terça-feira, 29 de abril de 2014

Testemunho: A Segunda Casa (Ev. Jeferson Parisío)




Conheci o Evangelho aos meus doze anos de idade, mas confesso que fui para a igreja interessado apenas em um “rabo de saia”. Mesmo assim, em um mês eu passei pelas águas batismais, com três meses já era um cooperador e em pouquíssimo tempo passei a ser um obreiro da congregação. Fiquei noivo de uma moça e depois de três anos de relacionamento, com a casa já alugada e os móveis comprados, descobri que ela estava me traindo. Foi uma grande decepção para mim, que acabei saindo da igreja.

Conheci o mundo da criminalidade e passei a vender drogas. Em apenas quatro meses no tráfico eu já era o terceiro maior traficante da cidade de Mogi Guaçu; e nessa mesma época iniciei um novo namoro. No meu primeiro ano como traficante, eu já tinha casa, carro e muito dinheiro, e como é regra no mundo do crime, embora traficasse, eu jamais fiz uso de drogas, embora tivesse outros vícios como bebidas e mulheres. Tudo parecia estar indo muito bem, mas na verdade eu estava me afundando cada vez mais na lama. Deus então usou um de seus servos para me dar um recado de que eu seria preso em três dias.

Não dei a menor bola para o profeta e continuei a vender entorpecentes. Quando este prazo estava para terminar, resolvi visitar a Igreja Nova Vida, e mais uma vez Deus me manda um recado, desta vez através do Pr. Zezinho, dizendo que aquele era o meu último dia. Eu ri no rosto do pastor, e isto me custou muito caro.

No dia seguinte, eu estava em uma chácara de Mogi Mirim, quando por volta do meio dia a polícia invadiu o local e me pegou com 25 KG de drogas ilícitas. Para suborna-los foi pedido oitenta mil reais; metade no ato e o restante duas horas depois, o que na prática não aconteceu.  De toda aquela quantia de entorpecentes, eu fiquei com apenas 25 gramas, e o restante foi vendido pelos próprios policiais a outro traficante. Fui preso, perdi tudo que tinha e só me restou tentar diminuir a pena me passando por “usuário”.

Fiquei seis meses na comarca de Mogi Guaçu e depois fui transferido para Hortolândia, onde vivenciei em 2005 a “Mega Rebelião”. Ninguém entrava e ninguém saía do presídio, e exatamente por isso, passei cinco dias me alimentando de “papel higiênico”, “pasta de dente” e “água”. Naquele lugar fiz um propósito com Deus de servi-lo caso ele me tirasse dali. Deus cumpriu a sua parte e eu fui transferido para o CR de Mogi Mirim.

Lá passei a integrar a facção criminosa PCC, e já no dia seguinte, meus “amigos” foram me resgatar na cadeia, mas resolvi ficar. O próprio traficante que iria me resgatar, disse que se eu não fosse para igreja, acabaria encontrando meu próprio fim. Reatei o meu antigo relacionamento, mas descobri que enquanto eu estava preso, ela me traía também. Desta vez reagi de forma violenta, batendo nela dentro da própria prisão, mas no fim das contas mantive o namoro.

Quando sai da cadeia, não avisei ninguém e fui direto pra casa; e chegando lá encontrei minha namorada com outro homem em frente da casa. Peguei um revolver PT380 e dei dezessete tiros na direção deles, mas com a graça de Deus não acertei nenhum.

Terminei definitivamente o relacionamento e decidi voltar de vez para a igreja. Ali conheci outra mulher, e pensava eu que Deus, estava no negócio, mas passado um ano, descobri que ela tinha um caso com o baterista da igreja, e mais uma vez reagi violentamente batendo em ambos e até na mãe da moça que entrou no meio da confusão.

Mas Deus sempre faz a coisa certa. Ele me prometeu (e me deu) uma casa montada (mesmo eu não tendo condições para isso) e uma esposa muito abençoada, que é levita do Senhor. Hoje sou um Evangelista e tenho uma família linda, para a glória de nosso Senhor.

Deus me amou em todos os momentos e nunca me deixou. Destruiu aquela primeira casa, para que uma segunda fosse construída, onde sua Glória pudesse descer e ele habitar para sempre... Deus é fiel.

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