segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

A fé sempre nos livrará do perigo?



O alicerce da fidelidade é a convicção, e esta é por sua vez, o mais evidente fruto da fé genuína. Logo, é impossível desvincular uma da outra; e esta é uma verdade intrínseca em cada página da Bíblia e explícita na história de seus mais importantes personagens. Homens fieis são dotados de grande fé, e a está fé gera a convicção exigida para que a fidelidade se mantenha intacta. O anônimo escritor da epístola aos Hebreus não apenas define o conceito “FÉ” com perfeição (Hebreus 11:1), como também apresenta uma extensa lista de homens e mulheres, que convictos de sua fé, mantiveram-se fieis ao Senhor em todos os momentos de suas vidas, e alerta: “sem ela (a fé), é impossível agradar a Deus” (Hebreus 11:6). 

E foi exatamente por intermédio do “firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que ainda não existem”, que os antigos heróis da fé, ainda nos inspiram e testificam do grande poder de Deus. A fé, aliada a fidelidade, levou Abel ao oferecimento de um sacrifício puro e verdadeiro. Enoque andou com Deus em tempo integral até ser transladado. Noé construiu uma arca para sobreviver ao dilúvio, mesmo ainda não havendo chuvas no céu. Abraão foi chamado “Amigo de Deus” e habitou na terra da promessa, assim como seus descendentes Isaque e Jacó, sendo pai de uma nação, ainda que sua esposa Sara estéril. Fé e fidelidade nortearam esta família, com bênçãos sendo ministradas de pais para filhos, até que o número dos seus não pudesse mais ser contado. Por fé, Moisés abdicou de uma vida no palácio para viver no deserto, conduzindo seu povo de volta para a terra da promessa. Por fé, Raabe, por generosidade acolheu os espias hebreus, e por conta deste ato, sobreviveu a queda dos muros de Jerico.

Hebreus 11 ainda lista outros exemplos de homens fidedignos, tais como Gideão, Baraque, Sansão, Jefté Davi, Samuel e outros profetas, os quais pela fé venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram promessas, fecharam as bocas dos leões, apagaram a força do fogo, escaparam do fio da espada, da fraqueza tiraram forças, na batalha se esforçaram, puseram em fuga exércitos poderosos e as mulheres receberam pela ressurreição os seus mortos.

Como a fidelidade é recompensadora não? 

Mas as vezes ela nos leva a testes ainda mais intensos, onde a fé e a convicção são exigidas em sua plenitude. O escritor aos Hebreus, que até então narrava aos atos portentosos de homens que estavam convictos de sua fé, passa agora a narrar feitos ainda mais impressionantes. Pela Fé, e por Fidelidade, alguns foram torturados, abrindo mão de seu livramento. Outros experimentaram escárnios, açoites e até prisões. Muitos foram apedrejados, serrados, tentados, mortos ao fio da espada. Andaram vestidos de peles de ovelhas e de cabras, desamparados, aflitos e maltratados, errantes pelos desertos, e montes, e pelas covas e cavernas da terra.

E todos eles, mesmo mantendo se fiel a sua fé, não alcançaram a promessa, mas morreram em paz e alegremente, sabendo que o seu testemunho inspiraria muitas vidas.

Somos aconselhados em Apocalipse 2:10 a sermos fieis até o fim, mesmo que este “FIM” seja a morte, pois aqueles que assim procedem, recebem na eternidade, das mãos do próprio Cristo, a Coroa da Vida.

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