terça-feira, 18 de abril de 2017

O Centro de Tudo



Esta temática nos leva a assumir um profundo comprometimento, pois a primeira grande revelação que deve desapontar nesta “centralidade” é o conhecimento daquilo que significa a verdadeira adoração. Deus deve estar em primeiro lugar em nossas vidas. Nada é mais importante do que Ele.

Se temos Deus no centro de nossas vidas, temos tudo o que necessitamos. A vida não terá uma direção correta, se Deus não estiver no centro. Quer O adoremos em particular ou em público; no nosso quarto, em família ou na assembleia dos santos; o centro tem que ser o próprio Deus! (João 4:24).

No culto, por exemplo, Deus deve ser o centro da nossa reunião. Chegamos a Ele através de Jesus Cristo, o seu Filho. O cristão deve adorar somente a Deus. Podemos honrar os homens (Romanos 13:7, I Pedro 2:17), mas adoramos somente a Deus. Podemos reconhecer as maravilhas da criação de Deus, mas adoramos ao Criador. Não se deve adorar a nenhum homem temente a Deus, santo ou anjo (Atos 10:25-26; Apocalipse 22:8-9).

Não devemos adorar imagens, estátuas religiosas, retratos nem quadros, todos são ídolos (Êxodos 20:4-6). Talvez alguém pergunte: “Mas como podemos adorar um Deus a quem não podemos ver nem tocar, e cuja voz não é audível ao ouvido humano?”.

A resposta é: pela fé! (Hebreus 11:1). A atitude de colocar Deus no centro requer o entendimento de que tudo na vida esteja ligado a essa “centralidade”, portanto, não podemos pensar no tema superficialmente, como um argumento para o preenchimento de uma pauta. É um exercício que envolve tudo na vida e a razão da compreensão da própria existência. Devemos tomar cuidado para que as maravilhas do mundo não nos afastem da presença de Deus, pois o mundo oferece muitos “caminhos” (Provérbios 14:12).

Saber que Deus conhece todas as coisas é uma verdade admirável. A princípio pode trazer algum temor, no entanto, o melhor é a sensação de segurança para os que nEle confiam. O salmista Davi estava tão extasiado em pensar nisto, que afirmou: “Tal ciência é para mim maravilhosíssima; tão alta, que não a posso atingir. ” (Salmo 139:6). 

Para sermos aceitos, temos que estar no Amado, conforme nos aponta Efésios 1:6. Ninguém pode vir ao Pai sem ser pela obra meritória de Cristo, que é o caminho, a verdade e a vida (João 14:6). Nosso acesso é “pelo novo e vivo caminho que Cristo nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne” (Hebreus 10:20).

No versículo acima, a palavra “novo” significa “morto recentemente”. Em outras palavras, para chegarmos a Deus em adoração temos que ter como base o sangue derramado e a obra sacrificial de Cristo no Calvário!

Vemos isto muitas vezes no Antigo Testamento. Considere o livro de Levítico, que é principalmente um hinário de adoração. Os capítulos iniciais descrevem o sistema sacrificial e como um povo remido devia se aproximar da presença manifesta de Deus.

Sem tentar entrar em detalhes, podemos observar que a expressão “tenda da congregação” (termo usado cerca de 50 vezes no livro de Levítico para se referir ao tabernáculo) corresponde a igreja do Novo Testamento, local onde nos reunimos para adorar a Deus publicamente. Quando o povo de Deus se reúne na igreja, há uma comunicação da mente e da Palavra de Deus (Leviticos 1).

Além disso, quando o povo de Deus se reúne na igreja é com o propósito de adorar e, portanto, cada um de nós deve levar uma oferta!

Não podemos saber o que envolve a verdadeira adoração, nem o que Deus requer do adorador, a menos que achemos esta verdade revelada na Bíblia. A Bíblia é o manual do cristão. Se ignorarmos este manual e tentarmos simplesmente chegar a Deus em nossos termos, com certeza seremos rejeitados assim como Caim (Gêneses 4).

Nossos sentimentos, opiniões, obras e palavras não têm mérito nenhum diante de Deus. Todos juntos não valem nada mais do que só devoção voluntária se não dermos atenção aos ensinamentos claros da Palavra de Deus.

Sem a Bíblia a adoração verdadeira é só um sonho. Deve haver uma fonte final de autoridade: algo ou alguém que nos dê a palavra final, que ponha fim a controvérsia e estabeleça aquilo no qual devemos crer, quem devemos ser e o que devemos ser e o que devemos fazer. Se a autoridade estiver na pessoa, então a opinião de um homem é tão boa quanto a de outro e a adoração de cada homem deve ser aceita. Mas, saibam todos que Deus não é tolerante! Deus é gracioso e perdoador, mas não é tolerante.

O Deus justo e santo não pode (e nem vai) agir contrário a sua Palavra. Portanto, cheguemos diante de Deus com a convicção de que tudo o que a Palavra de Deus ensina deve ser crido, seja qual for a ordem deve ser obedecida, seja qual for a recomendação deve ser aceita tanto como certa quanto útil, e, seja o que for que ela condene, isso deve ser evitado e entendido como sendo errado e nocivo.

Nossa adoração e nossa própria vida devem estar centralizadas em Deus, baseadas na obra sacrificial do Calvário e firmadas nas descrições definidas da Palavra de Deus (I Timóteo 3:14-17).

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