Material Didático
Revista
Jovens e Adultos nº 102 - Editora Betel
Aprendendo
com as Gerações Passadas - Lição 07
Comentarista: Pr. Manoel Luiz Prates
Comentários Adicionais
Texto Áureo
Josué 3:5
Disse
Josué também ao povo: Santificai-vos, porque amanhã fará o Senhor maravilhas no
meio de vós.
Verdade Aplicada
Para
desvendar o futuro, é preciso estar disposto a atravessar os desafios que
surgem à nossa frente.
Textos de Referência
Josué 4:4-7
Chamou,
pois, Josué os doze homens, que escolhera dos filhos de Israel, de cada tribo
um homem.
E
disse-lhes Josué: Passai diante da arca do Senhor, vosso Deus, ao meio do
Jordão; e levante cada um uma pedra sobre o seu ombro, segundo o número das
tribos dos filhos de Israel.
Para que
isto seja por sinal entre vós; e, quando vossos filhos no futuro perguntarem,
dizendo: Que vos significam estas pedras?
Então lhes
direis que as águas do Jordão se separaram diante da arca do concerto do
Senhor; passando ela pelo Jordão, separaram-se as águas do Jordão; assim que
estas pedras serão para sempre por memorial aos filhos de Israel.
Introdução
Santificação
é uma ordem divina (I Pedro 1:15-16), não um modelo que se usa para obter
determinado favor. Seu sentido literal é de prática continua e não temporária.
É uma maneira diferenciada de viver.
O Rio Jordão
Comentário Adicional
Pb. Miquéias Daniel Gomes
Mais do
que um rio, o Jordão se transformou numa fonte de lições espirituais e
inspirações poéticas. Diversos eventos de impacto histórico e teológico tiveram este rio como cenário. Basta dizer, que ali, Jesus foi batizado por João. Por três
vezes o Jordão se abriu para que alguém passasse por ele em terra seca. Em suas
águas barrentas, Namaã foi curado de sua lepra (II Reis 5:1-13). Nele, Elias
realizou seu último milagre, e Elizeu iniciou seu ciclo de obras portentosas
(II Reis 2:8-14). O Jordão data ciclos, marcando começos e recomeços. Este caudaloso rio de águas escuras origina-se de quatro rios menores,
sendo que a maioria das cabeceiras estão no monte Hermom, sendo eles, Barreight,
Hasbani, Ledam e Banias. Atualmente, as nascentes destes rios estão localizadas
em três países diferente: Israel, Síria e Líbano. Ele corta todo território
israelita, além de passar pela Jordânia e por parte da Palestina, até desaguar
no Mar Morto.
Embora o Jordão seja até os dias de hoje, o principal rio de Israel, nos dias de Josué, sua imponência era muito maior. Marcava a divisa entre os territórios de Moabe, local onde os hebreus montaram seu último grande acampamento sob a liderança de Moisés, e as campinas de Canaã. Seu volume vigoroso de águas doces, trazia grande fertilidade até mesmo para as regiões desérticas. O Jordão era uma benção para quem já estava estabelecido as suas margens, mas, atravessa-lo a pé, era um desafio gigantesco.
O Jordão pode, até hoje ser, dividido em três partes distintas. O primeiro trecho tem cerca de 11 quilômetros e marca a junção de seus quatro afluentes. Neste ponto ele atravessa uma área pantanosa até alcançar o território de Meron. Neste trecho, a profundidade máxima é de apenas quatro metros. Os próximos 20 quilômetros (entre Meron e o Mar da Galiléia) é chamado de Jordão Superior. Como a geografia da região apresenta um declive acentuado de 225 metros, o Jordão vai se tornando cada vez mais caudaloso e com elevado poder de erosão. A correnteza neste ponto, é praticamente intransponível. O terceiro trecho é chamado de Jordão Inferior, e cobre 117 quilômetros em linha reta, entre o Mar da Galileia e o Mar Morto. Com um declive ainda mais acentuado de 200 metros, neste ponto o rio desce vertiginosamente, formando belíssimas cascatas. Neste ponto, a profundidade já alcança 35 metros. E este, era exatamente o trecho por onde Israel teria que passar.
Embora o Jordão seja até os dias de hoje, o principal rio de Israel, nos dias de Josué, sua imponência era muito maior. Marcava a divisa entre os territórios de Moabe, local onde os hebreus montaram seu último grande acampamento sob a liderança de Moisés, e as campinas de Canaã. Seu volume vigoroso de águas doces, trazia grande fertilidade até mesmo para as regiões desérticas. O Jordão era uma benção para quem já estava estabelecido as suas margens, mas, atravessa-lo a pé, era um desafio gigantesco.
O Jordão pode, até hoje ser, dividido em três partes distintas. O primeiro trecho tem cerca de 11 quilômetros e marca a junção de seus quatro afluentes. Neste ponto ele atravessa uma área pantanosa até alcançar o território de Meron. Neste trecho, a profundidade máxima é de apenas quatro metros. Os próximos 20 quilômetros (entre Meron e o Mar da Galiléia) é chamado de Jordão Superior. Como a geografia da região apresenta um declive acentuado de 225 metros, o Jordão vai se tornando cada vez mais caudaloso e com elevado poder de erosão. A correnteza neste ponto, é praticamente intransponível. O terceiro trecho é chamado de Jordão Inferior, e cobre 117 quilômetros em linha reta, entre o Mar da Galileia e o Mar Morto. Com um declive ainda mais acentuado de 200 metros, neste ponto o rio desce vertiginosamente, formando belíssimas cascatas. Neste ponto, a profundidade já alcança 35 metros. E este, era exatamente o trecho por onde Israel teria que passar.
Quando Deus ordenou
travessia do Jordão, o rio estava em plena cheia, resultando em correnteza
extremamente forte, e alta profundidade. Sem pontes ou embarcações, seria impossível
para uma única pessoa atravessar o rio a nado, quanto mais para uma nação
inteira, incluindo crianças, idosos e rebanhos de animais. Seria necessário um
milagre. O nome original do Jordão é “Iarden”, que significa “declive” ou “o
que desce”. Embora a nomenclatura se refira as condições geográficas do rio,
também apresenta uma bela simbologia sobre os elementos necessários para o agir
de Deus. Humildade e quebrantamento.
É preciso, literalmente, descer do pedestal do hedonismo e se sujeitar humildemente a vontade do Senhor. Josué sabia disto, e seguiu a risca todas as ordenanças do Deus de Israel. Namaã, precisou vencer seus preconceitos e se despir de seu orgulho antes de entrar no Jordão e ser curado de sua lepra. O Jordão se abriu para Elias porque o profeta estava seguindo a orientação do Senhor, para na margem oposta, ser levado aos céus em um redemoinho de fogo. Elizeu atravessou o Jordão porque precisava continuar o mistério profético iniciado por Elias. Jesus desceu ao Jordão afim de ser batizado, para que se cumprisse a Justiça de Deus (Mateus 3:15). Espiritualmente falando, não se pode passar o Jordão sem primeiro se sujeitar a vontade do Senhor e obedecer seus mandamentos. A travessia do Jordão, é basicamente, um milagre gerado pela obediência.
É preciso, literalmente, descer do pedestal do hedonismo e se sujeitar humildemente a vontade do Senhor. Josué sabia disto, e seguiu a risca todas as ordenanças do Deus de Israel. Namaã, precisou vencer seus preconceitos e se despir de seu orgulho antes de entrar no Jordão e ser curado de sua lepra. O Jordão se abriu para Elias porque o profeta estava seguindo a orientação do Senhor, para na margem oposta, ser levado aos céus em um redemoinho de fogo. Elizeu atravessou o Jordão porque precisava continuar o mistério profético iniciado por Elias. Jesus desceu ao Jordão afim de ser batizado, para que se cumprisse a Justiça de Deus (Mateus 3:15). Espiritualmente falando, não se pode passar o Jordão sem primeiro se sujeitar a vontade do Senhor e obedecer seus mandamentos. A travessia do Jordão, é basicamente, um milagre gerado pela obediência.
O caminho exige santificação
Sob uma
nova liderança, o povo deveria marchar e tomar posse da promessa. Um novo ciclo
havia começado e o primeiro desafio era atravessar o Jordão. O Senhor fez
algumas exigências e Josué era a peça chave para conduzir o povo à Terra
Prometida. As maravilhas de Deus para um amanhã diferente descansavam numa vida
de consagração (Josué 3:5). Algumas traduções empregam a palavra “consagrar”,
que significa: “pertencer a Deus”. Alguns eruditos afirmam que significa:
“lapidar”, e outros sugerem: “ficar alegres”. A base latina de ambas
(consagração e santificação) traz implícito o significado de “santo”. O povo de
Israel devia lapidar-se a si mesmo do passado e de qualquer coisa que impedisse
a sua absoluta devoção (Isaías 1:16-19). Deviam “alegrar-se” ao perceber que
outra vez pertenciam a Deus e que estes os levaria à Terra Prometida.
O terceiro e o
quarto capítulo do livro de Josué nos falam: das promessas de Deus e de como
devemos responder a elas; do que Deus nos manda fazer e como fazê-lo; e de como
Deus usa a nossa cooperação e como devemos louvá-Lo. Essa geração guiada por
Josué era uma geração guerreira. Como líder, Josué se dispôs inteiramente a
seguir as estratégias divinas, mesmo sendo um homem de grandes qualificações e
experiência. A santidade é um atributo natural de Deus. Santificar a vida é
tentar melhorar nosso nível e assim poder estar mais sensível à voz do Senhor
(Isaías 1:19).
O Senhor
estava prestes a realizar algo maravilhoso no meio do Seu povo (Josué 3:5).
Para isso, era necessária a santificação pessoal de cada um. Deus faria o milagre,
mas exigia do povo cooperação, confiança e coragem. Josué compartilhou com o
povo a estratégia que o Senhor lhe deu. Os sacerdotes deveriam levantar a Arca
da Aliança adiante do povo. A promessa era que, quando as solas dos pés dos
sacerdotes tocassem o Jordão, a maravilha da separação das águas se
desencadearia. O leito do rio se secaria e todo o Israel atravessaria a pé
enxuto (Josué 3:7-13).
É lamentável
como esquecemos coisas tão simples ao longo de nossa caminhada. A santificação
e separação pessoal ressoam muito bem quando estamos à beira de um congresso ou
festa anual. Não poderíamos viver esse clima continuamente, independente de
comemorações? As águas do Jordão eram particularmente altas na época da
colheita, quando o fluxo regular do rio (cerca de quinze metros de largura)
transbordava, alagando até a área mais ampla ao longo das margens. Era uma
enorme alegria verem com seus próprios olhos a promessa sendo cumprida, isto é,
o ímpeto das águas do Jordão sendo refreado (Josué 3:13).
A arca,
que representava a presença do Senhor, deveria ser levada pelos sacerdotes.
Quando seus pés se molhassem, as enchentes de águas cessariam e o povo passaria
a pé enxuto. Porém, os sacerdotes deveriam ficar parados, no meio do Jordão,
até que todo o povo estivesse salvo. Havia um misto de pânico e promessa no
coração de cada sacerdote ao aproximar-se o momento da decisão. Os sacerdotes,
carregando a Arca do Concerto do Senhor, eram os primeiros a se aproximarem do
rio. Seus pés repousariam nas águas e somente depois elas parariam. Que Deus
levante homens assim em nossos dias, dispostos a, em obediência ao Senhor,
“molhar os pés” e, depois, aguardar que todo o povo chegue ao outro lado (Josué
3:15-17).
Existem hoje
muitas pessoas sedentas e com fome de Deus. Elas devem passar do deserto de
seus muitos fracassos à abundância da boa terra que é Cristo, com todas as Suas
riquezas insondáveis. Porém, é necessário que haja homens e mulheres firmes no
meio do Jordão, suportando os vitupérios da cruz de Cristo e sustentando com o
poder do Espírito Santo o testemunho do Senhor (Josué 4:11). Pensemos nos
sacerdotes segurando a arca no meio do rio. Porém, o esforço desses poucos
trouxe uma grande bênção para todo o povo do Senhor (Josué 4:21-24).
As lições do Jordão
As lições do Jordão
Comentário Adicional
Pb. Bene Wandereley
Durante a jornada
de Israel no deserto, eles experimentaram situações adversas. As batalhas foram
intensas, as experiências não foram de todas agradáveis. Era um povo que
traziam marcas profundas. Mas, também era um povo cheios de experiência com seu
Deus. Eles tiveram profundas vitórias que marcaram suas vidas, ouviram a voz de
Deus, viram a nuvem da glória e coluna de fogo, testemunharam o Mar Vermelho se
abriu diante de seus olhos, comeram do maná dos céus, beberam a água que saiu
da rocha e contemplaram a queda do poderoso Egito. Foram momentos gloriosos
vividos que nenhum outro povo da terra viveu. Israel era o povo escolhido para ser exclusivo
entre as nações. Povo ao qual Deus, o Criador, se manifestou de forma clara e
pura.
A cada etapa da
história do povo eleito do Senhor; temos um descortinar do caráter santo de
Deus. E a revelação do que ele espera dos seus filhos. Após a morte de Moisés,
Josué recebeu a incumbência desafiadora de fazer o povo de Deus tomar posse da
terra prometida. O momento era difícil, tanto o povo como Josué estavam em
estado de tristeza e de perplexidade pela morte do seu líder maior e libertador,
“Moisés". Mas, o tempo havia
chegado, e eles não deveriam parar e ficar choramingando pelos cantos. O
momento exigia uma tomada de atitude, onde Josué deveria animar o povo e faze-los
herdar a terra que estava diante de seus olhos.
Os preparativos
para tomar posse da terra prometida foram determinados pelo próprio Deus: santificai-vos.
A santificação é a chave que possibilita
grandes vitórias acontecerem em nossas vidas. Deus nos diz em sua palavra, “sede santos por que eu o Senhor sou Santo”
(I Pedro 1:15-16). Josué preparou povo com uma ordem expressiva, definida e
inalterada: santificai-vos. A santificação é o requisito primordial para
desfrutarmos dos benefícios dá graça de Deus. O povo deveria ser santo,
pertencer à Deus integralmente, deveria se desligar de si mesmos e voltar- se
para o seu Deus em total confiança. O momento agora era de decisão. A tomada
dessa decisão traria marcas de profunda dor, mas, também de muitas alegrias.
E esta lição tem
tópicos memoráveis, aos quais devemos lavrar em nossas mentes e corações. O
primeiro deles: Não se alcança perfeição agindo com emoção. Muitas vezes
sofremos decepção, frustrações, percas e confusões, pelo simples fato de
tomarmos decisões baseada em nossas emoções. Deixamos de orar a Deus em busca
de sua ajuda e orientação, e nos estribamos em nossos próprios caminhos. Não
podemos agir guiados pelas informações de nossa emoção. Josué é um grande
exemplo a ser seguido, ele descansou no Senhor.
O momento da
travessia do Jordão deixou marcas e exemplos que se tornaram espelhos para
gerações futuras, incluindo a nossa. Quando o povo chegou nos limites do Jordão,
eles já não eram guiados pela nuvem e nem pela coluna de fogo. Eles já tinham a
Arca da Aliança que simbolizava a presença do próprio Deus, um símbolo da
pessoa de Jesus Cristo. Eles tinham a presença do Deus trino no meio deles.
Tudo parecia estar bem, estava perfeito aos olhos do povo. A presença do seu Deus era o suficiente. Mas,
de repente, Deus fala a Josué, e revela uma deficiência da nação. Era preciso circuncidar
os filhos de Israel. A geração que saiu do Egito havia morrido no deserto, e
seus filhos não haviam sido circuncidados. Eles herdariam a terra e viveriam a
promessa. Agora era necessário que o pacto fosse renovado, e para tal deveria
ser removido o prepúcio de todos os filhos de Israel.
Deus orienta a
Josué que se faça facas de pedras e que todos os homens de Israel tenham seu
prepúcio cortado, como sinal da remoção do velho e a instauração do novo. Aquele
dia foi de grande dor para a nação, mas, com da dor, emergiu uma poderosa geração,
mais forte e poderosa do que nunca. Era um renascer para um futuro de grandes
conquistas. A geração de Josué é um exemplo para nós.
Antes de passar o Jordão
A passagem pelas águas do Jordão nos ensina que a cada geração Deus se manifesta de acordo com o seu propósito para a mesma. As inúmeras vezes que falhamos são reflexo das decisões que tomamos com base nas emoções antes de agir com a razão. Os grandes erros surgem quando nos apressamos a decidir sem tomar o tempo suficiente para avaliar o que vamos fazer. Tranquilidade antes de agir é o que fora experimentado pelos israelitas. Josué descansou no Senhor antes de tomar uma decisão. Este é um princípio de mudança que influencia tanto nossas vidas quanto nossos ministérios. Será que já pensamos sobre quão eficaz seria analisar responsavelmente todas as decisões que adotaremos em nossas vidas? Não consultar a Deus antes das ações pode nos acarretar danos irreparáveis: “Porque bem sabeis que, querendo ele ainda depois herdar a bênção, foi rejeitado, porque não achou lugar de arrependimento, ainda que, com lágrimas, o buscou”. (Hebreus 12:17).
Às vezes
tentamos copiar meios pelos quais algumas pessoas obtiveram sucesso, mas
precisamos ter a consciência de que para cada caso Deus tem uma maneira de se
manifestar. Ele foi com Josué, mas agiu diferente de como agiu com Moisés.
Nosso maior obstáculo na vida não é somente a série decorrente do caos
provocado pelas decisões erradas, mas o fato de não poder mais retroagir diante
das decisões já tomadas. Por isso, é de grande importância pensar antes de
tomar decisões (Lucas 14:28-30).
A
santificação de hoje garante a maravilha de amanhã (Josué 3:5). A confiança em
Deus reflete em grandes obras do Criador em resposta a fé (Provérbios 24:10).
Como Cristãos, nos encontramos constantemente enfrentando desafios para os
quais fomos chamados a superar. É um princípio que deve prevalecer em tudo o
que fazemos. A nossa fé deve procurar crescer e ver a glória de Deus. Se em
algum momento temos preocupações sobre o que pode acontecer amanhã, devemos ter
a claridade de que fomos chamados para ter um melhor porvir, porque o Senhor
está batalhando ao nosso lado (Deuteronômio 1:30).
Devemos ter
sempre em mente que essa palavra também se aplica a todos nós. Fomos
constituídos sacerdotes e isso implica em responsabilidade, “em carregar a
arca”, em estar disposto a “molhar os pés” (I Pedro 2:9). Nossa consagração
abrange tanto nossos sucessos, quanto os daqueles a quem lideramos.
O fator
tempo é um princípio que devemos examinar bem todos os passos que daremos (Josué
3:2). Quando invocamos a Deus em tudo quanto pretendemos realizar, temos
assegurada a nossa vitória. Esse é um princípio que não nos trará ilusões e que
terá cumprimento em toda nossa existência, se aplicarmos no cotidiano. Se Deus
vê o que está adiante de nós, então a vitória é garantida (Josué 3:3-4). Após
três dias, Josué enviou seus oficiais com uma estratégia para seguir o caminho.
Andar com Deus é sempre estar informado do caminho pelo qual devemos seguir.
Após falar,
Deus sempre materializa o que sai de Seus lábios, porque vela por Sua Palavra
para cumprir (Jeremias 1:12). Como ver convertidas em realidade as promessas de
Deus? Acreditando e permanecendo firme na esperança, porque Deus não retarda
Sua promessa (II Pedro 3:9).
Comentário Adicional
Pb. Miquéias Daniel Gomes
Deus deseja que seu povo seja SANTO (I Pedro 1:15-16). Santo vem de Kadoshi, que significa “separado” ou “consagrado”, sendo também, um dos nomes usados para identificar o Deus dos hebreus. Assim, o Senhor deseja que tenhamos uma vida diferente dos padrões estabelecidos pelo mundo, que tem seus sistemas e interesses dominados pelo maligno (I João 5:19). Deus deseja que tenhamos padrões morais, éticos e sociais, enquadrados na sua vontade, em conformidade com seus mandamentos. Somos sal da terra e luz do mundo, e jamais devemos perder o sabor ou sermos engolidos pelas trevas. Ser santo é ser diferenciado, é ter prioridades que valorizam o céu mais do que a terra. Mesmo assim, enquanto estivermos aqui na Terra, não conseguiremos alcançar a perfeição, eliminar todas as nossas falhas e nos mantermos imunes a qualquer tentação.
Se isso acontecesse, simplesmente criaríamos asas e voaríamos para o céu, pois o mundo já não poderia nos suportar. Infelizmente, ainda não é assim. Davi, no Salmo 103 louva ao Senhor por sua misericórdia, e acalenta corações frustrados por falhas e erros, dizendo: - O Senhor conhece a nossa estrutura e sabe que somos feitos de pó (Salmo 103:14). Ciente de nossas limitações e impossibilidades, Deus busca encontrar perfeição em nossas imperfeições (Gêneses 17:1).
Se isso acontecesse, simplesmente criaríamos asas e voaríamos para o céu, pois o mundo já não poderia nos suportar. Infelizmente, ainda não é assim. Davi, no Salmo 103 louva ao Senhor por sua misericórdia, e acalenta corações frustrados por falhas e erros, dizendo: - O Senhor conhece a nossa estrutura e sabe que somos feitos de pó (Salmo 103:14). Ciente de nossas limitações e impossibilidades, Deus busca encontrar perfeição em nossas imperfeições (Gêneses 17:1).
Não é possível igualar nosso padrão de santidade ao de Deus, afinal, o Senhor habita numa esfera intocável pelo pecado. Nós, por outro lado, vivemos rodeados de tentações e apostasias, agentes contaminantes e contaminadores. Mas, é exatamente aí que reside a beleza do Evangelho, capaz de estabelecer novos padrões de comportamento, que criam em nós, uma nova consciência, uma visão diferenciada, que nos permite enxergar o mundo e as pessoas pela ótica espiritual. Estamos no mundo, mas não somos do mundo. Não somos movidos pelo que se pode ver, mas sim, por aquilo que é invisível. Separados. Em Coríntios 13:8-12, Paulo nos afirma que hoje, temos que conviver com imperfeições, tendo um conhecimento parcial sobre tudo que é divino. Vemos a glória de Deus como se olhássemos por um espelho embaçado. Não somos plenos. Mas, em breve, tudo que é imperfeito se revestirá de perfeição, e conheceremos a Deus, como por Ele somos conhecidos. Neste dia, e somente neste dia, seremos santos, como Santo, Deus é.
Até lá, precisamos nos dedicar a um processo chamado “SANTIFICAÇÃO”, sem a qual, não se pode ver a face de Deus (Hebreus 12:14). Podemos entender a santificação como uma escada para chegar até a santidade. Cada degrau escalado, nos leva para mais perto da “estatura de varão perfeito”. Mas, esta é uma escada muito longa, que liga a terra aos céus. O primeiro degrau está na altura de nossos pés, aqui no mundo. O último degrau, está junto ao trono de Deus. Então, degrau a degrau, vamos nos afastando da terra, e nos aproximando do céu. Passo a passo. Mesmo cientes, que em vida, nunca alcançaremos o topo da escada, iremos dedicar nossa existência na escalada. Um pouco mais perto a cada instante. Um pecado a menos todo dia. Um mandamento obedecido a cada vez. Uma tentação ignorada a cada passo. Um degrau acima a cada oração.
Para a travessia do Jordão, Deus pediu a Josué que santificasse o povo. Naquele tempo, a contaminação espiritual era representada por elementos esternos, como por exemplo, o contato com fluidos corporais de outras pessoas, o toque em um cadáver, contato direto com pessoas infectadas por certas doenças, casamentos paganizados, ingestão de alimentos proibidos pela lei. No processo de santificação, o povo era levado a refletir sobre sua condição espiritual, reavaliando suas ações pessoais. Os israelitas retiraram do meio do arraial tudo aquilo que os contaminavam. Simbolicamente, eles se afastavam da terra para se aproximar do céu. Degrau a degrau. Na véspera da travessia, Josué convocou cada integrante da nação a uma experiência pessoal com Deus: - Santificai, porque amanhã o Senhor fará maravilhas no meio de vós (Josué 3:5).
O novo líder sabia que na manhã seguinte, Deus visitaria seu povo, e se empenhou para que ao chegar, o Senhor encontrasse a casa limpa e arrumada. Cada israelita deveria se preparar para a visita do Deus Todo Poderoso, retirando de suas vidas tudo aquilo que poderia repelir a presença de Deus. O Senhor não visita casa suja. Não convive em ambientes de contaminação. Ele é santo e espera que seu povo também seja. Separados, consagrados, limpos em meio a um mundo de imundícias e podridão. É preciso manter a casa sempre arrumada, nem que se faxine um cômodo por vez. Esta é a beleza da santificação. A possibilidade de ser melhor a cada dia.
Até lá, precisamos nos dedicar a um processo chamado “SANTIFICAÇÃO”, sem a qual, não se pode ver a face de Deus (Hebreus 12:14). Podemos entender a santificação como uma escada para chegar até a santidade. Cada degrau escalado, nos leva para mais perto da “estatura de varão perfeito”. Mas, esta é uma escada muito longa, que liga a terra aos céus. O primeiro degrau está na altura de nossos pés, aqui no mundo. O último degrau, está junto ao trono de Deus. Então, degrau a degrau, vamos nos afastando da terra, e nos aproximando do céu. Passo a passo. Mesmo cientes, que em vida, nunca alcançaremos o topo da escada, iremos dedicar nossa existência na escalada. Um pouco mais perto a cada instante. Um pecado a menos todo dia. Um mandamento obedecido a cada vez. Uma tentação ignorada a cada passo. Um degrau acima a cada oração.
Para a travessia do Jordão, Deus pediu a Josué que santificasse o povo. Naquele tempo, a contaminação espiritual era representada por elementos esternos, como por exemplo, o contato com fluidos corporais de outras pessoas, o toque em um cadáver, contato direto com pessoas infectadas por certas doenças, casamentos paganizados, ingestão de alimentos proibidos pela lei. No processo de santificação, o povo era levado a refletir sobre sua condição espiritual, reavaliando suas ações pessoais. Os israelitas retiraram do meio do arraial tudo aquilo que os contaminavam. Simbolicamente, eles se afastavam da terra para se aproximar do céu. Degrau a degrau. Na véspera da travessia, Josué convocou cada integrante da nação a uma experiência pessoal com Deus: - Santificai, porque amanhã o Senhor fará maravilhas no meio de vós (Josué 3:5).
O novo líder sabia que na manhã seguinte, Deus visitaria seu povo, e se empenhou para que ao chegar, o Senhor encontrasse a casa limpa e arrumada. Cada israelita deveria se preparar para a visita do Deus Todo Poderoso, retirando de suas vidas tudo aquilo que poderia repelir a presença de Deus. O Senhor não visita casa suja. Não convive em ambientes de contaminação. Ele é santo e espera que seu povo também seja. Separados, consagrados, limpos em meio a um mundo de imundícias e podridão. É preciso manter a casa sempre arrumada, nem que se faxine um cômodo por vez. Esta é a beleza da santificação. A possibilidade de ser melhor a cada dia.
Passando o Jordão
Para
alcançar a terra de Canaã, os filhos de Israel tiveram que descer até às
margens do Jordão. Descer tem um significado diante de Deus. É estar disposto a
se humilhar e, se necessário, abrir mão de posturas, posições, projetos
pessoais e toda altivez da vida. Quando Israel chegou ao Jordão, o povo já não
era guiado pela nuvem durante o dia nem tampouco pela coluna de fogo à anoite
(Êxodo 13:21). Agora era a arca da aliança, uma figura simbólica do próprio
Jesus Cristo, descendo ao Jordão, imergindo-se na morte, e dizendo: “Sigam-me”.
É Jesus nos convidando a sermos batizados nEle. Ele nos chama para começar uma
nova vida e romper com o passado (Hebreus 9:1-28). A travessia do Jordão é um
símbolo da entrada para a liberdade em Cristo.
O Senhor não
nos chamou apenas para descer o Jordão, arriscar a vida e enfrentar perigos.
Ele nos chamou para subir em direção a Jerusalém, onde está seu governo é para
sempre (1Ts 4.13-17). O Senhor sempre nos tira de alguma situação a fim de nos
levar a Ele mesmo. Não basta simplesmente escapar do poder de Satanás, do
cárcere da escravidão. Devemos, também, entrar na vida espiritual que Ele nos
propôs, a terra onde quer que desfrutemos da excelência de sua vitória. Ao sair
do Jordão, os filhos de Israel entraram na Terra Prometida, que simboliza a
permanência em Cristo. Para cada humilhação de nossas vidas, Deus tem uma
recompensa de exaltação.
Quando
parecia que tudo estava bem, e que o povo estava totalmente protegido, coberto
pela presença de Deus, o senhor manda Josué circuncidar todo o povo que nasceu
no deserto (Isaías 5:2-5). Em Gilgal, aprendemos que Deus dispõe a nos fazer
livres dos fardos pesados do Egito, do sofrimento humilhante do deserto e do
desnível acentuado do Jordão. Aquele dia foi de grande dor para os Israelitas.
Se o Jordão aponta para uma nova vida, Gilgal assinala que não existe nova vida
sem sangue – uma figura simbólica da cruz. Os Israelitas deveriam remover o
prepúcio com uma faca de pedra como sinal de que eles pertenciam a uma aliança
fiel com Deus!
Todas as
pessoas que nasceram no deserto não haviam sido circuncidadas. Entrar na faca
aqui lembra a submissão ao agudo corte produzido pela Palavra de Deus (Hebreus
4:12). Simbolicamente, a faca representa uma profunda purificação. O desejo
divino é que venhamos a produzir espiritualmente uma geração santa, mas isso
principia em nós. Devido a natureza adâmica, cada um de nós porta dentro de si
o “opróbrio do Egito” (Marcos 7:21-23), que deve ser removido por uma operação
na qual o Espírito do Senhor corta fora todas essas paixões e domínios do mal.
A
travessia do Jordão é uma das passagens mais profundas do livro de Josué. Ela
nos ensina o que Israel teve que fazer para possuir a terra por herança. O
capítulo começa dizendo: “Moisés, meu servo, é morto” (Isaías 1:1-2). Uma
representação da Lei, a qual era incapaz de conduzir o povo a salvação (Hebreus
9:11-15). Josué foi aquele que Deus escolheu para passar o Jordão e conduzir o
povo até a Terra Prometida. Seu nome significa: “Jeová salva”, e tem o mesmo
significado do nome Jesus. O povo deveria aceitar a Josué como nós devemos
aceitar a Jesus como nosso Salvador e Senhor.
Se o povo de
Israel seguisse a Josué, passaria o Jordão e conheceria a Terra Prometida. Para
alcançar a vida abundante (a Terra Prometida que nos espera), temos que lutar.
Porém, guiados por Josué (Jesus), a vitória estará assegurada. Para seguir as ordens
dadas por Josué, é preciso realmente estar disposto a deixar o Egito para trás
emolhar os pés para cruzar o Jordão. O Jordão transbordava, aparentava grande
perigo e quem seguisse a Josué (Jesus) deveria arriscar-se a confiarem em sua
palavra (Hebreus 4:16). Quando o Senhor diz “siga-me”. Ele não desvenda o que
existe após a passagem do Jordão. Lutas virão, inimigos se levantarão. Mas, até
mesmo as muralhas intransponíveis, ruirão diante daqueles que creem.
Circuncisão – Marca da Promessa
Comentário Adicional
Pb. Miquéias Daniel Gomes
Em Gêneses
17, temos o relato do próprio Deus selando uma aliança com o patriarca Abraão.
O Senhor o abençoaria e multiplicaria sua semente sobre a terra, e seus filhos,
seriam tão numerosos quanto as estrelas do céu. Abraão seria “Pai de Nações” e através
dele, todas as famílias da terra seriam abençoadas. Deus cumpriu piamente cada
uma destas promessas. Da semente de Abraão se multiplicaram povos, e Israel, da linhagem de Isaque e Jacó, chegou a divisa de Canaã como uma
poderosa nação. Muitas gerações a frente, em Israel, nasceria Jesus, benção
para todas as famílias da terra. Deus sempre deu a Abraão, garantias de sua
fidelidade para com a aliança estabelecida, e pediu ao patriarca, um sinal de que ele e
seus descendentes, a honrariam também. Neste dia, foi estabelecido que todos os
homens daquela linhagem, deveriam ser circuncidados.
Embora a circuncisão feminina seja praticada em diversas culturas da África e da Ásia, a aliança entre Deus e Abraão tratava apenas da circuncisão masculina. Circuncidar significa “cortar ao redor” e faz referência a um procedimento cirúrgico que remove o prepúcio, uma pele que cobre a glande do pênis. Os meninos hebreus eram circuncidados ao oitavo dia de vida, sendo que uma faca de pedra era usada no procedimento. Porém, muitos são os registros bíblicos de homens adultos que passaram por este doloroso processo, afim de serem incorporados na sociedade judaica. Em Israel, ninguém podia escapar da faca, pois a circuncisão estava atrelada a identidade nacionalista de um hebreu. Escravos de outras nacionalidades também eram obrigados a se circuncidar, e o mesmo requisito se aplicava a qualquer imigrante que desejasse se estabelecer em Israel. Em Gêneses 34, a fim de permitir o casamento de sua filha Diná com um heveu chamado Siquém, Jacó exigiu que toda a família do “noivo” fosse circuncidada, numa cerimônia marcada por um final trágico.
Mais do que um rito religioso, a circuncisão identificava a criança como participante da aliança selada entre Deus e Abraão. Era um selo, uma marca que representava a intimidade entre o indivíduo e seu Deus. Em Israel, ninguém poderia tomar parte da promessa da terra prometida sem antes passar pela circuncisão. Antes mesmo de voltar para o Egito resgatar seu povo, Deus exigiu que Moisés circuncidasse os membros de sua família (Êxodo 4:24-26). Apesar dos hebreus nascidos no Egito manterem inalterada esta tradição, ela foi abandonada no deserto, onde os israelitas deixaram de circuncidar seus filhos. Em Gilgal, pouco depois da travessia do Jordão, Deus ordena que Josué prepare facas de pedra, e realize uma gigantesca cerimônia de circuncisão, afim de circuncidar todos os homens nascidos no deserto. E em quarenta anos, haviam sido muitos.
Foi um dia marcado por sangue, dor e gemidos. E tinha que ser assim. Conforme a aliança estabelecida séculos atrás, apenas os circuncidados eram portadores da promessa. Não se podia entrar em Canaã “inteiro”. Era preciso dar uma parte de si ao Senhor, e a circuncisão era um ato de entrega e sacrifício. Milênios depois, os judeus ainda preservam esta tradição, sendo a circuncisão, um dos mais importantes ritos da religião judaica.
No Velho Testamento, aos olhos do hebreu, um homem não circuncidado, não tinha honra e nem merecia respeito. Ao se referir pejorativamente ao gigante Golias, Davi o chama de “incircunciso” (I Samuel 17:26). Nos primórdios da igreja, existiram acaloradas discussões sobre a necessidade de gentios convertidos também se circuncidarem. Para alguns pais da igreja, a circuncisão seria um requisito primordial para que alma fosse salva, para outros, a fé em Cristo já seria suficiente. Paulo, foi fundamental para que a discussão chegasse ao fim, ao propor um novo tipo de circuncisão, ainda mais significativa: - o verdadeiro judeu é aquele que é judeu por dentro, aquele que tem o coração circuncidado; e isso é uma coisa que o Espírito de Deus faz e que a lei escrita não pode fazer (Romanos 2:29).
Embora a circuncisão feminina seja praticada em diversas culturas da África e da Ásia, a aliança entre Deus e Abraão tratava apenas da circuncisão masculina. Circuncidar significa “cortar ao redor” e faz referência a um procedimento cirúrgico que remove o prepúcio, uma pele que cobre a glande do pênis. Os meninos hebreus eram circuncidados ao oitavo dia de vida, sendo que uma faca de pedra era usada no procedimento. Porém, muitos são os registros bíblicos de homens adultos que passaram por este doloroso processo, afim de serem incorporados na sociedade judaica. Em Israel, ninguém podia escapar da faca, pois a circuncisão estava atrelada a identidade nacionalista de um hebreu. Escravos de outras nacionalidades também eram obrigados a se circuncidar, e o mesmo requisito se aplicava a qualquer imigrante que desejasse se estabelecer em Israel. Em Gêneses 34, a fim de permitir o casamento de sua filha Diná com um heveu chamado Siquém, Jacó exigiu que toda a família do “noivo” fosse circuncidada, numa cerimônia marcada por um final trágico.
Mais do que um rito religioso, a circuncisão identificava a criança como participante da aliança selada entre Deus e Abraão. Era um selo, uma marca que representava a intimidade entre o indivíduo e seu Deus. Em Israel, ninguém poderia tomar parte da promessa da terra prometida sem antes passar pela circuncisão. Antes mesmo de voltar para o Egito resgatar seu povo, Deus exigiu que Moisés circuncidasse os membros de sua família (Êxodo 4:24-26). Apesar dos hebreus nascidos no Egito manterem inalterada esta tradição, ela foi abandonada no deserto, onde os israelitas deixaram de circuncidar seus filhos. Em Gilgal, pouco depois da travessia do Jordão, Deus ordena que Josué prepare facas de pedra, e realize uma gigantesca cerimônia de circuncisão, afim de circuncidar todos os homens nascidos no deserto. E em quarenta anos, haviam sido muitos.
Foi um dia marcado por sangue, dor e gemidos. E tinha que ser assim. Conforme a aliança estabelecida séculos atrás, apenas os circuncidados eram portadores da promessa. Não se podia entrar em Canaã “inteiro”. Era preciso dar uma parte de si ao Senhor, e a circuncisão era um ato de entrega e sacrifício. Milênios depois, os judeus ainda preservam esta tradição, sendo a circuncisão, um dos mais importantes ritos da religião judaica.
No Velho Testamento, aos olhos do hebreu, um homem não circuncidado, não tinha honra e nem merecia respeito. Ao se referir pejorativamente ao gigante Golias, Davi o chama de “incircunciso” (I Samuel 17:26). Nos primórdios da igreja, existiram acaloradas discussões sobre a necessidade de gentios convertidos também se circuncidarem. Para alguns pais da igreja, a circuncisão seria um requisito primordial para que alma fosse salva, para outros, a fé em Cristo já seria suficiente. Paulo, foi fundamental para que a discussão chegasse ao fim, ao propor um novo tipo de circuncisão, ainda mais significativa: - o verdadeiro judeu é aquele que é judeu por dentro, aquele que tem o coração circuncidado; e isso é uma coisa que o Espírito de Deus faz e que a lei escrita não pode fazer (Romanos 2:29).
Pela fé,
somos também “filhos” de Abraão e participantes de uma Nova Aliança
estabelecida por Cristo na cruz. Somos herdeiros de Deus e participante da sua
promessa. Marchamos para uma terra boa, que mana leite e mel. A Nova Jerusalém.
Lá, só se entra com a marca da aliança, uma circuncisão voluntária, realizada
no coração.
Conclusão
A geração
de Josué tornou-se um exemplo de conquista e vitórias para todas as outras. Sua
geração era santificada, circuncidada, obediente e guerreira. A santificação
faz parte de uma cartilha vencedora que não podemos deixar de praticar.
Em sua infinita bondade e misericórdia, Deus criou um plano de salvação
para a humanidade e cada geração desempenha seu papel para que este plano se
torne conhecido em seu tempo. Quando uma geração não cumpre o seu propósito, os
prejuízos são incalculáveis. Devemos ser espelhos para as próximas gerações,
isto é, através das nossas atitudes anunciar as grandezas do Senhor,
mostrando a necessidade constante de termos um relacionamento íntimo e
profundo com Deus. Para uma maior compreensão desta verdade, participe neste
domingo, 12 de fevereiro de 2017, da Escola Bíblica Dominical.
Nenhum comentário:
Postar um comentário