sexta-feira, 6 de novembro de 2015

A maior pregação da Igreja Primitiva



E sob a ótica de Lucas que alguns dos eventos mais impactantes da história do cristianismo nos são revelados, tais como a recomendação de Jesus pelo aguardo do “Parakletos” (Atos 1:4) e o derramamento do Espírito Santo sobre os discípulos no último dia da Festa de Pentecostes (Atos 2:4).   É Lucas também que narra a escolha dos novos apóstolos, sendo Matias escolhido como o substituto imediato de Judas Iscariotes (Atos 1:26), e Paulo vocacionado para exercer apostolado entre os gentios (Atos 9).

Outro aspecto muito interessante desta obra é apresentar a Igreja se organizando como uma instituição, ganhando forma e doutrinas. É possível perceber um senso de prioridade muito bem delineado pelos discípulos, que se mantiveram irredutíveis em Jerusalém, esperando a capacitação espiritual prometida. Neste meio tempo, “todos” se ajuntaram no cenáculo, perseverando unanimes em oração. Se o recebimento do Espírito Santo abriu definitivamente as portas da Igreja, podemos seguramente dizer que a unidade apostólica foi o “tapete de boas vindas”. A oração contínua de 120 irmãos resultou na conversão massiva de mais de 3000 almas, assim que o primeiro “sermão público” foi ministrado (Atos 2:41-41).

Nos dias que se seguiram, estes números só fizeram aumentar, e a Igreja rapidamente ultrapassou a marca de 5.000 novos convertidos (Atos 4:4). O segredo de tamanho crescimento é revelado em Atos 2:42-47 e ratificado em Atos 4:31-35. A Igreja, como um todo, se mantinha fiel aos ensinamentos apostólicos, nas orações, na comunhão e no partir do pão. Entre eles não havia gente necessitada, pois aqueles que “tinham” repartiam com os que “não tinham”. Faziam refeições comunitárias, onde comiam juntos em alegria e humildade de coração. Todos cultivavam a mesma fé e tinham tudo em comum, sendo hospitaleiros uns para com os outros.  Perseveravam unânimes no templo, louvando a Deus e caindo na graça do povo.


O amor era uma pregação prática e incessante, despertando interesse de todo tipo de gente por aquela nova fé. Uma vez atraídos pelos laços de fraternidade tão presente entre os cristãos, todos eram impactados pelo poder que residia na pregação dos apóstolos, que cheios de unção testificavam sobre a ressurreição de Cristo e ministravam a Palavra de Deus com tamanha ousadia, que até os alicerces do templo eram abalados, operando em nome de Jesus, grandes sinais e prodígios maravilhosos.




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