Texto Áureo
Ó Senhor, quem é como tu entre os deuses? Quem é
como tu, glorificado em santidade, admirável em louvores, operando maravilhas?
Êxodo 15.11
Verdade Aplicada
Todo ser humano é dotado de heroísmo e fragilidade,
a diferença está na capacidade de escolha. As oportunidades de uma vida
poderosa sempre aparecerão, basta apenas ter coragem para crer e vivê-las
intensamente.
Textos de Referência
Salmos 40:5-8
Muitas são, Senhor meu Deus, as maravilhas que tens operado para conosco, e os
teus pensamentos não se podem contar diante de ti; se eu os quisera anunciar, e
deles falar, são mais do que se podem contar. Sacrifício e oferta não quiseste;
os meus ouvidos abriste; holocausto e expiação pelo pecado não reclamaste.
Então disse: Eis aqui venho; no rolo do livro de
mim está escrito: Deleito-me em
fazer a tua vontade, ó Deus
meu; sim, a tua lei está dentro
do meu coração.
Moisés :
Um herói da Fé
Comentário:
Dc.
Bene Wanderley
Moisés é sem dúvidas um dos
maiores nomes da história da humanidade. Esse grande homem marcou toda a sua
geração com uma liderança firmada em Deus, bem como as gerações futuras com seu
exemplo de comprometimento, e continuará inspirando muitas vidas, por toda
existência humana. Ele é, com absoluta certeza, um modelo para os nossos dias
tão cheios de controvérsia, onde tantos se questionam em relação aos propósitos
de Deus para o homem. Olhando a trajetória de Moisés - desde o seu nascimento
até a sua morte em Deuteronômio 34 - vemos a mão do Deus Eterno guiando,
dirigindo e movendo a história deste personagem tão icônico, em cada linha e em
cada verso. As lições que temos desse gigante da fé são inúmeras, e
relaciona-las é uma tarefa árdua até mesmo para o mais capacitado exegeta de
nosso tempo. Esta dificuldade se dá pelo descomprometimento de nossa geração
com causas puramente espirituais, pois a cultura moderna tem influências fortes
sobre nós, que aos poucos, nos fazem perder o foco da verdadeira fé cristã. Os
valores invertidos têm nos levados a becos sem saída, e isso tem enfraquecido
as nossas convicções cristãs. Pois de todas as lições que temos visto nesses
três meses de estudo sobre Moisés, a que mais se faz necessária aprender é a
que foi enfatizada pelo escritor aos Hebreus - no capitulo onze, a partir dos versículos vinte e três - onde ele
afirma o motivo que fez de Moisés um herói de grandes batalhas. Os desafios encontrados e sumariamente
vencidos ao longo da caminhada de Moisés foram marcantes e diversificados, mas
oriundos de uma causa única: Fé.
A Fé foi a mola mestra que
impulsionou, deu sentido, motivos e convicção para tanta bravura e tamanha coragem.
Moisés foi movido por fé, e se deixou mover pelo próprio Deus. Mais do que nos
inspirar com uma bela biografia, quando a Bíblia fala sobre Moisés, ela nos
apresenta uma prova viva e incontestável que o Deus “invisível, mais real” esta no comando da história e deseja que os
seus filhos queridos tenham a mesma convicção é fé que seu “grande amigo” teve (Êxodo 33:11).
Nesta lição, extrairemos algumas importantes
verdades da história de vida do grande homem que foi Moisés. Sua vida nos faz
lembrar que as providências divinas são sempre sobrenaturais, estranhas e
inesperadas para nós. Como Moisés, somos tentados a sentir-nos desencorajados e
até com o pensamento de que o Senhor se esqueceu de nós (Êxodo 3:7-10).
Moisés:
Um homem trabalhado por Deus
Algumas atitudes tomadas por Moisés em seu tempo
nos levam a crer que ainda precisamos melhorar bastante em nossa vida de
comunhão com Deus. Entre elas, estão sua renúncia, seu amor à justiça e sua
paciência em meio à obscuridade. Vivemos em um tempo em que as pessoas busca, a
todo custo, a satisfação, o prazer e o status. A atitude tomada por Moisés
seria tão ignorada hoje quanto foi em seu tempo. Quando se inteirou que os
escravos que trabalhavam sob o jugo do Faraó eram o seu verdadeiro povo, Moisés
rejeitou tudo que possuía de melhor e, pela fé, aceitou seu destino. Somos informados
que Moisés rejeitou um trono, deixando para trás todo o preparo e investimento
feitos em sua vida, porque viu uma maior recompensa (Hebreus 11:23-26). Moisés
trocou a luxúria pelos maus tratos, a comodidade de um palácio pela escassez de
um deserto. Isso somente a fé pode explicar. Ele fez os cálculos de sua
decisão, ele sabia o que estava perdendo e o que ganharia (Hebreus 11:25-26). A maturidade de Moisés é destacada no momento de
sua decisão. Foi nesse tempo que seu coração foi atraído em uma direção
distintivamente diferente que, de forma muito consciente, trouxe-lhe à razão
pela qual nasceu. Moisés fez tudo isso sem intenção alguma de recompensa. Ele
tinha tudo, mas por amor a seu povo resolveu renunciar.
O amor pela justiça sempre foi uma atitude comum em
sua vida. Vemos isso em três acontecimentos: primeiro, ao defender o hebreu que
estava sendo ferido pelo egípcio. Depois, quando partiu em defesa das filhas de
Jetro no poço de Midiã (Êxodo 2:11-17). Todavia a maior de todas foi quando
pediu para ser riscado do livro, arriscando sua própria vida para que o Senhor
não destruísse o Seu povo (Êxodo 32:32). Era uma qualidade sua defender o
desfavorecido, mesmo que isso lhe trouxesse perdas e danos. Havia em Moisés uma
combinação de força e gentileza de caráter. Não temos dúvidas que fora treinado
para a guerra no Egito, mas era, acima de tudo, um homem sensível ao sofrimento
alheio, gentil e prestativo.
Moisés deixou de ser príncipe para ser pastor, uma
profissão desprezada pelos egípcios. Foram quarenta anos sem visão, sem
revelação, sem altares, sem voz profética, sem nada, apenas no silêncio. Nossa
maior pergunta no silêncio divino é se o Senhor ainda conta conosco, se ainda
se interessa por nós. Moisés soube esperar, aliás, tinha que esperar, mas aprendeu
que Deus não nos usa por um tempo e depois abandona. Ele não toma posse parcial
de nossas vidas, Ele nos compra em sua totalidade. Mesmo com todos os nossos
defeitos e pecados devastadores, Ele não perde o interesse por nós. Deus não
nos apaga da história quando erramos, nosso maior problema é que nós mesmos não
queremos obter o perdão e ter os pecados perdoados. Quando o silêncio rompeu,
Moisés já tinha oitenta anos, estava vazio de si e pronto para ser cheio de
Deus. Todos os diplomas de
Moisés eram nada diante de Deus. Mesmo assim, Moisés aceitou a humilhação que o
Senhor colocou em sua vida por providência. Moisés se tornou tão humilde que se
achou incapaz e, quando pensava que nada aconteceria, Deus resolveu fazer dele
o herói que todos conhecemos.
Moisés:
Um homem de feitos extraordinários
Cada praga derramada no Egito tinha um objetivo:
inutilizar e envergonhar a potência dos deuses ali existentes. Com isso, Deus
se apresentava não somente como o Criador de todas as coisas, mas como aquele que
é Onipotente. A nona praga tinha um
significado especial, pois se tratava de um ataque direto a Faraó, que se
intitulava “filho do sol”, o qual era iluminado por Rá, o deus-sol. Todos os
dias, nas casas e nos campos, à margem do Nilo, havia pessoas, desde cedo, em
atitude de adoração, voltadas para o nascer do sol. A praga da escuridão
demonstrava que o Deus de Moisés era mais poderoso que o deus de Faraó. As
escrituras nos afirmam que as trevas eram tão espessas que eles podiam sentir;
os egípcios não viram um ao outro durante três dias. Porém, algo nos chama
atenção: por maior que fosse a escuridão do Egito, os hebreus reluziam como uma
cidade edificada sobre um monte (Êxodo 10:23). Essa é a diferença entre o justo
e o ímpio, entre estar ou não debaixo da proteção de Deus. Egito estava
praticamente destruído, os deuses de Faraó inertes, nada mais restando, a não
ser se entregar. Mesmo assim, o coração de Faraó continuava a recusar a
supremacia divina. Ele rejeitou os apelos, ignorou as advertências, zombou da
Palavra de Deus e endureceu seu coração, seguindo seus próprios caminhos, sem
se importar com nada. Faraó é símbolo de pessoas negligentes, que lutam contra
a verdade por orgulho ignorante e se esquecem que o dia do juízo um dia
chegará.
Aquela noite foi a mais marcante da história dos
hebreus, a noite que ninguém dormiu. Ela nos recorda o sacrifício do Cordeiro,
o poder do sangue e o início de uma nova vida. Porém, para os egípcios foi a
noite do acerto de contas. A morte passava por toda a terra e só havia um
critério para que ela não devastasse a vida de um filho primogênito: o sangue
do cordeiro nos umbrais da porta (Êxodo 12:7, 12-14). A Bíblia nos diz que foi
à meia noite, na hora da paz, do descanso e do silêncio que houve um grande
clamor e não houve casa que não houvesse um morto (Êxodo 12:30). A porta
deveria estar trancada, mas selada com o sangue da aliança. O que para uns foi
a liberdade e a alegria, para outros foi derrota, aflição e tristeza (Êxodo 12:33).
Duas pragas puderam ser reproduzidas pelos magos de
Faraó, mas essa terceira foi humilhante. Deus usou algo pequeno, insignificante,
mas preciso e poderoso (I Coríntios 1:27-28). Piolhos é uma palavra que
descreve insetos que sugam o sangue das pessoas. Os egípcios eram um povo muito
higiênico. Os seus sacerdotes ufanavam-se por usarem roupas limpas, de linho
puro também a sua higiene pessoal. Eles tomavam banhos frequentes e raspavam
todos os pelos do corpo. Para eles esses insetos eram considerados imundos.
Havia milhares deles e penetravam em todos os lugares, roubando a paz de todos,
inclusive dos animais. Os mágicos reconheceram que estava atuando algum poder
divino, superior a tudo quanto já tinham visto, que não se submetia ao controle
deles, então confessaram: “Isto é o dedo de Deus” (Êxodo 8:19). Se o dedo de
Deus pode fazer isso ao inimigo, o que poderá fazer a mão?
Moisés:
Um aluno do Deserto
Comentário:
Pr. Wilson
Gomes
Moisés foi um homem sem precedentes e
ninguém jamais conseguirá usurpar o seu lugar de honra na história humana ou no
coração de judeus e cristãos por todo o mundo... O vemos literalmente como “o”
grande líder, e realmente ele “o” foi. Mas, se observarmos com maior atenção a
matemática bíblica, encontraremos vários momentos em que podemos comparar sua
trajetória com a nossa. Quando fugiu e deixou para traz o palácio de luxo, abriu
mão de tudo que era tangível, em busca de algo incerto. Da mesma maneira, em
alguns momentos, também temos que tomar decisões complexas, escolher o incerto e
o menos plausível, esperando que um evento milagroso dê rumos definitivos para
nossa vida. No caso de Moisés, ele fez isto sem ainda ter tido uma experiência
com Deus, sem ler um livro sagrado que o exortasse ou ter um mentor espiritual
que o aconselhasse. Passou quarenta anos no anonimato, cuidando de ovelhas no
deserto. É possível que por muitas vezes ele tenha analisado a escolha que fez,
e cogitado a possibilidade de ter errado miseravelmente, sentindo a pesada mão
da “perca” sobre seus ombros. São em momentos assim que, por vezes, achamos que
não há uma compensação satisfatória por nossos sacrifícios, mas é exatamente aí
que entra a visão da fé, que nos dá condições para acreditar num propósito que
não é palpável.
Na pratica, Moisés estava vivendo uma
realidade sem muitas perspectivas, cercado de pedras, frio, calor e solidão, porém,
num âmbito espiritual, ele estava recluso no maior seminário de todos os
tempos, com carga horária de 40 anos e sem professores visíveis. Décadas de
silêncio em busca por um propósito e Moisés não sabia que estava sendo
observado por olhos eternos, até que Deus resolveu se apresentar. E de repente,
lá está a visão de uma sarça ardente em fogo. O milagre não era o fogo, mas sim a
sarça (uma planta fraca e de fácil
combustão), não se queimar. Ali, a mensagem de Deus para Moisés é simples e
profunda: eu te manterei produtivo mesmo no meio do fogo. Por vezes, o
fogareiro se acende em nossa vida, situações que literalmente nos jogam no meio das
chamas, mas ali, não nos queimamos em decorrência da proteção de Deus, e neste
contexto, a fornalha sempre foi a pós-graduação do povo escolhido do Senhor. Deus o chama e num primeiro momento Moisés se
sente acuado. Temeroso ele apresenta várias deficiências pessoais, como
qualquer pessoa “normal” tende a fazer diante de Deus, negando a própria
vocação. Moisés também tentou sair pela tangente, mas não teve jeito... Deus usa a fragilidade de um homem, para transformar
uma grande família numa poderosa nação. Um remendo de gente que “ouviu” falar
de Deus seria agora o representante do “EU SOU”, ensinando a essência da
adoração... Talvez nos sintamos
incapazes de exercer nossa chamada, mas o Reino não se baseia em méritos
humanos, mas sim num grande projeto de Deus.
Enfim, entre bezerro de ouro,
serpentes, abertura de mar, codornizes, maná, rocha vertendo água, tristezas,
alegrias, frustrações e algumas derrotas pessoais, ele conseguiu deixar seu
povo as portas de Canaã. Alguém diz que ele foi penalizado ao não entrar na
terra, mas para mim ele foi promovido para a Glória. Um homem marcado por seu
temperamento melancólico, termina sua jornada como o maior Servo que já pisou
nesta terra (Números 12:13).
Moisés:
Apenas
um Homem
Não há dúvida de que a vida de Moisés foi
totalmente guiada por Deus. Mas Moisés era um ser humano igual a qualquer um de
nós, que viveu os altos e baixos da fé, que desejou parar em razão das lutas,
que errou, acertou e que muitas vezes se descontrolou. Sempre analisamos os
sucessos de Moisés e achamos que era tão perfeito que sequer se aborrecia. O
título de manso não o isentou de perder a linha algumas vezes. Deus não mandou
Moisés matar o egípcio, o plano de Deus não era matar pessoas para salvar Israel.
Também não trabalhou quarenta dias para que |Moisés quebrasse o documento que
escreveu a dedo. Mas o ponto culminante de seu descontrole foi quando faltava
apenas um ano para possuir a Terra Prometida e o povo o encurralou junto com
Arão para pedir água. Moisés ficou furioso, voltou para a tenda, foi orientado
por Deus a falar à rocha. Mas Moisés ignorou a ordem divina e fez um discurso
terrível, trocou a mensagem e maltratou o povo (Números 20:10). Irado, ele fere
a rocha e, desta vez, Deus não deixou passar e, por isso, ele ficou de fora da
Terra Prometida. Achamos a maior injustiça Moises ter sofrido tanto e não poder
entrar na Terra Prometida, mas, por trás de suas atitudes nervosas, Moisés
desfazia o que Deus estava construindo. Ele era humano e seres humanos falham,
não são perfeitos, mesmo em comunhão, mesmo íntimos de Deus. Falar à rocha
santificaria o nome do Senhor, feri-la O envergonhava. Esse foi o motivo de
ficar de fora (Números 20:10-11).
Um momento de ira fez com que Moisés jogasse fora o
sonho de toda uma vida. O que não faria Moisés para retroceder aquele momento?
Infelizmente, não foi possível. Por um só momento, ele perdeu tudo. O que daria
Eva para ter outra oportunidade no Eden? E Davi? Será que não fugiria do
palácio para não ter que ver Bate-Seba? Quem sabe Judas pensasse melhor em
vender o Mestre ou não? Ou talvez Salomão não fosse tão excêntrico e mulherengo
como foi? Infelizmente, voltar é impossível. Não podemos desfazer palavras ou
atos pecaminosos. Não podemos recuperar os momentos em que fomos possuídos pela
ignorância, cobiça, crueldade ou orgulho. Precisamos aprender que a vida será
repleta desses desejos e momentos. E o que fazer então? Podemos aprender a
andar mais perto do senhor, a confiar no Senhor e permitir que o Espírito Santo
ilumine nossas almas e nos instrua.
Deus esperou oitenta anos para poder usar a vida de
Moisés. Embora Moisés conhecesse estratégias de guerra e toda a ciência de seu
tempo, Deus não lhe deu um poderoso canhão, nem tampouco um exército. A arma
que deus lhe deu foi uma vara e mais nada! Parece incrível como as armas
divinas fogem de todas as estratégias humanas. Parece que nos esquecemos por um
tempo que deus é sobrenatural, que para agir devemos estar no mesmo nível que
Ele está. Quando Deus pediu para Moisés confeccionar o Tabernáculo, Moisés não
sabia nem o que significava (Êxodo 25). Deus lhe deu o desenho, a maneira como
fazer e ainda derramou do Seu Espírito sobre Bezalel e Aoliabe, graduando-os
como artífices para ajudar na confecção (Êxodo 31:1-6). Moisés era um homem,
mas um homem que não se movia sem a revelação de Deus.
A vida de Moisés nos apresenta a combinação
perfeita para grandes feitos. A unidade da pessoa divina com a humana. Deus
liberou o seu poder para operar miraculosamente através de um simples
instrumento humano. Moisés se tornou um exemplo a ser seguido e as mesmas
palavras ditas a Josué se dirigem também a nós: “Como fui com Moisés também
serei contigo” (Josué 1:5).
Moisés:
Uma semente de Esperança
Comentário:
Pb. Miquéias Daniel Gomes
Muito se debate sobre os méritos e/ou
deméritos que convergiram para Moisés não ter o “privilégio” de entrar em
Canaã. Porém, não encontramos no próprio Moisés, qualquer sombra duvidosa em
relação a justiça divina ou questionamento quanto a ordenança do Senhor para
que ele subisse pelo caminho Pisga, para ali, no alto da montanha, ter seu
derradeiro e definitivo encontro com Deus. Moisés morreu, e isto é um fato.
Pode até ser indigesta a ideia de um dos maiores heróis da fé ter “sucumbido”
sem vivenciar em “loco” a grande promessa feita para sua gente. Israel não
lidou bem com esta notícia, pranteando por mais de um mês. Seu sucessor
imediato, Josué, precisou ser intimado por Deus a se posicionar como líder,
pois certamente, ainda nutria uma esperança pelo retorno de seu mentor. Porém,
Moisés jamais desceu a montanha. Foi dali que ele pode contemplar toda a
extensão da terra prometida e vislumbrar pelos olhos da fé a posição geográfica
ocupada por cada tribo. No chamamento
específico de Josué, a promessa de conquista feita por Deus se estendia até o
poente do sol (Josué 1:4). O sol se põe exatamente na linha do horizonte, que
por sua vez, pode ser definida como o limite do campo visual de uma pessoa. Em
outras palavras, Deus estava dizendo ao jovem líder que sua capacidade de
conquistar estava atrelada com o alcance de sua visão. Quanto mais longe se enxergar, mas
território há para se expandir. Neste ponto, Moisés tem como última missão de
vida, “visualizar” toda a terra, legalizando previamente a tomada daquele
território pelos hebreus.
No alto da montanha, Deus recolhe
Moisés para seu merecido descanso. Judas 9 descreve a disputa verbal entre o
arcanjo Miguel e Lúcifer, que se rivalizavam por causa do “corpo” de Moisés.
Então, o próprio Deus, valendo-se da distração do inimigo, sepultou
pessoalmente o corpo de Moisés em um dos vales de Moabe, guardado em sigilo
perpétuo. Porém, a morte não finalizou a grande missão mosaica, pois sua
última aparição cronológica está registrada em Mateus 17:1-9 (O evento também é
mencionado em Marcos 9:2-8, Lucas 9:28-36 e II Pedro 1:16-18). Jesus convida
seus três discípulos mais próximos para acompanha-lo até o cume de um alto
monte, e ali, diante de seus olhos, o Messias se transfigura em glória. De
repente, duas figuras também glorificadas aparecem e passam a dialogar
amigavelmente com Jesus. Um deles é Elias e o outro, Moisés.
Elias não experimentou a morte, mas
foi arrebatado aos céus ainda em vida por um redemoinho de fogo (II Reis 2:11).
Ele é um tipo da igreja que ao som da última trombeta será transformada, e
então arrebatada para encontrar com Jesus nos ares. Já Moisés, ali se faz
presente representado as miríades de servos fieis que embora tenham encontrado
a morte física, estão hoje repousando na glória, esperando o momento da
ressurreição (I Tessalonicenses 4: 13-17). Assim, este grande herói que tanto
nos ensinou em vida, com a sua morte planta em nossos corações a semente
de uma esperança de glória, e a certeza que o melhor de Deus não se manifesta
nesta terra, e sim na eternidade. E como se toda esta riqueza espiritual não
bastasse, ainda existe um aspecto pratico de grande relevância. Moisés nasceu
no Egito, constituiu família em Midiã, peregrinou pelo deserto do Sinai, morreu
e foi sepultado em Moabe. Ele nunca conheceu a terra de seus antepassados e
jamais sentiu sobre seus pés o solo amado de Canaã. Agora, séculos após sua
morte, ali está ele, muito bem acompanhado e pés firmados sobre uma montanha fincada vigorosamente no
coração de Israel. Finalmente estava na terra prometida... Sim, ele também entrou lá!
Assim como Moisés, venha aprender na escola de Deus para ser líder e profeta, participando neste domingo, (28/06/2015), da Escola Bíblica Dominical.
Material Base:
Revista Jovens e Adultos nº 95 - Editora Betel
Moisés - Lição 13
Comentarista: Pr. Belchior Martins da Costa
Comentários Adicionais (em azul)
Corpo docente da EDB - IEAD Estiva Gerbi
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