Texto Áureo
E
não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do
vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
Romanos 12:2
Verdade Aplicada
Não
haverá nada que mude ao nosso redor, se antes não houver uma transformação em
nosso interior.
Textos de Referência
Deuteronômio 8.1-4
Todos
os mandamentos que hoje vos ordeno guardareis para os cumprir; para que vivais, e vos multipliqueis, e entreis, e
possuais a terra que o Senhor jurou a vossos pais.
E
te lembrarás de todo o caminho, pelo qual o Senhor teu Deus te guiou no deserto
estes quarenta anos, para te humilhar, e te provar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias
os seus mandamentos, ou não.
E
te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná, que tu não
conheceste, nem teus pais o conheceram, para te dar a entender que o homem não
viverá só de pão, mas que de tudo o que sai da boca do Senhor viverá o homem.
Nunca
se envelheceu a tua roupa sobre ti, nem se inchou o teu pé nestes quarenta
anos.
Quarenta anos com
sabor agridoce
Em seu livro “A
Bíblia que Jesus Lia”, o escritor Philip Yancey define o Deuteronômio como um
discurso “agridoce”. Moisés, no já no alto de seus 120 anos está ciente que não
entrará em Canaã, e de certa forma sente-se frustrado, já que este direito lhe
foi tirado em decorrência de seu erro em Meribá (Números 20:8-11). Ali, o
grande líder deixou seu ego falar mais alto que sua mansidão, e num momento de
glória e honra destinada apenas ao Senhor, Moisés transformou o milagre da água
saindo da rocha em uma plataforma de autopromoção, agindo em contrário ao
comando de seu Deus. Pra um homem em sua posição, detentor da lei e dos
preceitos de Israel, aquele era um erro inadmissível. Moisés jamais tentou se
esquivar da culpa, mas por outro lado tinha consciência que aquela atitude foi
tomada em decorrência da cerviz enrijecida dos israelitas. Moisés descontou na
inocente rocha aira que o próprio povo acendera em seu coração. Mas a geração
que tinha saído do Egito estava literalmente enterrada nas areias do deserto,
pois os quarenta anos de peregrinação cuidou de eliminar um a um, os
murmuradores de Cades-Barnéia. Agora, na divisa com a terra prometida, Moisés
sente a necessidades de reunir seu povo, e ter com eles uma conversa franca e
definitiva, transmitindo a nova geração, os estatutos perpétuos do Senhor. Uma
boa ilustração para entendermos o Pentateuco, é dizer que Levíticos e
Deuteronômio falam sobre o mesmo assunto, mas o primeiro é como uma Escola
Bíblica Dominical (metódica e detalhada) e o segundo é uma passional e
apaixonada ministração pastoral no culto de domingo. Por isso, o discurso de
Moisés ali registrado expressa tamanha dualidade de sentimento, servindo ao
mesmo tempo de consolo e alerta, predizendo bênçãos e antevendo maldição.
No total, Moisés
realiza quatro grandes discursos, abordando os mais variados temas, revisitando
ponto a ponto os preceitos da lei e ressaltando que a “obediência” é a chave
que abre a porta da felicidade. Apesar da grande abrangência do livro de
Deuteronômio, podemos resumi-lo da seguinte forma: Deus é misericordioso e ama o seu povo de forma tão intensa, que para
tê-los sempre por perto, é capaz de ir as últimas consequências. O grande
líder advertiu seu povo que caso se afastassem do Senhor, seriam vitimados por
seus inimigos e passariam por severas privações, até que se lembrassem da
aliança e voltassem para o seu Deus. Em contrapartida, a lealdade e a
obediência resultariam em bênçãos espirituais, materiais, sociais e familiares,
sendo a maior delas, a presença gloriosa do próprio EU SOU em todos os aspectos
da existência.
Moisés é insistente
e persistente. Seu tom é intenso e sua mensagem é concisa. Israel precisa
assimilar o ensinamento e ele não tem mais tempo para ensinar. Sua ânsia por
ser ouvido está latente em cada frase... Deus tem o melhor da terra para aquela
nação, mas a possibilidade que deixem essa herança escorrer pelos dedos aflige
Moisés... O futuro pode ser brilhante ou desolador, tudo depende das escolhas
que serão feitas, e o grande líder tem a última oportunidade de influencia-los:
- Nunca duvidem da bondade do Senhor, e
nem de sua misericórdia, mesmo que as circunstâncias da vida os façam duvidar
desta verdade... O que Moisés queria ensinar aos seus filhos espirituais é
que Deus as vezes frustra nossas expectativas, pois queremos que o cumprimento
da promessa seja imediato, mas o Senhor quer primeiramente nos ensinar “a como”
viver e valorizar o melhor que está por vir... Para Deus existe duas questões
de grande importância, uma é se estamos
prontos para vivermos a promessa e a outra é como iremos reagir quando a
promessa se tornar real. O povo de
Israel vivia intensamente este dilema, ansioso por uma terra que estava a um
passo deles, e mesmo assim parecia distante, se perguntando porque Deus os
provava com tamanha intensidade. A resposta do Senhor vem através de Moisés em
dos momentos mais importantes de seu discurso doce/amargo, e está registrada em
Deuteronômio 8:2-5:
“E te lembrarás de todo o caminho, pelo qual o Senhor teu
Deus te guiou no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, e te provar,
para saber o que estava no teu coração, se guardarias os seus mandamentos, ou
não. E te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná, que tu não
conheceste, nem teus pais o conheceram; para te dar a entender que o homem não
viverá só de pão, mas de tudo o que sai da boca do Senhor viverá o homem. Nunca
se envelheceu a tua roupa sobre ti, nem se inchou o teu pé nestes quarenta
anos. Sabes, pois, no teu coração que, como um homem castiga a seu filho, assim
te castiga o Senhor teu Deus”.
Quarenta anos de
caminhadas errantes
Moisés
reúne o povo e relembra os fracassos da geração passada, ensina a nova geração
a não cometer os erros de seus pais e revela-lhes os propósitos de Deus durante
os longos quarenta anos de caminhada errante pelo deserto.Moisés apresenta um
cuidado muito especial em sua transição ministerial (Deuteronômio 8). Sua
preocupação é que o povo não repita os erros do passado e, para isso, insere
conselhos maravilhosos para suas vidas.Moisés está passando o bastão da
liderança, mas, como todo líder compromissado com deus, ele se preocupa em que
aquela nova geração não repita a loucura vivida por seus antepassados. Ele pede
que olhem para trás no sentido de refletirem, de observarem o que aconteceu a
seus pais, amigos e parentes durante esses quarenta longos anos de provação.
Moisés deseja que essa nova geração entenda que precisa mudar de mentalidade
para que eles não tenham o mesmo final que seus pais tiveram. Essa geração
teria não somente um novo foco, mas também um novo líder. Por isso, deveria
pensar diferente, deveria compreender que a oportunidade negada aos seus
antepassados agora lhes estava sendo oferecida. Era importante olhar para os
prejuízos do passado e valorizar a conquista tão sonhada por uma geração que
não morreu escrava no Egito, mas que fora escrava de sua própria
mentalidade.Observar o caminho é relembrar o local de onde saímos e a posição na
qual Deus nos colocou. O maior desafio de uma vida não é alcançar o topo, mas é
nele se manter. Um dia Deus fez questão de recordar ao rei Davi o local de onde
ele havia saído: “Agora, pois, assim dirás a meu servo Davi: Assim diz o SENHOR
dos exércitos: Eu te tirei do curral, de trás das ovelhas, para que fosses
chefe do meu povo Israel” (I Crônicas 17:7). O perigo de estar no palácio é
esquecer que um dia estivemos do lado de fora.
Moisés
faz questão de lembrar ao povo que todo o fracasso, sofrimento, provações e
problemas vividos por seus antepassados se originaram na desobediência. A
Bíblia nos ensina que a fé vem pelo ouvir (Romanos 10:17), ou seja, a fé é
gerada pela verdade que ouvimos da parte de Deus. Logo a incredulidade é o
oposto da fé, ou seja, a ausência da Palavra. Embora a geração passada ouvisse
antes de acontecer e presenciasse o que lhes havia sido dito, isso só fazia
diferença para eles no momento em que ocorria porque, logo em seguida, eles
agiam como se Deus fosse apenas um pai bajulador que deveria somente satisfazer
suas necessidades sem que tivessem a responsabilidade de respeitá-lo como
Senhor e Salvador de suas vidas. Moisés está alertando essa nova geração a não
apenas ouvir, mas a guardar e cumprir (Deuteronômio 8:1).
Durante
quarenta anos, Deus não deixou que eles acertassem o caminho e andassem em
círculos pelo deserto. Enquanto aquela geração não se consumiu um a um, Deus
não revelou a entrada da Terra Prometida. Já se imaginou vivendo toda uma vida
sem perspectiva? Sabe o que é viver debaixo de uma sentença irrevogável? O
interessante é que mesmo sentenciados à morte, eles viram grandes milagres e
incontáveis maravilhas. É pena que um milagre no corpo não ocasiona,
necessariamente, a salvação de uma alma. DE toda aquela geração, apenas duas
pessoas foram isentas da sentença: Josué e Calebe.Os remanescentes da geração
passada portavam consigo uma mensagem para a futura geração. Eles viam a
promessa sob uma ótica diferente e esse é o objetivo de Moisés em suas últimas
palavras: levar a nova geração a entender que o que Deus diz é real e não se
deve colocar obstáculo no que Ele determina.
Quarenta anos de
humilhações
Moisés
inicia suas últimas palavras falando sobre a observação do caminho. Em seguida,
começa a enfocar as lembranças que aquele caminho proporcionou. Ele lembra das
provações, das necessidades e das humilhações que já viveram e faz essa
dissertação na intenção de que todos tenham a leitura correta do que
evitar.Será que eles estavam certos em dizer que Deus os levou ao deserto para
mata-los? (Números 14:3). Ou eles fizeram tudo errado e extrapolaram os limites
do absurdo e da incredulidade? Deus não desejava mata-los diante de todos os
povos. O maior problema desse povo é que seus corpos saíram do Egito, mas suas
mentes continuavam por lá. Ainda que tivessem saído, eles pensavam como
escravos e se sentiam tentados a retornarem à vida anterior (Números 14:4).
Deus os levou pelo deserto e foi apresentado a cada situação, mas eles se
acostumaram tanto com as trevas da escravidão que ignoraram a luz da liberdade.
Eles jamais observaram que o Deus que estava com eles era o mesmo que havia
destruído todos os opressores.Tanto na Bíblia quanto em toda a história, homens
e mulheres passaram pelo deserto como forma de serem capacitados por Deus para
cumprir o Seu propósito. O deserto não significa rejeição, mas preparo divino.
O
deserto não é o lugar onde somos derrotados, nem o estágio final de nossas
vidas, é lugar de passagem. Enquanto peregrinava no deserto, o povo de Israel
era constantemente hostilizado pelas nações ao redor. A ordem era: lutem! Os
israelitas derrotaram os amorreus (Números 21:21-25), os midianitas (Números
31:1-11) e o povo de Basã (Números 21:33-35). Se Deus os desejasse exterminar
jamais ordenaria que defendessem sua posição. Não era essa a intenção divina;
eles pereceram porque não entenderam o que Deus estava realizando em suas
vidas. Deus queria que eles conhecessem a si mesmos e lhes deixasse tratar (Deuteronômio
8:3).
Existe
propósito para todo tempo de secura em nossas vidas. Deus quer nos humilhar e
nos provar para ver se o nosso coração é perfeito diante dEle (Deuteronômio 8:3).
Deus humilhou o povo e o deixou passar fome. Todavia, os sustentou com o maná.
Afinal, o povo passou fome ou foi sustentado? Em todas as manhãs, chegava um
carregamento direto da mesa de Deus, o pão dos anjos (Salmo 78:23-25). Durante
quarenta anos, eles jamais perderam a hora do almoço. Então qual é a fome que
Moisés está relatando? A prova consistia em testá-los, para saber se amavam
mais a Deus do que tudo que deixaram para trás; se o desejavam mais do que as
coisas do mundo; se teriam fome e sede de Sua presença e não dos prazeres e
conforto do mundo!Eles estavam com Deus, mas seus corações ainda estavam presos
à vida do Egito. Eles demonstraram preferir o Egito com todo o sofrimento do
que a vida que levavam no deserto. Ao murmurar, pedindo a carne, Deus os ouviu
(Salmo 106:15). Não havia problema algum em pedir carne. O problema era a
motivação do pedido, que revelava a insatisfação do povo para com Deus; seu
pedido trazia à tona o intenso desejo pelas coisas antigas, pois sempre que se
lembravam das comidas do Egito desprezavam a provisão divina e a presença de
Deus.
Quarenta anos de
milagres incontestáveis
O
deserto é um período que todo cristão deve passar. Não é um lugar onde devemos
buscar sinais e maravilhas, e sim uma íntima comunhão com Deus, que produzirá
em nós o caráter e a força do Senhor. Esse tempo de aprendizagem poderá trazer
grande desconforto se não tivermos uma visão das promessas de Deus.Moisés
afirma que o Maná, que descia do céu todos os dias, durante quarenta anos, foi
ingerido, mas não foi conhecido nem por eles nem por seus antepassados (Deuteronômio
8:3). Isso prova que podemos viver longos anos sem ao menos saber o sentido
real daquilo que vem da mesa de Deus. Diante deles, estava o que o salmista
chama de: “o pão dos anjos, o pão dos poderosos” (Salmo 78:25). Isso significa
que era algo que somente havia na mesa de Deus, uma comida espiritual que
desintoxicaria os tempos de comida egípcia. Porém eles chamaram aquele maná de
comida vil (Números 21:5). Eles realmente nunca entenderam. O maná é um
privilégio de quem vence (Apocalipse 2:17). Sua presença na mesa indicava que
Deus os via como vencedores, mas eles sempre agiram como derrotados.A tradição
judaica afirma que o maná tinha sabores diferenciados, mesmo assim eles
enjoaram de comer todos os dias. O maná é o cardápio divino até que alcance a
Terra Prometida. A cada dia, ele terá um sabor diferenciado, a cada dia, uma
revelação a cada dia algo novo será acrescentado e assim iremos amadurecendo e
nos familiarizando com o que vem da mesa de Deus. A comida de amanhã será
diferente da de hoje. Isso indica que sempre haverá algo novo da parte de Deus.
Ao
olhar para trás é lembrar os fatos ocorridos com a geração passada, a nova
geração deveria entender o conteúdo daqueles milagres. A roupa nunca
envelheceu, mas era a mesma, o pé nunca inchou, mas era o mesmo calçado
(Deuteronômio 8:4), ou seja, Deus lhes deu o que necessitavam e nunca o que
desejavam. O deserto é uma escola onde aprendemos a não viver de ostentações, a
ser simples, a depender daquele que está nos guiando e a contentar-nos com o
que temos. Havia pão, nunca faltou, mas não havia presunto, manteiga ou
requeijão. O deserto é lugar de milagres necessários. Antes da riqueza da Terra
Prometida é preciso passar pela escassez do deserto.A tarefa de comunicar ao
povo o caminho da verdade não era de Deus, mas do líder. Moisés conhecia muito bem
aquele povo e entendia que seres humanos sempre erram repetidamente. Fazer o
povo reviver as situações passadas lhes acrescentaria uma mescla de força e
temor. Moisés deixou bem claro que seus pais comeram o maná da mesa de Deus e
morreram. Porém, a vida estava em observar o que saía da boca de Deus (Deuteronômio
8:3). Aquela nação saiu milagrosamente do Egito, presenciou milagres como
nenhuma outra. Agora o maior perigo não reside nos inimigos, mas em não tê-los.
A terra da bênção pode ser tão perigosa quanto a terra da aflição. No deserto,
tornamo-nos dependentes sensíveis, mas, na terra da promessa, podemos esquecer
quem um dia já fomos.
Tudo
o que é novo pode surpreender e a nova terra estava cheia de perigos ao redor.
As instruções conduziam a nova geração a aproximar-se de Deus, a temê-Lo e a
obedecer-lhe. Chegou o dia do cumprimento da promessa; passou um ciclo, mas
outro ciclo se iniciaria e uma nova história seria escrita por aquela geração.
Quarenta anos, e depois
um “NÃO”
Moisés é sem
dúvidas um dos homens mais valorosos de toda a história. Sua vida é contada em
versos e prosas, analisada, discutida e recontada em milhares de livros,
dezenas de filmes e inúmeras canções. Muito temos que aprender com ele, e seu
legado deixado para a humanidade serve de referencial para quem deseja uma vida
de intimidade com Deus. Moisés foi rei, profeta e sacerdote de sua gente, viveu
cada página da história que Deus lhe escreveu com muita dignidade e
comprometimento. Sua liderança é historicamente apontada como um modelo de
gestão eficiente e produtiva, já que mesmo com os desvios ocorridos no deserto
em decorrência dos pecados de Israel, a nação que chega as margens do Jordão é maior do que a saída do Egito. Mas um aspecto bem específico na vida de
Moisés é sua postura diante do maior imprevisto que um homem pode enfrentar: o
NÃO de DEUS.
Nossas orações, por mais
sinceras que sejam, sempre estão carregadas de pedidos e solicitações, sejam em
causa própria ou intercessoras por pessoas a nossa volta, e sempre tencionamos
uma resposta positiva do Senhor. Ainda que oremos pedindo para que “seja feita
sua vontade”, no íntimo de nossa alma, estamos esperançosos que nosso Pai conceda
milimetricamente os desejos de nosso coração. É claro que tal pensamento não é
errôneo, já que o próprio Jesus nos ensinou que é preciso pedir para receber,
procurar para encontrar e bater para a porta abrir (Lucas 11:9). Porém, é
preciso entender que não são as nossas petições que nos tornam crentes
melhores, mas sim a nossa postura diante das respostas que recebemos. Por
vezes, Deus segura nossas mãos, olha profundamente em nossos olhos, e nos
presenteia com um belíssimo NÃO, inda que nossa própria vida dependesse do SIM.
É neste momento que nosso caráter espiritual é posto em prova, já que uma linha
tênue se estabelece entre a murmuração e o louvor. O que fazer quando Deus
retira de nós os nossos maiores sonhos?
Moisés falava com
Deus face a face. Dialoga com o Senhor de forma intima e pessoal, como nenhum
outro homem em toda a história. Foi através de suas petições que o Mar Vermelho
se abriu, vitórias impossíveis foram conquistas, comida superabundou no deserto
e a ira do Todo Poderoso se aplacou por diversas vezes. Mesmo assim, nem todas
as suas orações foram respondidas. Após o povo contender contra Moisés em
Meribá e pouco depois, já em Cades-Barnéia, menosprezar Canaã e desejar voltar
ao Egito por temer os atuais moradores da terra prometida, Deus decidiu que
aquela geração não entraria no Egito. Mais uma vez o grande líder tentou
convencer o Senhor a perdoar seu povo, porém recebeu uma das mais duras
respostas já dadas para uma oração: - Chega! Não me fale mais sobre este
assunto! – Para completar, Deus surpreende Moisés com uma notícia completamente
inesperada: - Sobe ao monte Pisga e observe toda a terra de Canaã...
Contemple-a em toda a sua extensão, pois você não pisará nela, se quer irá
passar o Jordão... Prepara Josué como teu sucessor, pois será ele, e não você
que levará o povo a conquistar a terra da promessa... (Deuteronômio 3:26-29)
Sem dúvidas, Moisés
sentiu o golpe. A morte não estava em seus planos. Ele havia dedicado anos a
fio no propósito de chegar a terra da promessa, mas agora, em decorrência de
seu erro em Meribá, o gosto desta vitória lhe será tirado. E como Moisés reage
diante desta “aparente” injustiça? Aceita humildemente a vontade do Senhor,
acelera o processo de preparação de Josué e trata de reunir o povo para
ensina-los a aprender com os erros cometidos por seus pais, e não perderem
bênçãos gloriosas no futuro. Um exemplo irrepreensível de conduta, fé e
caráter. Mas engana-se quem pensa que Deus deixou Moisés sem uma recompensa...
Três evangélicas narram uma das mais memoráveis histórias do Novo Testamento,
quando Jesus se transfigura em glória, e ali, na terra conquistada com tanto
labor, recebe a vista de dois “amigos” muito especiais para uma agradável
conversa... Um deles era Moisés!
Assim como Moisés, venha aprender na escola de Deus para ser líder e profeta, participando neste domingo, (07/06/2015), da Escola Bíblica Dominical.
Material Base:
Revista Jovens e Adultos nº 95 - Editora Betel
Moisés - Lição 10
Comentarista: Pr. Belchior Martins da Costa
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Pb. Miquéias Daniel Gomes
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