Atendendo a vários pedidos, iremos nesta semana
falar sobe um dos mais controversos dogmas católicos, e que inclusive causa
duvidas em muitos cristãos: O PURGATÓRIO.
Para responder com clareza esta
questão, e embasar na Bíblia nossa posição em relação a este tema, mais uma vez
utilizaremos um excelente estudo publicado pelo site Got Questions.
De acordo com a Enciclopédia Católica, o
purgatório é “um lugar ou condição de
punição temporal para aqueles que, deixando esta vida na graça de Deus, não
estão inteiramente livres de erros veniais, ou não pagaram completamente a
satisfação devida pelas suas transgressões”. Para resumir, na teologia
católica, o purgatório é um lugar para onde uma alma cristã vai depois da
morte, a fim de ser purificada dos pecados que não foram completamente pagos
durante a vida. Esta doutrina do purgatório está de acordo com a Bíblia? Absolutamente
não!
Jesus morreu para pagar por todos os nossos
pecados (Romanos 5:8). Isaías 53:5 declara: “Mas Ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas
iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas suas pisaduras
fomos sarados”. Jesus sofreu pelos nossos pecados para que nós fossemos
livrados do sofrimento. Dizer que nós também devemos sofrer pelos nossos
pecados é dizer que o sofrimento de Jesus foi insuficiente. Dizer que nós
devemos pagar pelos nossos pecados nos purificando no purgatório é negar a
suficiência do pagamento feito pelo sacrifício de Jesus (I João 2:2). A idéia
de que nós temos que sofrer pelos nossos pecados após a morte é contrário a
tudo o que a Bíblia diz sobre a salvação.
A principal passagem das Escrituras que os
católicos apontam como evidência do purgatório é I Coríntios 3:15, que diz: “Se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele
dano; mas esse mesmo será salvo, todavia, como que através do fogo”. Esta passagem
usa uma ilustração das coisas passando pelo fogo como uma descrição das obras
dos crentes sendo julgadas. Se as nossas obras forem de boa qualidade, “ouro,
prata, pedras preciosas”, elas irão passar ilesas através do fogo, e nós
seremos recompensados por elas. Se as nossas obras forem de má qualidade,
“madeira, feno, palha”, elas serão consumidas pelo fogo, e não haverá
recompensa. A passagem não diz que os crentes passam pelo fogo, mas que as suas
obras passam. I Coríntios 3:15 se refere ao crente sendo “salvo, todavia, como
que através do fogo”, não “sendo purificado pelo fogo”.
O purgatório, como tantos outros dogmas
católicos, é baseado na má compreensão da natureza do sacrifício de Cristo. Os
católicos vêem a Missa/Eucaristia como uma reapresentação do sacrifício de
Cristo porque eles falham em entender que o sacrifício de Jesus, de uma vez por
todas, foi absolutamente e perfeitamente suficiente (Hebreus 7:27). Os
católicos vêem obras merecedoras de mérito como uma contribuição para a
salvação devido a uma falha em reconhecer que o pagamento feito pelo sacrifício
de Jesus não necessita de “contribuições” adicionais (Efésios 2:8-9). Da mesma
forma, o purgatório é entendido pelos católicos como um lugar de purificação em
preparação para o Céu porque eles não reconhecem que, por causa do sacrifício
de Jesus, nós já somos purificados, declarados justos, perdoados, redimidos,
reconciliados e santificados.
A própria idéia do purgatório, e as doutrinas que
frequentemente estão associadas a ela (orações
pelos mortos, indulgências, obras a favor dos mortos, etc.); falha em
reconhecer que a morte de Jesus foi suficiente para pagar a pena de TODOS os
nossos pecados. Jesus, que é Deus encarnado (João 1:1,14), pagou um preço
infinito pelo nosso pecado. Jesus morreu pelos nossos pecados (I Coríntios
15:3). Jesus é o pagamento pelos nossos pecados (I João 2:2). Limitar o
sacrifício de Jesus como um pagamento pelo pecado original, ou pelos pecados
cometidos antes da salvação, é um ataque à Pessoa e à Obra de Jesus Cristo. Se
nós devemos em qualquer sentido pagar ou sofrer por causa dos nossos pecados,
isso indica que a morte de Jesus não foi perfeita, completa, e um sacrifício
suficiente.
Para os crentes, o estado pós-morte é estar
“ausente do corpo e habitando com o Senhor” (II Coríntios 5:6-8; Filipenses
1:23). Note que não diz “ausente do corpo, no purgatório com fogo purificador”.
Não, por causa da perfeição, completude e suficiência do sacrifício de Jesus,
nós estamos imediatamente na presença do Senhor após a morte, completamente
purificados, livres do pecado, glorificados, perfeitos e finalmente
santificados.
www.gotquestions.org
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