quinta-feira, 4 de maio de 2017

EBD - O Senhor, Justiça Nossa


Texto Áureo 
Jeremias 23:6
Nos seus dias, Judá será salvo, e Israel habitará seguro; e este será o nome, com que o nomearão: O Senhor, Justiça Nossa.

Verdade Aplicada
Em Jesus somos perdoados e recebemos justificação por intermédio de Seu sangue.

Textos de Referência
Jeremias 23:1-2, 5

Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto, diz o Senhor.
Portanto, assim diz o Senhor, o Deus de Israel, acerca dos pastores que apascentam o meu povo: Vós dispersastes as minhas ovelhas, e as afugentastes, e não as visitastes; eis que visitarei sobre vós a maldade das vossas ações, diz o Senhor.
Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo; e, sendo rei, reinará, e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra.


Um Deus que ama, julga e vinga
Pb. Miquéias Daniel Gomes

Justiça. Como gostamos de deturpar este conceito. Em nossa interpretação, só existe justiça quando somos os beneficiados. Com Deus é diferente. Ele é justo, porque é bom, e bom porque é justo. Sua graça e misericórdia nos seguem dia após dia. Porém, a justiça divina não falha e nem se omite. Deus age, intervém e permite. Parte de sua tratativa com Israel, passava pela correção dolorida vivenciada sob o jugo caldeu. Ali, o amor e justiça se fundiam num único gesto, mesmo que os judeus tivessem dificuldade de aceita-lá. Jeremias, por outro lado, ao se sentir injustiçado pelo povo a quem tentava alertar sobre esta punição, confiou a justiça ao Senhor, pois sabia que nas mãos de Deus, todas as pessoas e suas ações encontram um destino justo. Seja para o bem ou para o mal. Nosso Deus sabe o que faz!

Desde os primórdios de seu povo, Deus tem tomado em suas próprias mãos as guerras de seus filhos (Êxodo 14:13-14). Sobre isto, o sábio rei Salomão fez um registro pertinente em Provérbios 20:22 - Não diga: vingar-me-ei do mal. Espera pelo Senhor e ele te livrará. Um dos maiores problemas da atualidade, é que temos nos tornado cada vez mais vitimistas. A culpa é sempre do sistema, da igreja, dos líderes, do governo, da família, dos irmãos. Poucos assumem a responsabilidade de suas escolhas e semeaduras. Assim, temos um contingente enorme de pessoas que se tornam vítimas de suas próprias agressões.

Até mesmo dentro das igrejas, somos surpreendidos com “tristemunhos” chorosos, repleto de expressões vitimistas, tais como, “meus inimigos”, “estou sendo perseguido”, estou sendo humilhado”. Mas será que isto de fato é a realidade? Somos assim tão relevantes e possuidores de tantos bens, ao ponto de despertarmos a cobiça de tantos inimigos? Infelizmente, são estas “vítimas” de si mesmo, que mais clamam por justiça, e desejam o mal a todos que julgam como adversários. Obviamente, Deus não toma partido em guerras hedonistas e disputas unilaterais. E com isso, nasce nestes corações controvertidos, o temeroso senso de justiça própria, e o desejo ensandecido por vingança pessoal. A vingança é um caminho sem volta. Embora a “VINGANÇA” não seja um pecado, tomar para si um atributo divino, é. Por exemplo:

Apenas ao Senhor cabe doar ou retirar a vida, assim, quem interrompe a vida de alguém, peca. Apenas ao Senhor destina-se louvor e adoração, e quem toma para si este direito, peca. Logo, se a vingança pertence ao Senhor, quem toma para si o direito de vingar-se, ou opta pela “justiça própria”, peca, e atrai sobre si a vingança justa e perfeita de Deus. Não existe vingança sem consequências. Não existe justiça na vingança humana.  E se ao invés de tomar a vingança em minha mão, eu tivesse deixado minha mãe agir? E se ao invés de agirmos cegos pelo ódio, deixarmos Deus lutar por nós?

Vivendo em um tempo de grandes perseguições e constantes ameaças de inimigos poderosos, o profeta Zacarias trouxe uma palavra de encorajamento aos judeus repatriados em Jerusalém após os anos de exílio: - Assim diz o Senhor. Aquele que tocar em vós, toca na menina dos meus olhos. (Zacarias 2:8). Esta é uma palavra que deveria nos fazer dormir em paz toda noite, e esquecer de vez, a preocupação com “tantos” inimigos, sejam eles reais, ou apenas projeções de nossos complexos interiores. Deus nos protege, como protege a íris de seus olhos.

Para tocar nos olhos de alguém, é preciso um ataque frontal. É praticamente impossível, encostar um dedo no olho de alguém, sem gerar uma imediata resposta defensiva da vítima. Se você é “a menina dos olhos de Deus”, o ponto central de sua visão, então, se alguém tentar atingir a sua vida, irá gerar uma reação imediata de Deus em sua defesa. Por isso Jesus nos ensinou a orar por quem intenta o mal contra nós, pois quem assim procede, atrai sobre si a fúria do Senhor. Mas, se partimos para a vingança pessoal, então seremos nós, a tocar o olho de Deus. Os valores se revertem.

Para Deus, a justiça é baseada em dois princípios que nossos corações hedonistas tem dificuldades de assimilar. Misericórdia e Graça. Por nossas escolhas e práticas pecaminosas conscientes, merecemos sim a condenação, inda que a vontade de Deus vá exatamente na direção oposta (João 3:16). A misericórdia do Senhor, surge então, como um facho de luz em meio as trevas, uma segunda chance de vida no exato momento que a mão da morte toca nosso pescoço. Por seu amor, Deus escolhe suspender a sentença que pesa contra o homem, NÃO lhe dando o castigo do qual é merecedor. Só a misericórdia de Deus tem a autonomia para suspender o julgamento que nos é devido, e conceder ao culpado um perdão que ele não faz por merecer.

Já a “graça”, nada mais é do que um favor imerecido, um presente pelo qual não esperamos, uma “promoção” que não tencionávamos receber. Deus não nos deve absolutamente nada e não está obrigado a nos conceder qualquer tipo de favor. Mesmo assim, além de nos livrar da sentença merecida, o Senhor passa a conceder a seus servos bens e favores que não mereciam receber. Alguém disse certa vez, que se Deus decidisse, a partir de hoje não nos conceder uma única benção, fechando para sempre as janelas dos céus sobre nossa vida, ainda assim, teríamos que agradece-lo pela eternidade por tudo que já nos fez. 


A justiça de um justo juiz
Pb. Bene Wanderley

Os objetivos são determinantes para uma visão mais ampla. O primeiro objetivo é reconhecer que somos totalmente dependentes da justiça divina. Todos nós deveríamos confiar plenamente na justiça divina. Somos guardados pela justiça do Senhor, e não importa o quanto seremos julgados, mal vistos ou afligidos por pessoas ou situações, se Deus é nossa justiça, então Ele mesmo fará o que for necessário para nos defender. O segundo objetivo é entender que Deus é um justo juiz, e que Ele sabe muito bem como nos defender, e nos tornar limpos em sua presença. Não temos que ficar preocupados com o julgamento humano, quando temos Deus como defesa. O terceiro objetivo, é que devemos aprender a chorar com dignidade. O choro faz parte da caminhada e, derramar-se em lágrimas, é um “mal” necessário.  Nestes momentos, quanto formos imergidos por injustiças e acusações, tudo que precisamos saber, entender e reconhecer é: Deus é a nossa justiça.

A nossa posição diante de Deus, é que em Cristo Jesus somos justificados por meio do seu sangue. Devemos assumir este posto com segurança, seja diante de Deus ou dos homens. Com essa postura de justificados, venceremos tudo e toda qualquer situação ou adversidades que venham contra nós. O profeta Jeremias tinha em seu peito um distintivo abrasador que o impelia para frente o tempo todo. No capítulo vinte de Jeremias, temos uma narrativa impressionante que nos deixa clara esta força ministerial do profética. Ali, Jeremias é ferido, e logo em seguida, preso num cepo por causa das profecias com a qual bombardeava Judá. Então, em decorrência da mensagem divina, Jeremias se vê lançado num mar de tristezas e desapontamentos. Tudo o Jeremias queria, era que sua disposição em fazer a vontade de Deus lhe trouxesse alegrias, aplausos e reconhecimentos. Mas, os resultados foram os piores possíveis. Perseguido e desacreditado por sua própria nação, o profeta chegou a desabafar: -" Iludido fui eu".  No mesmo instante, o  profeta se lembrou da vocação que o impulsionava, e uma chama ardeu em seu peito. Ele fez exatamente o que eu e você precisamos fazer: descansar na justiça divina.

Outro ponto de grande importância é o texto contido em Jeremias 23, cujos versos, são riquíssimos em detalhes quanto o agir da” justiça divina”. Deus como justo juiz, julgará com bravura os pastores que destroem e dispersam as ovelhinhas de seu pasto. Essa mensagem feriu profundamente o coração dos negligentes pastores do povo de Deus. Esses pastores eram os líderes da nação, os reis, os sacerdotes e os profetas de conveniência, que faziam o povo se desviar do seu Deus e acreditar em mentiras. O julgamento seria inevitável, uma suspensa momentânea da misericórdia. Mas, o mesmo texto também nos diz sobre um renovo justo que viria, trazendo justiça divina, onde Israel viveria um tempo de restauração profunda. Deus sempre age com justiça, mas nunca abre mão da misericórdia sobre seu povo.  Mesmo que Judá fosse dispersados pelas nações inimigas e deportados para terras estranhas, um dia, Deus os restauraria a sua terra. Voltariam ao aprisco, e se multiplicaram para glória de Deus.

Os tópicos desta lição nos darão um panorama bem amplo deste agir  em três etapas distintas e intrínsecas. Deus é a nossa justiça, O Senhor é justo juiz e Deus protege os injustiçados. Ao estudarmos este assunto veremos como Deus age em nosso favor, e como procede com sua justiça e equidade. Lembrando que a fonte dessa justiça é Jesus Cristo através de seu sacrifício. Segundo Romanos 3:23, todos os homens pecaram e carecem da misericórdia de Deus. Vindo Jesus nos trouxe a possibilidade de sermos justificados através de seu sangue. Todos nós temos essa benção estendida em nossa vida. Por isso temos então que nos agarrar a justiça divina, sabendo que Deus nos vê e sabe que somos dependentes dele, e, portanto, não vacilaremos em nossa confiança.

Temos de gozar todos os benefícios que Cristo nos trouxe através do seu sacrifício. O Senhor é justo juiz. Não há condenação para os filhos de Deus. Sabendo disso nós os crentes em Cristo Jesus temos essa confiança que nosso Deus é justo juiz e julga pela reta justiça todas as coisas que nos diz respeito. Deus protege os injustiçados. Nunca devemos duvidar da justiça divina. Deus tudo vê, tudo sabe e tudo conhece. Nada está oculto aos seus olhos.


Material Didático
Revista Jovens e Adultos nº 103 - Editora Betel
Jeremias - Lição 06
O Senhor, Justiça Nossa
Comentarista: Pr. Clementino de Oliveira Barbosa












Introdução

Nesta lição estudaremos, dentro do livro do profeta Jeremias, sobre a grandiosa e magnífica justiça do Eterno Deus, isto é, o Seu modo de agir. Em outras palavras, o Seu proceder em favor dos homens.

Deus é a nossa justiça

Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus. Não há justo, nem um sequer (Rm 3.23). Fomos declarados justos por causa da obra de Cristo em nosso lugar e em nosso benefício. Agora, estamos quites com a justiça divina e nenhuma condenação pesa mais sobre nós (Rm 8.1). Injustiça é a prática de violar padrões do que é justo. Sofrer injustiça é uma das coisas mais doloridas de lidar. Quando isso acontece, a revolta toma conta de quem é alvo de injustiças. Na Bíblia, há muitos relatos de pessoas que sofreram injustiças. Jeremias, por exemplo, foi posto em um calabouço (Jr 37.16), jogado na lama (Jr 38.6), desprezado pelos amigos e familiares, apenas por ser justo diante de Deus. Jeremias nos adverte que “ai daquele que edifica a sua casa com injustiça” (Jr 22.13). Por isso Jeremias vivia na presença de Deus (Jr 12.3).

Quando o Senhor levantou Jeremias como profeta em Judá, lhe revelou o nome de Jeová Tsidkenu, prometendo justificar o seu povo: “Nos seus dias, Judá será salvo, e Israel habitará seguro; e este será o seu nome, com que o nomearão: O Senhor, Justiça Nossa.” (Jr 23.6). Jeová Tsidkenu nos descreve que Deus é Juiz e julga com justiça, amparando os que são injustiçados e castigando os injustos com as consequências de suas iniquidades. Ele é a nossa justiça. Só andamos pelas veredas da justiça porque fomos justificados (Rm 5.1). No tempo dos monarcas, o povo judeu viveu períodos de grandes injustiças (2Rs 17.3-4; 18.13, 16; 23.33). A justiça de Deus fez com que o Senhor Jesus levasse as nossas iniquidades, sofrendo o castigo que era nosso, para nós, os pecadores, pudéssemos ser curados, salvos, purificados e justificados diante dEle (Is 53.4-5; 2Co 5.21).

Jeremias conhecia muito bem o sacerdócio, pois nasceu neste ambiente religioso. Ele lamenta que os falsos líderes tenham feito a cabeça do povo (Jr 5.30-31). Jeremias descreve os falsos líderes assim: “Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto, diz o Senhor.” (Jr 23.1). Esta passagem mostra a conduta errada dos líderes de Judá. Eles não amavam o povo como o Senhor os ama! O interesse deles era o dinheiro (Jr 5.31; 6.13). Para eles, ser profeta era uma posição de destaque e honra. Eram sábios para o mal e não para o bem (Jr 4.22). Deus não aprova líderes assim. Ele chama homens que amem e para que guiem suas ovelhas na graça e no conhecimento (2Pe 3.18).

Estamos vivendo dias tristes no que concerne a muitos que se intitulam como verdadeiros líderes cristãos. Todos os dias, templos evangélicos estão sendo abertos, não por gerência divina, mas por mera soberba e ambição de seus líderes. Líderes que se acham no direito de administrar a vida das pessoas a seu bel prazer, corrompendo a pregação legítima do Evangelho. A Bíblia nos adverte que todos nós daremos conta dos nossos atos no dia do juízo (Rm 14.12).

Os sacerdotes e profetas contemporâneos a Jeremias viviam uma situação não muito confortável diante de Deu: “Cometem adultérios, e andam com falsidade, e esforçam as mãos dos malfeitores, para que não se convertam da sua maldade; eles têm-se tornado para mim como Sodoma, e os moradores dela, como Gomorra.” (Jr 23.14). Esta situação perversa deixava o Senhor indignado: “Portanto, assim diz o Senhor dos Exércitos acerca dos profetas: Eis que lhes darei a comer alosna, e lhes farei beber águas de fel.” (Jr 23.15). Os falsos profetas enchiam o povo de falsas esperanças, prometendo recompensas sem mudança de vida. Deus nos chama sempre ao arrependimento (2Co 5.17, 20).

Se voltarmos um pouco no tempo, recordaremos que Jeremias tinha tudo para ter uma vida calma no sacerdócio (Jr 1.1). Só que de repente veio o chamado de deus, que traria uma mudança radical na vida deste homem. Esta foi uma enorme mudança, um grande desafio na vida de Jeremias.

O Senhor é Justo Juiz

A justiça é um dos valores mais desejados pelas pessoas de bem. O salmista Davi sabia muito bem disso (Sl 28.7). Deus em toda a história sempre deixou provas que devemos confiar nEle incondicionalmente. O profeta Jeremias é um dos profetas de Judá que não se cansava de chorar pelo povo. Isso aconteceu numa época em que o juízo de Deus já havia sido comunicado ao povo através do próprio Jeremias. Diante de tamanha destruição que estava por vir, o desprezo do povo pela verdade fez Jeremias se ver em prantos diversas vezes em decorrência de amar a sua nação. São elas: quando o povo abandona o Senhor (Jr 2.3) e foi enganado com palavras falsas (Jr 7.4); quando os falsos profetas profetizaram palavras fingidas (Jr 28.11); quando as mulheres piedosas cozeram seus próprios filhos e lhes serviram de alimento na destruição (Lm 4.10); quando viu a aflição por causa dos juízos do Senhor sobre o povo (Lm 3.1). Jeremias deu a resposta de tanto choro: “Por estas coisas, choro eu; os meus olhos, os meus olhos se desfazem em águas; porque se afastou de mim o consolador que devia restaurar a minha alma; os meus filhos estão desolados, porque prevaleceu o inimigo”. (Lm 1.16).

Na Babilônia, diante do furor do rei Nabucodonosor, vemos que o Senhor continuamente esteve com o Seu povo. Outro exemplo claro de que o Senhor nos protege aconteceu na fornalha, aquecida sete vezes mais, com Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, pois, de uma forma linda e extraordinária, o Senhor os livrou (Dn 3.19). Naqueles dias, não era raro penitenciar os amotinados às leis reais, atirando-os na fornalha ardente. Jeremias fala de Zedequias e Acabe, os quais o rei da Babilônia assou no fogo (Jr 29.22). Nabucodonosor estava habituado a ver corpos sendo disseminados em suas fornalhas na Babilônia. Jeremias ficou conhecido como profeta “chorão”. Segundo a tradição judaica, ele escreveu o livro Lamentações sentado sobre um monte próximo a Jerusalém, olhando do alto a cidade sendo devastada. Ele, diante de tamanha tragédia, lamenta o fato do povo não ter ouvido suas palavras e evitado tamanha dor e desgraça sobre a nação.

Jeremias não encontrou o Senhor mostrando-se valente. Deus o fez valente. A força verdadeira não vem de quem o Senhor chama e sim do Senhor (Sl 28.7)! Paulo disse: “Posso todas as coisas naquele que me fortalece”. (Fp 4.13). Grande parte das nossas vidas passamos por lutas e provações, mas não podemos admitir que o Diabo entre na brecha e nos afaste de Deus (Ef 4,27, 32). Deus encorajou Jeremias, dizendo: “Assim diz o Senhor: Põe-te no átrio da casa do Senhor, e dize a todas as cidades de Judá, que vêm adorar na casa do Senhor, todas as cidades de Judá, que vêm adorar na casa do Senhor, todas as palavras que te mandei que lhes dissesses; não esqueças nem uma palavra”. (Jr 26.2).

Nossa vida cristã não pode ser vivida na fraqueza, pois a graça do Nosso Senhor Jesus Cristo nos fortalece dia-a-dia. A salvação que ganhamos nos resgata de qualquer pequenez espiritual.

Jesus disse que um profeta não é honrado na sua própria terra (Jo 4.44). Isso aconteceu com Jeremias (Jr 26.8-9). O profeta Jeremias tinha expectativas que muitos poderiam acordar do sono espiritual que estavam e ainda poder usufruir das bênçãos de Deus em meio àquela conjuntura tão humilhante (Jr 13.9-10). O profeta não desiste da palavra de esperança e aconselha o povo: “Bendito o varão que confia no Senhor, e cuja esperança é o Senhor”; “Ó Senhor, Esperança de Israel! ” (Jr 17.7, 13ª).

O profeta Jeremias sabia que estava se multiplicando a iniquidade em Judá. Era notório que todo o tipo de maldade estava presente. Os habitantes estavam impregnados pelo pecado. Mesmo assim, o profeta Jeremias intercedia pelo povo, pedindo a Deus que tivesse misericórdia do povo por causa do juízo que estava por vir (Jr 7.16).

Deus protege os injustiçados

Podemos confiar na justiça de Deus sempre! Ele está atento a todo mal que possa vir sobre nós (Is 41.10). Seu amor não tem fim. Que estejamos seguros quanto ao cuidado do nosso Senhor (Sl 55.22). No momento oportuno, o Senhor nos livrará, pois não se agrada de injustiça praticada contra Seus filhos. Jeremias ocupou posição de grande destaque como profeta. Os reis se sucediam no trono, o ambiente era de intrigas e apostasia. Durante quarenta anos, o profeta passou por diversos tormentos em Judá: “Ah! Entranhas minhas, entranhas minhas! Estou ferido no meu coração! O meu coração ruge; não me posso calar, porque tu, ó minha alma, ouviste o som da trombeta e o alarido da guerra”. (Jr 4.19). Com todo sofrimento, com toda a sua dor, com toda angústia, ele não desistiu. Ele sabia que sua missão era maior do que sua dor.

O Eterno Deus salva os que são injustiçados e pune os injustos. O povo do Senhor é sempre alegre (Fp 4.4), pelos benefícios que o Senhor tem feito (Dt 26.11). As marcas que o profeta Jeremias trazia no corpo não foram suficientes para calar o homem escolhido por Deus para entregar a Sua Palavra.

A deportação do povo Judeu para a Babilônia estava às portas e Jeremias sentiu muito o peso da responsabilidade de ser o último mensageiro de Deus para chamar este povo ao arrependimento. Pelo fato de sua mensagem ser muito pessimista, ele foi chamado de falso profeta por todos. Um dos fatores que mais agravaram esta situação foi que os falsos profetas anunciavam paz e prosperidade a todos (Jr 14.11-16). Embora acusado por todos, Jeremias não se calou. A Bíblia diz que obedecer é melhor do que sacrificar (1Sm 15.22).

O profeta Jeremias sofreu dores físicas e emocionais e emocionais imensas, mas, apesar dessas lutas, ele se sentiu instigado a desempenhar sua missão. Ele disse: “Ah! Entranhas minhas, entranhas minhas! Estou ferido no meu coração! O meu coração ruge; não posso me calar, porque tu, ó minha alma, ouviste o som da trombeta e o alarido da guerra”. (Jr 4.19). Tentaram calar o profeta Jeremias, mas o amor ao Senhor o fez persistir.

É impossível nos apresentarmos diante de Deus sem que seja por intermédio do Senhor Jesus (1Tm 2.5). Apenas pela justiça do Pai em Cristo, o pecador pode ser considerado inocente. No tribunal celestial, Jesus é o Advogado que comparece diante do Juiz (Deus), com o intuito de inocentar o réu de sua merecida culpa (1Jo 2.1). A justiça redentora de Deus é testemunhada na obra do Mestre na cruz do Calvário, mostrando Seu imenso amor pela humanidade.

Nosso advogado é o Filho do próprio Deus. Nosso Senhor Jesus Cristo se oferece como aquele que nada deixa faltar aos Seus discípulos. Além de advogar nossas culpas  junto ao Justo Juiz (Deus), nosso Bom Pastor ainda refrigera nossa alma e nos guia por caminhos tranquilos (Sl 23).

Conclusão

Nós temos um advogado! Não porque aspiremos pecar sucessivamente, mas porque sabemos que somos fracos e que, por isso, o Senhor colocou um Salvador sobre nós. Jesus Cristo, o advogado fiel, nos livra do peso e das decorrências do pecado.



Neste trimestre, estudaremos a vida do profeta Jeremias. Veremos no decorrer das treze lições que o serviço na obra do Senhor é bastante árduo. Será uma excelente oportunidade para meditarmos sobre os propósitos de Deus ao disciplinar o Seu povo e as profecias de restauração e renovo. Que possamos ter a força necessária para prosseguir nos caminhos do Senhor e possamos nos tornar pessoas melhores na caminhada diária de nossas vidas. Para conhecer ainda mais sobre o ministério do profeta Jeremias, e as grandiosas lições retiradas de suas palavras e ações, participe neste domingo, 07 de Maio de 2017, da Escola Bíblica Dominical.




Nenhum comentário:

Postar um comentário