quarta-feira, 3 de maio de 2017

O desafio da evangelização


Jesus inciou seu ministério aos trinta anos, e apenas três anos depois, já tinha enfrentado a cruz. O tempo era curto e a obra grandiosa. Os trabalhos ministeriais de Jesus se intensificaram e o desafio de alcançar aquelas preciosas almas com as boas novas era grandioso. O Senhor já se acompanhara de alguns discípulos e estava chegando o momento de prepará-los e enviá-los. 

A Galileia era grande, com muitas cidades e povoados, mas Jesus a circulava com todo o vigor. Ele andou também pela Pereia, Samaria e Judeia, mas concentrou seus esforços estrategicamente na Galileia. Ele ia de cidade em cidade, de povoado em povoado e de sinagoga em sinagoga (Mateus 9:35). 

Quando não era mais possível, fazia suas reuniões ao ar livre. Não pense que Ele andava à toa e errante. Ele deixou a carpintaria e Seus familiares para estar nas mãos de Deus. Que possamos nos deter no exemplo do Senhor Jesus e nos inspirar a percorrer pelos lugares que Ele assim desejar que andemos. Busque conhecer esse Jesus vivo e dinâmico, que não olhava para as dificuldades. Ele não se preocupava se chovia ou fazia sol, ou se havia segurança ou não por aqueles caminhos, como nós fazemos. 

Jesus simplesmente ia, caminhava e contatava as pessoas, através de Seu senso de urgência com a mensagem do Reino.

Jesus por onde andava levava consigo a Sua mensagem e seus discípulos o acompanhavam. A Sua mensagem eram as boas novas do Reino dos céus. Era a continuação da pregação de João Batista (Mateus 3:2; 4:17). Todos os homens pecaram e vivem sob a tolerância de Deus, mas o Reino de Deus está próximo e é necessário que os homens entrem nele já. A única oportunidade de se entrar no Reino é através do arrependimento, ou seja, pela completa mudança de pensamentos, atitudes e sentimentos (Gálatas 2:20). 

Há muita seriedade nesta mensagem: “está próximo o Reino”. Esta expressão fala que está chegando o domínio absoluto de Deus aos homens e isso significa que os homens devem se preparar e viver dentro do Reino já. O único meio de entrada no Reino de Deus é pelo arrependimento, pela morte de si mesmo, ou seja, pela renúncia.

O quadro doentio do povo daquela época se resumia em duas palavras: enfermidades e moléstias. Num tempo em que não havia disponíveis médicos e lugares de atendimento, a não ser para quem tinha dinheiro, sobravam males físicos. 

Muitos deles causados por infestações de demônios. Os dois termos “enfermidades e moléstias”, embora pareçam redundantes ou enfáticos, na verdade, são distintos no grego. Enfermidades “nosos” significa “doenças”; e moléstias “malakia” tem o sentido de fraqueza, moleza, debilidade. 

Da para perceber que entre o povo havia muito abatimento físico e espiritual como hoje também. Porém, ali estava Jesus, manifestando o poder curador de Deus. Apesar dos avanços da medicina, construção de hospitais e quantidade de médicos e enfermeiros, mesmo assim, há muitos que são curados pela manifestação do poder curativo de Deus. 

Até porque há enfermidades e fraquezas que são resultados do agir das trevas e a medicina tem sido exercida por pessoas com critérios tanto arreligiosos (que não professam uma religião; que não se interessa por nenhuma religião; que é neutro em assuntos religiosos) quanto irreligiosos (que não é religioso, ímpio, ateu). 

Muitos, por causa da ciência têm se recusado a buscar a Deus, mas o Senhor Jesus Cristo é o mesmo que sempre surpreende com Seu poder curador. Há uma necessidade do Corpo de Cristo de buscar ao Senhor enquanto se pode achar e invoca-lo enquanto há tempo (Isaías 55:6).

Jesus desenvolveu simultaneamente dois ministérios: o de treinar Seus discípulos e o de levar as boas novas do Reino. Vejamos a seguir três coisas que o empurravam nesse sentido: 

A visão que Jesus tinha das almas era chocante diante da grandeza do desafio que tinha. Ele olhava e via pessoas “cansadas e desgarradas como ovelhas que não tem pastor” (Mateus 9:36). Um povo sem liderança espiritual morrerá à mingua. Ninguém estava de fato pastoreando o povo de Deus para Deus. O serviço religioso era farto, mas a liderança espiritual que os salvasse não havia. Isso despertava um sentimento de entranhável compaixão em Jesus que Ele compartilhava com Seus discípulos e lhes pedia que orassem a respeito. Ainda hoje, Ele faz o mesmo conosco. 

Busque entender o  profundo amor que o Senhor Jesus tinha pelas almas. O quanto Ele amou o seu próprio povo que dali a dias O rejeitaria. Seu afeto era tão real e entranhável que O fazia trabalhar, conversar com Seus discípulos e conscientizá-los a respeito. Seja essa a nossa oração sincera: “Oh, Jesus, inunda-nos com teu amor”.

Os discípulos viam nos olhos de Jesus o amor puro que tinha por eles e pelo Seu povo. Eles também ouviam as orações agoniadas, sofridas e insistentes ao Pai em favor deles. Eles ouviram também as palavras de Seu coração que ardia em amor: “A seara é realmente grande, mas poucos os ceifeiros”. 

Diante da eternidade aquela seara logo passaria, mas aquelas pobres almas se não fossem alcançadas estariam perdidas para sempre. Que sejamos sensíveis o suficiente para internalizarmos a visão e o entranhável afeto de Jesus em favor dos perdidos do nosso Brasil. 

Queira Deus que, após esta aula, muitos alunos sintam-se motivados em participar dos programas de evangelização da igreja. Queira Deus que, depois desta ministração, muitos deles peçam para que sejam feitos cultos em seus lares, de maneira a alcançar cada vez mais vidas para o Reino de Deus, conforme orientado pela Palavra de Deus (Marcos 16:15).

A profunda visão e compaixão de Jesus do estado espiritual dos filhos de Israel em seus dias, fez com que Ele convocasse a Seus discípulos. Dentre tantos discípulos, chamou a si doze, para que estivessem com Ele e pudessem receber treinamento. Este é um grande princípio multiplicador utilizado por Jesus, pois, ao formar seis duplas e espalhá-las pelas cidades e povoados com a mesma mensagem que pregava, dava mais oportunidade às pessoas de ouvi-la (Lucas 9:1-9). 

O envio dessa missão teve grande êxito, porém a necessidade era de que enviasse mais pessoas. Posteriormente, Jesus preparou setenta discípulos e os enviou. Com isso aprendemos quão sábio e estratégico era o Senhor Jesus! Se naqueles dias foi tão necessário ser estratégico, imagine hoje, quando o Brasil precisa urgente de uma restauração espiritual? 

Infelizmente, está em andamento uma cultura contra os evangélicos, protestantes e contra a Palavra de Deus, sobretudo.


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