sexta-feira, 10 de junho de 2016

Receber, crer, confiar e aceitar



Dwight Lyman Moody e Carlos Bradlaugh não podiam ser mais diferentes. Um liderava campanhas evangelísticas e o outro era o fundador de um clube cético que reunia milhares de ateus e materialistas.

Os caminhos destes dois homens se cruzariam quando Bradlaugh convocou seus compadres para assistirem a uma das reuniões organizadas por Moody e seu amigo Sankey. Quando as portas se abriram, rapidamente cinco mil homens, dispostos a dominar o culto e confrontar os evangelistas adentraram o salão e se acomodaram nos bancos. Sabendo do intento daqueles incrédulos, Moody ordenou que as portas do templo fossem trancadas e começou a ministrar um sermão baseado em Deuteronômio 32:31 –“ A rocha deles não é como a nossa Rocha, sendo os nossos próprios inimigos os juízes”

Por alguns minutos Moody compartilhou com aqueles homens uma série de experiências que teve ao se deparar com pessoas presas ao leito de morte... Tocou em pontos vulnerais do ser humano, como sentimentos e família, deixando que seus próprios ouvintes julgassem sobre qual alicerce suas vidas estavam construídos.  Moody percebeu que seus assistentes já estavam com os olhos marejados, entretanto a grande massa de homens a sua frente ainda continuava impávida. Ele então pediu a todos que se levantassem para cantarem juntos ao hino “Oh! Vinde vós aflitos!”Solicitou aos porteiros, que abrissem as portas e disse ao seu grande e temerário público, que todos os que quisessem se retirar, deveriam fazer isto durante o louvor, já que depois disso os culto continuaria como era de costume. Para surpresa geral, todos aqueles homens levantaram, cantaram e a se assentaram outra vez.

Moody então propôs aos seus ouvintes a explicação de quatro palavras: RECEBEI, CREDE, CONFIAI e ACEITAI. Por alguns instantes ele discorreu sobre a palavra RECEBEI e em seguida realizou o primeiro apelo:

- Quem quer recebe-lo? É só dizer quero!

Cerca de 50 homens dos que estavam em pé e clamaram: Eu quero!

Porém um dos deles retrucou: -  Eu não posso!

Moody se dirigiu a ele: - Falou bem e com razão, meu amigo. Foi bom ter falado. Escute e depois poderá dizer “eu posso”.

Então o pregador explicou o sentido da palavra CRER e logo em seguida fez o segundo apelo:

 - Quem dirá, quero crer nele?

Mais uma vez, muitos daqueles homens bradaram dizendo: Eu quero! Entretanto um dos líderes do clube se colocou de pé e esbravejou: - Eu não quero!

Com voz serena, movido por ternura e compaixão, Moody se dirigiu ao grande público e explanou sobre o "CONFIAR"

- Todos os homens que estão aqui nesta noite tem de dizer; eu quero ou eu não quero! Quando o filho prodigo disse: Levantar-me-ei, a luta já havia sido ganha, porque ele alcançara domínio sobre sua vontade. É com referência a este ponto que depende tudo hoje. Senhores, tendes aí em vosso meio o campeão, o amigo que disse: “Eu não quero”. Desejo que todos aqui, que acreditem que esse campeão tem razão, levantam-se e sigam seu exemplo, dizendo: EU NÃO QUERO!

Houve-se então um grande silencio, pois ninguém se manifestou. Era chegada a hora do ultimo tema de seu sermão: ACEITAR

- Graças a Deus! Ninguém disse eu não quero! Agora quem dirá: EU QUERO?

Imediatamente, tocados pelo Espírito Santo, mais de 500 homens, inimigos declarados do evangelho, se puseram em pé com as lagrimas rolando pela face, gritando: Eu quero! Eu quero!

Moody continuou ministrando para aqueles homens por mais uma semana, e cerca de 2000 deles se converteram antes do final daquela campanha.


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