sexta-feira, 13 de novembro de 2015

O Senhor do Sábado



Os líderes religiosos estavam furiosos com Jesus, pois ele havia permitido que seus discípulos colhessem espigas para se alimentar, mesmo sendo sábado. Quando tentaram recriminar o Messias, ouviram sua poderosa declaração que “Ele” era o “Senhor do Sábado” (Lucas 6:1-5). Enquanto caminhava para dentro da cidade, Jesus manifestava sua misericórdia a todos que se achegavam, despertando ainda mais a fúria dos fariseus. 

Ao entrar na Sinagoga, foi seguido por diversos religiosos que queriam encontrar algum argumento para condena-lo Ali, no templo, um homem cujo nome não sabemos, vivia um drama pessoal muito intenso (Mateus 12:9-13). Acometido de uma grave enfermidade degenerativa, ele viu dia a dia sua mão direita atrofiar. Nesta condição, estaria proibido pela lei de entrar no templo, para não contaminar a Casa do Senhor.

Porém, contrariando a sistemática religiosa que lhe era imposta, ele ocultou a mão enferma sobre as vestes e adentrou a Sinagoga para meditar na Palavra de Deus. Naquele dia, enquanto meditava nos ensinamentos dos rabis, tentando entender a teoria, ele viveu a experiência prática de um encontro com aquele do qual os profetas testificaram.

Imediatamente os olhos do Mestre descortinaram seu segredo, e então, diante de todos os presentes, Jesus o chama para o meio da congregação. Olhos maliciosos se atentam a cena, buscando um argumento para desmerecer as ações do Cristo. Jesus pede ao homem que estenda a sua mão, a mesma que ele escondia da sociedade. Mas ali, numa atitude de fé, mesmo correndo o risco de sofrer represálias, o homem estende sua mão para Jesus, mas ao invés da atrofia, ele sente cada nervo, cada músculo, cada tendão, cada osso responder prontamente ao seu comando. Jesus tinha lhe devolvido mais do que os movimentos da mão, Ele restaurou sua dignidade.  

Os fariseus se retiraram indignados, pois Jesus havia “desrespeitado” o sábado. Saindo dali, iniciaram seus planos para matar o pregador de Nazaré. Já o homem agraciado com o milagre só tinha motivos para agradecer.

Certa vez, um cego que também fora curado num sábado, quando questionado sobre as motivações de Jesus ao “ confrontar” a lei, replicou com uma resposta brilhante: - “Só sei que era cego, e agora estou vendo” (João 9:25). O homem cuja mão ressequida foi restaurada por Jesus talvez tenha feito algo parecido.... Diante das acusações e das indagações dos fariseus, ergueu as mãos para o céu e depois aplaudiu calorosamente ao Senhor em agradecimento...



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