A
desigualdade social foi historicamente inserida na sociedade indiana mais por
questões religiosas do que propriamente sociais. As classes dominantes ocupam
posições privilegiadas nesta pirâmide social, sendo tal privilégio alcançado
apenas em uma “segunda” encarnação. A origem dessas classes sociais (que ainda
se subdividem) esta inteiramente ligada ao deus Brama.
Brâmanes: Sacerdotes auto
intitulados “bramas”. Representam a classe mais elevada da sociedade, pois se
consideram nascidos da cabeça do Deus Brama.
Xátrias: Guerreiros. Possuem poder
político.
Vaícias: Classe intermediaria
formada por comerciante, camponeses e artesãos.
Sudras: Servos. Ocupam o posto
mais baixo da pirâmide social.
Párias: São os excluídos da
sociedade por não serem considerados filhos do deus Brama. A eles é reservado
os trabalhos considerados indignos pelas outras castas.
A classificação das castas é determinada pela
hereditariedade, sendo proibida a mistura entre pessoas de castas diferentes. A
transição de uma casta para outra só é possível pela morte e reencarnação. Quem
contrai matrimônio com pessoa de outras castas passa à condição de pária, sendo
destituído de todos os direitos sociais. Embora a Constituição Indiana tenha
dissolvido o sistema de castas no país em 1950, elas continuam tendo grande
influência social na índia moderna, apesar de haver agora mais mobilidade
social entre elas.
Muito antes disso porém, por volta do século
VI AC, muitos indianos já questionavam a tradição e a rigidez da religião
existente: o bramanismo ou religião védica. Foi neste contexto de profunda
indagação religiosa e filosófica que o Budismo surgiu.
A Origem de Buda
Siddharta Gautama |
De acordo com a Wikipédia,
as fontes primas de informações sobre a vida do primeiro Buda são os próprios textos
budistas. Estes escritos são compostos por uma grande variação de biográfias
tradicionais, nas quais estão incluídos o Buddhacarita, o Lalitavistara Sūtra, o
Mahāvastu e o Nidānakathā.
A história mais conhecida é a de um príncipe
indiano que, nasceu por volta de 560 AC, e foi criado pelos pais cercado de
opulência e longe do sofrimento humano; seu nome era Siddharta Gautama. Aos vinte e nove anos de idade, teve o
primeiro encontro com a realidade fora dos muros do palácio. Enquanto passeava
entre as pessoas comuns, encontrou-se respectivamente com um velho, um doente e
um morto. Conheceu então os sofrimentos que jamais imaginou existir. Chocado
com essas cenas, decidiu abandonar o palácio e a família para encontrar um meio
de superar as dores e os sofrimentos humanos.
Dalai Lama |
Após seis anos de intenso sacrifício e
peregrinação, ele se sentou embaixo de uma figueira para meditar e, depois de
oito dias, finalmente diz ter encontrado a luz. Gautama havia descoberto a resposta
que tanto procurou: Simultaneamente ele e
todos os seres da terra, haviam formado o caminho. Isso significa dizer que
o homem depende apenas de si mesmo para ser salvo. Ao adquirir tal “compreensão”,
Gautama tornou-se o primeiro “Buda”, que significa “iluminado”.
Na verdade, o Budismo é uma seita que saiu de
dentro do Hinduísmo, tornando- se uma nova religião com seus mosteiros, dogmas,
texto sagrado e seu próprio entendimento sobre Deus. O Buda “Siddhartha
Gautama” não teve nenhuma nova “iluminação”, ele apenas reformou uma
tradição religiosa Hinduísta, se auto intitulando como um iluminado. Morreu aos 80 anos de
idade, mas os seus seguidores acreditam que o “Dalai Lama”, um monge
tibetano considerado o maior líder budista da atualidade, é uma reencarnação de
seu fundador.
O Budismo
No século III AC, o
Budismo chegou ao sudeste asiático e se difundiu no Sri-Lanka, Tailândia, Nepal
e Butão. No primeiro século da Era Cristã, essa seita atingiu a China, a
Mongólia, a Coréia e o Japão, estendendo-se para o Vietnã, Camboja e Indonésia.
No Japão, adquiriu “status” de religião oficial. Atualmente, esse país nipônico
possui cerca de sete mil templos Budistas, sendo hoje o principal centro difusor
desta seita no mundo.
Sem ortodoxia definida ou
crença divina, o Budismo tem conquistado pobres e ricos mundo afora. Cada país
ou região onde o Budismo foi difundido, viu essa religião ganhar contornos
populares, novos rituais, mosteiros, templos e diferentes escolas; somando
atualmente no mundo mais de 400 milhões de adeptos. Essa seita chegou ao Brasil
através dos imigrantes japoneses, no início do século XX e, de forma silenciosa
e sútil, dia a dia, registra um crescimento assustador.
Pequenos monges budistas |
A grande influência do budismo no mundo atual
se dá pela simpatia conseguida com a variedade de abordagens em seus
ensinamentos, seja como Religião (pregando a religação da verdadeira
natureza); como Filosofia: (onde o amor e a sabedoria alcançam um
sentido mais elevado); como Psicologia (mostrando um caminho que conduz
ao fim do sofrimento ou carma) e como Ciência (propondo um sistema de
conhecimento profundo do funcionamento da mente).
Todo esse conhecimento, a
filosofia e a doutrina Budista estão registrados em um conjunto de livros
denominados “Cânone”. Escrita originalmente no idioma Páli, essa
obra é conhecida como “Tripitaka” ou “Três Cestos”. Cada cesto
reúne um tipo de texto, que trata de:
1) Autodisciplina e
regras monásticas.
2) Contém os sermões de
Buda, as parábolas e histórias contadas para explicar os ensinamentos e a vida
de Buda;
3) Doutrinas e a
filosofia Budista.
O “Cânone Páli” foi escrito após a
morte de Buda e chegou ao Ceilão no século III AC. De lá, propagou-se para
outras regiões, incorporando novos textos. O “Cânone Tibetano” inclui além dos sermões de Buda e das regras
monásticas, vários tratados filosóficos, poemas, crônicas e textos de medicina
e astrologia. Não existe de fato uma
bíblia budista, os textos originários não são canonizados, e os cincos
preceitos do budismo, são paralelos aos dez mandamentos judaicos. O principio
doutrinário budista é que sem os textos de Siddhartha não existe budismo.
Os textos sagrados podem assim ser divididos:
Sutras: discursos atribuídos
aos budas e seus discípulos,
Vinaya: regras
monásticas;
Abidharma:
questões metafísicas e Sutra do Lotus,
Ensinamentos do Budismo
A Teologia Budista é
extensa e complexa; acredita-se que Buda deixou oitenta e quatro mil
ensinamentos, dentre as quais podemos citar:
Deuses e Homens
Templo Budista Japonês |
Os Budistas acreditam em
vários deuses, e ensinam que a existência deles é transitória; da mesma forma
que é transitória a vida humana. Acreditam que, assim como os homens morrem e
tornam a nascer, os deuses também passam pelo ciclo do renascimento. Por esse motivo,
para o Budismo, os deuses são insignificantes. Esta é uma seita onde o conjunto de tradições
religiosas surgiram pelos ensinamentos de Buda e segundo suas crenças,
existiram muitos budas ao longo da história. Os deuses passam pelo mesmo
processo humano de renascimento e morte chamado “Círculo de Sansara”,
mas em suas afirmações o ser humano é o único que pode atingir o nirvana, e só
os humanos geram carma, sendo superiores aos deuses.
O episódio da criação do homem é uma prova clara que existe um ser Criador e um ser criado, provando assim a superioridade de Deus em relação à vida meramente humana (Gênesis 1:27 e I Timóteo 6:16).
O episódio da criação do homem é uma prova clara que existe um ser Criador e um ser criado, provando assim a superioridade de Deus em relação à vida meramente humana (Gênesis 1:27 e I Timóteo 6:16).
Iluminação
Buda ensinava que a
salvação se dá com o fim da própria ignorância. Para isso, seria necessário se conscientizar
das “Quatro Nobres Verdades”:
1) Toda existência implica
dor - no nascimento, na idade, na morte e na doença.
2) A origem do sofrimento é
o desejo e o apego à busca dos prazeres.
3) A solução para o
sofrimento está no controle e abandono desses desejos.
4) Conhecer os oito
caminhos que levam ao fim do sofrimento.
O Buda |
Além disso, os budistas
devem seguir um conjunto de normas éticas, denominado “Os Cinco Preceitos”:
Proibição de matar
Proibição de roubar
Proibição de ter relações sexuais ilícitas
Proibição do falso testemunho
Proibição do uso de drogas e álcoo.
Um dos mais importantes ensinamentos do Budismo, é chamado de “O
Nobre Caminho Óctuplo”, uma espécie de guia para o desenvolvimento mental
das habilidades benéficas que devem ser praticadas (a quarta verdade nobre):
1) Compreensão correta - entender os ensinamentos de Buda;
2) Pensamento e atitude corretos - pensar o bem;
3) Palavra correta - não mentir e não usar palavras agressivas;
4) Ação correta - não prejudicar nenhuma pessoa ou animal;
5) Modo de vida correto - não causar sofrimento aos outros;
6) Esforço correto - pensar antes de agir;
7) Atenção correta - manter-se alerta e consciente;
8) Concentração correta - manter a mente calma e concentrada
No budismo são observados inúmeros dogmas no
que tange o pós vida. Por exemplo:
Existem 6 tipos de inferno, 31 dimensões espirituais e 18 céus. Há ainda os saberes do bom e o ruim, pois para os budistas o que se vive hoje é resultado da vida passada (o carma). No budismo ser bom não é apenas fazer o bem para as pessoas, mas o fazer porque é natural da pessoa, sem interesse. Se fez coisa boa em vida, morre e reencarna no céu, ou como homem. Mas se for ruim, ou se fez coisa ruim morre e vai para o inferno, pega se os créditos positivos das poucas coisas boas realizadas e assim diminui a pena, cumpri-se um período de pena, e depois de paga-la por completo, reencarna-se, por exemplo, em uma barata.
Existem 6 tipos de inferno, 31 dimensões espirituais e 18 céus. Há ainda os saberes do bom e o ruim, pois para os budistas o que se vive hoje é resultado da vida passada (o carma). No budismo ser bom não é apenas fazer o bem para as pessoas, mas o fazer porque é natural da pessoa, sem interesse. Se fez coisa boa em vida, morre e reencarna no céu, ou como homem. Mas se for ruim, ou se fez coisa ruim morre e vai para o inferno, pega se os créditos positivos das poucas coisas boas realizadas e assim diminui a pena, cumpri-se um período de pena, e depois de paga-la por completo, reencarna-se, por exemplo, em uma barata.
A Bíblia afirma que a
salvação é individual e obedece a três estágios:
1º justificação,
2º regeneração;
3º santificação.
A salvação
necessariamente precisa da justificação em Cristo, sem a qual, os outros dois
estágios se tomam irrelevantes. Em Romanos 3:20, Paulo afirma que a justiça ou
retidão pessoal não é suficiente diante de Deus. O Apóstolo Paulo diz que
Abraão não foi justificado pelas “obras” da lei, (Romanos 4:2). Não existe lei
ou norma, por mais louvável e nobre que seja, capaz de transmitir salvação aos
homens (Gálatas 3:21). Assim sendo, não é a obediência a um “conjunto de
regras”, como ensina o Budismo, que salvará o Homem (Romanos 3:28).
O Pecado
No budismo não existe o conceito de “Pecado
Original” e todos os seres têm o potencial de atingir o despertar/iluminação,
que é o estado mais elevado de virtude e sabedoria onde há três aspectos:
1) Ouvintes:
ouviram Buda;
2) Realizadores Solitários Acetas: não ouviram Buda;
3) Iluminação Completa:
atingida apenas pelos budas.
Segundo a doutrina
budista, o pecado está ligado ao desejo, que causa sofrimento e dor, devendo ser
eliminado para que o homem se liberte de sua ignorância.
A Palavra de Deus prova que o pecado é mais que um sentimento; pois ele penetrou na própria natureza humana (Salmos 51:5), mas também afirma que “onde o Pecado abundou, superabundou a Graça” (Romanos 5:20).
A Palavra de Deus prova que o pecado é mais que um sentimento; pois ele penetrou na própria natureza humana (Salmos 51:5), mas também afirma que “onde o Pecado abundou, superabundou a Graça” (Romanos 5:20).
O Nirvana
Para os budistas, o
principal problema da existência humana está no fato dos homens não perceberem
que vivem em um mundo gerado por seus sentimentos, pensamentos e desejos. Por
isso, eles ficam atados às ilusões produzidas pela própria mente, responsável
pelo sofrimento humano. Para interromper o processo de ilusões e dores, os
budistas indicam o caminho da “Suprema Libertação”, ou seja, a
aniquilação de todos os desejos e apegos, quando torna-se possível alcançar um estado
de absoluta paz, beatitude e felicidade, definido como “Nirvana”.
Os budistas ensinam que tem que se abster do
mal e purificar a mente, e para a pessoa precisa sair da sociedade para purificar o “EU”
espiritual, afastando-se da cobiça, da raiva e da ignorância, porque isso
atrapalha a chegada ao Nirvana, que para eles vai além do céu, sendo a mais
alta felicidade, um estado completamente além do sofrimento. Todos aqueles que atingiram algum grau de iluminação
desfrutam da paz do Nirvana, podendo ele decidir se entra no nirvana sozinho ou espera o restante da humanidade.
Aqueles que o atingem não estão sujeitos mais ao renascimento e a morte.
Por outro lado, a Bíblia
Sagrada ensina que a libertação por meios próprios é ineficaz
(João 1:29).
(João 1:29).
O Carma
Templo Budista Brasileiro |
A Filosofia budista
acredita na existência de um ciclo ininterrupto de encarnações e
desencarnações. A repetição contínua de nascimentos e mortes ocorre com aqueles
que ainda estão presos às ilusões dos desejos. Ao morrer, o ser humano carrega
consigo os efeitos de seus atos e pensamentos. Fica aprisionado, retornando ao
plano material com os mesmos impulsos, sensações, atrações e experiências de
vida. Daí surge a ideia de “Carma”, a lei de causa e efeito, em que as
atitudes e ações negativas e positivas são transmitidas de uma vida para outra.
Esse ciclo faz parte das construções da mente iludida. Ao atingir o Nirvana, a
superação do “eu individual”, a ilusão de renascimentos é dissolvida. Algumas
seitas, assim como o budismo, ensinam que doenças e outros males da vida, são consequências
de atos cometidos em encarnações anteriores.
Mas Jesus ensinou que as pessoas decidem o seu eterno destino em uma única vida (Mateus 25:6). Essa, precisamente, é a razão pela qual o Apóstolo Paulo enfatizou que “eis aqui agora o dia da salvação” (II Coríntios 6.2).
Mas Jesus ensinou que as pessoas decidem o seu eterno destino em uma única vida (Mateus 25:6). Essa, precisamente, é a razão pela qual o Apóstolo Paulo enfatizou que “eis aqui agora o dia da salvação” (II Coríntios 6.2).
Com um código ético e
moral muito vasto, os budistas buscam o livramento da pecaminosidade da carne,
onde só conseguem, no máximo, reprimir a natureza do “velho homem”, pois a
libertação do poder do pecado só é, alcançada pela graça salvadora que há em
Cristo Jesus:
“Se, pois, o Filho vos
libertar, verdadeiramente sereis livres” (João 8.36).
Para conhecer com maior profundidade essa religião que cresce de forma
sutil e silenciosa em todo mundo, participe neste domingo (23/03/2014) da
Escola Bíblica Dominical.
TEXTO ÁUREO
“Pois todos
nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e
todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades, como o vento, nos
arrebatam”.
Isaías 64:6
A justiça
própria é inimiga do Evangelho de Cristo; O homem que busca ser salvo por meio
de suas boas obras, está enganando a si mesmo.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Isaías 64:5-8
Tu sais ao
encontro daquele que, com alegria, pratica a justiça, daqueles que se lembram
de ti nos teus caminhos. Eis que te iraste, porque pecamos; há muito tempo
temos estado em pecados; acaso seremos salvos?
Pois todos
nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e
todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades, como o vento, nos
arrebatam.
E não há
quem invoque o teu nome, que desperte, e te detenha; pois escondeste de nós o
teu rosto e nos consumiste, por causa das nossas iniquidades.
Mas agora,
ó Senhor, tu és nosso Pai; nós somos o barro, e tu o nosso oleiro; e todos nós
obras das tuas mãos.
Novidade!
Vai ter Café da Manhã pra criançada.
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