domingo, 20 de julho de 2014

Adjetivados por Cristo

Jhonatan Wilson Gomes

Em algum momento, já paramos para pensar na visão que as pessoas ao nosso redor têm sobre nós. 

Momento este de reflexão, em que colocamos todas as nossas ações em uma balança, no intuito de descobrirmos dentro de nós mesmos, o que está errado e o que está certo; o que é bom e o que é mau. Porém, esta é uma tarefa nada fácil e, às vezes, podemos não obter sucesso absoluto numa análise própria, pois, percebemos que, quando achamos que temos todas as respostas para a vida, na verdade, as nossas ações estão mudando todas as perguntas. Talvez, se necessite de um segundo olhar para entender o que estamos compartilhando com as demais pessoas, mas, para tal análise é preciso alguém que nos veja com um olhar límpido, com toda consciência e um leve sorriso no canto da boca. Ninguém é o que parece ou o que aparece. No entanto, o essencial de nós, há quem enxergue: um amigo, um irmão. Desejamos dizer às pessoas que o amor existe e, que é satisfatório doar-se às amizades e às pessoas.

Portanto, a quem doamo-nos? Quem são nossos amigos?

Existem um provérbio muito bonito, no livro apócrifo “Eclesiástico”, que sintetiza bem es urgente carência:

 “Amigo fiel é remédio que cura, e os que temem ao Senhor o encontrarão. Quem teme ao Senhor tem amigos verdadeiros, pois tal e qual ele é, assim será o seu amigo.”

Ter um amigo é uma daquelas chances que Deus traz de nada ser tão perdido ou vago. É optarmos por risadas até quando outras pessoas tentarem fazer-nos cheios de mágoas. Todos os momentos difíceis da vida ficam menos piores com os conselhos e o apoio de um bom amigo. As sinceridades protegem das ilusões e de abandonos. Assim, a amizade é uma ancora em todas as tormentas. É uma maneira de não desistir da bondade das pessoas, do encanto de quem mesmo indo, fica.

Ao lermos o livro de I Samuel na Bíblia Sagrada, encantamo-nos ao ver que Jônatas e Davi criaram uma aliança inabalável. Eles não fizeram promessas sentimentais; não trocaram apenas alianças de amizades. A alma de Jônatas ligou-se à alma de Davi, e nós, somos vinculados uns aos outros, segundo Colossenses 2:19, estamos unidos em amor, em uma obra divina. Um elo incontestável!

Outra bela amizade, e uma das melhores descritas na Bíblia, é aquela que existiu entre Rute e Noemi. [...] “Não me peça para que te deixes, nem me peça para abandoná-la, porque aonde quer que tu fores, irei eu e, onde quer que pousares á noite, ali pousarei eu, o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus”. Neste versículo referido em Rute 1.16, percebemos que os verdadeiros amigos gostam da companhia um do outro. Em nossos relacionamentos, muitas vezes tentamos apossar-nos uns dos outros, e a amizade pode desaparecer, quando não existe espaço nem para respirar. Deus sempre fez parte da amizade de Noemi e Rute.  Rute encontrou Deus através de Noemi, quando sua amiga lhe permitiu ver, ouvir e sentir toda a profundidade de seu relacionamento com Deus.

A amizade de Jesus e Lázaro era algo muito forte. Algo que chegava incomodar muitas pessoas. Os dias passam o amigo de Jesus. Aquele que cresceu, brincou, sorriu e chorou junto com Ele se adoece. Diante desta situação o coração de Jesus começa a ser espremido dentro do peito, e Jesus pede que o levem até a sepultura onde estava seu amigo. Chegando ao local e ao ver aquela cena, Jesus chora. Em João 11.35, temos o menor versículo da bíblia, mas, o mais profundo em intensidade sentimental

O Senhor Jesus tinha outros amigos, eram eles os 12 discípulos, entre os doze tinham três mais chegados, e um que era o mais chegado de todos, João, que se auto descreveu-se como o que Cristo mais amava e, que Ele chegava a reclinar a cabeça em seu peito. Até mesmo o próprio traidor, Judas Iscariotes, foi considerado um amigo até o final. Jesus, o chama assim, mesmo no momento que sabia estar sendo entregue à morte. [...] “Jesus perguntou: “Amigo, que é que o traz?” Então os homens se aproximaram, agarraram Jesus e o prenderam.” (Mateus 26.50)

Desde nossos primeiros dias de vida, recebemos influências para fazermos amizades. Geralmente, os primeiros amigos são nossos parentes próximos, como irmãos, primos, filhos de amigos de nossos pais. Algumas amizades se iniciam na infância e duram até o final da vida, outras começam em certo ponto da vida e duram pouco, outras são tão fortes que nos tornamos mais chegados que irmãos. Amizades que se tornam verdadeiros laços de sangue e essas são preservadas por anos a fio e, nada é capaz de separar. Ao depararmo-nos com estas histórias de amizades acima explicitadas, devemos rogar a Deus para que Ele conceda-nos a graça da Aliança inquebrável, como a de Jônatas e Davi. A Lealdade de Rute e Noemi. A Verdadeira Amizade, como a de Jesus e Lázaro. Desta forma, tornaremo-nos modelos irreparáveis, podendo, auto avaliarmo-nos como feitores de boa justiça. Mas, além de tudo, devemos aceitar o convite que Cristo faz para que tornemo-nos amigos íntimos d’Ele: [...] “Já não os chamo servos, porque o servo não sabe o que o seu senhor faz. Em vez disso, eu os tenho chamado AMIGOS, porque tudo o que ouvi de meu Pai eu lhes tornei conhecido.” (João 15.15)

Se, conhecemos a Deus por intermédio de Cristo, devemos a cada dia mais ansiar o fortalecimento desta amizade, dada entre homem e Rei; já que Ele é o único caminho para que nos acheguemos ao Pai. Jesus é totalmente confiável, adverte quando necessário, está em prontidão a todo o momento e nunca deixa de amar-nos. Tudo o que esperamos de um melhor amigo.

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