Escrevendo
aos crentes de Corinto, Paulo expõe claramente a questão da cegueira espiritual
dos judeus e o que está reservado para todos aqueles que são guiados pelo
Espírito de Deus. Até hoje o mundo relata os fatos acontecidos no Egito
na época de Moisés. São feitos maravilhosos que todos conhecemos, e mesmo não
os tendo visto, sabemos que foram reais ao ponto de anuncia-los geração após
geração.
Parece que
nossos antepassados vivenciaram um sonho quando lemos as páginas da Sagrada
Escritura. Porém, de forma ousada, Paulo nos afirma que toda essa glória não
passava de uma sombra do que ainda aconteceria em nossos dias, que o que Deus
deseja derramar sobre seus filhos é superior a tudo o que já aconteceu no
passado, e que esteve contido na época de Moisés porque deveria acontecer nos
dias da igreja. Paulo classifica os milagres de Moisés como transitórios, e nos
revela que sobre a igreja existe uma glória permanente (II Coríntios 3:7-12).
É difícil
imaginar ou até mesmo crer que realizaremos coisas grandiosas que irão superar
as obras de Moisés, mas é o que a Bíblia nos revela. Sendo assim, corramos para
os braços do Espírito Santo, pois Ele tem todas as respostas para nossas
indagações e para esta geração perversa que nos rodeia.
II Coríntios
3:11, Paulo é taxativo ao afirmar: - “Porque,
se o que era transitório foi para glória, muito mais é em glória o que
permanece (II Coríntios 3:11). O tempo do verbo nesta passagem é crítico:
“o que se desvanecia”. Paulo o escreveu num período histórico de sobreposição de
eras.
Nesse tempo
os judaizantes desejavam que os cristãos voltassem a viver sob o jugo da Lei,
que mesclassem as duas alianças. Paulo está dizendo: “por que voltar ao que é
temporário e que se desvanece?”, vivam na glória da nova aliança que é cada vez
maior. A glória da Lei é apenas a glória da história passada, enquanto a glória
da nova aliança é a glória da experiência presente. Deus preparou algo
grandioso para nossos dias, mas o véu da revelação ainda está encoberto para
muitos.
A glória
permanente tem um alvo específico e primordial - “Mas todos nós, com o rosto descoberto, refletindo como um espelho a
glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como
pelo Espírito do Senhor (II Coríntios 3:18). Paulo nos revela que toda essa
glória tem como objetivo nos tornar em imagem e semelhança de Deus, ou seja,
parecidos com Jesus.
Lá no Éden o
homem se desfigurou perdendo a semelhança: no calvário, Cristo tomou de volta o
que foi perdido (Lucas 19:10; II Coríntios 15:45-48); e o alvo final do
cristianismo é que todos os filhos de Deus se tornem semelhantes a Ele no dia
do encontro (I João 3:2). SE fizermos tudo e não nos tornaremos semelhantes a
Cristo toda a nossa vida terá sido em vão. Desde a criação, Deus revelou
seu poder a humanidade. Ao reconstruir o mundo do caos, Ele usou apenas a Sua
Palavra e tudo passou a existir.
Milagres,
sinais e maravilhas são uma credencial da igreja, eles não podem em hipótese
alguma andarem distantes. Uma igreja sem o sobrenatural não passa apenas de
mais uma religião. Se começamos no sobrenatural, terminaremos nele. Acreditemos
no poder dessa palavra! O Senhor reservou todo o seu melhor para esses
últimos dias da igreja, o próprio Jesus nos revelou ser possível realizar
grandes feitos. O princípio ainda é o mesmo: a santidade, a fé, e a separação
de tudo aquilo que se chama pecado. Deus ainda é o mesmo e ainda realiza
grandes feitos (Hebreus 13:8).
Fonte:
EBD
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