segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Devemos comemorar o Natal?

Pb. Miquéias Daniel Gomes

A discussão sobre a legitimidade cristã do Natal está longe de ser um debate moderno.  Ao longo dos séculos, cristãos em geral, se lançam em eloquentes  confrontos teológicos, tentando validar seus argumentos, sejam pró ou contra, a comemoração desta festa tão relevante. 

Esta discussão é muito mais acirrada entre os protestantes (evangélicos), já que muitas denominações deste meio alegam que o Natal, é em sua essência uma festa pagã, sendo assim, “paganismo” transvestido de “cristianismo”.  Em ambos os lados deste duelo argumentativo, existem cristãos igualmente sinceros, devotados e comprometidos, cada qual com suas próprias e peculiares convicções sobre o assunto. Fica difícil uma posição taxativa, já que muitas informações históricas sobre esta celebração são conflitantes, tornando difícil garantir a veracidade de qualquer uma delas. A Bíblia, por sua vez, não aborda diretamente este assunto, já que os primórdios desta celebração datam apenas do quarto século d.C., o que tira (e muito) o peso teológico da discussão, levando-a muito mais para o campo das convicções pessoais.  

Mas enfim, como evangélicos, devemos comemorar o Natal? 

Uma boa forma de tentarmos encontrar uma resposta satisfatória para esta questão é conhecer alguns argumentos que condenam esta celebração e outros que validam as festividades.


Dia 25 de Dezembro

Contra: Jesus não nasceu no dia 25 de dezembro e logo não se deve celebrar a data como seu aniversário. Além disto, não existem registros desta celebração nos primeiros séculos do cristianismo, sendo que a mesma só passou a existir quando a igreja romana decidiu escolher uma data para a comemoração do “Aniversario de Jesus”. Ela tomou o caminho mais fácil, a fim de unir o útil ao agradável e escolheu uma data já significativa para os povos pagãos a quem queria evangelizar: o dia 25 de dezembro. Próximo a essa data, o hemisfério norte vive o solstício de inverno e algumas civilizações européias utilizavam o vigésimo quinto dia do mês para a realização da Saturnália, uma celebração para a divindade pagã chamada Mitra, representada pelo sol, num rito denominado “natalis invicti”, com a finalidade de prestar tributo à “Natividade do Sol Invencível”, para que o inverno não se prolongasse demais. Logo, em sua essência, o Natal é sim uma festa pagã, e a data de sua celebração é uma prova cabal desta verdade.

Pró: Algumas fontes históricas mencionam que o dia 25 de dezembro era sim de grande significância aos cristãos primitivos, e que para enfraquecer essa nova religião que se expandia rapidamente, o paganismo passou a utilizar a mesma data para suas celebrações.  Muito mais relevante que isto e o fato de que a data escolhida para a celebração do nascimento de Jesus é irrelevante e poderia ser em qualquer outro dia do ano que sua essência não seria alterada. Tentar encontrar a data exata do nascimento do Messias é afrontar os Evangelhos que fizeram questão de mantê-la em sigilo, para que o “DIA” não sobrepujasse o “ACONTECIMENTO”. Jesus nasceu, e é isso que importa, tornando válida a celebração natalina.


Árvore de Natal

Contra:  A Árvore de Natal é um dos mais expressivos símbolos pagãos presente na celebração natalina. Sua origem remonta a antiga Babilônia, onde a presença de uma árvore dentro de casa, seria uma rediviva representação do próprio Ninrode. Além disto, o texto de Jeremias 10:1-6 expressa reprovação ao fato de adornar uma árvore com enfeites.  

Pró: Alguns relatos apontam que a inserção da “árvore” nas comemorações cristãs teria sua origem em Martim Lutero, que fazia uma associação da mesma com o céu. Na Alemanha Medieval, uma árvore enfeitada com maçãs era o objeto central de uma clássica peça chamada Adão e Eva, conhecida como “Árvore do Paraíso”. Com o passar do tempo, os alemães passaram a montar uma árvore parecida em suas casas e nela penduravam bolinhos na noite de 24 de dezembro, e esta seria a origem da Árvore de Natal que hoje conhecemos.  Além disto, o texto de Jeremias 10, usado para refutar o adorno de árvores, na verdade está se referindo a pratica da idolatria e recrimina o fato de alguém ir ao bosque, cortar uma árvore, esculpir um ídolo e adorna-lo com ouro e prata. Na verdade, a Bíblia não proíbe e nem   incentiva a pratica de enfeitar árvores natalinas. O que determina se esta atitude é correta ou não é a motivação e a intenção do coração. No Natal, não enfeitamos árvores para Ninrode, mas sim para celebrar uma festa que comemora o fato de Jesus ter chegado ao mundo, e isto derruba qualquer possibilidade de paganismo.


Enfeites, luzes e presépio

Contra: Desde a antiguidade, velas são usadas nos mais diversos tipos de rituais, seja para cultuar uma divindade ou para iluminar o caminho dos que já morreram. No Natal, velas e luzes coloridas são apenas extensões desta prática. Outros enfeites natalinos, como ramos de oliveira, folhas de azevinho e estrelas, também são elementos presentes em muitos ritos pagãos. Já os presépios, que fazem através de figuras a representação do nascimento de Jesus, são na verdade as malfadadas imagens de esculturas proibidas em diversos textos bíblicos, e portanto uma incitação a idolatria.

Pró: O fato de determinado elemento ser utilizado em um ritual pagão não faz dele um objeto demoníaco ou amaldiçoado. Tudo passa pelas intenções existentes no coração do homem ao fazer uso dos mesmos. No Natal, por exemplo, as luzes rementem ao fato de que o nascimento de Jesus iluminou um mundo em trevas, cantatas imitam a ação dos anjos na noite da natividade e a estrela posta sobre as árvores é inspirada na singular Estrela de Belém que guiou os sábios do oriente. Tudo se remete a Jesus, e portanto não tem qualquer significado pagão. Quanto aos presépios, por melhor que seja a intenção, é um elemento que confronta diretamente a Bíblia, pois se o texto sagrado não recrimina os demais elementos do natal, ele é taxativo quanto ao não se fazer representações físicas do que há no céu ou na terra com intuito de adora-las. Logo, a prática de montar presépios, deve sim manter-se abolida do natal evangélico.


Presentes

Contra: A troca de presentes é provavelmente originada na cultura nórdica, onde segundo crenças, o deus ODIN, presenteava seus adoradores através de uma árvore. Outra pratica pagã latente no Natal é a figura do Papai Noel, que nada mais é que uma deturpação da imagem de “São Nicolau”, um bispo romano que viveu no século V, e segundo a lenda, pagou de forma anônima o dote das três filhas de um homem pobre. Durante algum tempo, presentes eram trocados no dia de São Nicolau, em 6 de dezembro, mas a prática acabou sendo incorporada ao Natal, fundindo as duas celebrações. Com o passar dos anos, a imagem de Nicolau foi sendo transformada até chegar na figura que hoje conhecemos como “Papai Noel”.

Pró: A figura cartunesca do Papai Noel, embora presente no folclore consumista que indevidamente se formou em torno do Natal, não tem nenhuma relevância espiritual na essência da celebração. Logo, essa figura não se faz presente no Natal comemorado pelo genuíno cristão. Quanto a troca de presentes, mas uma vez encontraremos sua origem natalina nos fatos que cercam o nascimento de Jesus, já que é inspirado nos presentes levados pelos visitantes do oriente ao menino, a saber: ouro, mirra e incenso.


Em suma podemos dizer que embora muitas denominações considerem o Natal uma festa pagã (sendo que muitas delas se quer acreditem na divindade de Jesus), a grande maioria dos cristãos considera esta data de grande relevância e enorme significado. Embora a Bíblia não faça menção ao Natal, ela nos apresenta os motivos da celebração, inclusive evidenciando que o próprio Deus fez questão de transformar aquela noite em uma grande festa, com direito a coral de anjos e estrelas cintilantes, bem como declarações orgulhosas sobre seu filho. Se o próprio Deus celebrou com tamanho entusiasmo o nascimento de seu primogênito, não devemos também celebrar uma data que nos traz à memória o nascimento de nosso Salvador?

Se tirarmos Jesus do Natal, realmente não sobra nada para celebrar. Mas este não é o caso, pois Jesus é definitivamente o nosso Natal. É inegável que nesta data, as pessoas se tornam um pouco melhores, mais sensíveis, generosas e emotivas, mais suscetíveis a pedir e dar perdão. Visitamos parentes distantes, sentimos saudades dos amigos, somos cordiais com quem não conhecemos, trocamos elogios, abraços e carinhos, é uma época em que tendemos a pensar nas pessoas que nos cercam antes de pensarmos em nós mesmos, ou seja, somos realmente “mais cristãos” ... Tudo isso baseados no grande ato de amor demonstrado numa estrebaria de Belém, nunca em possíveis ritos pagãos perdidos nos séculos.

O cristianismo é uma religião baseada em fé, e fé pura em Cristo Jesus. Fé que ele nasceu, fé que só ele pode transformar a vida do homem e isso independe da data de seu nascimento. O fato de que apenas a lembrança de sua chegada ao mundo, tão presente nesta data, muda a forma de agir e pensar da maioria das pessoas, é a prova real e definitiva que o menino Deus é realmente poderoso, capaz de suplantar toda e qualquer divindade pagã, pois dele é toda a glória e para ele se destina todo louvor. E qualquer celebração realmente significativa.

Um comentário:

  1. O Natal.

    O Natal é a data que se comemorar o Nascimento de Jesus.

    Na verdade Jesus já existia no Céu como Deus Filho.porem Deus Filho veio a esse mundo nascendo como Humano para Salvar os Humanos.por isso os Cristãos comemoram o Natal.
    O Nascimento de Jesus foi comemorado pelo anjo de Deus que aos pastores e disse-lhes: “Não temais, eis que vos trago boa nova de grande alegria, que será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lucas 2:11). Os Anjos no Céu comemoraram:Glórias a Deus nas maiores alturas e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem” (Lucas2:14).

    Natal na Igreja Antiga Cristã.

    Clemente de Alexandria (150dC) chegou a declarar que os teólogos Cristãos do Egito “Não guardavam nenhum dia do ano a não ser o Natal do Senhor” [conf. o Stromata (I.21)]1. Esses cristãos na Antiguidade já celebravam.
    Alguns Cristãos Antigos Comemoravam o Natal 6 de Janeiro.foi no Seculo IV que o Natal passou a ser comemorado 25 de Dezembro.
    Alguns dizem a Mentira que o Natal surgiu no Século IV de uma Festa romana de Adoração só sol porém isso é Mentira.porque existe documentos Cristã antigos do Ano 200,Começo do Século III que provam que Cristãos já observavam o Natal como citação de Clemente de Alexandria.

    A importância de se comemorar o Natal é recordar que Jesus se fez Humano para vir ser nosso Salvador é por isso é motivo de felicidade e motivo para comemorar.

    Práticas e símbolos do Natal.

    Ceia de Natal

    Era costume na Europa, onde as gente costumavam manter a porta das suas casas abertas para receber viajantes a Noite.
    A Ceia de Natal. simboliza a união e a confraternização das famílias.na véspera de Natal, os familiares se reúnem à mesa para a ceia de Natal.

    Árvore de Natal

    Relatos históricos dizem que primeira árvore de Natal surgiu no norte da Europa no século XVI.
    origem da árvore de Natal veio do conceito das Árvores do Paraíso. Que eram utilizadas em representações medievais que eram feitas na frente de Igrejas Cristãs na véspera de Natal.
    No calendário da igreja primitiva de santos, 24 de dezembro era o dia de Adão e Eva.,a Árvore do Paraíso representava o Jardim do Éden. Essas representações eram como um uma jeito de contar as histórias da Bíblia para as gente que não sabiam ler.

    Bolas.

    As bolas coloridas que decoram a árvore de Natal representam os frutos das árvores.

    Anjos.

    São usados para lembrar de Gabriel, o anjo que anunciou à Maria que ela daria à luz a Jesus e os
    os anjos Foram os mensageiros de Javé Deus que anunciam ao povo o nascimento de Jesus.

    As estrelas.

    estrelas de Natal representam a estrela que indicou aos reis magos onde Jesus estava, pois queriam adorá-lo e dar presentes.

    Sino

    O sino de Natal é o símbolo que representa o anúncio do nascimento de Jesus.
    Usados na decoração das árvores de Natal e das portas.

    Velas.

    Dizem que na Alemanha, um senhor costumava colocar velas na sua janela para iluminar o caminho dos viajantes a Noite
    Assim, as velas natalinas assumem o papel de representar a luz que o nascimento de Jesus traz para a vida dos humanos, porque Jesus veio para vencer as trevas.
    velas acesas na noite de Natal representam Jesus que é a luz do mundo.

    presépio.

    Francisco de Assis foi primeiro montar um presépio no século XIII, na Itália, Francisco quis recriar a cena do nascimento de Jesus para explicar para o povo como teria acontecido.

    Papai Noel.

    Papai Noel é baseada Bispo Nicolau que viveu na Turkia no Século IV que dava moedas próximas às chaminés de gente anmais necessitadas e o Bispo Cristão Nicolau era muito querido por crianças.Bispo Nicolau era um Cristão seguido de Jesus Cristo:O Filho de Deus.

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