se juntarmos tudo o que já vivemos, vamos observar que grande parte do que somos foi gerado através de cada circunstância vivida. Deus nos dá a informação à medida que vamos passando por cada fase da vida. O perigo reside em pular essas fases (I Coríntios 8:2).


A Ilha de Malta

Quando Paulo anunciou aos companheiros de viagem que a embarcação fatalmente se perderia, também revelou que por trás do naufrágio estava estrategicamente delineado um grande propósito: É necessário que cheguemos a uma ilha. É interessante observar que sem os velames do navio, não é possível direcionar uma embarcação, e, portanto, é correto concluir que Deus tirou a direção de mãos humanas e tratou Dele mesmo conduzir o barco pela rota traçada nos céus. Uma vez que confirmaram o fato de todos terem chagados vivos na praia, os homens logo buscaram saber onde estavam. Não demorou a descobrirem que estavam numa ilha chamada Malta, habitada por um povo bárbaro, assim classificado por possuir um dialeto próprio, diferente do grego. Certamente aquela era uma terra renegada, onde o evangelho de Cristo teria muita dificuldade para entrar, não fosse o providencial naufrágio de um barco com alguns missionários dentro. É maravilhoso contemplar a cada página da Bíblia como Deus tem um plano meticuloso e perfeito, afim de que todos os homens se salvem (João 3:16). Deus se importava com as almas “bárbaras” de Malta, mesmo que a elite religiosa judaico-cristã a ignorasse por completo. Afim de alcançar esses “filhos” amados, Deus simplesmente leva até suas portas o maior missionário de todos os tempos! E para surpresa geral, ele é recebido entre os nativos com cordialidade e muito carinho.

Quem milita na obra do Senhor, e se sujeita a vontade de Deus (mesmo que isso signifique naufragar), sempre enfrentará a fúria do inimigo. Para Paulo, ela se manifesta na forma de uma serpente mortífera, temida pelos moradores locais, que furtivamente escondida entre os galhos secos, ataca a mão do apóstolo, que mais uma vez estava sendo usada em prol do próximo. Não é possível definir exatamente qual a espécie do animal que atacou Paulo, pois o evangelista a relata apenas como “víbora”. Até hoje, a ciência herpetofaunística já identificou mais de 200 tipos de víboras, sendo que a mais conhecida entre os brasileiros é a cascavel. Essas serpentes não tem o hábito de caçar, preferindo ficar escondida, espreitando a vítima, aguardando o momento oportuno para dar o bote. Ao picar, seus dentes curvados, (que chegam a encostar-se ao céu da boca do animal), adentram a pele inoculando um veneno mortal na corrente sanguínea, fazendo com que a maioria das vítimas venha a obto ainda no local.

A víbora que atacou Paulo era tão venenosa, que os habitantes de Malta, conhecedores dos efeitos de sua picada, ao verem as algemas nas mãos do apóstolo, julgaram que Paulo era um “assassino” por receber tamanha punição. Então, esperaram para vê-lo “inchar e morrer”. Nada disso aconteceu. Paulo simplesmente a jogou no fogo, mais uma vez transformando a expectativa da morte terrena em esperança de vida eterna. Aos servos do Senhor, as melhores oportunidades vão aparecer habilmente disfarçadas em problemas insolúveis e dificuldades insuperáveis. Precisamos aprender a transformar tragédias em oportunidades, finais em recomeços e ensinar as pessoas a lição mais importante que já aprendemos... A porta de saída deste ciclo de caos e a mesma que dá entrada a um novo mundo de oportunidades: JESUS CRISTO!


As declarações do Fogo

Os bárbaros eram politeístas e a “justiça” a quem se referem estava personificada na deusa “Dike” que segundo suas crenças, intervia para castigar os malfeitores (Atos 28.4). Paulo estava dentro do propósito divino e as circunstâncias lhe criaram possibilidades para atuar em nome do Senhor. Traçando aqui um paralelo da vida espiritual, entendemos que estar “seco” é estar sem vida (Ezequiel 37:11 / Marcos 11:12-14 / 20.21). Observemos que a fogueira já estava acesa e Paulo conduzia gravetos secos para adicioná-los ao fogo e este aumentar (Atos 28:2). A víbora entre os gravetos secos é um símbolo da ação de Satanás numa vida sem frutos e sem comunhão (Provérbios 30:19). Quando essa vida é levada ao fogo da presença de Deus, o calor do Espírito Santo gera o incômodo, fazendo com que o inimigo se manifeste e parta em retirada. A unção que estava sobre a vida de Paulo era mais forte que o veneno da serpente e assim também acontece com todo aquele que está cheio do poder do Espírito Santo (Lucas 10:19 / Marcos 16:17 /  Efésios 6:16). O fogo é purificador. Quando a presença de Deus entra em ação, os demônios se agitam e o local fica pronto para ser preenchido e habitado pelo Senhor (Marcos 10:17 / Lucas 9:42). Isso acontece porque os demônios agem ilegalmente e não subsistem diante da verdade.

O fato de a víbora abocanhar a mão de Paulo nos ensina como Satanás tenta nos frear, inutilizando nossas ferramentas de trabalho que, neste caso, eram as mãos de Paulo (II Corintios 10:4 / Atos 28:3). A mordida não aconteceu somente pelo fato da víbora fugir do fogo, foi um golpe de retaliação, um último golpe antes da derrota. Em vários casos de libertação e batalha espiritual, a retaliação é certa, por isso devemos estar preparados como Paulo que não se importando com a víbora, de pronto a lançou no fogo, que é o seu lugar (Mateus 25:41 / Apocalipse 20:10). O propósito de Deus era usar Paulo para encorajar e abençoar outras pessoas em ocasiões de dificuldade. Nós tambem podemos também encorajar e levar bênçãos a pessoas que estão angustiadas e doentes. Podemos servir a Deus por meio de palavras e atos que animem outras pessoas. Para isso, devemos estar preparados contra as investidas do maligno, que tenta, inutilmente, parar o Corpo e o avanço do Reino de Deus.

Paulo não permitiu que a rejeição e a crítica frustrassem os projetos de Deus em sua vida. Públio, o chefe da ilha de malta, era o principal representante romano dessa ilha. Seu pai estava doente e Paulo teve a oportunidade de exercitar seu dom de curar e levar-lhe o consolo. Após serem informados acerca do milagre, os demais moradores da ilha que estavam doentes também vieram e foram curados pelas mãos de Paulo (Atos 28:9). A víbora foi uma arma usada por Satanás para tirar Paulo de seu caminho. A tempestade não afogou o apóstolo, mas quem sabe cairia numa armadilha escondida. Como cristãos, devemos estar sempre alertas, pois a serpente ou o leão podem nos atacar (II Coríntios 11:3; I Pedro 5:8). Também devemos lembrar sempre que estamos sendo observados e usar essas oportunidades para engrandecer o nome de Cristo.


Sinais, prodígios e maravilhas

Quando Jesus comissionou seus discípulos, também lhes concedeu autoridade para em seu nome, realizarem obras portentosas, tais como expulsar demônios, curar enfermos e pegar com as mãos em serpentes e escorpiões (Mateus 16:17). Estes sinais, além de serem uma prova incontestável de nossa fé, tem a capacidade de impactar profundamente suas testemunhas oculares. Em Malta, Paulo fez valer seus dons a fim de testificar do grande poder de Jesus Cristo, vencendo um naufrágio, sobrevivendo ao ataque de uma víbora e ministrando cura e libertação aos nativos.  A igreja primitiva, estabelecida em Cristo, se solidificou através da mensagem do Salvador Ressurreto, de obras caridosas e em decorrência da atuação miraculoso dos cristãos, que em nome de seu mestre, impactaram toda aquela geração com a realização de muitos milagres, curando uma infinidade de pessoas.  Podemos definir os dons de cura dados à igreja como sendo a atuação sobrenatural de Deus sobre o corpo do homem livrando o de todo tipo de enfermidade, sem que seja necessária a intervenção de recursos humanos. Precisamos entender, porém, que embora a cura de nossas mazelas e dores seja uma promessa bíblica (Isaías 53-3), existem algumas enfermidades que tem um propósito específico em nossas vidas e por este motivo “não” serão curadas até que cumpram seu desígnio sobre nós (II Coríntios 12:7-8). Por outro lado, não é vergonha alguma ao cristão procurar a medicina humana para tratar de suas enfermidades, pois a mesma tem sua utilidade reconhecida pela Bíblia (Mateus 9:12). Mas, forando a exceção aqui citada, toda e qualquer enfermidade pode sim ser curada através da fé, pois a ausência de fé impede a realização de um milagre.

Além dos dons de curar, que possuem o mesmo efeito sobre uma simples dor de cabeça ou um câncer terminal, a igreja do Senhor também esta apta a realizar o que Paulo chamou de “operações de maravilhas”, que podem sim, igualar-se a feitos neo-testamentários. Eventos deste porte (mar aberto, chuva de saraiva, água transformada em sangue, pão caindo do céu) excedem em muito os impactos causados pela cura de um enfermo, pois tem abrangência em grandes massas e não apenas em indivíduos. Por trás destes impactantes eventos, temos sempre um homem cheio do Espírito Santo que dá a voz de comando para que tais feitos portentosos aconteçam. Embora muitos acreditem que feitos tão grandiosos não tenham lugar no mundo de hoje, devemos nos lembrar que o homem capaz de ressuscitar mortos e transformar água em vinho declarou que “aquele que crê em mim também fará as obras que faço e as fará moires do que estas... (João 14:12)” Podemos portanto afirmar que os grandes sinais são raros em nosso tempo, mas não estão extintos.  Mas que uma Operação de Maravilhas aconteça, faz-se necessário que um propósito específico exista, pois milagre sem propósito não passa de show de mágica.

Um milagre pode ser definido como uma intervenção sobrenatural no curso usual da natureza ou uma suspensão temporária da ordem costumeira através da intervenção do Espírito Santo, ou seja, toda manifestação espiritual através dos DONS pode ser considerado um milagre. Mas o DOM específico de OPERAÇÃO DE MARAVILHAS, que pode também ser chamado de OPERAÇÃO DE MILAGRES ou OPERAÇÃO DE PODERES, e que no original grego significa “explosões de onipotência”, tem como propósito demonstrar o poder e a grandeza de Deus de forma inquestionável, a ponto de “estontear” quem o testemunha, e é o único DOM que leva o indivíduo que o recebe a participar de uma pequenina parcela do poder de Deus, o mesmo poder usado na criação do mundo. Devemos tomar muito cuidado para não supervalorizarmos o milagre e usa-los como bússola para nortear nossa vida. Sinais e maravilhas são meios que o Senhor usa para se manifestar ao seu povo, tendo como ferramenta as mãos e a boca de alguns indivíduos agraciados, mas não são eles os parâmetros indicativos para o desejo de Deus sobre nós. Logo não podemos nos tornar “reféns” dos milagres, buscando desesperadamente alguém que os realize e nem mudar nossa postura cristã quando um milagre não acontece. Nossa vida deve ser lapidada, regida e conduzida pela “PALAVRA” e não por manifestações megalomaníacas de poder.


Avivamento e Provisões

A experiência nos ensina que as grandes provações são sinais de grandes maravilhas por parte do nosso Deus. Após a batalha com a víbora, Paulo se torna a esperança daqueles nativos e, como gratidão pela benção alcançada, eles tanto honraram quanto supriram as necessidades do apóstolo (Atos 28:9-10). O Espírito impulsionou Paulo até Malta e o que para muitos era uma grande provação, para Deus era uma oportunidade de atuar com seu Servo. Paulo jamais chegaria lá se não fosse a força dos ventos contrários (Atos 27:4). Não estava em seus planos estar em Malta; seu alvo era Roma (Atos 23.11). Aquela víbora não mordeu outra pessoa a não ser Paulo, foi sua ação que a revelou e por causa desse incidente se desencadeou um avivamento e a glorificação do nome de Jesus. Existe alguém dentro de nós que nos desafia a olhar além das circunstâncias e da víbora, alguém mais poderoso que a tempestade e mais determinante que a víbora. Um Deus pronto para entrar em ação, abrindo as janelas dos céus e derramando do Seu bom tesouro para fazer prosperar a obra de nossas mãos. “O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito” (João 3:8).

Adquirimos credibilidade quando nos conectamos com indivíduos e mostramos um genuíno interesse em ajuda-los. Ao tocar os corações das pessoas daquela ilha, Paulo e toda tripulação foram providos de suas necessidades (Atos 28:10). Olhe para suas mãos! Sacuda as mãos. O que tens nas mãos? Nada, porque a tempestade arrebatou. Sacuda as mãos esteja pronto para ver o que Deus estará pondo sobre elas. Mais importante que mãos cheias, é ver como Deus pode usar essas mãos vazias e com cicatrizes para curar os enfermos, fazer milagres e abraçar aqueles que necessitam de esperança (Romanos 4:18). É preciso entender que Deus espera que sejamos os mesmos cristãos tanto em momentos de bonança quanto em momentos de aflição! Explique para os alunos que, quando passamos fiéis pela adversidade, Deus transformará o agente da adversidade em agente de honra em nossa vida! Mostre para eles que o texto de Atos 28.10 ilustra bem essa verdade na vida do apóstolo Paulo: “os quais nos distinguiram com muitas honrarias; e, tendo nós de prosseguir viagem, nos puseram a bordo tudo o que era necessário”.

No momento em que as pessoas viram a víbora agarrada à mão de Paulo, elas tiraram suas próprias conclusões, interpretando de forma errônea aquela situação. Se nesse exato momento Paulo estivesse cônscio de sua missão e firme na fé, os comentários poderiam alterar sua situação. Por que Paulo sacudiu a víbora no fogo? Porque sabia em quem podia confiar. Quando confiamos em Deus e nos mantemos fiéis à sua Palavra, Ele transforma a vergonha em honra e escassez em abundância (Isaías 61:3 /  Atos 28:10). A vontade do inimigo é tirar nossa credibilidade. O seu desejo é nos fazer pensar que Deus nos abandonou e que não existe nada ou ninguém que possa nos ajudar. Façamos como Paulo, lancemos não somente esse pensamento, mas também a própria víbora no fogo. Nada nos acontecerá até que Deus faça conosco o que determinou fazer. O que vai motivar isso é nossa atitude diante de cada nova etapa com a qual nos depararmos. Vamos sacudir as mãos, lançar a víbora no fogo e caminhar com firmeza até a próxima fase de nossas vidas.



Participe da EBD deste domingo, 27/09/2015, e descubra você também o maravilhoso poder de Jesus Cristo e o segredo do sucesso apostólico.

Material Didático:
Revista Jovens e Adultos nº 96 - Editora Betel
Comentarista: Pr. Abner de Cássio Ferreira
Sinais, Milagres e Livramentos do Novo Testamento 
Lição 13

Comentários Adicionais (em verde):
Pb. Miquéias Daniel Gomes





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