Élita Pavan
Estudante de Fisioterapia
Atualmente estima-se
haver cerca de 35,5 milhões de pessoas com demência no mundo. Este número
praticamente irá dobrar a cada 20 anos, chegando a 65,7 milhões em 2030 e a
115,4 milhões em 2050 segundo dados fornecidos pelo Relatório de 2012 da
Organização Mundial da Saúde (OMS) realizado juntamente com a associação
Internacional de Doença de Alzheimer (ADI).
A Doença de Alzheimer
corresponde, atualmente, à forma mais comum de demência, sendo a grande causa
de comprometimento cognitivo e comportamental no envelhecimento. A causa da
doença é desconhecida.
A doença de Alzheimer
costuma evoluir de forma lenta e inexorável. A partir do diagnóstico, a
sobrevida média oscila entre 8 e 10 anos. O quadro clínico costuma ser dividido
em quatro estágios:
* Estágio 1 (forma
inicial): Na fase leve, podem ocorrer alterações como perda de memória recente,
dificuldade para encontrar palavras, desorientação no tempo e no espaço,
dificuldade para tomar decisões, perda de iniciativa e de motivação, sinais de
depressão, agressividade, diminuição do interesse por atividades e passatempos.
* Estágio 2 (forma
moderada): Na fase moderada, são comuns dificuldades mais evidentes com
atividades do dia a dia, com prejuízo de memória, com esquecimento de fatos
mais importantes, nomes de pessoas próximas, incapacidade de viver sozinho,
incapacidade de cozinhar e de cuidar da casa, de fazer compras, dependência
importante de outras pessoas, necessidade de ajuda com a higiene pessoal e
autocuidados, maior dificuldade para falar e se expressar com clareza,
alterações de comportamento (agressividade, irritabilidade, inquietação),
ideias sem sentido (desconfiança, ciúmes) e alucinações (ver pessoas, ouvir
vozes de pessoas que não estão presentes).
* Estágio 3 (forma
grave): Na fase grave, observa-se prejuízo gravíssimo da memória, com
incapacidade de registro de dados e muita dificuldade na recuperação de
informações antigas como reconhecimento de parentes, amigos, locais conhecidos,
dificuldade para alimentar-se associada a prejuízos na deglutição, dificuldade
de entender o que se passa a sua volta, dificuldade de orientar-se dentro de
casa. Pode haver incontinência urinária e fecal e intensificação de
comportamento inadequado. Há tendência de prejuízo motor, que interfere na
capacidade de locomoção, sendo necessário auxílio para caminhar.
Posteriormente, o paciente pode necessitar de cadeira de rodas ou ficar acamado
* Estágio 4 (terminal):
Restrição ao leito. Mutismo. Dor à deglutição. Infecções intercorrentes.
Tratamento
Até o momento, não
existe cura para a Doença de Alzheimer. Os avanços da medicina têm permitido
que os pacientes tenham uma sobrevida maior e uma qualidade de vida melhor,
mesmo na fase grave da doença.
As pesquisas têm
progredido na compreensão dos mecanismos que causam a doença e no
desenvolvimento das drogas para o tratamento. Os objetivos dos tratamentos são
aliviar os sintomas existentes, estabilizando-os ou, ao menos, permitindo que
boa parte dos pacientes tenha uma progressão mais lenta da doença, conseguindo
manter-se independentes nas atividades da vida diária por mais tempo. Os
tratamentos indicados podem ser divididos em farmacológico e não farmacológico.
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