sábado, 29 de julho de 2017

EBD - A evangelização de grupos específicos


Texto Áureo
Lucas 19.10
Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o que se havia perdido.

Verdade Aplicada
Ao evangelizar grupos que estavam à margem da sociedade, Jesus não somente nos deu um exemplo, como também nos confiou um legado.

Textos de Referência
Lucas 19.1-5

E, tendo Jesus entrado em Jericó, ia passando.
E eis que havia ali um varão, chamado Zaqueu; e era este um chefe dos publicanos e era rico. E procurava ver quem era Jesus e não podia, por causa da multidão, pois era de pequena estatura.
E, correndo adiante, subiu a uma figueira brava para o ver, porque havia de passar por ali.
E, quando Jesus chegou àquele lugar, olhando para cima, viu-o e disse-lhe: Zaqueu, desce depressa, porque, hoje, me convém pousar em tua casa.



O joio e o trigo

Quando Jesus se revelou como “aquele que haveria de vir”, a religião judaica entrou em colapso. Milhares de pessoas eram atraídas pelos ensinamentos do Rabi de Nazaré, e se admiravam com seus sinais e milagres gloriosos. Cegos enxergavam, mudos cantavam e aleijados bailavam desengonçadamente. Desesperados, os líderes religiosos de Israel atuavam em duas frentes. Na primeira, confrontavam Jesus publicamente, criticando duramente sua postura agregadora. Enquanto isto, confabulavam em salas secretas, arquitetando planos ardilosos para sentenciar Cristo a morte. E Jesus Cristo não se importava em colocar munição na arma que estava apontada para si. Pelo contrário, uma única alma salva, tinha mais valor que toda a casta religiosa perdida no próprio egocentrismo. Para homens que reverberavam santidade, pureza e separação, testemunhar Jesus Cristo abraçando leprosos, jantando com publicanos e sendo carinhosamente tocado por mulheres difamadas, era um pedido explícito de condenação. Se aquele “militante” realmente tivesse qualquer vínculo como Deus, certamente saberia separar o “joio e o trigo”, e se negaria a andar em companhia tão comprometedora.

E, de fato, Jesus aparentemente, tinha o dedo podre para amizades. Seu círculo mais íntimo era formado por homens xucros, pescadores iletrados, políticos radicais, e até mesmo por um “traidor” da pátria. Se aplicássemos em Cristo o famoso “diga-me com quem andas, e te direis quem és”, certamente, o excluiríamos de nossa lista de contato. João 4 nos relata o encontro a sós entre Jesus e uma mulher samaritana cuja vida transbordava em luxúria. Em Lucas 19, Cristo se hospeda voluntariamente na casa de um homem cercado por indícios de corrupção. Mateus 9 nos revela que Jesus, intencionalmente, permitiu que uma mulher impura tocasse em suas vestes. Já Marcos 5, nos conta sobre a visita de Cristo as dependências de um cemitério perigosamente avizinhado por um criadouro de porcos. Tudo errado. Situações inconvenientes. Lugares inadequados. Jesus não frequentava ambientes convencionais. Estava sempre fora da zona do conforto estabelecida pela religiosidade. Prato cheio para os críticos de plantão. As serpentes cravavam suas presas nos discípulos e destilavam o veneno legalista: - Por que ceia o vosso mestre com publicanos e pecadores? (Mateus 9:11)  Jesus tinha a resposta para esta pergunta estampada na essência de seu ministério. - Eu não vim chamar justos, e sim pecadores ao arrependimento. (Mateus 9:13)

Jesus estava onde precisava estar. Seu faro por pecadores o afastava dos ambientes religiosos, onde o pecado usava o perfume falsificado da santidade. Jesus descia ao esgoto, para de lá, retirar o miserável. Cristo sujava suas mãos, sem que seu coração se contaminasse. Esta era a diferença. Quando Jesus se viu sozinho com uma prostituta que lhe “devia” favores, olhou em seus olhos e perdoou os seus pecados. Quando se encontrou na alfandega com um cobrador de impostos, fez dele um discípulo abnegado. Nem um centavo de lucro. Nenhuma vantagem pessoal. Cristo abominava o pecado na mesma intensidade que amava o pecador. Então, não media esforços para tirar uma alma do lamaçal pecaminoso.

Os fariseus não aceitavam isto. Se sentiam mais espirituais que as pessoas simples. Se consideravam mais santos que os cegos e aleijados curados por Cristo. Estavam errados. Homens pomposos revestidos de religiosidade vazia. Jesus os chamou sepulcros caiados. Aparência sem conteúdo. Amor sem bondade. Hoje, fariseu é um termo pejorativo. No vocabulário cristão, geralmente faz referência a alguém que se promove sem ter algo a oferecer. Hipocrisia. Falsidade. Dissimulação. Nos chamem de “Filhos de Satanás”, mas, nunca de FARISEUS. Ofensa tem limite. Porém, sugiro aqui, um rápido exercício de imaginação. E se ao invés de ter nascido na Galileia do primeiro século, Jesus Cristo fosse um brasileiro, originário do sertão pernambucano. Um agricultor de pouca renda chamado José, frequentador de nossa igreja. 

Será que o aceitaríamos como Messias? E qual seria a nossa análise, quando o encontrássemos dentro dos bares, assentado junto aos cachaceiros que tanto evitamos? Lidaríamos bem com suas visitas as boates suburbanas? Aceitaríamos seus encontros “escusos” com homens de moral dúbia e mulheres de vida pregressa? Tenho a ligeira sensação, que todas estas situações hipotéticas seriam tratadas como escândalos vexatórios ao evangelho. José (ou Jesus), certamente seria excluído de nossos rol’s de membros, banido dos altares e catapultado ao limbo eclesiástico. Sim, paradoxalmente, Jesus Cristo seria considerado uma vergonha para a Cristandade. Não é tão fácil assim, compreender a urgência de um socorro. Quando preciso, Cristo nunca faz cerimonias ou ritos. Ele simplesmente desce ao inferno para resgatar uma vida. Nós, evitamos até mesmo a roda dos escarnecedores, mesmo que por vezes, nosso coração já esteja lá a muito tempo.

O IDE já foi dado. As estratégias já foram ensinadas. Jesus determinou a abrangência da mensagem. Todo o mundo. Sem acepção. Sem escolhas pré-determinadas. Não temos o direito se sermos seletivos. Escolher a quem destinar a palavra de salvação. Julgar merecimento. Até, porque, ninguém merece, mas, todos precisam. E é isto que Jesus nos revelou em suas ações. Estava presente quando uma alma gritava por Ele. E, enquanto isto, os fariseus apontavam o dedo é diziam: - Este tipo de pecador não pode se encontrar com Deus.  Certamente, endossaríamos a estática dos não “salváveis”. Louvado seja Deus, pelo fato de Jesus ter uma queda por gente imprestável. Caso contrário, pobre de mim.


Todo aquele que crê
Pb. Bene Wanderley

Quero começar esta reflexão com um texto bíblico que é um dos meus favoritos-  João 3.16: - "Porque Deus amou o mundo de uma tal maneira que deu seu filho unigênito para que todos que nele crer não pereça mas tenha a vida eterna". Creio ser este o texto, que responde toda e qualquer dúvida sobre a evangelização dos povos, raças, tribos, línguas e nações. No coração de Deus, não há limitações quando o assunto é "salvar almas". Quando analisamos as ações da igreja através dos séculos, nos deparamos com uma triste realidade que vem se intensificando a cada dia mais: " corrupção moral e espiritual ". A história comprova a veracidade dos fatos. O sintoma desta situação é patente em nossos dias. A corrida pelo poder centralizado em um só é a mais desvalida descaracterização imposta ao verdadeiro evangelho de Cristo Jesus. Os fatos mostram isso.

Sinto algo no meu coração, (e não desejo que as pessoas se junte a mim nesse pensamento, pois sei que muitos não assumiriam tal postura por mil motivos); mas, eu sei que estamos vivendo dias cruéis, onde os homens não dão a mínima importância para as coisas espirituais (I Tm 4). Quando olho para este texto de João 3:16, me sinto envergonhado, minúsculo, vil, errante e perdido. Minhas lágrimas já se derramam em minha face, pois não sei como responder a inquietação de minha alma. Ao analisar a lição estudada, dó a alma saber que muitos dos crentes que estão nas nossas igrejas, nunca falaram de Jesus Cristo aos seus amigos, vizinhos, parentes, e nem se interessaram por evangelização. Outros, até em algum momento falaram, mas hoje estão atados, amordaçados pelos cuidados dessa vida, e pelo sistema que infelizmente se vive nos dias atuais.

A maior influência dessa realidade é de muitos líderes religiosos que só respiram poder. Por essa e outras situações que a obra de evangelização tem sido um fiasco em maior parte em nossas igrejas. Creio que há um remanescente de filhos e filhas do Grande Rei Jesus Cristo, que não se dobraram diante de baal. Ainda há aqueles que não se venderam ao preço das seduções do diabo, ainda há aqueles que tem em suas veias o sangue quente que fora derramado no calvário. A evangelização neste tempo, requer de cada um de nós. Alguns requisitos necessários, tais como amor, coragem, renúncia e uma boa dose de humor. A lição nos dá vários exemplos de grupos específicos a serem alcançados e entre esses temos uns mais do que outros grandes desafios. Temos um grupo de grande risco, que são as comunidades carentes que a cada dia cresce mais. Se não houver um preparo esmerado, e um planejamento imbuído de oração e ação, não conseguiremos nos equiparar com a miséria crescente, que engole muitas almas a cada minuto que passa. Os problemas sociais, econômicos e educacionais é uma triste realidade nestas comunidades. E a igreja, também foi chamada para agir no social.

Não podemos nos esquecer, que além desses fatos ainda temos de enfrentar as hostis maligna que dominam com sagaz força. Temos também, a desafiadora obra de evangelizar as nossas crianças e adolescentes, que têm sido um dos alvos infernais dessa última hora. Satanás tem achado um vasto campo de semeadura maligna nesta faixa etária. Os meios são os mais sutis possíveis e imagináveis. Se faz necessário uma atenção a essa realidade, e tomarmos uma posição de combate contra o mal.

Outro grupo aqui abordado é o grupo da terceira idade ou melhor idade. A população de idosos cresceu assustadoramente em nosso Brasil. A cada geração, a população idosa cresce, e com isso os problemas se somam em uma avalanche. Esse grupo deve ocupar um lugar de destaque em nossos grupos de evangelização. Preparar pessoas capacitadas para interagir com estes idosos. Outro grupo em destaque são os encarcerados e presidiários e ex-presidiários. Esse grupo requer maior atenção e deve ocupar nossa frente de evangelização. Temos outros grupos que devem está na mira da igreja pois todos os homens devem saber que Jesus Cristo os ama, e tem um plano de paz eterna e vida plena.

Material Didático

Revista Jovens e Adultos nº 104 - Editora Betel
Evangelismo, Missões e Discipulado – Lição 5
A evangelização de grupos específicos
Comentarista: Bp. Oídes José do Carmo

Introdução

A graça de Deus que se manifestou trouxe salvação a “todos os homens” (Tt 2.11), indicando assim o caráter universal do Evangelho. Na evangelização, não há lugar para preconceito e discriminação.

1. O inspirador amor de Jesus
Jesus compartilhou a mensagem do Reino de Deus com pessoas que eram discriminadas, como por exemplo, os publicanos e as meretrizes. O amor do Senhor não via empecilhos, mas oportunidade de pregar-lhes a salvação.

1.1. O amor que busca o pecador
Zaqueu era um funcionário público, coletor de impostos para Roma. Porém. Era judeu, e pela qualidade do serviço que fazia era tratado de maneira discriminada por seus conterrâneos. Por prestar serviços de arrecadação a uma nação pagã, que fazia o seu povo tributário, era desprezado e odiado pelos homens. Ele ouviu a respeito deste Jesus que acolhia os coletores de impostos e os pecadores, e seu coração se encheu de esperança. Ele se esforçou, desejou ver Jesus e o resultado foi maravilhoso, porque Jesus o chamou pelo nome (Lc 19.5). O amor de Jesus pelos perdidos é inigualável, vai além do que podemos imaginar (Rm 5.8).

Existem muitas pessoas como Zaqueu, que possuem um desejo muito grandioso de mudar. Mas como essas pessoas serão alcançadas, se não caminharmos em sua direção? A razão que nos motiva a ir em busca dessas almas é o amor de Cristo, que vê muito além de práticas humanas e de rótulos impostos pela sociedade. Quando a Palavra de deus diz que Jesus Cristo nos amou e morreu por nós, mesmo sendo pecadores, isto inclui todo o tipo de pecados e erros que a humanidade possa cometer (Rm 5.8). Ninguém é tão ímpio que Cristo não possa salvar e não há pessoa tão boa que não necessite nascer de novo. Zaqueu, um publicano rico, tornou-se discípulo de Cristo. Vemos um camelo passando pelo fundo de uma agulha e um rico entrando no Reino de Deus. É uma prova concreta de que para Deus todas as coisas são possíveis. Nesta passagem bíblica, vemos um avarento coletor de impostos sendo transformado em um cristão generoso.

1.2. O amor misericordioso
Zaqueu acolheu Jesus em sua casa alegremente, mas todos os que viram isso murmuraram contra o Mestre. As pessoas estavam tão insensíveis às necessidades espirituais de Zaqueu que não conseguiam vê-lo como um homem carente de salvação. Mas Jesus viu, e, por isso, entrou em sua casa (Lc 19.9; Ap 3.20). O arrependimento de Zaqueu foi instantâneo, e, diante disso, ele tomou diversas resoluções para demonstrar sua mudança. Quando Jesus anunciou que ficaria em sua casa, Zaqueu descobriu que tinha encontrado um amigo novo e maravilhoso. Deus sempre vê o que há no coração humano, mesmo que por fora venhamos aparentar algo diferente. Ele sabe quem somos e como nos alcançar (1Sm 16.7).

Nosso Senhor Jesus Cristo demonstrou misericórdia pelos marginalizados, estigmatizados e socialmente rejeitados. Nosso dever como cristãos é seguir esses mesmos passos (Mt 10.25ª). Como igreja, devemos demonstrar misericórdia, nos compadecendo da miséria alheia, principalmente a espiritual. Zaqueu mudou de vida porque foi alcançado pelo amor que rompe barreiras e vai além dos olhos humanos. O Senhor Jesus nunca muda. O que Ele fez por Zaqueu Ele é capaz e está disposto a fazer por qualquer outra pessoa.

1.3. O amor perdoador
Ainda há muito a se fazer em prol das pessoas carentes de afeição, amizade e de perdão divino. Para isso, devemos nos inspirar no amor oferecido por Jesus aos pecadores. Quem diria que Levi, um cobrador de impostos, viesse a se tornar o escritor do primeiro evangelho? O amor divino enxerga algo precioso naqueles que, aos olhos humanos, são desprezíveis e sem futuro. Existem pessoas que irão muito além do que podemos pensar, por isso, precisamos alcança-las (Is 12.3-4).

Não devemos jamais duvidar daquilo que Deus pode realizar na vida de uma pessoa. Esse critério não cabe a nenhum de nós. Fomos chamados para testemunhar de jesus Cristo, e, se o fizermos com amor, dedicação e fé, os resultados serão gratificantes para o Reino de Deus. Calados, nada realizamos, mas, proclamando, Deus, com certeza, agirá. Devemos oferecer o Evangelho com ousadia, mesmo que seja o pior e o mais ímpio dos pecadores (Is 1.18). Os médicos, às vezes, consideram alguns casos de pessoas como incuráveis. No entanto, não existem casos incuráveis para o Evangelho. Qualquer pecador pode ser curado, isto é, restaurado, transformado se tão somente vier a Jesus Cristo e recebe-lo como único e suficiente Salvador.

2. Os grupos dos nossos dias
A identificação de diversos grupos sociais contribuirá na contextualização da mensagem do Evangelho e no estabelecimento de estratégias buscando promover ações inclusivas, pois todos os segmentos sociais devem ser alcançados pela evangelização.

2.1. Comunidades carentes
As comunidades carentes, além do abandono social, sofrem bastante por causa da pressão espiritual. O morador tem que conviver diariamente com a baixa moralidade, o uso de drogas ilícitas e o tráfico. Muito já se foi feito, mas ainda há muito o que se fazer para melhorar as condições de vida e segurança dessas pessoas (Ec 4.1). O tempo não nos espera. Como Igreja, devemos agir urgentemente. Onde houver uma alma, ali há um campo missionário.

Nas comunidades carentes normalmente há um alto grau de receptividade ao Evangelho. Os discípulos de Jesus Cristo precisam anunciar nestas comunidades que o Senhor Jesus chama, também, os pobres e pecadores a fazerem parte do Seu Reino (Lc 19.10). A presença da Igreja é uma esperança, pois encontramos na Bíblia que, durante o ministério terreno de Jesus, Ele salvava e libertava, mas também supria as necessidades físicas das pessoas.

2.2. Crianças abandonadas
No que diz respeito às questões familiares, nunca a sociedade brasileira viveu tempos tão difíceis como os atuais. Além de um número sem fim de casamentos dissolvidos, a sociedade conta ainda com a prostituição infantil e o abandono de crianças (Mt 19.13-14). É muito comum ver crianças vendendo balas, doces e outros produtos para ajudarem seus pais na renda familiar. Isso também acontece nos sinais de trânsito, onde muitas crianças são manipuladas pelos adultos para pedir dinheiro aos motoristas. Essas crianças deveriam estar na escola, ou sendo cuidadas pelos pais, mas, infelizmente, a falta de planejamento familiar, o desemprego e a miséria são a causa dessa tragédia.

Sabendo o perigo que rondaria as crianças de serem desprezadas e desvalorizadas, o Senhor Jesus deixou-nos uma advertência em Mateus 18.6. Quanto mais cedo a ação evangelizadora alcançar as crianças, maiores as possibilidades de as mesmas não serem atingidas por perigos físicos, morais e espirituais. As igrejas precisam investir mais para alcançar as crianças com a Palavra de Deus, capacitando professores, equipando as salas e providenciando material didático apropriado. Em 1780, o inglês Robert Raikes iniciou um trabalho de evangelização dos menores que viviam nas ruas da cidade. Além da evangelização, ele ensinava as crianças a ler e escrever. Assim, começou a Escola Bíblica Dominical.  

2.3. Anciãos
A Igreja de Cristo deve ser um lugar de acolhimento e de companheirismo para as pessoas idosas (Is 1.17). Há igrejas que reúnem seus idosos para um tipo de culto chamado “culto da terceira idade”, ou “melhor idade”. Muitos anciãos vivem uma terrível solidão dentro de suas casas, por vários motivos: os filhos já casaram; um dos cônjuges faleceu, doenças, etc. Por isso se faz necessário planejar cultos evangelísticos visando alcançar pessoas dessa faixa etária também. Certamente, anciãos da igreja ainda podem cooperar muito no Reino de Deus.  

“Ouve a teu pai, que te gerou, e não desprezes a tua mãe, quando vier a envelhecer” (Pv 23.22). As ações de evangelização junto a terceira idade precisam respeitar as características inerentes à faixa etária e criar um ambiente favorável, onde poderá haver compartilhamento e valorização das experiências vividas, promoção de encontros e reunião, realização de passeios, entre outros.

3. Outros grupos a serem evangelizados
Evangelizar grupos específicos é reflexivo, desafiador e nos conduz a uma vida cristã prática. Se não fizermos algum tipo de trabalho em prol de nosso próximo, tudo mais será perda de tempo.

3.1. Alcoólatras e dependentes químicos
O álcool e as drogas ilícitas (maconha, cocaína, crack, etc.) têm feito muitas vítimas e destruído muitas famílias ao redor do mundo (2Co 4.4). Algumas igrejas trabalham em conjunto com centros de recuperação e outras já possuem tais centros. É um trabalho que exige amor, paciência e muita determinação, porque pessoas que são dependentes químicos sofrem abstinências e uma série de problemas psíquicos, físicos e espirituais. Existe todo um processo até que possam ser reintegrados à sociedade. Muitos perdem suas famílias, emprego e autoestima. Felizmente, a igreja tem atuado junto a este grupo e realizado um bom trabalho, mas ainda há muito a fazer, porque novas drogas surgem a cada momento e os mais atingidos são os jovens.

A medida que a igreja vai crescendo, as possibilidades de ajudar grupos como esses também surgem. Qual seria a pessoa mais qualificada para falar a um dependente químico? Aqueles que se preparam para trabalhar com este projeto específico. Por esse motivo, é mais do que importante evangelizar sem discriminação ou preconceito. Precisamos entender que são almas carentes que estão nas ruas sendo arruinadas pelo vício (Lc 4.18).

3.2. Encarcerados e ex-presidiários
O número de pessoas presas no Brasil cresceu, intensificando uma tendência que fez o Brasil um dos três países do mundo com maior aumento da população carcerária nas últimas duas décadas (Mt 25.42-43). Essa é outra oportunidade que nos surge para anunciar o Evangelho. No entanto, é preciso se preparar, pois só aqueles que são qualificados em capelania carcerária possuem livre acesso para falar de Cristo nos presídios. Quando a igreja local cumpre o seu papel, ela também ajuda na reestruturação da sociedade (Lc 5.32; 15.4). Essas pessoas precisam voltar à sociedade. Com Cristo em suas vidas, elas se transformarão em agentes a serviço do Reino de Deus.

Existem várias formas e lugares onde podemos anunciar a Cristo. O evangelismo urbano se preocupa em alcançar a todos numa cidade, e isso inclui os encarcerados e ex-presidiários. A maioria dos criminosos procede de uma família desestruturada. Muitos deles são vítimas da violência doméstica e urbana. A Igreja deve exalar o amor paternal de Jesus, Deve ser de fato uma família que alcance também essas pessoas.

3.3. A batalha contra o mal
A evangelização é a tarefa mais importante e urgente da Igreja: “E apiedai-vos de alguns...E salvai alguns, arrebatando-os do fogo...”  (Jd 22-23). Existem grupos de famílias desamparadas. Há homossexuais e prostitutas que precisam ser evangelizados. Há várias áreas onde podemos atuar. Cabe à liderança da igreja local, junto com a membresia, orar e buscar em Deus orientação sobre o assunto. Depois, então, traçar metas de evangelização junto a grupos específicos. Não devemos nos deixar levar pela emoção, mas pedir direção a Deus sobre qual grupo (ou grupos) a igreja evangelizará de modo efetivo.

A missão da Igreja é evangelizar a todos onde ela está plantada. A Igreja deve sair e espalhar a semente do Reino de Deus aos quatro cantos de seu território. No entanto, no que diz respeito a evangelização de grupos específicos, é necessário buscar a orientação de Deus para realizar um trabalho mais efetivo. O que não se pode é ficar parado enquanto vidas vão para o inferno (Ez 33.6).

Conclusão
Busquemos conhecer os diversos grupos sociais que estão presentes na região da igreja local. Apresentamos ao Senhor em oração e peçamos a direção e capacitação necessárias do Espírito Santo, pois todos os segmentos sociais precisam ser alcançados pela mensagem da salvação.


Neste trimestre, estudaremos sobre a missão primordial da Igreja! As treze lições enfocarão evangelismo, missões e discipulado. Será uma oportunidade para lembrar que a responsabilidade no cumprimento da missão não está restrita aos pastores, missionários e evangelistas, mas, sim, que pertence a todo discípulo de Cristo (Mt 28.19-20). Trata-se de continuar a obra iniciada por Jesus Cristo, que estava prevista desde o princípio. Ainda há povos, tribos e nações não alcançados pelo evangelho de Jesus. E, mesmo no Brasil, muitos são os desafios para cumprirmos o mandamento do Senhor, em diversos ambientes e com diferentes grupos sociais. Para aprender como alcança-los, participe neste domingo, 30 Julho de 2017 da Escola Bíblica Dominical.

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