A matéria prima
necessária para que Deus realize um milagre é o “NADA”. No texto original de
Gênesis 1:1, o vocábulo usado para descrever a criação é “Bârâ”, que significa
“criar do nada”. Basta apenas um pensamento do Criador para trazer à existência
aquilo que jamais antes existiu, mas este método criativo não é utilizado por
Deus quando se trata de sua mais preciosa criação: o homem.
Deus literalmente
colocou a mão na massa na concepção do corpo humano, moldando no barro suas
formas e feições. Depois, soprou em suas narinas o fôlego de vida, e o homem se
tornou alma vivente. Desde então, o ser humano tem participado ativamente no
agir sobrenatural de Deus, tomando parte em seus milagres.
O Todo Poderoso trabalha
na esfera do impossível, mas deixa os detalhes possíveis a cargo de seus
servos, afim de que eles cooperem, entendam e valorizem a intervenção divina na
história. Foi Deus quem enviou o dilúvio, mas coube a Noé construir a arca.
Deus abriu o Mar Vermelho, mas a chave usada foi o cajado de Moisés. Deus
enviou fogo do céu, mas foi a oração de Elias que disparou o gatilho divino.
Deus multiplicou o azeite da botija, mas coube a pobre viúva tomar vasos
emprestados e deitar o azeite sobre eles. Mesmo que nossa ferramenta seja
insignificante e nossos subsídios estejam quase no fim, se os colocarmos nas
mãos do Senhor, então, do “quase nada” muito se pode fazer. Sansão tinha uma
queixada de jumento, mas ao colocá-la a disposição de Deus, ela se transformou
em uma das mais poderosas armas da história. Davi precisou de uma pedra lançada
com fé para derrubar um gigante armado até os dentes. Um menino que apresentou
ao Senhor cinco pães e dois peixinhos, além de contribuir para alimentar uma
multidão, retornou para sua casa com vários cestos abarrotados de comida.
Quando o profeta pediu
que uma viúva fornecesse a matéria prima do milagre, tudo o que ela tinha era
alguns mililitros de azeite. Mal sabia ela, que aquela pequena quantidade de
óleo, garantiria a sua aposentadoria. Com Deus, o pouco faz muito... E muito
mais!
Nenhum comentário:
Postar um comentário