quinta-feira, 25 de junho de 2015

EBD: Aspectos da vida de Moisés



Texto Áureo
Ó Senhor, quem é como tu entre os deuses? Quem é como tu, glorificado em santidade, admirável em louvores, operando maravilhas?
Êxodo 15.11

Verdade Aplicada
Todo ser humano é dotado de heroísmo e fragilidade, a diferença está na capacidade de escolha. As oportunidades de uma vida poderosa sempre aparecerão, basta apenas ter coragem para crer e vivê-las intensamente.

Textos de Referência
Salmos 40:5-8

Muitas são, Senhor meu Deus, as maravilhas que tens operado para conosco, e os teus pensamentos não se podem contar diante de ti; se eu os quisera anunciar, e deles falar, são mais do que se podem contar. Sacrifício e oferta não quiseste; os meus ouvidos abriste; holocausto e expiação pelo pecado não reclamaste.
Então disse: Eis aqui venho; no rolo do livro de mim está escrito: Deleito-me em fazer a tua vontade, ó Deus meu; sim, a tua lei está dentro do meu coração.


Moisés :
Um herói da Fé
Comentário: 
Dc. Bene Wanderley

Moisés é sem dúvidas um dos maiores nomes da história da humanidade. Esse grande homem marcou toda a sua geração com uma liderança firmada em Deus, bem como as gerações futuras com seu exemplo de comprometimento, e continuará inspirando muitas vidas, por toda existência humana.  Ele é, com absoluta certeza, um modelo para os nossos dias tão cheios de controvérsia, onde tantos se questionam em relação aos propósitos de Deus para o homem. Olhando a trajetória de Moisés - desde o seu nascimento até a sua morte em Deuteronômio 34 - vemos a mão do Deus Eterno guiando, dirigindo e movendo a história deste personagem tão icônico, em cada linha e em cada verso. As lições que temos desse gigante da fé são inúmeras, e relaciona-las é uma tarefa árdua até mesmo para o mais capacitado exegeta de nosso tempo. Esta dificuldade se dá pelo descomprometimento de nossa geração com causas puramente espirituais, pois a cultura moderna tem influências fortes sobre nós, que aos poucos, nos fazem perder o foco da verdadeira fé cristã. Os valores invertidos têm nos levados a becos sem saída, e isso tem enfraquecido as nossas convicções cristãs. Pois de todas as lições que temos visto nesses três meses de estudo sobre Moisés, a que mais se faz necessária aprender é a que foi enfatizada pelo escritor aos Hebreus - no capitulo onze, a partir dos versículos vinte e três - onde ele afirma o motivo que fez de Moisés um herói de grandes batalhas.  Os desafios encontrados e sumariamente vencidos ao longo da caminhada de Moisés foram marcantes e diversificados, mas oriundos de uma causa única: Fé.

A Fé foi a mola mestra que impulsionou, deu sentido, motivos e convicção para tanta bravura e tamanha coragem. Moisés foi movido por fé, e se deixou mover pelo próprio Deus. Mais do que nos inspirar com uma bela biografia, quando a Bíblia fala sobre Moisés, ela nos apresenta uma prova viva e incontestável que o Deus “invisível, mais real” esta no comando da história e deseja que os seus filhos queridos tenham a mesma convicção é fé que seu “grande amigo” teve (Êxodo 33:11).

Nesta lição, extrairemos algumas importantes verdades da história de vida do grande homem que foi Moisés. Sua vida nos faz lembrar que as providências divinas são sempre sobrenaturais, estranhas e inesperadas para nós. Como Moisés, somos tentados a sentir-nos desencorajados e até com o pensamento de que o Senhor se esqueceu de nós (Êxodo 3:7-10).


Moisés:
Um homem trabalhado por Deus

Algumas atitudes tomadas por Moisés em seu tempo nos levam a crer que ainda precisamos melhorar bastante em nossa vida de comunhão com Deus. Entre elas, estão sua renúncia, seu amor à justiça e sua paciência em meio à obscuridade. Vivemos em um tempo em que as pessoas busca, a todo custo, a satisfação, o prazer e o status. A atitude tomada por Moisés seria tão ignorada hoje quanto foi em seu tempo. Quando se inteirou que os escravos que trabalhavam sob o jugo do Faraó eram o seu verdadeiro povo, Moisés rejeitou tudo que possuía de melhor e, pela fé, aceitou seu destino. Somos informados que Moisés rejeitou um trono, deixando para trás todo o preparo e investimento feitos em sua vida, porque viu uma maior recompensa (Hebreus 11:23-26). Moisés trocou a luxúria pelos maus tratos, a comodidade de um palácio pela escassez de um deserto. Isso somente a fé pode explicar. Ele fez os cálculos de sua decisão, ele sabia o que estava perdendo e o que ganharia (Hebreus 11:25-26). A maturidade de Moisés é destacada no momento de sua decisão. Foi nesse tempo que seu coração foi atraído em uma direção distintivamente diferente que, de forma muito consciente, trouxe-lhe à razão pela qual nasceu. Moisés fez tudo isso sem intenção alguma de recompensa. Ele tinha tudo, mas por amor a seu povo resolveu renunciar.

O amor pela justiça sempre foi uma atitude comum em sua vida. Vemos isso em três acontecimentos: primeiro, ao defender o hebreu que estava sendo ferido pelo egípcio. Depois, quando partiu em defesa das filhas de Jetro no poço de Midiã (Êxodo 2:11-17). Todavia a maior de todas foi quando pediu para ser riscado do livro, arriscando sua própria vida para que o Senhor não destruísse o Seu povo (Êxodo 32:32). Era uma qualidade sua defender o desfavorecido, mesmo que isso lhe trouxesse perdas e danos. Havia em Moisés uma combinação de força e gentileza de caráter. Não temos dúvidas que fora treinado para a guerra no Egito, mas era, acima de tudo, um homem sensível ao sofrimento alheio, gentil e prestativo.

Moisés deixou de ser príncipe para ser pastor, uma profissão desprezada pelos egípcios. Foram quarenta anos sem visão, sem revelação, sem altares, sem voz profética, sem nada, apenas no silêncio. Nossa maior pergunta no silêncio divino é se o Senhor ainda conta conosco, se ainda se interessa por nós. Moisés soube esperar, aliás, tinha que esperar, mas aprendeu que Deus não nos usa por um tempo e depois abandona. Ele não toma posse parcial de nossas vidas, Ele nos compra em sua totalidade. Mesmo com todos os nossos defeitos e pecados devastadores, Ele não perde o interesse por nós. Deus não nos apaga da história quando erramos, nosso maior problema é que nós mesmos não queremos obter o perdão e ter os pecados perdoados. Quando o silêncio rompeu, Moisés já tinha oitenta anos, estava vazio de si e pronto para ser cheio de Deus. Todos os diplomas de Moisés eram nada diante de Deus. Mesmo assim, Moisés aceitou a humilhação que o Senhor colocou em sua vida por providência. Moisés se tornou tão humilde que se achou incapaz e, quando pensava que nada aconteceria, Deus resolveu fazer dele o herói que todos conhecemos.


Moisés: 
Um homem de feitos extraordinários

Cada praga derramada no Egito tinha um objetivo: inutilizar e envergonhar a potência dos deuses ali existentes. Com isso, Deus se apresentava não somente como o Criador de todas as coisas, mas como aquele que é Onipotente. A nona praga tinha um significado especial, pois se tratava de um ataque direto a Faraó, que se intitulava “filho do sol”, o qual era iluminado por Rá, o deus-sol. Todos os dias, nas casas e nos campos, à margem do Nilo, havia pessoas, desde cedo, em atitude de adoração, voltadas para o nascer do sol. A praga da escuridão demonstrava que o Deus de Moisés era mais poderoso que o deus de Faraó. As escrituras nos afirmam que as trevas eram tão espessas que eles podiam sentir; os egípcios não viram um ao outro durante três dias. Porém, algo nos chama atenção: por maior que fosse a escuridão do Egito, os hebreus reluziam como uma cidade edificada sobre um monte (Êxodo 10:23). Essa é a diferença entre o justo e o ímpio, entre estar ou não debaixo da proteção de Deus. Egito estava praticamente destruído, os deuses de Faraó inertes, nada mais restando, a não ser se entregar. Mesmo assim, o coração de Faraó continuava a recusar a supremacia divina. Ele rejeitou os apelos, ignorou as advertências, zombou da Palavra de Deus e endureceu seu coração, seguindo seus próprios caminhos, sem se importar com nada. Faraó é símbolo de pessoas negligentes, que lutam contra a verdade por orgulho ignorante e se esquecem que o dia do juízo um dia chegará.

Aquela noite foi a mais marcante da história dos hebreus, a noite que ninguém dormiu. Ela nos recorda o sacrifício do Cordeiro, o poder do sangue e o início de uma nova vida. Porém, para os egípcios foi a noite do acerto de contas. A morte passava por toda a terra e só havia um critério para que ela não devastasse a vida de um filho primogênito: o sangue do cordeiro nos umbrais da porta (Êxodo 12:7, 12-14). A Bíblia nos diz que foi à meia noite, na hora da paz, do descanso e do silêncio que houve um grande clamor e não houve casa que não houvesse um morto (Êxodo 12:30). A porta deveria estar trancada, mas selada com o sangue da aliança. O que para uns foi a liberdade e a alegria, para outros foi derrota, aflição e tristeza (Êxodo 12:33).

Duas pragas puderam ser reproduzidas pelos magos de Faraó, mas essa terceira foi humilhante. Deus usou algo pequeno, insignificante, mas preciso e poderoso (I Coríntios 1:27-28). Piolhos é uma palavra que descreve insetos que sugam o sangue das pessoas. Os egípcios eram um povo muito higiênico. Os seus sacerdotes ufanavam-se por usarem roupas limpas, de linho puro também a sua higiene pessoal. Eles tomavam banhos frequentes e raspavam todos os pelos do corpo. Para eles esses insetos eram considerados imundos. Havia milhares deles e penetravam em todos os lugares, roubando a paz de todos, inclusive dos animais. Os mágicos reconheceram que estava atuando algum poder divino, superior a tudo quanto já tinham visto, que não se submetia ao controle deles, então confessaram: “Isto é o dedo de Deus” (Êxodo 8:19). Se o dedo de Deus pode fazer isso ao inimigo, o que poderá fazer a mão?


Moisés: 
Um aluno do Deserto
Comentário: 
Pr. Wilson Gomes

Moisés foi um homem sem precedentes e ninguém jamais conseguirá usurpar o seu lugar de honra na história humana ou no coração de judeus e cristãos por todo o mundo... O vemos literalmente como “o” grande líder, e realmente ele “o” foi. Mas, se observarmos com maior atenção a matemática bíblica, encontraremos vários momentos em que podemos comparar sua trajetória com a nossa. Quando fugiu e deixou para traz o palácio de luxo, abriu mão de tudo que era tangível, em busca de algo incerto. Da mesma maneira, em alguns momentos, também temos que tomar decisões complexas, escolher o incerto e o menos plausível, esperando que um evento milagroso dê rumos definitivos para nossa vida. No caso de Moisés, ele fez isto sem ainda ter tido uma experiência com Deus, sem ler um livro sagrado que o exortasse ou ter um mentor espiritual que o aconselhasse. Passou quarenta anos no anonimato, cuidando de ovelhas no deserto. É possível que por muitas vezes ele tenha analisado a escolha que fez, e cogitado a possibilidade de ter errado miseravelmente, sentindo a pesada mão da “perca” sobre seus ombros. São em momentos assim que, por vezes, achamos que não há uma compensação satisfatória por nossos sacrifícios, mas é exatamente aí que entra a visão da fé, que nos dá condições para acreditar num propósito que não é palpável.

Na pratica, Moisés estava vivendo uma realidade sem muitas perspectivas, cercado de pedras, frio, calor e solidão, porém, num âmbito espiritual, ele estava recluso no maior seminário de todos os tempos, com carga horária de 40 anos e sem professores visíveis. Décadas de silêncio em busca por um propósito e Moisés não sabia que estava sendo observado por olhos eternos, até que Deus resolveu se apresentar. E de repente, lá está a visão de uma sarça ardente em fogo. O milagre não era o fogo, mas sim a sarça (uma planta fraca e de fácil combustão), não se queimar. Ali, a mensagem de Deus para Moisés é simples e profunda: eu te manterei produtivo mesmo no meio do fogo. Por vezes, o fogareiro se acende em nossa vida, situações que literalmente nos jogam no meio das chamas, mas ali, não nos queimamos em decorrência da proteção de Deus, e neste contexto, a fornalha sempre foi a pós-graduação do povo escolhido do Senhor.  Deus o chama e num primeiro momento Moisés se sente acuado. Temeroso ele apresenta várias deficiências pessoais, como qualquer pessoa “normal” tende a fazer diante de Deus, negando a própria vocação. Moisés também tentou sair pela tangente, mas não teve jeito...  Deus usa a fragilidade de um homem, para transformar uma grande família numa poderosa nação. Um remendo de gente que “ouviu” falar de Deus seria agora o representante do “EU SOU”, ensinando a essência da adoração...  Talvez nos sintamos incapazes de exercer nossa chamada, mas o Reino não se baseia em méritos humanos, mas sim num grande projeto de Deus.

Enfim, entre bezerro de ouro, serpentes, abertura de mar, codornizes, maná, rocha vertendo água, tristezas, alegrias, frustrações e algumas derrotas pessoais, ele conseguiu deixar seu povo as portas de Canaã. Alguém diz que ele foi penalizado ao não entrar na terra, mas para mim ele foi promovido para a Glória. Um homem marcado por seu temperamento melancólico, termina sua jornada como o maior Servo que já pisou nesta terra (Números 12:13).


Moisés:  
Apenas um Homem

Não há dúvida de que a vida de Moisés foi totalmente guiada por Deus. Mas Moisés era um ser humano igual a qualquer um de nós, que viveu os altos e baixos da fé, que desejou parar em razão das lutas, que errou, acertou e que muitas vezes se descontrolou. Sempre analisamos os sucessos de Moisés e achamos que era tão perfeito que sequer se aborrecia. O título de manso não o isentou de perder a linha algumas vezes. Deus não mandou Moisés matar o egípcio, o plano de Deus não era matar pessoas para salvar Israel. Também não trabalhou quarenta dias para que |Moisés quebrasse o documento que escreveu a dedo. Mas o ponto culminante de seu descontrole foi quando faltava apenas um ano para possuir a Terra Prometida e o povo o encurralou junto com Arão para pedir água. Moisés ficou furioso, voltou para a tenda, foi orientado por Deus a falar à rocha. Mas Moisés ignorou a ordem divina e fez um discurso terrível, trocou a mensagem e maltratou o povo (Números 20:10). Irado, ele fere a rocha e, desta vez, Deus não deixou passar e, por isso, ele ficou de fora da Terra Prometida. Achamos a maior injustiça Moises ter sofrido tanto e não poder entrar na Terra Prometida, mas, por trás de suas atitudes nervosas, Moisés desfazia o que Deus estava construindo. Ele era humano e seres humanos falham, não são perfeitos, mesmo em comunhão, mesmo íntimos de Deus. Falar à rocha santificaria o nome do Senhor, feri-la O envergonhava. Esse foi o motivo de ficar de fora (Números 20:10-11).

Um momento de ira fez com que Moisés jogasse fora o sonho de toda uma vida. O que não faria Moisés para retroceder aquele momento? Infelizmente, não foi possível. Por um só momento, ele perdeu tudo. O que daria Eva para ter outra oportunidade no Eden? E Davi? Será que não fugiria do palácio para não ter que ver Bate-Seba? Quem sabe Judas pensasse melhor em vender o Mestre ou não? Ou talvez Salomão não fosse tão excêntrico e mulherengo como foi? Infelizmente, voltar é impossível. Não podemos desfazer palavras ou atos pecaminosos. Não podemos recuperar os momentos em que fomos possuídos pela ignorância, cobiça, crueldade ou orgulho. Precisamos aprender que a vida será repleta desses desejos e momentos. E o que fazer então? Podemos aprender a andar mais perto do senhor, a confiar no Senhor e permitir que o Espírito Santo ilumine nossas almas e nos instrua.

Deus esperou oitenta anos para poder usar a vida de Moisés. Embora Moisés conhecesse estratégias de guerra e toda a ciência de seu tempo, Deus não lhe deu um poderoso canhão, nem tampouco um exército. A arma que deus lhe deu foi uma vara e mais nada! Parece incrível como as armas divinas fogem de todas as estratégias humanas. Parece que nos esquecemos por um tempo que deus é sobrenatural, que para agir devemos estar no mesmo nível que Ele está. Quando Deus pediu para Moisés confeccionar o Tabernáculo, Moisés não sabia nem o que significava (Êxodo 25). Deus lhe deu o desenho, a maneira como fazer e ainda derramou do Seu Espírito sobre Bezalel e Aoliabe, graduando-os como artífices para ajudar na confecção (Êxodo 31:1-6). Moisés era um homem, mas um homem que não se movia sem a revelação de Deus.

A vida de Moisés nos apresenta a combinação perfeita para grandes feitos. A unidade da pessoa divina com a humana. Deus liberou o seu poder para operar miraculosamente através de um simples instrumento humano. Moisés se tornou um exemplo a ser seguido e as mesmas palavras ditas a Josué se dirigem também a nós: “Como fui com Moisés também serei contigo” (Josué 1:5).


Moisés: 
Uma semente de Esperança
Comentário: 
Pb. Miquéias Daniel Gomes

Muito se debate sobre os méritos e/ou deméritos que convergiram para Moisés não ter o “privilégio” de entrar em Canaã. Porém, não encontramos no próprio Moisés, qualquer sombra duvidosa em relação a justiça divina ou questionamento quanto a ordenança do Senhor para que ele subisse pelo caminho Pisga, para ali, no alto da montanha, ter seu derradeiro e definitivo encontro com Deus. Moisés morreu, e isto é um fato. Pode até ser indigesta a ideia de um dos maiores heróis da fé ter “sucumbido” sem vivenciar em “loco” a grande promessa feita para sua gente. Israel não lidou bem com esta notícia, pranteando por mais de um mês. Seu sucessor imediato, Josué, precisou ser intimado por Deus a se posicionar como líder, pois certamente, ainda nutria uma esperança pelo retorno de seu mentor. Porém, Moisés jamais desceu a montanha. Foi dali que ele pode contemplar toda a extensão da terra prometida e vislumbrar pelos olhos da fé a posição geográfica ocupada por cada tribo.  No chamamento específico de Josué, a promessa de conquista feita por Deus se estendia até o poente do sol (Josué 1:4). O sol se põe exatamente na linha do horizonte, que por sua vez, pode ser definida como o limite do campo visual de uma pessoa. Em outras palavras, Deus estava dizendo ao jovem líder que sua capacidade de conquistar estava atrelada com o alcance de sua visão. Quanto mais longe se enxergar, mas território há para se expandir. Neste ponto, Moisés tem como última missão de vida, “visualizar” toda a terra, legalizando previamente a tomada daquele território pelos hebreus.

No alto da montanha, Deus recolhe Moisés para seu merecido descanso. Judas 9 descreve a disputa verbal entre o arcanjo Miguel e Lúcifer, que se rivalizavam por causa do “corpo” de Moisés. Então, o próprio Deus, valendo-se da distração do inimigo, sepultou pessoalmente o corpo de Moisés em um dos vales de Moabe, guardado em sigilo perpétuo. Porém, a morte não finalizou a grande missão mosaica, pois sua última aparição cronológica está registrada em Mateus 17:1-9 (O evento também é mencionado em Marcos 9:2-8, Lucas 9:28-36 e II Pedro 1:16-18). Jesus convida seus três discípulos mais próximos para acompanha-lo até o cume de um alto monte, e ali, diante de seus olhos, o Messias se transfigura em glória. De repente, duas figuras também glorificadas aparecem e passam a dialogar amigavelmente com Jesus. Um deles é Elias e o outro, Moisés.
 
Elias não experimentou a morte, mas foi arrebatado aos céus ainda em vida por um redemoinho de fogo (II Reis 2:11). Ele é um tipo da igreja que ao som da última trombeta será transformada, e então arrebatada para encontrar com Jesus nos ares. Já Moisés, ali se faz presente representado as miríades de servos fieis que embora tenham encontrado a morte física, estão hoje repousando na glória, esperando o momento da ressurreição (I Tessalonicenses 4: 13-17). Assim, este grande herói que tanto nos ensinou em vida, com a sua morte planta em nossos corações a semente de uma esperança de glória, e a certeza que o melhor de Deus não se manifesta nesta terra, e sim na eternidade. E como se toda esta riqueza espiritual não bastasse, ainda existe um aspecto pratico de grande relevância. Moisés nasceu no Egito, constituiu família em Midiã, peregrinou pelo deserto do Sinai, morreu e foi sepultado em Moabe. Ele nunca conheceu a terra de seus antepassados e jamais sentiu sobre seus pés o solo amado de Canaã. Agora, séculos após sua morte, ali está ele, muito bem acompanhado e pés firmados sobre uma montanha fincada vigorosamente no coração de Israel. Finalmente estava na terra prometida... Sim, ele também entrou lá!


 

Assim como Moisés, venha aprender na escola de Deus para ser líder e profeta, participando neste domingo, (28/06/2015),  da Escola Bíblica Dominical.

Material Base:
Revista Jovens e Adultos nº 95  - Editora Betel
Moisés - Lição 13
Comentarista: Pr. Belchior Martins da Costa

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