quarta-feira, 18 de maio de 2016

Quarta Forte com Pr. Luciano Azevedo


A Quarta Forte deste dia 18 de maio de 2016 foi “fortíssima”, com a participação especial do cantor Sidnei Martins, e do Ev. Lucas Paulo. Louvor de qualidade envolto numa atmosfera de espiritualidade e adoração, pois como Habacuque exclamou em seu famoso canto, “ainda que a figueira não floresça, o fruto da oliveira não nasça, nos vinhedos não brotem uvas e nos currais não existam mais gado, mesmo assim, é preciso louvar ao Deus da nossa salvação e nele esperar...

A ministração da noite ficou a cargo do Pr. Luciano Azevedo, que atento a voz do Senhor durante toda a reunião, ministrou uma palavra poderosa sobre a vida do profeta Habacuque.

Este homem virtuoso chegou a uma conclusão de vida que se tornou lema da caminhada de milhares de cristãos ao longo da história: -  O justo viverá da fé!

Habacuque viveu num tempo onde Judá estava imerso em idolatria e perversidade, onde homens cruéis afligiam o remanescente fiel. Enquanto os maus prosperavam e se fartavam em abundância, os justos sofriam severas privações. Além disso, a Babilônia se levantava no horizonte como um inimigo poderoso, ameaçando a soberania da nação, e causando medo e aflição nos judeus.

A primeira ação de Habacuque é o questionamento. Ele não entendia o porquê de Deus permitir que tanta injustiça permeasse o mundo. Ele busca os motivos no seu Senhor, mas as respostas que recebeu não foram tão animadoras. Deus lhe revelou que Judá cairia nas mãos de seus inimigos. A situação que já era terrível, iria se complicar ainda mais. Mesmo assim, como Asafe no Salmo 73, o profeta compreendeu que mais vale o futuro do que o presente, e o homem que está guardado em Deus, será preservado no Grande Dia do Senhor. Habacuque, ao invés de reclamar, escolheu orar.

Em busca de novas respostas, Habacuque toma uma posição de atalaia, se posicionando num lugar estratégico no muro de Jerusalém, de onde poderia avistar o horizonte, alerta contra a atuação de seu inimigo. Ali, ele só tem uma preocupação, que é exatamente abrir seu ouvido a voz de Deus: - Sobre a minha guarda estarei, e sobre a fortaleza me apresentarei e vigiarei, para ver que falará a mim, e o que eu responderei quando for compreendido. 

Mas uma vez as respostas não são animadoras, mas para o homem que se apega a voz de seu Deus, existe conforto mesmo em tempos de tribulação.

Diante de tantos prognósticos pessimistas, e na ausência de promessas sobre um livramento imediato, Habacuque se vê confrontado em meio a fé e a razão, e no sibilar de um mar de incertezas e temores, erige um monumento inabalável de confiança no seu Senhor.

Senhor, ouvi falar da tua fama; temo diante dos teus atos, Senhor. Realiza de novo, em nossa época, as mesmas obras, faze-as conhecidas em nosso tempo; em tua ira, lembra-te da misericórdia. Deus veio de Temã, o Santo veio do monte Parã. Sua glória cobriu os céus e seu louvor encheu a terra. Seu esplendor era como a luz do sol; raios lampejavam de sua mão, onde se escondia o seu poder.

Pragas iam adiante dele; doenças terríveis seguiam os seus passos. Ele parou, e a terra tremeu; olhou, e fez estremecer as nações. Montes antigos se desmancharam; colinas antiquíssimas se desfizeram. Os caminhos dele são eternos. Vi a aflição das tendas de Cuchã; tremiam as cortinas das tendas de Midiã.

Era com os rios que estavas irado, Senhor? Era contra os riachos o teu furor? Foi contra o mar que a tua fúria transbordou quando cavalgaste com os teus cavalos e com os teus carros vitoriosos? Preparaste o teu arco; pediste muitas flechas. Fendeste a terra com rios; os montes te viram e se contorceram. 

Torrentes de água desceram com violência; o abismo estrondou erguendo as suas ondas. O sol e lua pararam em suas moradas, diante do reflexo de tuas flechas voadoras, diante do lampejo da tua lança reluzente. Com ira andaste a passos largos por toda a terra e com indignação pisoteaste as nações.

Saíste para salvar o teu povo, para libertar o teu ungido. Esmagaste o líder da nação ímpia, tu o desnudaste da cabeça aos pés. Com as suas próprias flechas lhe atravessaste a cabeça, quando os seus guerreiros saíram como um furacão para nos espalhar, com maldoso prazer, como se estivessem para devorar o necessitado em seu esconderijo.

Pisaste o mar com teus cavalos, agitando as grandes águas. Ouvi isso, e o meu íntimo estremeceu, meus lábios tremeram; os meus ossos desfaleceram; minhas pernas vacilavam. Tranquilo esperarei o dia da desgraça que virá sobre o povo que nos ataca.

E então, ao invés de choro e lamentação, Habacuque irrompe o céu de breu com uma canção que ecoará pela eternidade:

Mesmo não florescendo a figueira, não havendo uvas nas videiras; mesmo falhando a safra de azeitonas, não havendo produção de alimento nas lavouras, nem ovelhas no curral nem bois nos estábulos, ainda assim eu exultarei no Senhor e me alegrarei no Deus da minha salvação. 

O Senhor Soberano é a minha força; ele faz os meus pés como os do cervo; ele me habilita a andar em lugares altos (Habacuque 3:17-19).




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