segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Por que Deus permitiu que a Arca da Aliança fosse roubada?

Quando era autorizada por Deus, a simples presença da Arca da Aliança em no campo de batalha, fazia com que os adversários temessem grandemente o exército israelita. 

Porém, com o passar dos anos, Israel transformou a Arca da Aliança num verdadeiro “amuleto”, levado à revelia para campos de batalha, afim de assegurar vitórias milagrosas sobre seus inimigos. Este ritual adentrou os anos, chegando aos dias do jovem profeta Samuel. Neste período, Eli, e seus filhos Hofni e Finéias exerciam um sacerdócio displicente e corrompido, provocando a ira do Senhor. Naqueles dias, Israel subiu a peleja contra os filisteus, sem ao menos consultar os profetas para conhecer a vontade de Deus. Próximo a Ebenezer, o exército de Israel foi surpreendido por um ataque filisteu, que culminou na morte de quatro mil israelitas. Imediatamente, os anciões concluíram que a grandiosa derrota era em decorrência da ausência da Arca no campo de batalha. Os filhos de Eli se encarregaram de ir até Siló, e mesmo com a objeção de Eli, e sem a autorização do Senhor, conduziram a Arca ao campo de batalha. 
 
A chegada da Arca trouxe louvor ao arraial dos israelitas e tremor aos filisteus, que chegaram ao consenso que a única forma de ter uma chance contra o “Deus de Israel” era realizando um ataque imediato enquanto Israel ainda festejava a chegada da Arca. A estratégia deu muito certo e em poucas horas, cerca de trinta mil israelitas foram mortos, incluindo Hofni e Finéias. Os sobreviventes fugiram em desespero e para piorar a situação, a Arca da Aliança foi tomada pelo inimigo. Um benjamita com “vestidos rotos e com terra sobre a cabeça” foi o encarregado de trazer as más notícias até Siló. O velho Eli, já cego e cansado, estava recostado em sua cadeira, e ao tomar conhecimento da morte de seus filhos e do roubo da Arca, se desequilibrou, caiu da cadeira, fraturou o pescoço e morreu. Naquele instante de angústia, uma de suas noras (esposa de Finéias) entrou em trabalho de parto e colocou na criança o nome de ICABODE, que significa “Inglório”, e declarou com voz moribunda: Foi- se a Glória de Israel. Deus permitiu que a ARCA DA ALIANÇA fosse levada para ensinar o seu povo que a falta de obediência afasta ao Senhor Deus, e sem sua presença, não existe qualquer elemento terreno que possa substitui-lo.

Os filisteus, orgulhosos por sua vitória, levaram seu espólio mais preciso para a cidade de Asdode, e colocaram a Arca da Aliança no templo de seu deus Dagon, um híbrido de homem e peixe. Pela manhã, a imagem de Dagon estava caída defronte a Arca da Aliança. O misterioso evento voltou a acontecer no dia seguinte, mais desta vez, a imagem do deus fenício estava aos pedaços. Assustados, os filisteus retiraram a Arca do templo e a colocaram em um edifício adjacente, porém os moradores de Asdode foram atingidos com enfermidades muito aflitivas, mais precisamente, terríveis hemorroidas.  A Arca então foi enviada para Gade, porém a praga também se alastrou por aquela cidade, e a Arca é imediatamente mandada para Ecrom, onde uma infestação de ratos arrasa toda a terra.
 
Durante sete meses, a Arca percorre a Filistía, cujos moradores estão em polvorosa para se livrar dela, porém, não existe registros de qualquer mobilização israelita para recuperá-la. Os sacerdotes pagãos elaboram um plano engenhoso para dar a correta destinação a Arca de Israel. Ela é colocada em um carro novo, que por sua vez é atrelado a duas vacas, que não deveriam ser guiadas, mas sim escolher o próprio destino. Os animais tomam o caminho de Bete-Semes, e ali, a Arca é recebida com muita alegria pela família de um homem chamado Josué. Esta ação fez com que a praga cessasse sobre os filisteus e colocou os bete-semitas em estado de total empolgação com a presença de objeto tão imponente. Porém, no afã de ver o que havia dentro da Arca, os moradores daquela cidade removeram a tampa e olharam para o interior da caixa, atitude esta que causou a morte de muitos habitantes da região. Assustados, os sobreviventes enviaram uma mensagem à Quiriate-Jearim, oferecendo para eles a oportunidade de hospedar a Arca. Foi um levita chamado Abinadabe que recebeu a Arca em sua nova morada, e escolheu seu filho Eleazar como o guardião da mesma.  Ali, a Arca ficou guardada por muitos anos.

5 comentários:

  1. Boa noite...

    Gostaria de saber, se no tempo em que a Arca da Aliança, ficou fora de Israel, do tempo de Samuel, Saul e Davi. No qual Davi resolveu recuperar a arca, que estava na casa de ABINADABE, ficou cerca de 70 a 60 anos. Nesse tempo, não não haviam mais os Holocaustos anuais? Do Sumo Sacerdote? Tendo em vista, a Arca não esta lá nesse periodo descrito?


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    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    2. De 60 a 70 anos? A Arca da Aliança ficou fora dos termos de Israel apenas 7 meses e foi levada para Bete-semes e depois para Quiriate-Jearim já nas terras de Israel, onde ficou 20 anos. Mas particularmente eu acredito que o povo nunca deixou de prestar os seus sacrifícios e holocaustos à Deus durante a ausência da Arca da Aliança, uma vez que ainda existia um servo de Deus em Israel e o povo o respeitava. Porém Samuel requereu do povo que fossem congregar em Mispa, mesmo que a Arca estivesse em Quiriate-Jearim. Leia 1Samuel Capítulos 6 e 7.

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    3. A arca ficou 20 anos na casa de abinadnade.

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  2. A PAZ A TODOS. ESTOU PROCURANDO E AINDA NÃO ENCONTREI A RESPOSTA..

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