quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Quarta Forte Jovem com Pb. Miquéias Daniel Gomes



Quando Paulo embarcou para seu julgamento em Roma, tudo parecia maravilhosamente bem. Embora fosse um “prisioneiro”, o apóstolo se sentia honrado desta condição, pois o desejo de evangelizar as nações era o combustível de sua vida, e se aquele era o jeito de falar de Jesus aos romanos, ele estava feliz e realizado (II Timóteo 3:16 / Efésios 3:1). Paulo zarpou de Cesaréia sob a custódia do centurião Júlio, onde se estabeleceu uma simpatia reciproca. Entre os companheiros de viagem também estavam seus amigos Lucas e Aristarco, mantendo o apostolo num ambiente quase familiar.  Ao chegarem em Sidom, foi permitido a Paulo que visitasse alguns cristãos da cidade, dos quais recebeu muito carinho e algumas provisões.  A viagem prosseguiu por Chipre, Cilicia, Panfília e Lícia. Nesta última parada, Júlio achou por bem transferir seus passageiros para um navio cargueiro que ia para a Itália, abarrotado de trigo. A partir daí, a viagem começou a ficar bem complicada, já que o navio cruzou a rota de um vendaval, e a intensidade dos ventos limitava drasticamente a velocidade do navio.

Quase se arrastando, a embarcação é direcionada para a costa de Creta, onde usa a ilha como um escudo contra o vendaval. Dali, eles conseguem aportar em uma cidade receptiva, com um novo bem promissor: Bons Portos. Mas este seria o último alento da viagem. Antes de zarparem da cidade, uma reunião é realizada para decidir a viabilidade da jornada, já que aquela não era uma estação propícia para se lançar em alto mar. Entre os consultados está o próprio Paulo, que se dirigindo aos responsáveis pela viagem advertiu: - Senhores, vejo que esta viagem será muito trabalhosa, com danos e prejuízos, não apenas da carga e da embarcação, mas também de nossas própria vidas (Atos 27:10).

Como aquela seria uma longa viagem, o centurião Júlio deu mais crédito as palavras do piloto e do mestre do navio, que insistiram para que a viagem fosse retomada com imediatismo, pois queriam chegar ao porto de Fênix antes que o inverno agitasse permanentemente o mar. Aproveitando-se da calma momentânea das águas, a tribulação se lança ao mar rapidamente, e tudo parecia estar indo muito bem, até que a embarcação foi apanhada pela fúria do tufão “Euro-Aquilão” vindo do nordeste de Creta. Com o navio sendo açoitado pelas ondas e arrastado sem direção pelo vento, logo a tripulação percebe que a embarcação não é párea para a natureza. Afim de aliviar o peso do barco, eles começam a se desfazer das cargas, e para não ficarem ao sabor dos ventos, se livraram da armação do velame do navio. Durante dias nenhum daqueles homens viu o sol e nem as estrelas, e desencorajados, deixaram de se alimentar, perdendo por completa as esperanças. Paulo descobriu que os tripulantes do navio tramavam abandonar o barco em um bote, deixando os “prisioneiros” para traz. Imediatamente comunicou o fato a Júlio, que tomou medidas disciplinares para que todos trabalhassem em conjunto. No 14º dia de tormenta, Paulo insistiu para que todos se alimentassem, pois, o navio se perderia, mas as pessoas seriam salvas (Atos 27:21-26).

Após a refeição, os homens avistaram uma praia, e se livrando do resto da comida para aliviar a embarcação, tentaram levar o já fragilizado barco rumo a terra seca. Porém, no meio do caminho, o navio se chocou com um recife, encravando a quilha na areia. Com o impacto, a embarcação se desfragmentou, sendo varrida pelas ondas. Como era usual entre a guarda romana, os soldados decidiram assassinar seus prisioneiros para que não houvesse fuga, porém, Paulo intercedeu. Júlio então ordenou que todos se agarrassem em alguma parte dos destroços, para que pudessem chegar a praia nadando. Para surpresa geral, todos alcançaram a terra firme com vida. Nestas situações, muitos se perguntam o porquê Deus tira nossos pés do navio e põem em nossas mãos apenas uma parte dos destroços. Simples... É que o “NAVIO” afunda, mas os “DESTROÇOS” não. São eles que te levarão até a praia. Deus tem seus meios de trabalhar e não cabe a nós entende-los, mas sim vive-lo. Se houver naufrágio, se agarre ao destroço, nade como nunca e siga o fluxo das águas... Deus conhece a geografia do mar, e sempre haverá uma praia por perto.

Quem milita na obra do Senhor, e se sujeita a vontade de Deus (mesmo que isso signifique naufragar), sempre enfrentará a fúria do inimigo. Para Paulo, ao chegar na praia de Malta,  ela se manifesta na forma de uma serpente mortífera, temida pelos moradores locais, que furtivamente escondida entre os galhos secos, ataca a mão do apóstolo, que mais uma vez estava sendo usada em prol do próximo.  A víbora que atacou Paulo era tão venenosa, que os habitantes de Malta, conhecedores dos efeitos de sua picada, ao verem as algemas nas mãos do apóstolo, julgaram que Paulo era um “assassino” por receber tamanha punição. Então, esperaram para vê-lo “inchar e morrer”. Nada disso aconteceu. Paulo simplesmente a jogou no fogo, mais uma vez transformando a expectativa da morte terrena em esperança de vida eterna. Aos servos do Senhor, as melhores oportunidades vão aparecer habilmente disfarçadas em problemas insolúveis e dificuldades insuperáveis. Precisamos aprender a transformar tragédias em oportunidades, finais em recomeços e ensinar as pessoas a lição mais importante que já aprendemos... A porta de saída deste ciclo de caos e a mesma que dá entrada a um novo mundo de oportunidades: JESUS CRISTO.

E foi com uma palavra inspirada neste grande livramento do apóstolo Paulo, que o Pb. Miquéias Daniel Gomes, abrilhantou a Quarta Forte deste dia 28/10/2015, realizada pela REDE JOVEM. Fomos lembrados que Deus traçou uma rota de viagem para nossa vida, é que por vezes, somos pegos indo na direção oposta. Então, para nos trazer para o centro de sua vontade, Deus usa as ferramentas que tem a mão, que por vezes são os ventos e as ondas. Mas não se preocupe. O barco se perde, mas nossa vida é salva pelo Senhor!



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