terça-feira, 3 de novembro de 2015

Artigo - O aumento de AVC´s entre jovens e crianças



Élita Pavan
Estudante de Fisioterapia 

O AVC (acidente vascular cerebral), conhecido popularmente como derrame cerebral, não é mais um mal exclusivo de idosos. Dados do Ministério da Saúde mostram que 62 mil pessoas abaixo dos 45 anos morreram no Brasil entre os anos 2000 e 2010. No entanto, o cenário é ainda pior: jovens, adolescentes e até crianças passaram a engrossar a lista. Estatísticas mostram que, em 2012, quatro mil pessoas entre 15 e 34 anos foram internadas por causa do problema no país.

As causas mais comuns do AVC em jovens diferem pouco das causas de outras faixas etárias e são: hipertensão arterial, tabagismo, uso de drogas (particularmente cocaína, anfetaminas e excesso de álcool), uso de anticoncepcional (principalmente em fumantes), e doenças hematológicas ou do coração. Tem chamado atenção da área médica, algumas causas mais recentes de hipertensão arterial e AVC, como o abuso de energéticos (alguns chegam a ter 500 mg de cafeína por frasco).

Outra causa que vem sendo investigada é o consumo de hormônios anabolizantes, encontrados em muitos suplementos de academia. Os anabolizantes provocam, entre outros males, hipertensão arterial.

Os sintomas do AVC em jovens não diferem muito dos de outras faixas etárias. Os mais frequentes são: diminuição ou perda súbita da força na face, braço ou perna de um lado do corpo; alteração súbita da sensibilidade, com sensação de formigamento na face, braço ou perna de um lado do corpo; alteração aguda da audição, fala, incluindo dificuldade para articular; dor de cabeça súbita e intensa sem causa aparente; síncopes (desmaios).

Como ocorre?

Existem dois tipos de AVC:
AVC Isquêmico:  80% dos casos, é causado pela falta de sangue em uma área do cérebro por conta da obstrução de uma artéria.
AVC Hemorrágicas: 20% dos casos, ocorre quando um vaso sanguíneo no cérebro sofre rompimento, provocando sangramento no cérebro.




Prevenção

Muitos fatores de risco contribuem para o seu aparecimento. Alguns desses fatores não podem ser modificados, como idade, raça, constituição genética e sexo. Outros fatores, entretanto, podem ser diagnosticados e tratados, tais como a hipertensão arterial (pressão alta), diabetes mellitus, doenças cardíacas, enxaqueca, uso de anticoncepcionais hormonais, ingestão de bebidas alcoólicas, tabagismo, sedentarismo e a obesidade. A adequação dos hábitos de vida diária é primordial para a prevenção do AVC.






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