terça-feira, 1 de dezembro de 2015

O Sal (Palavra Pastoral - Dezembro 2015)



A vida dentro do Mar Morto é inviável. Seu nome extravagante se dá exatamente porque nada sobrevive muito tempo ali. Isso acontece em decorrência do grande teor de sal em suas águas, e este fenômeno, tem uma explicação muito interessante.

O Mar Morto recebe águas cheias de vida, sendo que até mesmo o famoso Rio Jordão deságua nele. Porém, quando estas mesmas águas adentram o mar, a vida é sumariamente inutilizada. O problema, é que embora receba muito, o Mar Morto não reparte o que tem. Uma vez nele, a única saída possível de águas e pela evaporação, e com isso, o sal se acumula em sua bacia, elevando o nível salino absurdamente. Com isso, nenhum peixe consegue sobreviver.

O sal tem suas qualidades. Ele é muito útil como tempero, dando sabor a todo tipo de alimento, desde que seja ministrado moderadamente e com muito equilíbrio. Mas se a dose for exagerada, o sal tem a terrível capacidade de transformar um prato aparentemente saboroso numa gororoba intragável.  E se consumido em excesso, pode sim até matar.

Assim também somos nós. Recebemos de Deus toda sorte de bênçãos, revelações e muito amor, mas se não dermos vazão a este manancial do Senhor, nos tornamos mesquinhos como o Mar Morto, retendo o que é bom, mas sufocando quem nos cerca com o sal acumulado, que se manifesta em críticas maliciosas, julgamentos unilaterais e muita autoafirmação hedonista. Quem vive apenas para si, tende a matar quem se aproxima dele, e com isso, acaba morrendo na solidão.

A nobreza do ser humano não é medida pela quantidade de pessoas que o servem, mas sim na qualidade das pessoas que ele consegue servir. O Salmo 134:1 identifica o caráter dos homens que Deus procura:  - Bendize ao Senhor vós todos os seus “servos”, louvai o nome do Senhor. SERVOS! Em vez de sermos salgados por retermos de forma egoísta o que recebemos, que sejamos servos generosos para com o Senhor e os homens, pois caso contrário podemos sucumbir ao saturamento e inibir que novas bênçãos nos alcancem.

Um bom teste para ajudar numa avaliação interior é responder (em silêncio) as seguintes questões:

1º Se todos ofertassem como eu oferto, como seria minha igreja?
2º Se todos orassem como eu oro, como o Reino seria abençoado?
3º Se todos fossem a igreja com a mesma frequência que eu vou, como os crentes cresceriam espiritualmente?
4º Se todos servissem como eu sirvo, como seriam servidas as pessoas de minha igreja?

E então? Passou no teste? Servo ou Mar Morto?

Mãozinhas para cima... Feliz Natal!



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