sexta-feira, 28 de agosto de 2015

A Portas Fechadas


No famoso “Sermão da Montanha” Jesus instruiu os seus seguidores sobre a importância da oração feita a portas fechadas: 

Tu, porém, quando orares, vai para teu quarto e, após ter fechado a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará plenamente (Mateus 6:6 – King James).

É obvio que neste texto, Jesus não estava restringindo nosso período devocional de oração a um cômodo especifico de nossa casa, mas sim ressaltando a “postura” com a qual devemos nos portar no momento de nossas preces.  Quando estamos sozinhos, com as portas fechadas e sem ninguém para julgar nossas ações, relevamos nossa verdadeira identidade.

É ali que tiramos nossa máscara, desmontamos o figurino social, rompemos a casca que nos protege dos olhares alheios e podemos finalmente descortinar nosso coração e revelar os sentimentos ocultos e escusos que trancafiamos no porão de nossa alma.

No oculto não há segredos, e é exatamente assim que devemos nos apresentar diante de Deus com a cara limpa e desarmados de qualquer hipocrisia.  Deus conhece nosso íntimo, e deseja que ele seja exteriorizado em nossa face, e o melhor lugar para que isto aconteça é nos recôncavos da solidão.

Fechar a porta, mais do que uma ação em busca de sigilo e privacidade, é a atitude de ignorar o mundo, remover as artificialidades que sustentamos e revelar-se a Deus sem reservas. Este é o cenário propício para Deus nos moldar segundo sua própria imagem.




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