domingo, 21 de junho de 2015

Que privilégio glorioso!


Pb. Carlos Alexandre Alves de Lima

Caminhando pela área social da igreja, deparei-me com uma cena tão comum em nosso meio, mas, tão cheia de significados, que me fez pensar na generosidade Deus, que concede a seres humanos uma honra que ecoa pela eternidade. O que vi, foi algumas obreiras da Casa do Senhor, atarefadas com o preparo da mesa que seria disposta para a Celebração da Santa Ceia.

Percebi o carinho com que manuseavam as toalhas e o cuidado na harmonização dos elementos dentro do espaço. Pão e Vinho, símbolos máximos desta celebração, representando o corpo e o sangue de Cristo recebiam delas um trato ainda mais especial, sendo manuseados com cautela, respeito, amor, temor e alegria. Lembrei-me então da morte de Jesus.

Eram três horas da tarde quanto o Salvador expirou na cruz. Seus seguidores tinham apenas três horas para retira-lo dali e levá-lo ao sepulcro, pois o sábado judaico começava as seis da tarde e não lhes era permito por lei, realizar qualquer trabalho dentro daquele período. Isso não impediu que um grupo dedicado preparasse o corpo do Mestre para o que achavam ser seu sono perpetuo. Eles tomaram o corpo jazido, e o lavaram, retirando o sangue coagulado que se ajuntava por toda a extensão da pele. Em seguida, o corpo de Jesus foi besuntado com óleos aromáticos e balsamos. Usualmente, os judeus enrolavam seus mortos em diversos metros de tecido antes de sepultá-lo, mas como não havia tempo hábil para isto, aqueles discípulos optaram por envolver o corpo do Messias em um lençol de linho, e retornar na manhã de domingo, para finalizar os trabalhos. Não foi o aconteceu, pois quando as mulheres chegaram ao tumulo naquela manhã, apenas os lençóis estavam ali, sem corpo... Jesus havia ressuscitado.

Ao ver os preparativos da Santa Ceia, me emocionei ao perceber que hoje temos a mesma honra e privilegio daqueles irmãos, preparar com nossas mãos os elementos que representam os símbolos da Nova Aliança. O PÃO assado em fornos e preparado a base de farinha é terreno, mas representa o PÃO DA VIDA descido do céu. O VINHO, fruto da vide, distribuído em cada cálice por mãos humanas é o símbolo máximo do SANGUE vertido na cruz do Calvário para remissão de pecados. Fazemos isso em memória de sua morte, mas não preparamos está cerimonia com pesar ou luto, e sim repletos de alegria. Lembramos da Morte para celebrar a Vida.... Que privilégio glorioso!


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