quinta-feira, 29 de junho de 2017

EBD - A tarefa de testemunhar Cristo



Lição 01 A tarefa de testemunhar Cristo.
02 de julho de 2017

Texto Áureo
Atos 1.8
Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.

Verdade Aplicada
A Palavra de Deus jamais volta vazia. Evangelizar é testemunhar acerca de Cristo, anunciando o plano divino de salvação.


Textos de Referência
Marcos 16.15-19

E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.
Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.
E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão os demônios; falarão novas línguas;
Pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão.
Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu e assentou-se à direita de Deus.




O Desafio da Evangelização
Pb. Bene Wanderley

Início de trimestre, e minha expectativa já estava muito elevada. E ao abrir a minha revista para o primeiro ciclo de estudos, já de cara, fiquei animado e empolgado. O assunto é desafiador, e encorajador também. Em um mundo cheio de controvérsias em todos os seguimentos (em especial no meio cristão), o novo trimestre vem com força total para nos dar um ânimo novo. A grande comissão dada por Cristo Jesus para os seus discípulos, está registrada nos evangelhos com grande veemência, mesmo que os crentes hodiernos, tenham desenvolvido um descaso gritante com a obra de evangelização pelo mundo.

É necessário um forte mover no sentido de despertar os crentes dessa era para a tarefa de testemunhar sobre Cristo Jesus. Infelizmente, não temos visto por grande parte dos líderes religiosos, a ênfase no sentido de acordar o povo de Deus para o resgate de almas. Muitas igrejas têm ignorado o urgir da obra evangelizadora. As grandes organizações eclesiásticas de nossa confederação brasileira, estão mergulhados em uma profunda corrupção espiritual. Os casos berrantes envoltos em toda sorte de pecado, imoralidade, promiscuidade, iniquidade e perversão, seja teológica ou moral, tem devastado o amago da cristandade, e muitos locais de culto, se tornaram muitas​ dessas se tornaram covil de ladrões. Com isso, deixamos de pensar no próximo. Os valores investidos são cada vez mais altos, porém, as prioridades estão invertidas. Fato é, que precisamos nos levantar do comodismo e lançarmos as redes ao mar.

O meu desejo é que essa primeira lição seja um gancho espiritual em nossas vidas, e que nos venha arrancar deste buraco religioso que estamos, ancorados pelo ego. As últimas palavras de Jesus logo após sua ressurreição foi que receberíamos “poder do alto” para sermos suas fiéis testemunhas, “até aos confins dá terra" (Atos 1.8). A essência do evangelismo é o amor de Deus por todos os pecadores. E por isso, Ele nos deu uma ordem irrevogável: “Ide a todo mundo”.

O evangelismo tem sua particularidade que o diferencia de outras atividades cristãs. E o ponto culminante dessa preciosa tarefa é o prazer de salvar vidas; pois casa alma que habita nosso planeta, é alvo de Satanás, que as quer destruir. Este é o objeto primaz do inimigo, é destruir os homens, feitos a imagem e semelhança de Deus. Por esse motivo a tarefa de testemunhar do Amor de Jesus Cristo aos perdidos, é a obra mais importante entre as atividades eclesiásticas. Dentro dessa visão podemos ser chamados de “os salva–vidas”, “os resgatadores de almas”, “os combatentes do reino da luz”, “os vicários da verdade”, entre outros. Essa tarefa deve nos comover a ponto de nos causar êxtase. Testemunhar de Cristo Jesus é uma experiência sem par. Jesus em suas Santas Palavras nos deu a ordem de ir por todo mundo pregando o Evangelho do Reino. Então nossa tarefa é de grande alcance, abrange o mundo inteiro. Seguir os passos de Jesus, é ir além dos nossos limites, é transpor montanhas, mares, desertos, rios e vales, afim de buscar os perdidos para Cristo.

As pessoas precisam saber mais sobre Cristo, sobre sua vinda a este mundo, seu ministério terreno, seu grande amor pelos perdidos e de seu sacrifício em favor dos homens. Muitas pessoas perguntam: porque evangelizar? A resposta é simples. Porque é uma ordenança divina, vinda diretamente do próprio Deus, através de seu filho Jesus Cristo. Marcos 16.15 e Romanos 1.16 são textos claros sobre nossa tarefa.


A simplicidade do Evangelho

Noé é o mais peculiar dos pregadores, e seu ministério tramita no limiar do completo fracasso e do sucesso absoluto. Ele pregou em um período de desmoralização social e degradação espiritual tão intensas, que Deus decidiu destruir a humanidade. Entretanto, uma chance de arrependimento seria dada ao homem, e Noé foi escolhido como portador de uma mensagem de salvação. Durante 120 anos, enquanto trabalhava em sua famosa ARCA, ele anunciava para toda gente, a destruição eminente. E apontava sua construção como o único meio de sobrevivência. Numa análise superficial, poderíamos dizer que Noé foi o pior pregador da história. Seu “ministério” durou mais de um século, ele só disponha de um único sermão, e ninguém acreditou em sua pregação. Entretanto, quando Deus fechou a ARCA por fora, toda a FAMÍLIA de Noé estava dentro dela. Nenhum vizinho se salvou, nenhum compatriota creu, nenhum amigo lhe deu crédito. Mas, Noé salvou toda a sua família, e pela obediência de apenas oito pessoas, a humanidade não se extinguiu por completo (Gênesis 6, 7 e 8). Se almas são salvas através de um sermão, então, ele se prova eficaz.

Vivemos em um tempo de mensagens rebuscadas. O “mercado pregadologico” está abarrotado de pregadores, seminaristas e itinerantes. Com tamanha concorrência, faz-se necessária a busca por um diferencial. Com isso, nossos ouvidos são bombardeados com mensagens rebuscadas, exegéticas mirabolantes e apuradas técnicas de comunicação. O lado positivo de tudo isto, é que cada vez mais, os ministros estão se dedicando ao estudo teológico, buscando se aprimorar no texto sagrado e compreender com maior profundidade o contexto bíblico. Por outro lado, o evangelho moderno, deixou de lado a simplicidade, e com isso, seu impacto sobre as almas, tem se limitado cada vez mais aos templos. Pregamos para nós mesmos, e nós esquecemos das pessoas que precisam ouvir uma mensagem direta, simplificada, e que não gera “mistério” e um turbilhão de línguas estranhas.

Longe de mim criticar sermões elaborados, requintados e polidos. Também sou um exegeta por vocação, e me regozijo cada vez que as entrelinhas de um texto são transformadas em um esboço de rara iluminação. Mas, percebo que a grande maioria dos pregadores, buscando massagear o próprio ego, ou o ego de seus ouvintes, tem exagerado na retórica. Fazem uso de uma verborragia recheada de jargões e frases de efeito, que embora façam a congregação ser envolvida pelo “manto”, pouco produz no coração daqueles que não participam do dia-a-dia da cristandade. Nestes casos, um simples “JESUS TE AMA”, é uma mensagem muito mais impactante, do que um sermão composto por 500.000 palavras.

Esta é a beleza do evangelho. Ele é simples de entender. Em seu tempo, Noé apenas apontava para sua Arca, e a apresentava como o único meio para se salvar de uma catástrofe eminente. Todos os que acreditaram nesta pregação (ou seja, os sete membros de sua família), se salvaram das águas do diluvio. Todas as almas que pereceram, não puderam alegar “ignorância” ou “falta de entendimento” da mensagem. Ela era simples e sem margens interpretativas. Entrava-se na arca ou não.

Hoje, precisamos apontar para Jesus Cristo, e dizer ao mundo que Ele é a único meio existente para a salvação eterna, antes que o mundo seja inundado mais uma vez, só que agora, pelo fogo da justiça divina. E caso as pessoas não entendam esta mensagem, ou tenham campo para divagar sobre ela, então, estamos falhando miseravelmente. As pessoas não podem ter dúvidas sobre quem é Jesus e o porquê devem aceita-lo como Salvador. E os tópicos desta mensagem são teologicamente simples e exegeticamente sucintos. Jesus é o Filho Deus. Jesus nos ama. Jesus morreu por todos nós. O sangue de Jesus nos purifica de todo pecado. Jesus ressuscitou e nos assegurou a vida eterna. Somos salvos pela fé no Filho de Deus. Jesus cura. Jesus perdoa. Jesus liberta. Jesus transforma.  Jesus em breve voltará.


Material Didático

Revista Jovens e Adultos nº 104 - Editora Betel
Evangelismo, Missões e Discipulado – Lição 1
A tarefa de testemunha de Cristo
Comentarista: Bp. Oídes José do Carmo

Introdução

As últimas palavras de Jesus, após a ressurreição e antes da ascensão, enfatizam a responsabilidade de Seus discípulos na continuação de Sua obra, isto é, alcançando todos os povos “até os confins da terra” (At 1.8; Mt 28.18-20).

1. O evangelismo e sua essência.

A tarefa de evangelizar se baseia no plano de Deus em alcançar toda a humanidade e na ordem de Jesus Cristo. Assim, nossa motivação deve ser a glória de Deus, por ser o Criador e Senhor de todas as coisas. E também por ser uma questão de obediência (Mt 28.18-20). O ide de Jesus é para todos, indistintamente (At 1,8).

1.1.         A vital importância do evangelismo.

Não existe algo mais gratificante para ser um humano do que participar na recuperação ou transformação de alguém. Como servos de Deus, existe um gozo inexplicável em conduzir uma alma aos pés de Cristo. Essa é uma experiência sem par. Além de ser uma grande honra, a tarefa de evangelizar é para o salvo como uma respiração. Foi para isso que Cristo nos nomeou (Jo 15.16). A tarefa de ganhar almas não se aplica somente aos pastores, mas a todos. Enquanto muitos cristãos deleitam-se nos cultos comodamente, a seara cresce e o ide aos perdidos não é concluído (Mc 16.15; Jo 4.35).

O mundo vive uma intensa batalha no mundo espiritual. A intenção do inimigo é sempre lançar a incredulidade e cegueira para que os perdidos não alcancem a salvação (2Co 4.3; 10.4). O Evangelho é luz para esse mundo de trevas, é a chave que liberta o oprimido das garras de Satanás. Se não pregarmos, eles não poderão ser salvos. Por isso, a vital importância de evangelizarmos (Rm 10.14).

1.2.         O alcance do evangelismo.

A igreja não está limitada ao espaço físico do templo. Por esse motivo, o evangelismo é indispensável (At 5,42; 8.4). A pregação, num culto público, nem sempre alcança a necessidade de todos os ouvintes. Cada pessoa no culto possui problemas espirituais diferentes. O evangelismo pessoal proporciona oportunidade para a pessoa evangelizada abrir seu coração, expor suas dúvidas e ser esclarecida acerca de Cristo e do plano da salvação. A ordem é ir até as pessoas e lhes anunciar a salvação (Rm 10.14). A Igreja Primitiva cresceu porque seus membros compreendiam a necessidade de testemunhar acerca de Cristo (At 2.44-47). A Bíblia diz que é sábio o que ganha almas (Pv 11.30).

O evangelismo promove o crescimento da Igreja. A semeadura da Palavra de Deus é importante e necessária, não somente para o crescimento da Igreja, mas também para nos trazer experiências e nos mostrar como a Palavra de Deus é poderosa quando anunciamos com amor e na virtude do Espírito Santo (At 4.4; 5.14). A evangelização dos pecadores pertence a todos os salvos. Cada cristão pode e deve ser um ganhador de almas.

1.3.         Evangelizar é falar do sacrifício de Cristo.

A vontade de Deus é que nenhum homem se perca. Mas que venha ao conhecimento da verdade (2Pe 3.9). Deus mostrou Seu amor para com a humanidade enviando a Jesus Cristo para salvá-la. É preciso que toda a humanidade conheça o motivo da vinda de Jesus Cristo e o significado de Sua morte, ressurreição e ascensão (Jo 3.16; Lc 19.10). É por esse motivo que devemos anunciar a todos os povos, línguas e nações que Jesus Cristo não somente morreu por nossos pecados, mas nos deu a oportunidade de nos tornarmos filhos de Deus (Jo 1,12). Jesus Cristo foi o evangelista por excelência. Ele tinha plena consciência sobre a necessidade de esclarecer as multidões acerca do Reino de Deus e da salvação. Como discípulos de Jesus, precisamos ser movidos por esse mesmo sentimento (Mt 10.25; Jo 13.15).

A morte e a ressurreição de Jesus Cristo são o documento legal que promove a liberdade de todos os cativos do mundo. A carta de acusação que era contra nós foi cravada na cruz e, em Jesus Cristo, nenhuma condenação há para aqueles que nEle creem (Rm 8.1; Cl 2.14). O verdadeiro discípulo de Jesus Cristo deve estar envolvido nesse mesmo propósito, que é salvar os perdidos através da pregação da Palavra de Deus. Envolver-se com a evangelização é dar continuidade ao que Cristo começou. Devemos ser responsáveis porque um dia iremos ter que dar conta de nossa mordomia (1Pe 2.21).

2.          Por que devemos evangelizar?

Jesus deu uma ordenança para os Seus discípulos: “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 16.15). O Evangelho “é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê” (Rm 1,16).

2.1.         Porque é uma ordenança.

Jesus voltará e entre a ordem e Sua vinda o tempo é curto. Outro fato que devemos atentar é que Jesus ao enviar Seus primeiros discípulos deixou bem claro essa necessidade: “Quem crê nele não é condenado: mas quem não crê já está condenado” (Jo 3.18; 1Jo 5.12). O destino do pecador sem Jesus é simplesmente a perdição e o inferno. Ele também expôs o motivo de Sua vinda: “Porque o filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido” (Lc 19.10). Por fim, a notificação acerca da salvação da humanidade é incumbência nossa. O discípulo de Jesus Cristo deve atuar por obediência e ser dominado pelo amor que Cristo tem por nós.

Não devemos agir somente porque recebemos uma ordenança, mas, sim, porque, ao nos tornarmos salvos, o amor de Cristo se apossou da nossa vida e, como gratidão, é nosso dever avisar aqueles que ainda vivem num mundo de trevas (Mt 5.14; Jo 8.12). O grande amor demonstrado por Cristo no Calvário deve nos constranger e impactar (2Co 5.14).

2.2.         Porque a morte não espera.

Não podemos precisar o tempo estimado de vida de cada pessoa. As oportunidades de salvação podem ser únicas. Vivemos em um mundo conturbado, violento e cego (2Co 4.4). Cada ser humano nasceu com um tempo de vida determinado pelo Pai e não sabemos quando a morte chegará. Para uns, ela é repentina. Para outros, ela demora um pouco mais. Porém, mais cedo ou mais tarde, ela virá. E a pergunta é: quando ela vier, como será? Tal pessoa estará preparada? Ela foi avisada que após a morte segue-se o juízo divino? (Hb 9.27). E a quem ficou encarregada a missão de avisar? (Ez 33.6-9). 

A nossa missão como servos e filhos de Deus é tornar conhecido o plano divino de salvação e avisar aos perdidos sobre o grande dia da vinda do Senhor. Nós temos a palavra de salvação, somos a luz que deve resplandecer em meio às trevas (Fp 2.15).

2.3.         Porque a vinda do Senhor se aproxima.

O arrebatamento da Igreja será a qualquer momento (1Ts 4,16-17). Estamos vivendo os últimos momentos da Igreja e o tempo não é favorável para aqueles que ainda não foram avisados. Deus nos confiou a palavra de liberdade e de boas novas. Ele não convocou os anjos para essa tarefa. Precisamos acordar e agir o quanto antes. Paulo foi enfático acerca de nossa responsabilidade: “Porque, se anuncio o evangelho, não tenho que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim se não anunciar o evangelho!” (1Co 9.16).

Devemos ser bastante gratos a Deus por causa da liberdade religiosa que há em nosso país. Existem muitos países em que a pregação da mensagem do Evangelho é extremamente proibida. Lugares onde aqueles que declaram ser cristãos e pregam a Palavra de Deus correm o risco de serem presos, torturados e até assassinados. É importante ressaltar que a Bíblia é o livro mais importante para o cristão (Sl 119.105). Ao mesmo tempo é um item muito difícil de ser encontrado, se você é um cristão secreto e vive em lugares onde a Bíblia é um livro proibido. Na Ásia Central, na maioria dos países, o governo proíbe a importação e a impressão de Bíblias e livros cristãos. Muitos cristãos secretos ainda não têm acesso a bíblia, e outros recebem partes da Palavra de Deus, como os evangelhos e outros livros. As condições ainda são favoráveis para nós no Brasil e nossa missão é anunciar a tempo e fora do tempo (2Tm 4.2). Nosso Senhor Jesus Cristo está às portas e os sinais de Sua vinda são muito claros. Precisamos urgentemente ir ao pecador, falar da salvação; dizer-lhe que ainda há esperança; que Jesus Cristo deu a vida por ele, que Ele quer libertá-lo dos seus pecados, que o ama e pode dar-lhe uma nova vida (Jo 3.16).

3.          O perfil de um bom evangelizador.

Devemos ter em mente que, para alcançar os perdidos, precisamos ter profunda compaixão pelas almas, para transpormos as barreiras entre os seres humanos (Jo 4,9).

3.1.         Aquele que não tem preconceito.

Devemos lembrar quem éramos e o que aconteceu conosco após Cristo entrar em nossas vidas. Havia uma barreira imensa entre nós e Deus, Cristo foi o responsável por estarmos hoje de posse de tão grande salvação. Foi preciso que Jesus fizesse a nossa reconciliação com o Pai. Portanto, não existe mérito algum de nossa parte pelo que somos (Ef 2.8-13). Existem pessoas que jamais entrarão em um templo. Como ouvirão se não formos até elas? (Rm 10.14). Evangelizar é deixar de lado as diferenças, é envolver-se socialmente e confiar que o Deus que envia também está conosco para nos ajudar (Mc 16.15; Mt 28.20).

Os preconceitos são a causa de grandes males na sociedade em que vivemos. Eles sempre nos impedem de ver o que há de melhor nas pessoas e em nós mesmos. Jesus veio a esse mundo para desfazer todas as barreiras que separam o homem de Deus (Ef 2.13-14), No diálogo entre Jesus e a mulher samaritana, a barreira do preconceito foi lançada fora (Jo 4.9). Não podemo0s permitir que tais sentimentos nos impeçam de anunciar a maravilhosa e inerrante Palavra de Deus (2Tm 3.16).  

3.2.         Aquele que conhece bem a Palavra de Deus.

“E correndo Felipe, ouviu que lia o profeta Isaías, e disse: Entendes tu o que lês? E ele disse: Como poderei entender, se alguém não me ensinar?” (At 8.30-31). O diálogo entre Felipe e o eunuco mostra perfeitamente como muitas pessoas necessitam ser esclarecidas acerca da salvação. Por isso, é de suma importância que aquele que se dispõe a falar de Cristo conheça o manual que registra a salvação em Cristo Jesus (2Tm 2.15). Precisamos estar prontos para responder e esclarecer o ouvinte acerca de quem nos salvou (1Pe 3.15). Existem pessoas que conhecem muito a Bíblia, todavia, como esse eunuco, precisam de alguém que lhes explique como alcançar a salvação.

Não é somente para evangelizar que devemos conhecer a Bíblia. Nossa vida diária precisa de edificação. É preciso compreender que foi através da Palavra de Deus que conhecemos o amor e a ação de Deus por nós. Sem ela, ainda estaríamos por aí perdidos. Quando nosso coração está cheio de Deus, nossa boca fala somente do Reino de Deus (Mt 12.34). Para se ganhar almas é preciso ter conhecimento das Sagradas Escrituras (At 8.35). Principalmente, porque a fé vem pelo ouvir a Palavra, tanto para nós quanto para aqueles que nos ouvem (Rm 10.17). Muitos têm fome de conhecer a Palavra de Deus e é nossa tarefa primordial compartilhar das Sagradas Escrituras, sempre com sabedoria e discernimento do Espírito Santo.

3.3.         Aquele que tem profunda paixão pelos perdidos.

“Jesus respondeu, e disse-lhe: Se tu conheceras o dom de Deus e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva.” (Jo 4.10). Ali, próximo ao poço, com o sol intenso do meio-dia e com fome, estava Jesus, rejeitando o almoço para saciar a fome de um uma alma perdida (Jo 4.34). Jesus sabia que aquela alma era preciosa, que possuía sérios problemas morais e espirituais. Mesmo assim, não se importou em ser mal interpretado, e nem permitiu que o preconceito entre judeus e samaritanos o impedisse. Jesus amava as almas e devemos também buscar esse mesmo sentimento (Fp 2.5).

A compaixão não é somente o ato de se importar com os problemas alheios. A compaixão nos leva ao encontro do necessitado e nos faz ajudá-lo. Em muitos milagres realizados por Jesus Cristo, o primeiro detalhe que a Palavra de Deus nos apresenta é o sentimento de compaixão que Ele sentiu (Mt 14.14; 20.34; Lc 7.13).

Conclusão

A obra de Deus é feita com seriedade, preparo e amor, Falar de Cristo requer alguns cuidados essenciais, principalmente uma vida prática. Somos testemunhas ambulantes da obra de Cristo. Se nosso testemunho for diferente de nossas ações, teremos sérios problemas diante das pessoas (Fp 2.15).


Neste trimestre, estudaremos sobre a missão primordial da Igreja! As treze lições enfocarão evangelismo, missões e discipulado. Será uma oportunidade para lembrar que a responsabilidade no cumprimento da missão não está restrita aos pastores, missionários e evangelistas, mas, sim, que pertence a todo discípulo de Cristo (Mt 28.19-20). Trata-se de continuar a obra iniciada por Jesus Cristo, que estava prevista desde o princípio. Ainda há povos, tribos e nações não alcançados pelo evangelho de Jesus. E, mesmo no Brasil, muitos são os desafios para cumprirmos o mandamento do Senhor, em diversos ambientes e com diferentes grupos sociais. Para aprender como alcança-los, participe neste domingo, 02 Julho de 2017 da Escola Bíblica Dominical.

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