Texto
Áureo
Romanos
13.7
Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem
imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra.
Verdade
Aplicada
A honra é um mandamento divino que redunda em felicidade e vida
prolongada.
Textos de
Referência
Deuteronômio 27:16
Maldito aquele que desprezar a seu pai ou a sua mãe! E todo o povo dirá:
Amém!
Mateus 15:4-5
Porque Deus ordenou, dizendo: Honra a teu pai e a tua mãe; e: Quem
maldisser ao pai ou à mãe, morra de morte.
Mas vós dizeis: Qualquer que disser ao pai ou à mãe: É oferta ao Senhor
o que poderias aproveitar de mim, esse não precisa honrar nem a seu pai nem a
sua mãe.
Efésios 6:1-4
Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é
justo.
Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa,
Para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra.
E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas criai-os na
doutrina e admoestação do Senhor.
Autoridade Espiritual na Família
O
casamento modifica a rotina de uma pessoa. Novos hábitos, concessões diversas e
reavaliações diárias são necessárias para tornar possível a vida conjugal. Mesmo
assim, crenças, convicções e ideologias, praticamente não sofrem grandes
alterações. As mudanças relevantes são meramente externas e pouco interferem no
caráter do indivíduo. Mas quando um filho nasce, acontece uma transformação que
transcende a mera quebra de rotina, pois nos modifica de dentro para fora. As
prioridades são invertidas, as motivações são potencializadas e experimentamos
em sua essência a força de um amor incondicional. Pais tendem a morrer por
seus filhos sem qualquer pré-julgamento ou análise requintada.
É exatamente por nos introduzir nesta dimensão de amor sacrifical, que o
nascimento de um filho nos leva a entender com mais propriedade o próprio Deus,
que foi capaz de sacrificar o que tinha de mais precioso por nós. Um
sacrifício consiste na troca de algo muito valioso por outro de ainda maior
valor. Neste caso, os valores não são medidos em espécies, e sim em sentimentos
e emoções. Por exemplo, num cenário de crise onde o alimento torna-se escasso
em um lar, os pais tendem a sacrificar sua porção de sustento em prol da
nutrição dos filhos. Eles abrem mão de algo valioso (seu alimento) e obtém em
troca algo mais valioso ainda, ou seja, a satisfação de ver os filhos
alimentados, embora eles mesmos continuem famintos. O sacrifício
maternal/paternal , portanto, vale a pena. Em seu livro “Amor de Pai”, o
escritor Max Lucado defende a tese que a mulher se torna mãe, antes do homem se
assumir como pai, afinal, ao longo de nove meses ela sente dentro de si as
transformações inerentes à maternidade, que modificam seu corpo e sua alma,
enquanto o pai apenas assiste o processo. Por sua vez o homem vivencia a
paternidade apenas quando tem seu rebento no colo pela primeira vez, e
contempla embabascado, o rostinho daquele ser do qual será protetor e provedor.
Mesmo embarcando nesta viagem em momentos distintos, mãe e pai são igualitários
no desenvolvimento moral, físico e espiritual de uma criança. Ou pelo menos,
assim deveria ser.
Pelo
padrão bíblico, o núcleo de uma família é essencialmente formado por pai, mãe e filhos. Nesta equação, cabe ao homem o papel de “cabeça da casa”,
exercendo liderança social e espiritual junto aos seus (Efésios 5:23 / I
Coríntios 11:9). Sob ele recai uma tríplice função, que em via de regra, não pode
ser rejeitada , postergada ou abandonada: rei, profeta e sacerdote. Este
ministério tridimensional engloba todas as atribuições designadas pelo criador
ainda no jardim do Éden, bem como os encargos espirituais decorrentes de sua
autoridade paternal (Gêneses 1:27-29; 2:15-25, 3:17-20). Como “rei”, ele deve
dominar com austeridade sobre sua casa, fazendo desta liderança o seu parâmetro
para qualquer outra atividade secular que venha desenvolver (I Timóteo 3:4).
Cabe ao homem arcar com sustento de seu lar, provendo alimento, moradia e
vestuário, bem como alicerçar sua casa em princípios morais e estabelecer
pilares emocionais em sua família. Como “profeta”, cabe ao pai ser um porta-voz
de Deus para sua prole, ensinando os preceitos divinos e zelando pela Lei do
Senhor. Neste aspecto, ele “literalmente” traz Deus para dentro de sua casa,
tanto por meio de suas palavras (ensinamentos), quanto por suas ações
(exemplos). Já no ofício sacerdotal ele faz o caminho inverso, levando sua
família até Deus por meio de orações, súplicas e consagrações diárias.
A mulher
por sua vez e a genitora da vida, portadora da semente divina. Desde os
primeiros dias de gestação, a ligação com o feto, ou melhor, a sintonia com seu
filho já é espetacular. Ainda ali, já aflora um amor que supera a tudo e a
todos. Não importa o frio, a fome, o sono ou a dor, a mãe está integralmente
presente, protegendo, acalentando e abençoando aquele ser indefeso, que ela
defende com unhas e dentes. Esse amor só faz aumentar, nunca cessa e jamais
lhes será tirados. Mas não para por aí... Quando
analisamos o texto de Provérbios 31, nos deparamos como uma série de virtudes inerentes
ao “ministério da edificação”, que no âmbito familiar, deve ser exercido pela
mulher com plenitude de sabedoria. Obviamente, na conjuntura social em que vivemos,
as funções exclusivistas destinadas a “pais” e “mães” estão intrinsicamente
miscigenadas, sendo compartilhadas de forma profícua para a sustentabilidade da
família. Este compartilhamento de responsabilidades, porém, não altera os
valores espirituais dos ministérios familiares que devem ser preservados com
zelo e honestidade, pois Deus jamais pedirá a “Sara” um sacrifício que cabe
somente a “Abraão” e vice-versa. A beleza reside exatamente no complemento
perfeito que reside na união de forças, fator de equilíbrio na balança da vida.
E se aos pais é outorgada tamanha
responsabilidade e confiada autoridade espiritual inquestionável, cabe aos
filhos externar respeito, gratidão e amor, honrando e obedecendo a seus
progenitores.
Honra aos
pais,
um mandamento com promessa
A maior crise do desenvolvimento social de qualquer país é a ausência de
pais no lar. Enquanto muitos tentem redefinir o casamento, estudos científicos
comprovam que não existe um substituto para os genitores. A educação dos filhos
começa no lar. É responsabilidade dos pais ensinar seus filhos e prepara-los
para serem pessoas íntegras, produtivas e responsáveis. A palavra honra se
deriva do latim “honor”, que significa: respeitar, decorar ou ornamento. De
acordo com o dicionário, a palavra honra tem os seguintes significados: grande
respeito e estima dada a outrem; nobreza de mente, retidão; dignidade,
especialmente a que se outorga a altas posições; cortesia social. No hebraico é
“hadar”, e sempre indica sinais de respeito, obediência à pessoa e leis (Provérbios
21:21). A honra é o resultado da soma de todas as virtudes. É o justo
sentimento de reconhecimento, não somente de uma posição em si, mas de alegria
em dar a outrem aquilo que é por si mesmo ou conquistou (Romanos 12:10; 13:7). A honra, além de ser uma qualidade moral que
leva o indivíduo a cumprir os deveres para com os outros e consigo mesmo, é um
mandamento divino que redunda em felicidade e vida prolongada. Temos a
tendência de pensar que honrar nossos pais significa meramente obedecer-lhes.
Não há dúvida, porém, de que o Senhor tinha em mente mais do que isso, quando
disse: “Honra a teu pai e a tua mãe”. Os dicionários dão diversas definições da
palavra honra. A maioria delas se relaciona à consideração, ao respeito, estima
e admiração e alta reputação. Honrar pai e mãe significa mais do que
prestar-lhes obediência e respeito. Significa amá-los sem restrições, porque
desejamos. Se realmente honramos nossos pais, obedecemos aos seus justos
desejos e escutamos seus sábios conselhos.
Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, a honra aos pais aparece
vinculada a uma vida longa (Êxodo 20:12 / Efésios 6:2, 3). Isso não é mágica ou
milagre, é uma realidade social. Se os pais forem responsáveis para com seus
filhos e não fracassarem, não haverá tanta violência no mundo; os jovens
completarão maior idade sem o risco de morrer na juventude. Esse é um
mandamento com promessa: (“Honra a teu pai e a tua mãe”. Para que”? Para que te
vá bem e vivas muito tempo sobre a terra”. O que isso significa? Menos delinquentes
no mundo, prisões vazias, vida prolongada, paz nos lares, amizade entre pais e
filhos. É isso que Satanás almeja destruir com a desintegração da família. É
dever dos filhos honrar seus pais e a honra aos pais, diante de Deus, garante
sucesso e vida longa (Deuteronômio 5:16; 6:6-9 / Provérbios 22:6). Esclareça
para eles que, como acontece com todos os mandamentos, o nosso Senhor e
Salvador Jesus Cristo é o exemplo de como devemos guardar o mandamento de
honrar nossos pais. Mesmo na hora de Seu sofrimento na cruz, Jesus demonstrou
preocupação por Sua mãe terrena (João 19:26-27).
Deus vinculou honrar aos pais a uma vida longa, isto significa que a
taxa de mortalidade de um país está relacionada à desonra aos pais (Provérbios
20:20). Jesus está se reportando aqui aos filhos maldizentes, aqueles que falam
mal de seus pais, que são injustos e que os traem negando suas
responsabilidades (Provérbios 17:25 / 23.22). A desonra aos pais é um mal que
assola as nações, o que resulta em uma maldição nacional (Malaquias 4:6). Os
noticiários estão cheios de histórias bizarras envolvendo filhos e pais, jovens
morrendo prematuramente e a única maneira de frear essa maldição é não
fracassando na paternidade. O texto de Mateus 15.4: “Porque Deus ordenou
dizendo: Honra a teu pai e a tua mãe; e: quem maldisser ao pai ou à mãe,
certamente morrerá”. A palavra “maldição” está sempre associada à morte (Mateus
21:19). Devemos refletir muito nesse assunto porque, ao fracassar em nossa
paternidade, poderemos estar produzindo uma geração de filhos imprestáveis, que
trarão sérios danos às famílias e a nação. Ser pai é muito mais que gerar um
filho. O que é honrar? Honrar não é somente obedecer. Esaú obedecia a seu pai,
agradava-o, mas tomou atitudes que vieram a desonra-lo gravemente (Gêneses 25:34,
35). Esclareça para eles que honrar não é buscar somente a prosperidade
material. O jovem Absalão foi amado por seu pai, o rei Davi, desde o seu
nascimento até a sua morte. No entanto, seu interesse materialista resultou na
desonra do seu pai e em sua própria morte (II Samuel 18:9).
Dias abreviados
Quando falamos das relaçãos pais e
filhos, talvez o texto bíblico mais incisivo, conhecido e comentado seja
Provérbios 22:6: “Instrui o
menino no caminho em que deve andar, e mesmo quando envelhecer, não se desviará
dele". Um erro comum na citação deste texto é trocar o indicativo “no”
por “o”. O conselho aqui expresso não é para se indicar “o” caminho (vá por
ali), mas sim ensinar “no” caminho (ande ao meu lado). O grande discipulador
aqui não é o vocabulário, mas sim o próprio exemplo. Pais íntegros que almejam
uma vida de integridade para seus filhos não se encaixam nos moldes mundanos do
“faça o que eu digo e não o que eu faço”, mas criam ao longo do caminho, o
rastro de pegadas onde seus pequenos discípulos também porão os pés. Salomão,
ao escrever o texto supracitado sabia muito bem do que estava falando, pois
viveu esta realidade dentro de sua própria família. Davi foi o maior rei da
história de Israel. Fortaleceu o reino, consolidou Jerusalém e expandiu as
fronteiras da nação. Mas nos recônditos do palácio, falhou miseravelmente como
pai, seja no exemplo, nas palavras ou nas atitudes.
Polígamo inveterado, colecionou esposas como se fossem mudas de roupas (Mical, Abigail, Ainoã, Eglá, Maacá e Bete-Seba) sem se importar com as consequências de seus impulsos (hábito este seguido por seu filho Salomão). Destes relacionamentos vieram mais de vinte filhos, o que limitou a intimidade do pai com cada um deles. Foram educados magistralmente como príncipes e princesas, mas renegados como filhos e filhas, crescendo sem a imposição de limites ou parâmetros de moralidade. Enquanto isto, Davi errava ao preferir abertamente Absalão em detrimentos dos demais filhos ou escolhendo Salomão como herdeiro do trono por este ser filho de Bete-Seba, sua esposa mais influente. Por ser ausente até mesmo quando estava presente, Davi sequer percebeu a crescente tensão sexual em sua mesa de jantar, o que desencadeou o estupro de sua filha Tamar pelo próprio irmão Amnom. Ciente do acontecido, foi omisso ao não punir Amnom e nem acolher a princesa deflorada. Esta passividade gerou o ódio de Absalão que se encarregou de assassinar seu irmão Amnom. Desta vez, Davi teve um surto de raiva contra seu filho favorito, e Absalão fugiu para três anos de exílio. Neste tempo, Davi nada fez para se reconciliar com seu filho. No retorno do pródigo, o “rei” (não o pai) recebe o "príncipe" (não o filho) com um beijo formal, fugindo mais uma vez da responsabilidade paterna. Indignado com tamanha indiferença, Absalão promoveu uma guerra civil em Israel, e Davi se viu obrigado a fugir de Jerusalém, sendo perseguido pelo próprio filho. Neste conflito, Absalão morreu e Davi lamentou a morte do filho, amargurado por saber que já era tarde para reconciliações. Antes de sua morte, Davi ainda teve que lidar com mais uma guerra nacional provocada por rupturas em sua família, quando seu filho Adonias usurpou o trono do pai e Davi precisou coroar Salomão às pressas para cumprir a promessa que fizera a Bete-Seba.
Davi nos deixa valiosas lições com os seus erros, e a principal delas é que a família vem antes do reino. Uma nação que emerge de famílias fragmentadas, implodirá sobre as próprias bases. Davi era um homem elogiável, um rei austero, um músico brilhante, um adorador por excelência. Andava lado a lado com Deus e isso lhe garantiu suas grandiosas vitórias, mas andava distante de seus filhos, o que causou suas mais vergonhosas derrotas. Por outro lado, a conduta de Absalão é uma prova cabal que quando um filho desonra seu pai, encontra um fim precoce e vergonhoso. Davi falhou em ser pai e isso custou sua honra, já Absalão fracassou como filho e com isto perdeu a vida.
Polígamo inveterado, colecionou esposas como se fossem mudas de roupas (Mical, Abigail, Ainoã, Eglá, Maacá e Bete-Seba) sem se importar com as consequências de seus impulsos (hábito este seguido por seu filho Salomão). Destes relacionamentos vieram mais de vinte filhos, o que limitou a intimidade do pai com cada um deles. Foram educados magistralmente como príncipes e princesas, mas renegados como filhos e filhas, crescendo sem a imposição de limites ou parâmetros de moralidade. Enquanto isto, Davi errava ao preferir abertamente Absalão em detrimentos dos demais filhos ou escolhendo Salomão como herdeiro do trono por este ser filho de Bete-Seba, sua esposa mais influente. Por ser ausente até mesmo quando estava presente, Davi sequer percebeu a crescente tensão sexual em sua mesa de jantar, o que desencadeou o estupro de sua filha Tamar pelo próprio irmão Amnom. Ciente do acontecido, foi omisso ao não punir Amnom e nem acolher a princesa deflorada. Esta passividade gerou o ódio de Absalão que se encarregou de assassinar seu irmão Amnom. Desta vez, Davi teve um surto de raiva contra seu filho favorito, e Absalão fugiu para três anos de exílio. Neste tempo, Davi nada fez para se reconciliar com seu filho. No retorno do pródigo, o “rei” (não o pai) recebe o "príncipe" (não o filho) com um beijo formal, fugindo mais uma vez da responsabilidade paterna. Indignado com tamanha indiferença, Absalão promoveu uma guerra civil em Israel, e Davi se viu obrigado a fugir de Jerusalém, sendo perseguido pelo próprio filho. Neste conflito, Absalão morreu e Davi lamentou a morte do filho, amargurado por saber que já era tarde para reconciliações. Antes de sua morte, Davi ainda teve que lidar com mais uma guerra nacional provocada por rupturas em sua família, quando seu filho Adonias usurpou o trono do pai e Davi precisou coroar Salomão às pressas para cumprir a promessa que fizera a Bete-Seba.
Davi nos deixa valiosas lições com os seus erros, e a principal delas é que a família vem antes do reino. Uma nação que emerge de famílias fragmentadas, implodirá sobre as próprias bases. Davi era um homem elogiável, um rei austero, um músico brilhante, um adorador por excelência. Andava lado a lado com Deus e isso lhe garantiu suas grandiosas vitórias, mas andava distante de seus filhos, o que causou suas mais vergonhosas derrotas. Por outro lado, a conduta de Absalão é uma prova cabal que quando um filho desonra seu pai, encontra um fim precoce e vergonhoso. Davi falhou em ser pai e isso custou sua honra, já Absalão fracassou como filho e com isto perdeu a vida.
Pais
responsáveis, filhos idôneos
Não é o fato de gerar um bebê que nos torna pais. Qualquer esperma que
atingir um óvulo vai fecunda-lo, isso inclui também os animais. Paternidade é
diferente de concepção biológica. Ser pai é uma posição e uma função, não é um
título ou um nome. Deus fala sobre honrar um pai, não necessariamente uma
pessoa. Pai não é a pessoa, mas a maneira como ele funciona no nascimento e na
origem da criança. Aquele que dá a origem deve também: proteger, sustentar,
guiar, preservar, ser um exemplo (Isaías 40:26). Pode ser que não gostemos de
muitas coisas em nossos pais, mas devemos honrar sua posição, respeitá-la e
estimar. Pois, se depreciamos a posição, destruímos o poder e a autoridade
conferidos a ela (Romanos 13:7). Por outro lado, os pais devem ser respeitados.
Isso significa que existe algo que eles devem fazer para sustentar essa
posição, o que inclui presença e acessibilidade. Os filhos precisam de ajuda,
de conselhos e de pais que possam lhes socorrer (Provérbios 1:8 / Efésios 6:4).
O pai funciona como uma fonte nos momentos em que os filhos precisam de ajuda,
conselho e socorro. Ser pai é funcionar. Reforce que é exatamente essa função
que Deus manda honrar. Mostre para eles também que a palavra hebraica para pai
é “aba” e “aba” representa a descrição da função. Um pai é uma fonte que gera e
toda fonte sustenta o que dela é produzido. É isso que nos identifica como pais
(Isaías 43:7).
A experiência de vida conduz os pais a calcular os riscos e os
benefícios das ações e atitudes, levando-os a optar pelo seu prático e seguro.
Geralmente, os filhos agem pelos impulsos e só depois é que pensam nas
consequências. Funcionar como pai é sempre se lembrar dos erros da juventude e
prevenir os filhos para que não repitam os mesmos deslizes (Provérbios 22:15).
Proteção é um fator real na vida paterna e isso independe da idade que os
filhos alcancem. E o que não dizer das mães? Elas são tão protetoras que sentem
a necessidade de estar a todo o tempo cuidando, até mesmo depois que os filhos
se casam. Esse é um instinto natural dos pais (Isaías 49:15). O único problema é
quando esse cuidado dos pais vem em forma de superproteção, porque pode se
tornar em um ponto negativo no caráter dos filhos.
Existem coisas que, como pais, acreditamos ser importantes para nós.
Porém, elas podem não ter a mesma importância para nossos filhos.
Provavelmente, eles não se lembrarão ou não darão muita relevância às situações
que consideramos de grande valor. Existem algumas coisas que são simples, mas
que marcam a vida e deixam impressões que nunca se apagarão (Provérbios 22:6).
Uma dessas coisas é termos tempo para passar com nossos filhos. Esses momentos
comuns e gloriosos dos quais eles jamais tirarão da lembrança (Eclesiastes 3:1).
A maior glória que um pai ou uma mãe pode alcançar é fazer algo que seus filhos
considerem de extrema importância, não importando quão simples ou trivial possa
parecer. Uma boa definição de pai seria: “Aquele a quem os filhos desejam
imitar”. Certamente, um filho não pode imitar um pai ausente (I Coríntios 11:1)
e esse é o grande problema da humanidade sem Deus. Como imitá-lo estando longe
de sua presença e convívio?
Deus da Família
Quando um filho
nasce, seus pais têm a oportunidade de compreender com um pouco mais de
propriedade o amor do próprio Deus. Afinal, para aquele pequeno ser que acaba
de chegar ao mundo, é destinado todo o afeto e cuidados que seus progenitores
são capazes de gerar. Amor sacrificial, incondicional e irrestrito, externado
em total devoção, mesmo sem (na maioria das vezes) receber nada em troca, da
mesma forma que Deus age em nosso favor. Em Romanos 8:15, Paulo afirma que
através do Espírito somos adotados pelo próprio Deus e passamos a ter o direito
de chamá-lo “ABBA PAI”. Este termo, derivado do aramaico, conota intimidade na
relação paternal, podendo ser entendido como “meu pai” ou “paizinho”, e em sua
etimologia original remete a forma como uma criança pequena se refere ao seu
pai. Foi usado pelo próprio Jesus em algumas oportunidades (Marcos 14:36), já
que sua relação com o Deus Pai era vinculada em uma unidade perfeita e
imutável (João 17:10-11). Deus deseja intimidade com sua “família” (Mateus
12:50), e ao nos criar sua semelhança, e depois nos conceder parte do seu
tesouro particular em forma de “filhos”, transmite-nos a mensagem, que é
este o mesmo relacionamento que espera existir entre nós e nossa preciosa
herança (Salmo 127:3). Deus é em essência, paternal e familiar.
No princípio
criou Deus uma família, Adão e Eva, que
se ampliou com seus filhos Caim e Abel. Caim e outros filhos do primeiro
casal formaram outras famílias, conforme mostram as genealogias bíblicas. E
assim sucessivamente, como a família de Noé, que Deus chamou para o grande
empreendimento de salvar a humanidade do dilúvio. As pessoas não atenderam ao
convite de arrependimento de Deus mediado por Noé e o Senhor retoma à história
da salvação, convocando outra família, a de Abraão e Sara. A trajetória
da ação de Deus pela humanidade prossegue numa história familiar como
revela a caminhada dos diferentes patriarcas: Isaque e Rebeca; Jacó e Raquel e
tantos outros que vemos em Gênesis. Em Êxodo a história da libertação do povo do
Egito se desenvolve a partir de uma família, a de Joquebede, e que vai resultar
na família de Moisés, prosseguindo com seus descendentes. No Novo Testamento
vemos sobejos exemplos de como Deus age na história a partir de várias
famílias.
Ainda hoje Deus conta com as famílias para estabelecer sua obra através da família. Faz-se necessário que a família cristã se coloque no altar de Deus em sacrifícios vivos, santos e agradáveis ao Senhor. Deus ainda quer usar famílias nessa geração para estabelecer seu Reino na terra, não um reino terreno de glorias terrenas, mas o reino de poder onde as famílias sejam o exemplo e a verdadeira expressão da gloria de nosso Deus.
Ainda hoje Deus conta com as famílias para estabelecer sua obra através da família. Faz-se necessário que a família cristã se coloque no altar de Deus em sacrifícios vivos, santos e agradáveis ao Senhor. Deus ainda quer usar famílias nessa geração para estabelecer seu Reino na terra, não um reino terreno de glorias terrenas, mas o reino de poder onde as famílias sejam o exemplo e a verdadeira expressão da gloria de nosso Deus.
Conselhos
importantes aos pais
Neste tópico, destacaremos três pontos importantes que podem em muito
nos ajudar no convívio com nossos filhos. Os filhos são grandes aprendizes.
Eles assimilam melhor pela observação e pela imitação. Por isso, não devemos
viver de uma maneira e dizer aos nossos filhos para que vivam de outra. O velho
ditado “faça o que eu digo e não faça o que eu faço” é uma receita pronta para
a falência dos pais. Se nossas palavras dizem algo e nossas atitudes
representam outra coisa, nossos filhos escolherão reconhecer as atitudes e
ignorar nossos aconselhamentos. Por essa razão, precisamos ser muito cuidadosas
e viver exatamente do modo que desejamos que os nossos filhos vivam (Provérbios
17:6). As crianças aprendem muito mais por meio de exemplos do que pelas
palavras. Elas imitam as pessoas com quem têm mais convivência (Provérbios 20:11).
À medida que as crianças crescem, as responsabilidades e os deveres são
acrescidos. Filhos não se educam sozinhos e a intenção de Deus nunca foi essa.
Nós, pais, precisamos instruí-los e treiná-los por meio de nossa força
espiritual no Senhor para que alcancem sucesso na vida. E é justamente isso que
nossos filhos esperam de nós.
Deus fez as crianças para brincar. É justamente assim que elas conseguem
aprender e se tornam criativas. Elas aprendem a socializar e a relacionar-se
com outras pessoas adequadamente por meio de jogos brincadeiras e não pelo
trabalho. Crianças não são adultos em miniaturas. É errado tratá-las dessa
maneira. Elas precisam de uma orientação paciente e instruções cuidadosas,
disciplina consistente e limites claros e definidos (Provérbios 22:15 / Colossenses
3:21). Todas essas coisas são vitais para gerar na criança um sentimento de
segurança e proteção. Quando se sentem protegidas, elas crescem livre do medo,
da ansiedade e dos problemas psicológicos. Não podemos trata-las como serviçais
e escravas dentro de casa. Existem pais que esperam e exigem muito das
crianças. O nosso trabalho como pais não é treinar bons trabalhadores para
suprir nossas horas de ausência, mas criar uma descendência idônea (Salmo 45:16).
Se honrar é um mandamento, é possível que os pais possam ser desonrados
(Mateus 15:5). Se Deus dá uma ordem é porque essa ordem pode também ser
cumprida e isso implica em que devemos fazer jus a tal merecimento. A honra
deve ser dada àqueles que cumprem verdadeiramente seus deveres como pais. Mesmo
que não sejam pais biológicos, contanto que tenham a posição e funcionem (Romanos
13:7). Abraão foi chamado “pai de uma nação” porque funcionou como uma fonte.
Ele não somente gerou a Isaque, mas cuidou dele, e o treinou e mentoriou para
se tornar um crente em Jeová exatamente como ele (Gêneses 17:1-9 / 26.1-5). Isaque
fez o mesmo com sua descendência e assim surgiu a nação de Israel. O futuro de
uma nação depende de funcionarmos como pais. Abraão não é considerado pai de
nações pela biologia, mas pela funcionalidade. Ressalte para eles que a maior
crise para os homens é ausência de pais como modelos. A maioria dos filhos não
quer ser como seus pais. Alguns agem como professores, mas nunca como pais. Os
filhos têm professores o dia inteiro. Eles precisam de pais que participem com
eles, que lhe auxiliem, que dialoguem, que, em vez de cobranças, chorem com
eles, brinquem com eles e lhes conquistem. É preciso compreender que jamais
poderemos liderar aqueles a quem não conquistamos.
Conclusão
O nosso cotidiano e as muitas responsabilidades do
lar podem nos distanciar de nossos filhos e, no afã de reparar o tempo perdido,
suprimos essa ausência com presentes. É preciso entender urgentemente que o
melhor presente que um filho pode receber é um pai presente.
Participe da EBD deste domingo, 20/12/2015, e descubra você também os segredos para uma vida de fé e atitudes
Material Didático:
Revista Jovens e Adultos nº 97 - Editora Betel
Comentarista: Pr. José Fernandes Correia Noleto
Maturidade Espiritual
Lição 12
Comentários Adicionais (em azul):
Pb. Miquéias Daniel Gomes
Comentários Adicionais (em vermelho):
Comentários Adicionais (em vermelho):
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