terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Testemunho - Como as coisas devem ser (Ruth Danielle Chinchete)




Meu nome é Ruth Danielle, tenho 29 anos de idade e sou nascida em berço evangélico.

Fui criada dentro da igreja, onde meus pais sempre me deram bons exemplos e excelentes ensinamentos. Lembro-me de acordar feliz e ir à escola dominical todos os domingos junto com meus pais e irmãos. E essa rotina era tudo de bom.

Mas o tempo foi passando e eu comecei a ter curiosidade de conhecer o mundo, e com 11 anos, decidi parar de ir para à igreja.  Simplesmente cheguei em meus pais e disse para eles que não queria mais ser crente. Eles sofreram muito com esta minha decisão e buscaram me aconselhar a não cometer este erro. Mesmo assim, continuei irredutível.

Conheci muitas pessoas que me apresentaram “coisas maravilhosas” que antes eu desconhecia. Para mim era tudo novidade, e completamente iludida, fui me afundando cada vez mais. E o pior de tudo, é que eu achava que era feliz.  Quantas vezes vi meus pais chorarem e com lágrimas nos olhos me pedirem para voltar. Mas o meu coração estava duro e eu tão vislumbrada com o mundo, se quer percebia a escuridão que estava me envolvendo.

Quando completei 16 anos, comecei a me sentir triste e vazia, enquanto isso, o mundo colorido foi perdendo a cor, revelando sua real aparência. As pessoas que diziam serem meus amigos se afastaram de mim, me deixando no silêncio da solidão.

Eu sempre me lembrava dos conselhos da minha mãe, porém o orgulho acabava falando mais alto. 

Então, eu conheci um rapaz usuário de drogas, e que também estava afastado da igreja. Começamos a conversar e em pouco tempo decidimos iniciar um namoro. A princípio, meus pais não aceitaram bem a nossa relação, mas as coisas aconteceram no tempo que tinha de ser.

Um dia minha mãe o convidou para almoçar em nossa casa, e a partir daí ele passou a conviver bem com minha família, e nosso namoro se tornou “oficial”, com a benção dos meus pais... Como deve ser.

Namoramos por dois anos, e então veio o casamento.  Neste período, ainda estávamos afastados da igreja, mas num único dia, nossas vidas mudariam para sempre.

O Círculo de Oração da congregação que meu pai pastoreava estava realizando sua festividade, e minha mãe, me convidou para participar. Aceitei o convite e fui ao culto.  Durante toda a reunião, cada louvor cantado, cada palavra ministrada vinha diretamente ao meu encontro, como se fossem flechas em meu coração. Eu chorei muito naquela noite, e quando o apelo foi feito, não pensei duas vezes, logo me levantei e fui em lágrimas até altar.

Para minha surpresa, o meu esposo tomou a mesma decisão, e ali, lado a lado, nos reconciliamos com Jesus.

Desde então, o Senhor tem nos honrado e cuidado de nós.  Alguns meses depois, Deus nos abençoou com a chegada da Brenda, que foi sem dúvidas, o presente mais maravilhoso que podíamos ter recebido. Muitas foram as nossas provações, mas apesar de tudo, permanecemos na Casa do Senhor.

E as bênçãos são consequências disto.  Deus nos abençoou com um carro e, recentemente, após 10 anos de espera, no dia 30 de maio de 2015, o Senhor nos concedeu a nossa casa própria.

Não foi fácil chegar até aqui. Passamos por lutas e muitas provas, mas o Senhor nos sustentou e sou grata ao meu Deus por tudo. Agradeço também a meus pais, Pr. Wilson Gomes e Pra.  Márcia, que foram meu porto seguro quando mar estava revolto, e que sempre me ensinaram (com palavras e com ações), que não há nada melhor do que estar na casa de Deus. Hoje posso dizer com alegria, que eu e minha casa servimos ao Senhor!


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