quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

EBD: A crise de fidelidade na Igreja



Texto Áureo
Assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor.
Efésios 1:4

Verdade Aplicada
A crise de fidelidade tem afetado vários setores da Igreja, ocasionando a perda da unidade, dificuldades na adoração e a perda de sua identidade ética e missionária.

Textos de Referência
Efésios 4.20, 21, 25, 32

Mas não foi assim que aprendestes a Cristo, se é que, de fato, o tendes ouvido e nele fostes instruídos, segundo é a verdade em Jesus.
Por isso, deixando a mentira, fale cada um à verdade com o seu próximo, porque somos membros uns dos outros.
Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo vos perdoou.


Cartas Vivas

A palavra grega “ekklesia”, que na língua portuguesa se traduz por “IGREJA”, etimologicamente significa “alguém que é chamado para fora”. Ela é formada de uma preposição - “ek” (fora) - e de um verbo - “kaleo” (chamar), logo, é transliterada por “chamar para fora”, mas também pode ser entendida como “assembléia”.  Ekklesia, no sentido prático, designava uma convocação de homens para a guerra. Jesus escolheu este termo para identificar a organização que estava implantando na Terra antes de sua ascensão aos céus, usando-a pela primeira vez em sua conversa com Pedro registrada no texto de Mateus 16:18. Neste contexto teológico, “Ekklesia ou Igreja” trata-se de um grupo específico que ao receber o chamado do Evangelho de Cristo (chamado este que é universal), abandonam suas velhas práticas, renunciam a si mesmos, tomam a cruz sobre os ombros e passam a seguir Cristo, tendo seu modo de agir, pensar e viver, lapidados de acordo com os ensinamentos de Jesus. São pessoas que embora vivam no mundo, do mundo não são mais; pois vivem a vida baseados na fé do Cristo encarnado. Viviam num círculo vicioso de pecados e longe da vontade divina, mas foram “chamados para fora” e agora fazem parte do Reino de Deus.

Já nos primeiros dias da Igreja como “instituição”, alguns parâmetros foram estabelecidos sobre como deveria ser sua postura em relação ao próprio Cristo e aos homens. Primeiramente, eles foram obedientes a ordenança de Jesus para ficaram em Jerusalém até serem revestidos de poder. Este fato se sucedeu cerca de dez dias após a ascensão do Messias, quando o Espírito Santo foi derramado sobre os 120 remanescentes que perseveravam em oração. Lucas nos dá detalhes deste importante evento em Atos 2:1-4, e ainda revela que através de um único sermão, quase três mil almas se converteram naquele dia (Atos 2:41). O crescimento da Igreja era assombroso, mas a essência do cristianismo se mantinha inalterada. Antigos e novos cristãos viviam em perfeita e ampla união, praticando com perseverança os ensinamentos apostólicos. Havia na alma de cada crente grande senso de temor e respeito. A comunhão era cultivada de uma forma onde todos pudessem assentar fraternalmente  numa única mesma mesa e realizar a mesma oração. Os apóstolos pregavam com grande autoridade e poder sobre o “Cristo Ressuscitado”, realizando muitos prodígios e sinais no nome de Jesus. Entre eles não havia gente necessitada, pois os que possuíam mais, vendiam suas propriedades e bens, depositando os valores aos pés dos apóstolos, para que fosse distribuído entre os que mais precisavam.  Este com certeza é “o” modelo a ser seguido pelas igrejas de qualquer época e em qualquer lugar, mas que infelizmente, o tempo aliado ao egoísmo humano, tem conseguido corromper.

O grande desejo de Cristo para sua Igreja, é que ela seja um diferencial neste mundo que jaz no maligno, um farol para guiar os perdidos rumo a um porto seguro, uma luz intensa e incessante em meio as trevas. Somos uma carta viva (e aberta), escrita pelo próprio Deus e enviada aos homens para testificar sobre Jesus, assim como agiam os primeiros cristãos, cuja atividade, foi brilhantemente resumida por Lucas: Todos os dias continuavam a reunir-se no pátio do templo.  Partiam o pão em suas casas, e juntos participavam das refeições, com alegria e sinceridade de coração, louvando a Deus e tendo a simpatia de todo o povo. E o Senhor lhes acrescentava todos os dias os que iam sendo salvos (Atos 2:46-47).

Ultimamente, a Igreja vive dias difíceis, pois estamos passando por um momento dramático e angustiante. Alguns acontecimentos se abateram sobre o Corpo de Cristo e alteraram seu conceito diante da sociedade. Sua visão ficou ofuscada, sua missão comprometida, sua unidade abalada e sua comunhão fragmentada. É bem certo que enfrentamos crises em várias dimensões, porém, a área mais atingida é a da fidelidade.  Atualmente, percebe-se que a Igreja enfrenta crise em várias áreas e os princípios mais prejudicados são: a unidade, a comunhão e a ética.


Crise de Fidelidade

De acordo com a mente de Cristo e Seus ensinos deixados nos evangelhos, a unidade deve ser um fator de identificação da Igreja (João 13:34-35; 15.12). Entretanto, é exatamente a falta de unidade que mais ocorre nesses dias. Isso indica que estamos em crise, pois somos um povo dividido. A igreja de Corinto representa tipicamente o comportamento de uma igreja sem unidade (I Coríntios 1:10). Eles tinham problemas no culto, nas relações entre os irmãos, nas relações familiares e a igreja ainda tinha aqueles que se dividiam em grupos ou partidos (I Coríntios 1:11-13). Em Filipenses 2.1-5, Paulo escreve sobre a importância vital da unidade cristã. Ele afirma que a unidade espiritual da Igreja é produzida por Deus. Para a igreja em Éfeso, ele confirma que a unidade é construída sobre o fundamento da verdade (Efésios 4:1-6). Essa unidade não é externa, mas interna. Não se trata de unidade denominacional, mas espiritual, pois fazemos parte da família de deus e estamos ligados ao Corpo de Cristo (I Coríntios 12:27). Ainda exortando os irmãos filipenses, o apóstolo aponta que, para vencer a crise da unidade, devemos nos afastar do partidarismo e da vanglória.

A palavra grega “Koinonia” significa comunhão. A ideia básica inserida aqui é compartilhar. As escrituras sempre enfatizam a necessidade da Igreja ser um espaço de vivência comunitária, fraterna e amiga. Essa prática foi entendida pelos primeiros cristãos como de importância tal que faz parte do indispensável Credo apostólico luterano – “Creio na comunhão dos santos”. Essa comunhão envolve o no Corpo de Cristo os salvos de todos os lugares e de todas as épocas. O sentido básico de “Koinonia” é compartilhar alegrias e tristezas (Romanos 12:15). Associada a essa noção está a ideia de responsabilidade, isto é, membros do Corpo de Cristo que têm compromisso uns para com os outros viverão a comunhão dos santos. É comum vermos as igrejas serem marcadas por divisões tolas, quase sempre por motivos fúteis. Muitas sofrem prejuízos de todos os tipos quando os membros não vivem em harmonia e união. Precisamos viver intensamente a comunhão, pois ela também faz parte da razão de ser da Igreja no mundo.

Provavelmente é no campo da ética em que vivemos nossa maior crise. Muitos líderes e crentes em geral estão se esquecendo que a Igreja é sal da terra e luz do mundo e estão se deixando levar pelo espírito de corrupção que domina este mundo (Mateus 5:13-16). Líderes que se corrompem, compram e não pagam, envolvem-se em negócios escusos com políticos desonestos e negociam, inclusive, o próprio rebanho. Seguramente, deriva-se dessas ações a nossa recente falta de credibilidade. Oque antes era referência de confiança, hoje é visto com outros olhos. O mundo passou a ver a Igreja como um lugar de exploradores por causa de uns poucos que nos envergonham. No entanto, a Igreja de Cristo, salva e remida, é formada de homens honestos. Será que Deus está satisfeito com crentes mentirosos e desonestos? Que compram diplomas e títulos? Com servos que se aproveitam de políticos desonestos para tirarem vantagens pessoais? Com líderes que contribuem para que a Igreja do Senhor vá para a justiça e até para a imprensa por negócios escusos? Com pessoas que negociam até os votos da Igreja em campanha eleitorais? Estará o dono da obra, o Senhor da seara, satisfeito conosco?


A tríplice missão da Igreja

A ordenança de Jesus para os seus discípulos foi para que eles pregassem o Evangelho a toda criatura, em todos os cantos da terra. Assim, a Igreja foi gerada com um DNA evangelístico e missionário. Porém, antes de sair ao mundo para evangelizar, a IGREJA precisa primeiramente adorar. Não simplesmente cantar canções bonitas no domingo, de olhos fechados e mãos levantadas, mas adorar em espírito e verdade, dia e noite, noite e dia. Adoração não é status ou mero devocional, é estilo de vida. Questão de escolha. Ser adorador é viver por Deus, em Deus e para Deus. É entregar a ele o que temos o que somos e o que queremos e desta forma viver a sua vontade. É sonhar seus sonhos e querer seu querer. Dedicar ao Senhor nossos dias, nossos atos e nossa vida, vivendo de forma que cada segundo, cada gesto de nossas mãos, cada pensamento e palavra que se pense ou diga, seja para honra e Glória do Pai. Este é o dever primário da Igreja, adorar ao Senhor com toda a força de sua existência.

Mas a igreja adoradora ainda não está completamente apta para impactar e ganhar o mundo. Pois antes de “encarar” o desafio da evangelização, ela precisa se “EDIFICAR”. E é aí que a ação do Espírito Santo se torna vital dentro da comunidade eclesiástica. Por atuar em uma esfera completamente espiritual, a ação prática do Espírito Santo na congregação depende exclusivamente das “ferramentas” disponibilizadas a ele no mundo físico, ou seja, os crentes dispostos a isto.

A Edificação é um tema recorrente no Novo Testamento e pode ser entendida como um processo constante pelo qual Deus mantém ativa e produtiva sua igreja na Terra (I Corintos 3:9, II Coríntios 10:15, Efésios 2,21, 3:17, 4:12-16 e Colossenses 2:7). Evidentemente, cabe a nós (humanos) cuidarmos dos aspectos práticos e materiais da obra, tais como templos, equipamentos, suprimentos em geral, sendo que todos estes elementos são viabilizados através dos dízimos, ofertas e com uma gestão eficiente. Mas a Igreja também tem necessidades espirituais e precisa ser gerida por um ser espiritual (O Espírito Santo). Essa “capacitação sobrenatural” é a forma que Deus trabalha em sua igreja buscando o fortalecimento e o aperfeiçoamento de todos os que estão em Cristo. O cristão precisa ter a consciência de que é proveniente do pó da terra. Assim sendo, somos vasos de barro na mão do oleiro e é necessário que estes vasos estejam desembocados para que o Espírito Santo os encha com o óleo precioso da unção. O apóstolo Paulo nos advertiu em II Coríntios 4:7 que a excelência do poder que há em nós vem e é de Deus, e ele deposita seus tesouros dentro de vasos comuns. Uma vez que o crente entende que ser cheio do Espírito é uma dádiva concedida e não um mérito conquistado, ele estará apto a exercer com dignidade as atribuições que o Espírito lhe conceder.

A fim de capacitar a IGREJA para a grande obra à ela destinada, o Espírito “presenteia” indivíduos com “poderes” sobrenaturais e os capacita a realizar “obras” além da capacidade ou compreensão humana. Esse poder concedido não visa engrandecimento de pessoas, mas sim o crescimento e fortalecimento da comunidade, edificando o Corpo de Cristo. A essa capacitação que os “membros” da Igreja recebem, chamamos numa forma geral, de “DONS ESPIRITUAIS”. Através de seu Espírito, Deus distribuiu entre seus servos esses “equipamentos espirituais” que otimizam o trabalho do Espírito Santo entre nós para potencializar na Igreja o cumprimento do “IDE” de Jesus (Marcos 16:15).


A crise de fidelidade na missão da Igreja

A missão da Igreja é tríplice: ela deve ministrar a Deus, aos seus membros e ao mundo. Compreendemos então sua missão para com Deus, sua missão para consigo mesma e sua missão para com o mundo. A adoração é essencialmente a missão da Igreja com Deus. Em Colossenses 3.16, Paulo encoraja a Igreja a cantar “salmos, hinos e cânticos espirituais, louvando a Deus com gratidão no coração”. A adoração na Igreja não é meramente um preparo para outra coisa; ela é em si mesma o cumprimento de um dos grandes propósitos da Igreja, cujos membros foram criados para o louvor e glória de Deus (Efésios 1:20). O ministério da Igreja a seus membros é realizado por meio do fortalecimento espiritual e da edificação destes para que ela possa apresentar “todo homem perfeito em Cristo” (Colossenses 1:28). Em Efésios 4:12-13, os líderes com dons na igreja foram dados para o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério e para edificação do Corpo de Cristo até que cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus; ao estado de homem perfeito, à medida da estatura da plenitude de Cristo.

A missão da Igreja para com o mundo é realizada pela pregação do Evangelho a todas as pessoas no mundo, seja por meio de palavras, seja por meio de atitudes. Em Mateus 28.19, Jesus ordena aos Seus seguidores que façam discípulos de todas as nações. Para vencer a crise de fidelidade a essa missão, a Igreja deve envolver não somente no evangelismo, mas também em assistência aos pobres e oprimidos (Gálatas 2:10; Tiago 1:27), e, consequentemente, todos os membros devem fazer o bem a todos.


Características de uma Igreja fiel

A Igreja que supera as crises de unidade, comunhão e ética, e tudo aquilo que compromete sua missão, certamente possui características de uma Igreja fiel, que vence as influências mundanas. Um exemplo marcante de Igreja frutífera são os cristãos tessalonicenses (I Tessalonicenses 1:5-8). Eles levaram a grande comissão de Cristo a sério (Mateus 28:18-20). Serviram de exemplo para outros cristãos, pois difundiam o Evangelho por onde quer que fossem (I Tessalonicenses 1.7-8). Levaram o Evangelho para toda a cidade, e, muito além de suas fronteiras físicas, para a região da Macedônia até a região da Acaia. Certamente esses cristãos discipulavam outros crentes e evangelizavam os incrédulos. Sem dúvida, outras igrejas foram fundadas graças à propagação do Evangelho que brotou daqueles irmãos. A Igreja é um enorme celeiro e um grande depositário de vocações, talentos, recursos e potenciais. Neste sentido, seu papel deve ser o de orientar os membros para o serviço à sociedade. Refletindo o nosso chamado para sermos sal e luz. Temos de avançar na questão da solidariedade através da conscientização. Como no sentido original da palavra “igreja” (que vem do grego “ekklesia” e significa “assembleia de santos”), precisamos recuperar a nossa vocação histórica de agentes de transformação e esperança.

O testemunho social da Igreja deve invadir as feiras e praças da cidade, o ambiente de trabalho, a escola, a universidade, entre outros. A fé cristã não cabe entre quatro paredes. Quando seguimos a Cristo devemos contextualizar a verdade, refletindo a imagem de Deus no serviço, na proclamação, na compaixão e no amor (João 13:15; I Pedro 2:21). Segundo o escritor cristão Richard Mayhue, salvo a igreja de Jerusalém, nenhuma outra igreja esteve tão intimamente ligada à expansão missionária quanto a de Antioquia (Atos 13:1-4). Ele aponta alguns princípios básicos e eternos que contribuíram para o sucesso da referida igreja. Primeiramente, a partida de Paulo e Barnabé foi motivada e direcionada pelo espírito Santo (Atos 13:2), isto é, estava de acordo com o chamado e vontade de Deus, e não de homens. Em segundo lugar, a igreja confiou os dois obreiros a Deus e os encarregou de promover a expansão do Evangelho, ou seja, foram enviados pelo Espírito Santo e pela igreja local. Entendemos aqui que Paulo e Barnabé estavam debaixo de cobertura espiritual (Atos 13:3). Outro ponto a ser observado é que a igreja cedeu de boa vontade seus melhores homens, Paulo e Barnabé, em obediência à orientação do Senhor (Atos 13:4). Ela não foi mesquinha nem individualista em reter ou limitar a obra de Deus na vida dos seus servos e permitiu que o processo no campo missionário tivesse continuidade. Ela não tentou, de forma egoísta, segurá-los para si. Sendo assim, é preciso que a igreja atual reflita e repense sua recente prática missionária. O nosso Mestre já direcionou o caminho a ser trilhado e não podemos pensar em missões de forma diferente. Missões, que inclui o evangelismo local e às nações (Atos 1:8), não é o título, nem cargo. É trabalho sério. Desse modo, sempre debaixo da orientação do Espírito Santo, urge para pregarmos a Palavra a todo o mundo (Marcos 16:15), a tempo e fora de tempo (II Timóteo 4:2).

Temos que conhecer quem é Jesus. Você tem que conhece-Lo e permitir que Ele perdoe seu pecado e que derrame amor de deus em seu coração. Então você poderá perguntar a Ele: “Senhor. O que quer que eu faça?”. Não pense que Cristo imporá uma lista enorme de coisas que não pode fazer. Quando se caminha com Cristo, você pode fazer o que quiser, pois Cristo fará você querer a vontade de Deus. E hoje a vontade de Deus para a Igreja é que estendamos nossa mão para o próximo. A Bíblia nos ensina que temos de nos tornar pessoas que se importam com os outros. Nossa prioridade é para com os membros do Corpo de Cristo, particularmente com a Igreja Perseguida. Quando nos dirigimos a eles, nós os encontramos abertos para receber o amor de Deus, a única resposta à perseguição. A batalha não será ganha com tanques ou com armas no campo de batalha. A batalha real será travada por aqueles que estão cheios do Espírito Santo de Deus. Pessoas que se disponham a ir e proclamar Jesus Cristo. Que levem a Palavra de Deus (Irmão André, fundador das Portas Abertas).


Um caminho mais excelente

A obra de Deus exige muito mais comprometimento do que geralmente empregamos. Até fazemos nossa parte com zelo e rigor, mas o Evangelho exige bem mais que isso, pois faz-se necessário entrega e paixão, virtudes que só são possíveis quando a chama do primeiro amor continua acessa ininterruptamente.  

Muitos consideram I Coríntios 12 como sendo um texto sobre “dons espirituais” concedidos a Igreja e I Coríntios 13 como um texto sobre o “amor”. Porem, quando removermos as divisões numéricas, veremos que na verdade, ambos são um único texto visceral e contínuo; que aprofunda e amplia um único assunto:  

Ora, vós sois o corpo de Cristo, e seus membros em particular. E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro doutores, depois milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas. Porventura são todos apóstolos? São todos profetas? são todos doutores? São todos operadores de milagres? Têm todos o dom de curar? Falam todos diversas línguas? Interpretam todos? Portanto, procurai com zelo os melhores dons; e eu vos mostrarei um caminho mais excelente. Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria (I Coríntios 12:27-31; 13:1-3).

O aconselhamento do apóstolo para que a Igreja busque incansavelmente o revestimento espiritual é conciso e fundamental; mas não para por aí. Paulo passa a discorrer sobre um “caminho mais excelente”, uma base sólida onde todo ministério eclesiástico deve ser fundamentado: AMOR.  Nele se resume a fé cristã, todo o mandamento divino e a vida cotidiana do cristão. Em sua essência, aliás, podemos considerar que o amor é o maior de todos os presentes dados por Deus ao ser humano, seja no privilégio de ser amado ou na capacidade de amar.   É necessário entender que o amor cristão exercido diariamente não deve ser dado a nós por Deus, mas sim desenvolvido por nós para Deus. Primeiramente porque Deus já nos amou e por amor Jesus Cristo deu sua vida por nós e agora, imersos neste amor, precisamos desenvolver um amor genuíno por aqueles que nos cercam e para com o nosso próprio Senhor. O amor é a base da nossa pregação, é o lema de nossa cruzada celeste, a motivação de nosso serviço e a coluna cervical dos frutos espirituais. O sustentáculo da fidelidade Um caminho muito mais excelente!

Para vencermos a crise de fidelidade instaurada na Igreja, precisamos repensar nossa espiritualidade, nossa ética e nossa unidade. Devemos redescobrir a vontade de Deus através de Sua Palavra e sermos uma Igreja verdadeira, capaz de superar todos os seus desafios e vencer seus dilemas contemporâneos. 

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Para conhecer os princípios e passos para uma jornada cristã íntegra e frutífera através da FIDELIDADE, venha participar neste domingo, (01/02/2015),  da Escola Bíblica Dominical.

Material Base:
Revista Jovens e Adultos nº 94  - Editora Betel
Fidelidade - Lição 5  
Comentarista: Pr. Reginaldo Cruz Ferreira

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Pb. Miquéias Daniel Gomes 



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