O cinto de linho

Na noite deste domingo, 22/05/2016, o Grupo de Varões Herança Divina, em parceria com o Clube da Fé, realizou seu culto especial com os homens da igreja. Noite de muito louvor, testemunhos poderosos e uma impactante mensagem ministrada pelo Pb. Jackson Márcio Luiz.

Estamos vivendo dias de neuroses e caos generalizado. Esta situação de calamidade se dá em decorrência da batalha ferrenha entre céu e inferno, onde a terra é o campo de combate. Infelizmente, a humanidade tomou partido nesta guerra, e miseravelmente errou o lado do embate. Satanás reina absoluto sobre os sistemas mundanos, dominando homens maus que semeiam enganos, malícia e corrupção.

O resultado é uma tragédia anunciada: peste, fome, conflitos e muita morte. O mundo só não desmorona porque Deus ainda está no controle deste planeta, e a Igreja de Cristo é a “trava” de segurança que impede o colapso total. Somos a luz em meio as trevas, o remanescente fiel num cenário de apostasia e incredulidade.

O profeta Jeremias viveu num tempo muito parecido com o nosso. A nação estava imersa em idolatria e desobediência. Judá havia perdido sua identidade nacional em decorrência de governos irresponsáveis e de um sacerdócio apático. Neste contexto, Deus levanta Jeremias como um arauto, anunciando o castigo vindouro, caso não haja um genuíno arrependimento. Mais do pregar usando palavras, Jeremias foi um profeta que literalmente “viveu” suas mensagens.

Jeremias 13 narra um evento com uma simbologia extraordinária. O profeta é instruído pelo Senhor a comprar um cinto de linho e vesti-lo. Com seu ornamento novo, Jeremias desfila pela cidade, mas a beleza do tecido não duraria muito tempo.

Deus ordena ao profeta para que vá até as margens do Eufrates, e coloque aquele tecido na fenda de uma rocha. Tempos depois, Jeremias retorna ao local, e literalmente, “desenterra” seu cinto do “limbo” que o envolvia. Agora, o tecido estava imprestável para o uso, apodrecido e fétido.

Então, a palavra do Senhor ilustrou ao profeta a mensagem ali escondida: Judá era um linho novo, puro e imaculado, mas escolheu habitar em meio a imundícias e podridão. Durante muito tempo, o Senhor testemunhou aborrecido as abominações, adultérios, rinchos e prostituições de seu povo. Agora, havia chegado a hora do acerto de contas, e Deus faria “apodrecer” a soberba de Jerusalém, tal qual, apodrecido estava o linho.

O profeta então aconselha sua gente a retomar sua fé, dar glórias ao Senhor Deus, antes que a escuridão os encobrisse, seus pés tropeçassem em montes tenebrosos, e a luz da vida se transformasse em sombra de morte. Era chegada a hora de se humilhar, e chorar assentado no chão, pois os adornos iriam cair da cabeça de seus reis, e o chão seria o destino da coroa das glórias terrenas.

Hoje estamos vivendo as margens de um Eufrates chamado “mundo”, cheio de fendas limbosas e obscuras. Deus nos confiou um tecido de linho puro, mais branco com que a neve. Está em nossas mãos a escolha de “onde” e “como” vamos guardá-lo.