segunda-feira, 4 de maio de 2015

Qual a diferença de "ERRO" e "PECADO"?

Existe uma infinidade de fatores que pode induzir uma pessoa ao erro, tais como incerteza, despreparo, desmotivação, motivação excessiva, relapso, falta de concentração, excesso de confiança, medo, receio, prazo apertado, falta de concentração, influências externas, descuido, ufanismo, parcialidade, emoções e uma gama de variantes tão extensa que para resumi-la foi forjado o famoso chavão: ERRAR É HUMANO. Basicamente iremos cometer incontáveis erros ao longo de nossa vida, e podemos sim aprender lições valiosas com eles.  É dito que as pessoas inteligentes aprendem com seus próprios erros, mas que as pessoas sábias aprendem com o erro de outras pessoas. Então de alguma forma, o erro faz parte do nosso crescimento contínuo, nos preparando hoje, para ações acertadas no amanhã. Obviamente, nem todo erro é igual, e suas consequências também não seguem um padrão, sendo seus efeitos maximizados ou minimizados pelos fatores “quem”, “quando”, “onde” e “porque”. Por exemplo, o chamado “Erro Ativo” tem seus efeitos sentidos quase que imediatamente, e recai diretamente sobre o responsável. Já o “Erro Latente”, é mais dificilmente sentido, pois vai crescendo em proporção e não é responsabilidade direta de alguém, mas sim de uma série de fatores.

Um cristão certamente não está isento de lidar com todo tipo de erros, e inevitavelmente, alguns serão de sua total responsabilidade. Porem existe uma tendência maliciosa de usar o termo “ERRO” como um “eufemismo” para “PECADO”, e assim, artificialmente, aliviar o fardo pesado imposto por uma ação pecaminosa. Embora todo e qualquer pecado seja um “erro”, nem todo “erro” se caracteriza como um pecado. A definição básica de pecado no grego é “hamartia”, e significa: “errar o alvo”. Pecar é desvincular-se do propósito original de Deus, que é alcançar determinado objetivo. Em se tratando da vida cristã, existem certas atitudes que se opõem a forma como Deus instruiu aos seus escolhidos a agirem, o que caracteriza uma desobediência direta a um mandamento divino, incorrendo em pecado.

Com o pecado não se brinca. Quem está sob a pressão da tentação deve se resguardar orando, resistindo ou até mesmo fugindo, dependendo da natureza da tentação.  O pecado praticado, antes já foi um simples pensamento. A linha que divide o pensamento e a ação é exatamente o desejo, o que faz dela tênue e muito frágil. Quando Jesus disse em Mateus 5:17, que veio não para abolir a Lei, mas para cumpri-la, ele deixou muito claro em seu sermão que o grande ponto falho daquela legislação era apenas ser punitiva com a “ação” do indivíduo, mas que agora, deveríamos também coibir maus pensamentos e extirpar desejos ruins, ou seja, Jesus nos ensinou a cortar a árvore do mal pela raiz, e não apenas evitar seus frutos. O pecado externo começa internamente, e assim devemos policiar com rigoroso zelo nossas emoções. Existem algumas atitudes que são fundamentais para que o cristão possa encarar tais pecados e evitá-los, a saber: prudência na conduta pessoal, oração, vigilância e momentos devocionais consistentes para resistir as astutas ciladas do diabo (Efésios 6:11). O pecado sempre deve ser visto de maneira séria, com efeito regressivo.

Porém, uma verdade que não devemos esquecer, é que nenhuma falha, erro ou pecado é maior que o amor de Deus. Nenhuma maldição tem mais poder que o sangue de Cristo vertido na Cruz. Confiadamente podemos dizer que por seu imenso amor, Deus é capaz de perdoar até o mais grave dos nossos pecados, desde que seja respeitado o processo libertador da remissão, descrito em Provérbios 28:13: Aquele que encobre suas transgressões nunca prosperará, mas o que confessa e deixa, alcança misericórdia. Não se envergonhe por ter pecado, pois isto é inerente a natureza humana, mas jamais se acomode numa situação pecaminosa. O crente em Jesus eventualmente peca, mas não pode viver em pecado. Precisamos, portanto, identificar onde temos errado em nossas vidas, e tomar imediatamente uma nova postura diante de Deus e dos homens.


O primeiro passo é se “resolver” com Deus, confessar ao Pai nossas culpas, aceitar humildemente sua correção e mudar nossa postura espiritual. É fundamental que nos sentimos plenamente perdoados por Deus, pois somente assim poderemos passar para o próximo passo. Se Deus já te perdoou, perdoe-se também. Não viva remoendo o passado ou revivendo erros antigos. Também não se engane achando que estará livre da lei da semeadura, pois daquilo que se planta, cedo ou tarde experimentará os frutos. Aprenda com os erros passados e literalmente, faça limonada com os limões azedos. Se não podemos escolher os frutos que colhemos hoje, podemos escolher as sementes que plantaremos a partir de agora. Resolva-se com esta verdade, e prepare hoje um amanhã melhor do que o hoje que você preparou ontem. Finalmente, busque o perdão de todos os que foram atingidos pelo seu pecado. O homem se revela nobre ao reconhecer seu erro, e se dignifica ao tentar corrigi-lo. Certamente o líder que reconhece publicamente sua falha, busca o perdão de seus liderados e muda sua forma de atuação para melhor, ganha o respeito e a empatia do seu povo, e sua liderança prospera, sendo avalizada pelo Senhor.

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