quinta-feira, 8 de setembro de 2016

EBD - Jesus e o preço do discipulado


Material Didático
Revista Jovens e Adultos nº 100 - Editora Betel
Mateus - Lição 11
Comentarista: Bp. Manuel Ferreira















Comentários Adicionais
Pr. Wilson Gomes
Pb. Bene Wanderley
Ev. Lucas Gomes











Texto Áureo
Mateus 16.24
Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz e siga-me.

Verdade Aplicada
O discípulo não é de graça, tem um preço, e é preço de renúncia: é tomar a cruz sobre si.

Textos de Referência
Mateus 8.19-22
E, aproximando-se dele um escriba, disse-lhe: Mestre, aonde quer que fores, eu te seguirei.
E disse Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça.
E outro de seus discípulos lhe disse: Senhor, permite-me que, primeiramente, vá sepultar meu pai.
Jesus, porém, disse-lhe: Segue-me e deixa aos mortos sepultar os seus mortos.
Mateus 9.9
E Jesus, passando adiante dali, viu assentado na alfândega um homem chamado Mateus e disse-lhe: Segue-me. E ele, levantando-se, o seguiu.


A inquestionável liderança de Jesus
Comentário Adicional
Ev. Lucas Gomes

Muitos líderes têm se destacado por ter uma grande equipe ao seu lado. Muitos coordenadores e gestores, aliás, se beneficiam da autonomia para escolher seus colaboradores, e com isto elaboram prévios critérios para contar apenas com profissionais muito qualificados, inclusive, moldando neles sua liderança.   Jesus se tornou o maior líder de todos os tempos, seguindo exatamente o caminho inverso. Escolheu para formar sua equipe, homens despreparados, sem virtudes aparentes e ainda sem um direcionamento definitivo de suas vidas. Ao escolher seus doze discípulos, o Mestre, agregou fogo e pólvora no mesmo barril, criando um ambiente explosivo, mas que através de sua liderança, se moldou nos propósitos previamente estabelecidos. É claro que toda a liderança de Jesus foi posta à prova em seu ministério, tendo que lidar com os dramas familiares de Pedro e André, e com a fogueira de vaidades que queimava na casa dos irmãos “Trovão”: Tiago e João (Mateus 20:20). Para um ministério que precisava de expansão, é convocado Felipe, cuja eloquência deixa muito a desejar, e como um dos ministros do Reino que pregava agregação, é escolhido Natanael, em cujo caráter é visível traços de xenofobia (João 1:44-47). 

Junte-se ainda neste caldeirão a instabilidade de Pedro, o pragmatismo exagerado de Tomé, o materialismo latente de Judas, a rivalidade odiosa existente entre o “publicano” Mateus e o “zelote” Simão, além de um possível ostracismo subjetivo de Tadeu e Tiago.  Entre seus seguidores mais fieis, também estava um grupo de mulheres muito devotadas, sendo que no trato a elas, Cristo confrontava paradigmas e dogmas de uma cultura machista.  Mas, além de ensinar, o mestre inspirou esses homens. Jesus Cristo quando estava pregando a sua Palavra, acompanhado dos seus discípulos, influenciou e liderou através dos seus exemplos, trabalhando, ensinando, incentivando e servindo. Jesus sempre dava a direção aos seus discípulos e seguidores, agindo com paciência e amor, dando a provisão necessária para que todos fossem preparados para a obra do seu ministério, levando-os a uma condição muito melhor do que quando os encontrou, e em menos de três anos, a liderança incisiva de Jesus foi capaz de mudar hábitos, forjar caráter e imprimir sua marca pessoal em cada um de seus pupilos, ao ponto que de tão parecidos, os olhos mais leigos não podiam diferenciar um do outro (Mateus 26:48, 69-74).

O estilo de liderança do Senhor Jesus foi além de prático, muito inspirador. Ele mesmo disse: “eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também” (João 13:15). Noutra ocasião também falou: “aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração” (Mateus 11:29). Tais palavras destacam a qualidade da sua liderança inspiradora. Igualmente, os termos “façais e aprendei” trazem consigo um apelo de compromisso com o seu exemplo. Essa é a nossa missão. Como pastores, líderes de departamento, diáconos e obreiros na obra do Senhor, devemos agir com amor e paciência para com os novos convertidos e os cristãos mais fracos, primeiramente dando o exemplo, depois ensinando, servindo e mostrando a direção a ser seguida, entendendo que alguns atingem a maturidade cristã mais rápida, enquanto outros demoram muito mais e exigem mais trabalho. Quem conhece Jesus não o segue pelo que Ele faz, mas pelo que Ele é. O que Jesus tem de mais impactante, em sua liderança, é sua integridade de vida. Suas palavras transformaram as pessoas, Ele é o homem perfeito, o nosso maior modelo. Sua liderança para influenciar na melhora das pessoas era extraordinária e com testemunho (João 5:36). Ele liderava homens e mulheres para uma causa e propósito comum, através do seu caráter que inspira confiança (João. 13:15).

Liderança é, acima de tudo, um exercício de relacionamentos. Jesus sabia muito bem como se relacionar com pessoas. Isento de qualquer vaidade, e munido de carisma e empatia, Ele conseguia falar a língua de seus liderados, ganhando a confiança dos mesmos. Jesus não hesitava em entrar na casa das pessoas e visitar locais onde gente marginalizada se refugiava; mas também não se esquivava de encontros com nobres e príncipes ou ensinar doutores letrados da lei. O grande segredo de Jesus era se nivelar ao seu ouvinte, para depois traze-lo ao seu próprio nível. Sua vida era moldada por suas palavras e vice-versa, e assim cada detalhe de seu ministério inspirou, inspira e continuará inspirando a todos que voltarem seus olhos e ouvidos para Ele.


O Mestre seleciona seus discípulos

Veremos nesta lição o modo de trabalhar de Jesus no que tange ao discipulado. Debruçaremos sobre duas principais bases: o Seu programa de seleção de discípulos e o Seu próprio exemplo em relação ao ministério da Palavra. Apesar da grande popularidade e de ter muitos discípulos (Mateus 9), Jesus sabia que não deveria apoiar o Seu trabalho nas multidões que vinham para ouvi-lo. Certo é que já estavam com eles, alguns, porém o Mestre via a necessidade de completar doze, que aponta para às tribos de Israel. Certo escriba, cujo nome não se sabe, queria acompanhar a Jesus. Este ofereceu para segui-lo onde quer que fosse (Mateus 8:19). Era comum homens se oferecerem para seguirem determinado mestre e eles procuravam aprender tudo o que podiam sobre as palavras e atitudes desse mestre. Agora, porém, com o Mestre era diferente, pois Ele mesmo era quem fazia questão de escolher seus discípulos (Mateus 10:1; João 15:16). Quanto ao escriba, o Senhor já o conhecia e não tinha o conforto que ele cogitou alcançar pelo ministério. Os animais tinham sua morada, ninhos e covis, mas naquele momento o Mestre não. Se quisermos seguir a Jesus, não devemos priorizar conforto, e sim o estra com Ele. O Senhor Jesus buscava não era fama, nem seguidores ou uma forma interessante de se passar o tempo. Ele estava atrás de discípulos capazes de assimilar a sua visão amorosa pelas almas, o Seu senso de urgência e o aprendizado a ser recebido. Quem está em busca de conforto, de fama ou de seguidores não poderá seguir a Jesus no ministério, porque o que Ele quer são discípulos resignados como Ele, que tudo deixou.

Este outro era também seguidor de Jesus, menos ilustre que o escriba, e o caso dele foi mais dramático. Ele manifestou um forte desejo de acompanhar Jesus em seu ministério, mas o Mestre o julgou a partir de suas próprias palavras. Ele se ofereceu, porém pediu que fosse sepultar primeiro a seu pai que acabara de falecer. Com esta palavra, o Senhor o dispensou: “deixa aos mortos sepultar os seus mortos” (Mateus 8:22). Seguir a Jesus deve estar acima dos deveres familiares. O nosso coração deve estar apenas nEle. Ele exige essa exclusividade (Mateus 10:37; Lucas 14:26). Seguir a Jesus é renunciar a si mesmo. É necessário colocar os vínculos familiares nas mãos de Deus, renunciar o lugar de conforto e seguir a Jesus sem olhar para trás. O Reino dos céus é tomado a força e apenas os que se esforçam e renunciam a tudo entram de fato no Reino.  O Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo não é barato e nunca entra em promoção, portanto é necessário renunciar seus vínculos mais caros, tais como pai, mãe, irmãos, filhos e bens.

Jesus recusou dois discípulos para estar em sua companhia: um mais ilustre, que era escriba, e outro que não sabemos. Dias depois, o Mestre passa a recebedoria e chama a Mateus para segui-lo. Mateus imediatamente levanta-se e o acompanha (Mateus 9:9). Parecia haver algum equívoco no modo de selecionar os discípulos. Embora Mateus estivesse ocupado como coletor de impostos, fica implícito que desejava ser útil a Cristo e ao Reino de Deus. Sua escolha e companhia trouxeram pesadas críticas ao Senhor pelos de fora, pelo fato de Mateus receber a seus amigos publicanos e Jesus estar com eles. O Mestre sabiamente justifica a sua missão entre publicanos, enquanto defende também a Mateus. Quando nos entregamos inteiramente ao Senhor, Ele fala por nós e nos defende, como aconteceu com Mateus. Ele não questionou, nem perguntou os motivos de Jesus para que fosse escolhido, apenas se levantou e o seguiu. Observe que Mateus era querido entre seus colegas e eles foram estar com ele, Jesus e Seus outros discípulos.


Escolher ou ser escolhido!
Comentário Adicional
Pb. Bene Wanderley

Estamos quase na reta final desse trimestre,  e temos a oportunidade de mais uma vez, rever conceitos e ensinamentos que por um longo tempo de nossas vidas, nos foram ensinadas. O tema em apresso é de suma importância para nós, pois iremos avaliar nosso conceito do servir ao Mestre Jesus. Ao lermos todo o texto em estudo, temos alguns exemplos para nosso crescimento.  Mateus 8:19, nos diz que veio até Jesus um certo escriba, que de imediato se ofereceu de pronto a seguir Jesus. Suas palavras nos comove, nos faz respirar profundamente, eu, particularmente fico até extasiado ( arrebatado, enlevado, emocionado) com tais palavra, pois me parece de alguém apaixonado, alguém que está envolvido por um sentimento puro e ao mesmo tempo imerso em euforia. É contagiante! Mas, não era um sentimento verdadeiro, pois logo que Jesus ouviu tal declaração, sua postura e resposta denotam que Jesus vislumbrou ali, algo que estava em oculto. Não basta apenas querer seguir Jesus, não é o bastante achar bonito o ministério ou coisa do tipo, Jesus não se engana com nossas emoções ou gestos de aparências gentis

Ele não se impressiona com nada que venha de nós, na verdade nós não o impressionamos em nada. O fato é, que muitas vezes queremos aparecer, sermos vistos, admirados, sentir-se importante, ao ponto de bancarmos o papel de ridículos diante do Senhor. Na verdade, é desse jeito que a atual geração está vendo o Reino de Deus. “Servos” tentando tirar vantagens de seu Senhor, os sacrifícios requeridos são esquecidos, as pessoas estão querendo ganhar e não sacrificar suas vidas. Aquele escriba se auto examinou, se disponibilizou por vontade própria, mas em essência, não priorizava a Jesus, e as renuncias ministeriais lhe seriam um fardo pesado demais. E é bem assim que muitas vezes estamos agindo em relação ao Reino. Em querer seguir Jesus nada contra; o fato é que o custo dessa entrega é caro, e também quase impagável por qualquer um de nós. Jesus deixou isso bem definido em sua resposta ao escriba. As raposas têm seus covis, e as aves dos céus os seus ninhos, mas, o filho do homem não tem onde reclinar sua cabeça. As palavras de Jesus nos mostra o porque aquele escriba foi recusado de imediato: nesse Reino não teremos uma vida de facilidades, confortos, e regalias.

Precisamos rever o que estamos fazendo com o dom precioso do evangelho do Reino. Será que estamos dispostos a perder para ganhar no porvir? Até que ponto somos capazes de sofrer para glória do nome de Jesus... O escriba foi reprovado nestas questões primárias do discipulado.  Em seguida outro homem se aproximou do mestre com a mesma intenção de se engajar o Reino, mas, sob uma condição: - Deixa que eu vá enterrar meu pai primeiro. Depois eu o alcanço, pode ser? Isso parece irônico, pois é desse jeito que estamos agindo em relação ao chamado de Deus. Estamos banalizando o preço a ser pago, a renúncia, ao zelo pelo santo... Escolhemos ao invés de sermos escolhidos. E me perdoe a franqueza, mas está uma bagunça isso aqui...É hora de mudar. Jesus ainda é o Senhor, o Mestre e o Rei.


O Mestre e seu exemplo ministerial

Os trabalhos ministeriais de Jesus se intensificaram e o desafio de alcançar aquelas preciosas almas com as boas novas era grandioso. O Senhor já se acompanhara de alguns discípulos e estava chegando o momento de prepará-los e enviá-los. A Galileia era grande, com muitas cidades e povoados, mas Jesus a circulava com todo o vigor. Ele andou também pela Pereia, Samaria e Judeia, mas concentrou seus esforços estrategicamente na Galileia. Ele ia de cidade em cidade, de povoado em povoado e de sinagoga em sinagoga (Mateus 9:35). Quando não era mais possível, fazia suas reuniões ao ar livre. Não pense que Ele andava à toa e errante. Ele deixou a carpintaria e Seus familiares para estar nas mãos de Deus. Que possamos nos deter no exemplo do Senhor Jesus e nos inspirar a percorrer pelos lugares que Ele assim desejar que andemos. Busque conhecer esse Jesus vivo e dinâmico, que não olhava para as dificuldades. Ele não se preocupava se chovia ou fazia sol, ou se havia segurança ou não por aqueles caminhos, como nós fazemos. Jesus simplesmente ia, caminhava e contatava as pessoas, através de Seu senso de urgência com a mensagem do Reino.

Jesus por onde andava levava consigo a Sua mensagem e seus discípulos o acompanhavam. A Sua mensagem eram as boas novas do Reino dos céus. Era a continuação da pregação de João Batista (Mateus 3:2; 4:17). Todos os homens pecaram e vivem sob a tolerância de Deus, mas o Reino de Deus está próximo e é necessário que os homens entrem nele já. A única oportunidade de se entrar no Reino é através do arrependimento, ou seja, pela completa mudança de pensamentos, atitudes e sentimentos (Gálatas 2:20). Há muita seriedade nesta mensagem: “está próximo o Reino”. Esta expressão fala que está chegando o domínio absoluto de Deus aos homens e isso significa que os homens devem se preparar e viver dentro do Reino já. O único meio de entrada no Reino de Deus é pelo arrependimento, pela morte de si mesmo, ou seja, pela renúncia.

O quadro doentio do povo daquela época se resumia em duas palavras: enfermidades e moléstias. Num tempo em que não havia disponíveis médicos e lugares de atendimento, a não ser para quem tinha dinheiro, sobravam males físicos. Muitos deles causados por infestações de demônios. Os dois termos “enfermidades e moléstias”, embora pareçam redundantes ou enfáticos, na verdade, são distintos no grego. Enfermidades “nosos” significa “doenças”; e moléstias “malakia” tem o sentido de fraqueza, moleza, debilidade. Da para perceber que entre o povo havia muito abatimento físico e espiritual como hoje também. Porém, ali estava Jesus, manifestando o poder curador de Deus. Apesar dos avanços da medicina, construção de hospitais e quantidade de médicos e enfermeiros, mesmo assim, há muitos que são curados pela manifestação do poder curativo de Deus. Até porque há enfermidades e fraquezas que são resultados do agir das trevas e a medicina tem sido exercida por pessoas com critérios tanto arreligiosos (que não professam uma religião; que não se interessa por nenhuma religião; que é neutro em assuntos religiosos) quanto irreligiosos (que não é religioso, ímpio, ateu). Muitos, por causa da ciência têm se recusado a buscar a Deus, mas o Senhor Jesus Cristo é o mesmo que sempre surpreende com Seu poder curador. Há uma necessidade do Corpo de Cristo de buscar ao Senhor enquanto se pode achar e invoca-lo enquanto há tempo (Isaías 55:6).


Todos a Bordo!
Comentário Adicional
Pr. Wilson Gomes

Deus é misericordioso e se manifesta em multiforme graça. Embora tenham significados que até se confundam pela paridade dos conceitos, Graça e Misericórdia são coisas bem distintas. Para um entendimento mais pragmático, podemos dizer que a “misericórdia” impede Deus de nos castigar e a “graça” o leva o nos abençoar. Aqui é preciso lembrar que todos os homens pecaram e foram destituídos da glória de Deus (Romanos 3:23). A Bíblia é categórica ao afirmar que o salário do pecado é a morte (Ezequiel 18:4 / Romanos 6:23), logo, todo homem está sob a égide desta terrível dívida, caminhando a passos largos para uma sepultura eternal. A morte do pecador não passa por nenhum tipo de autoritarismo divino, e nada mais é, do que a execução da justiça em sua forma mais pura e terna. Por nossas escolhas e práticas pecaminosas conscientes, merecemos sim morrer, inda que a vontade de Deus vá exatamente na direção oposta (João 13:16). A misericórdia do Senhor surge como um facho de luz em meio as trevas, uma segunda chance de vida no exato momento que a mão da morte toca nosso pescoço. Por seu amor, Deus escolhe suspender temporariamente a sentença que pesa contra o homem, NÃO lhe dando o castigo do qual é merecedor. O profeta Jeremias louva ao Deus de Israel por este gesto de benevolência quando diz que as misericórdias do Senhor são as causas de não sermos consumidos, pois mesmo que não tenham fim, se renovam todos os dias (Lamentações 3:22).

E se o mundo é um mar de pecados no qual todos nos afogávamos, Jesus é o barco salva-vidas, que além de nos resgatar, nos dá um novo sentido de viver. Deus nos admitiu em sua tripulação e nos colocou no seu barco. Este barco tem um objetivo – Levar nos em segurança até a outra margem. Este navio não é de um cruzeiro, numa linda viagem de férias, ele é um navio de batalha. Não somos chamados para uma vida de lazer, mas para uma vida de serviço, e cada um tem uma tarefa a desempenhar no barco. Alguns preocupados com aqueles que estão se afogando, estão tirando pessoas da água. Outros estão preocupados com o inimigo, lançando os canhões da oração e da adoração. Outros se dedicam a tripulação, alimentando e treinando os membros. Embora diferentes, em certos aspectos somos iguais. Cada um de nós pode contar com um encontro pessoal com o Capitão, pois todos recebemos um chamado pessoal. Ele nos encontrou em barracas nos portos da vida, e nos convidou para subir no barco com ele...

Embora a batalha seja dura, o barco é seguro pois o Capitão é DEUS. O barco não vai afundar, não há preocupação quanto a isto, Deus está no controle do barco. No entanto existe sim uma preocupação relevante: A falta de harmonia entre a tripulação. A UNIDADE gera fé.  A divisão promove incredulidade. A desobediência gera motim – e contra o Capitão! Quem quer embarcar num navio em que os marinheiros brigam o tempo todo? Por isto o amotinado é deixado pelo oceano afora, não por vontade do Capitão, mas por escolha própria.  A vida no mar pode ser dura e difícil, mas pelo menos as ondas não nos insultam... Só para você refletir: Seria a UNIDADE o segredo para colocar o mundo todo neste barco chamado CRISTO?


O Mestre e o desfio evangelístico

Jesus desenvolveu simultaneamente dois ministérios: o de treinar Seus discípulos e o de levar as boas novas do Reino. Vejamos a seguir três coisas que o empurravam nesse sentido: A visão que Jesus tinha das almas era chocante diante da grandeza do desafio que tinha. Ele olhava e via pessoas “cansadas e desgarradas como ovelhas que não tem pastor” (Mateus 9:36). Um povo sem liderança espiritual morrerá à mingua. Ninguém estava de fato pastoreando o povo de Deus para Deus. O serviço religioso era farto, mas a liderança espiritual que os salvasse não havia. Isso despertava um sentimento de entranhável compaixão em Jesus que Ele compartilhava com Seus discípulos e lhes pedia que orassem a respeito. Ainda hoje, Ele faz o mesmo conosco. Busque enteder o  profundo amor que o Senhor Jesus tinha pelas almas. O quanto Ele amou o seu próprio povo que dali a dias O rejeitaria. Seu afeto era tão real e entranhável que O fazia trabalhar, conversar com Seus discípulos e conscientizá-los a respeito. Seja essa a nossa oração sincera: “Oh, Jesus, inunda-nos com teu amor”.

Os discípulos viam nos olhos de Jesus o amor puro que tinha por eles e pelo Seu povo. Eles também ouviam as orações agoniadas, sofridas e insistentes ao Pai em favor deles. Eles ouviram também as palavras de Seu coração que ardia em amor: “A seara é realmente grande, mas poucos os ceifeiros”. Diante da eternidade aquela seara logo passaria, mas aquelas pobres almas se não fossem alcançadas estariam perdidas para sempre. Que sejamos sensíveis o suficiente para internalizarmos a visão e o entranhável afeto de Jesus em favor dos perdidos do nosso Brasil. Queira Deus que, após esta aula, muitos alunos sintam-se motivados em participar dos programas de evangelização da igreja. Queira Deus que, depois desta ministração, muitos deles peçam para que sejam feitos cultos em seus lares, de maneira a alcançar cada vez mais vidas para o Reino de Deus, conforme orientado pela Palavra de Deus (Marcos 16:15).

A profunda visão e compaixão de Jesus do estado espiritual dos filhos de Israel em seus dias, fez com que Ele convocasse a Seus discípulos. Dentre tantos discípulos, chamou a si doze, para que estivessem com Ele e pudessem receber treinamento. Este é um grande princípio multiplicador utilizado por Jesus, pois, ao formar seis duplas e espalhá-las pelas cidades e povoados com a mesma mensagem que pregava, dava mais oportunidade às pessoas de ouvi-la (Lucas 9:1-9). O envio dessa missão teve grande êxito, porém a necessidade era de que enviasse mais pessoas. Posteriormente, Jesus preparou setenta discípulos e os enviou. Com isso aprendemos quão sábio e estratégico era o Senhor Jesus! Se naqueles dias foi tão necessário ser estratégico, imagine hoje, quando o Brasil precisa urgente de uma restauração espiritual? Infelizmente, está em andamento uma cultura contra os evangélicos, protestantes e contra a Palavra de Deus, sobretudo.

Conclusão

Vimos nesta lição a forma como Jesus operou em Seu trabalho de discipulado e evangelístico. Todo esse trabalho foi desenvolvido com renúncia e preparo. São os mesmos princípios que devem nortear nossas vidas e igrejas na conquista de almas e ampliação do Reino de Deus na Terra.





A imagem que Mateus nos apresenta de Jesus é a de um homem que nasceu para ser Rei. Sua intenção é mostrar o senhorio de Jesus Cristo e que, com toda autenticidade, o Reino, o poder e a glória são dEle. Mateus entrelaça o Antigo Testamento ao Novo, com a preocupação de revelar aos judeus: que em Jesus se cumpriram todas as palavras do profeta, que Ele é o Rei por excelência e o Messias de Seu povo. Para saber mais sobre as profundas verdades existentes em cada linha deste evangelho, participe neste domingo, 11 de setembro de 2016, da Escola Bíblica Dominical.

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