quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

EBD: Eliseu e o milagre do machado flutuante


Texto Áureo
Com a sua voz troveja Deus maravilhosamente; faz grandes coisas, que nós não podemos compreender.
Jó 37:5

Verdade Aplicada
Por mais simples que seja um milagre, ele pode ser capaz de produzir profundas e inesquecíveis lições em nossas vidas, inclusive, nos despertar para outros ainda maiores.

Textos de Referência
II Reis 6:1-6

Eliseu dirigia um grupo de profetas. Um dia eles lhe pediram: - O lugar onde moramos com você é muito pequeno.
Dê licença para irmos até o rio Jordão a fim de cortar algumas árvores. Com elas construiremos uma casa para a gente morar. - Podem ir! -respondeu Eliseu.
Um dos profetas insistiu que Eliseu fosse com eles. Eliseu aceitou, e eles saíram juntos. Quando chegaram ao Jordão, começaram a trabalhar.
Um deles estava cortando uma árvore, quando, de repente, o ferro do seu machado escapou do cabo e caiu na água. - O que vou fazer, senhor? - Gritou ele para Eliseu. - O machado era emprestado!
Onde foi que ele caiu? - Perguntou Eliseu. O homem mostrou o lugar. Então Eliseu cortou um pedaço de pau, jogou na água e fez o machado boiar.


Porque navios flutuam e 
machados afundam?

Nosso planeta é regido por leis naturais que mantêm o equilíbrio de todos os elementos que compõem a vida na Terra. Essas “leis” existem para dar funcionalidade a um sistema intrínseco e muito bem articulado, e toda vez que são quebradas, podem causar danos irreversíveis na natureza. Foi Deus quem as estabeleceu, e muitas delas ainda são mistérios indecifráveis, mas com o avanço da ciência e da tecnologia, cada vez mais, o homem entende o “como” e o “porque” destes sistemas muito bem elaborados pelo sábio Criador, tomando ciência que são fundamentais para a manutenção das espécies, o pleno convívio social e a própria preservação da vida. Por isso, “dois corpos não podem ocupar um mesmo espaço ao mesmo tempo”, “toda ação gera uma reação”, “opostos tendem a se atrair, “o que determina a flutuação é a densidade e não o peso” ... Esta última lei da física citada, explica muito bem porque um navio gigantesco flutua e um pequeno machado afunda vertiginosamente na mesma água. Isso acontece porque a massa do navio é maior que a do machado, mas o seu volume também é. Tudo que é mais denso que a água, afunda e o que é menos denso, flutua. Numa explicação mais simples, cada vez que um objeto é colocado na água, ele exerce força para baixo. A água por sua vez, reage exercendo força para cima. Se essas forças se equivalerem o objeto flutua, caso contrário, ele afunda. Pode parecer trivial, mas sem esse mecanismo, seria inviável qualquer tipo de navegação, e até um simples mergulho em um lago num dia de calor seria impossível. Em suma, as leis naturais são um presente do Criador para todos os habitantes deste planeta. Mas se a física, a química e a biologia existem para impor limites necessários e determinar a funcionalidade de toda a existência, Deus que as criou, não se sujeita a nenhuma delas. Em prol de seus propósitos, o Senhor pode modificar, interver, impedir, transformar ou impedir qualquer uma de suas leis, e a este fenômeno damos o nome de MILAGRE.

Fazer o ferro do machado flutuar parece ter sido um milagre muito simples, todavia, mesmo sendo um milagre não muito chamativo, sua essência é muito poderosa, pois traz consigo imprescindíveis lições espirituais para as nossas vidas. Elias havia estabelecido uma escola de profetas em Jericó, e Eliseu deu seguimento, a escola cresceu e o lugar ficou pequeno (II Reis 6.1). Com o desejo de melhora, os jovens aprendizes, discípulos dos profetas, resolveram ir até o Jordão cortar madeira, onde ocorreu o incidente e o milagre.


A Escola de Profetas

Algumas versões da Bíblia, para texto de II Reis 6:1, traduz a expressão hebraica “bene ba-nabiim” por “filhos dos profetas”, mas é necessário entender que este termo se refere a uma “ordem profética” e não necessariamente a descendentes genealógicos dos profetas. Outro aspecto de grande relevância, é que estas escolas não tinham a intenção de ensinar a profetizar, mas sim passar às novas gerações a herança moral, cultural e espiritual que Deus havia entregado a nação através de sua Palavra. Pouco sabemos sobre o funcionamento destas escolas, e alguns estudiosos até defendem a idéia de que na verdade esta é uma abordagem muito mais poética do que literal. Mas certo é, que esses ajuntamentos que aqui chamaremos de “escolas”, remontam até os dias de Samuel, primeiro homem a exercer o oficio profético em Israel e que mantinha em sua casa encontros regulares de profetas onde as pessoas deixavam de fazer as suas tarefas cotidianas e dedicavam-se às coisas de Deus, ao aprendizado e a oração. Posteriormente surgiram novas escolas, sendo que no tempo de Elias e Eliseu pelo menos quatro se destacaram: Gilgal, Betel, Jericó e Jordão. A manutenção das escolas ficava a cargo dos próprios profetas com trabalhos agrícolas e manuais, além da sempre bem vinda ajuda popular. Pelo relato de II Reis 6:1-2, pode-se entender que os alunos orientados por Eliseu, viviam juntos num alojamento comunitário. Como o edifício estava pequeno para comportar a demanda de novos ingressados, fazia-se necessário um espaço maior.  Além do machado flutuante, os alunos de Elizeu viveram ao lado de seu mestre algumas situações bem interessantes, onde “leis naturais” foram desafiadas. Em Jericó, sal foi usado para “adoçar” uma água intragável. Em Gilgal, o profeta usou farinha para corrigir a receita de uma sopa envenenada, e em certa ocasião, vinte pães foram utilizados para alimentar com fartura cerca de cem homens famintos.

O lugar em que Eliseu ensinava aos jovens profetas estava pequeno para a quantidade de alunos que possuía, e um deles sugeriu que fosse ao Jordão com eles, pois cortariam madeira para ampliar o local. Enquanto trabalhavam, o ferro do machado de um deles acidentalmente se soltou o cabo, e afundou nas profundas águas do rio. O grande problema aqui não foi perder a haste do machado, mas porque era emprestado (II Reis 6:5). O desejo de crescer é comum a todos nós, porém, precisamos estar cientes que nem sempre as coisas sairão como pensamos, porque estamos sujeitos a imprevistos e acidentes de percurso. Quando o ferro foi perdido, eles não mergulharam na água, nem criaram uma estratégia para recuperá-lo, eles se dirigiram a quem poderia resolver (II Reis 2:21; 4:2-7, 34 e 41). Poderíamos agir assim também na hora de nossos desesperos!

Naquele tempo essa ferramenta era caríssima, tratava-se de uma peça forjada no fogo e nem todos poderiam comprar. Como eles eram jovens e sem recursos, o desespero tomou conta do jovem aprendiz. Nessa época se uma pessoa não pudesse pagar uma dívida era levado como mão de obra escrava até que a dívida fosse sanada (II Reis 4:1).


Um mestre sempre presente

A presença de Eliseu entre os jovens tipifica a presença do Senhor em nosso meio. Quando a ideia foi autorizada por Elizeu, eles não saíram sem antes assegurarem-se que Elizeu iria com eles ao local (II Reis 6:3). Isso significa que esse empreendimento iria contar com a presença Divina a cada passo do caminho. Com o passar dos tempos muitos cristãos se apartaram desse tipo de relação tão necessária e indispensável à caminhada por esta vida. Se agíssemos como esses jovens, não erraríamos tanto. Não perderíamos tanto tempo para acertar. Gastamos quase uma vida inteira para chegar a uma determinada coisa que se estivéssemos conectados a Deus, não passaríamos por tantas decepções e tantas incertezas. Deus tem o sobrenatural, precisamos caminhar juntos a Ele (Salmos 77:11-14; Jeremias 33:3). Precisamos aprender a conviver com o sobrenatural, Deus opera de forma imprevisível. Um Evangelho que não manifesta o sobrenatural em nada difere das demais religiões. Eles primeiro chamaram a companhia do Senhor, e depois clamaram a Ele. Eles não ficaram criando meios de produzir um milagre, se dirigiram a quem vivia cotidianamente com eles. Eles buscaram a saída correta para aquele momento de pavor. Devemos entender que Deus não se move dentro da lógica, da física, matemática, e demais regras de sabedoria humana. Sabemos que para Ele não existe impossíveis (Gênesis 18:14; Lucas 1:37).

Embora fosse possível tentar recuperar o ferro submerso, eles recorreram ao sobrenatural. Quando as dificuldades surgem no caminho que o Senhor nos autorizou a caminhar, devemos recorrer a Ele em primeira instância, em vez de ficar tentando encontrar um meio de resolver. Deus deseja fazer flutuar aquilo que perdemos na profundeza do rio. Quando, para nós, resolver o problema parece ser impossível, o nosso primeiro impulso deve ser consultá-lo acerca de como iremos recuperar.


Onde caiu?

Para que serviria um cabo sem a haste do machado? Apenas como lembrança de que um dia aquele cabo e aquela haste eram eficientes. Porém, somente unidos é que poderiam ser o que eram. Um cabo sem a haste não corta, assim como uma pessoa natural nada pode produzir na esfera sobrenatural.  A pergunta de Eliseu é muito prática. Como poderemos recuperar algo que não sabemos onde pode estar? Geralmente, quando esquecemos um documento importante ou algo de valor e não sabemos onde pode estar? Geralmente, quando esquecemos um documento importante ou algo de valor e não sabemos onde encontrar o que fazemos? Paramos, respiramos, e tentamos recapitular cada passo dado durante o dia, é como se voltássemos no tempo (Apocalipse 2:5). No mundo espiritual também é assim. Temos que lembrar onde tudo começou a dar errado, onde a porta foi aberta para o inimigo cirandar em nossas vidas, onde lhe demos legalidade. Se um mal nos advém, não vem sem causa (Provérbios 26:2). Jesus perguntou ao pai do lunático desde quando aquilo acontecia (Marcos 9:21). Tudo na vida tem um começo, nada na vida é sem resposta. Dificilmente não sabemos onde caiu nosso machado! Quantos casamentos dissolvidos porque não houve a coragem de dizer: eu errei naquele dia; quantas oportunidades jogadas fora por não reconhecer que poderíamos ter agido diferente; quantos ministérios no fundo do rio por querer ser senhor em vez de servo (Provérbios 18:12). Muitas pessoas vivem a se esconder da verdade, por isso, não recuperam o que foi perdido.

O jovem sabia o valor daquele pequeno ferro do machado. Ele valia sua liberdade, seu futuro como profeta. Ele sabia o que estava em jogo, não era apenas uma pequena haste de ferro, era uma ferramenta valiosa, mesmo sendo simples. Assim também é a vida cristã! Por menor que seja a ferramenta que o senhor colocou em nossas mãos devemos valorizá-la. Perder o talento é algo muito sério, compromete a liberdade (a salvação). Por causa de uma moeda a mulher revirou a casa inteira. Ela ainda tinha nove, mas essa era a fundamental, ela sabia o seu valor (Lucas 15:8). Em nossos dias, muitos não somente estão perdendo a ferramenta mas afundando juntamente com elas no rio (Apocalipse 2:5). - “E disse o homem de Deus: Onde caiu? E mostrando-lhe ele o lugar, cortou um pau, e o lançou ali, e fez flutuar o ferro. E disse: Levanta-o. Então ele estendeu a sua mão e o tomou” (II Reis 6:6-7). - Assim como Eliseu, o Senhor deseja também nos desenvolvera ferramenta perdida. Basta apenas que sejamos sinceros e digamos onde caiu. O profeta cortou uma madeira para que o ferro pudesse levantar-se, de igual maneira Cristo por sua morte no madeiro foi a madeira cortada e lançada no mar da humanidade para que seus servos possam erguerem-se. Poucos entendem, a importância desse ferro, ele custou a própria vida do Filho de Deus, que foi sacrificada para que pudéssemos nos reconciliar com o Pai Celestial (Colossenses 1:13; 2:13-14). O tempo pode nos tornar religiosos e rotineiros. Com o passar dos anos podemos minguar na verdade, e no poder da mensagem. É bom estarmos atentos, porque nossa ferramenta não está isenta de esbarrar em duros obstáculos, e de se perder no rio.


Lições Apendidas com o 
Machado Flutuante

Eliseu era um homem simples, um profeta que se identificava com as pessoas. Como mestre ele não somente ensinava, mas apresentava de forma nítida o poder do Senhor a seus alunos. O milagre parece simples a priori, mas é recheado de profundas verdades espirituais, e o primeiro deles remete ao “corpo sem cabeça”.  O maior problema de Jesus antes de sua morte e ressurreição residia em não possuir um lugar para reclinar sua cabeça (Mateus 8:18-20). Jesus tinha residência física nesse tempo, ele não tinha residência espiritual. Ele sabia que uma cabeça sem corpo fica sem governo. Se traçarmos um paralelo veremos que o ferro representa a cabeça do machado, e a madeira seu corpo. Lucas destaca claramente esse paralelo: “Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido” (Lucas 19:10). Observe que não é “quem” (pessoas), mas “o que” (algo). Quando Adão pecou não perdeu só a comunhão com o criador, ele perdeu também o governo da humanidade. Por isso, Jesus veio ao mundo, e a salvação engloba tanto a vida humana, quanto uma posição de governo na esfera espiritual (Mateus 28;18; Efésios 1:22-23; 2:1-6). O peso específico do ferro é 7,84 vezes maior que o peso da água. O milagre desafiou a força da gravidade. Nosso Deus não está preso às forças da natureza. Fazer o ferro flutuar é colocar num nível acima, é sobrepor um sistema. Jesus é a cabeça que se ergueu no mundo para sanar os problemas da humanidade.

Quando o ferro do machado já flutuava e estava visível, Eliseu disse ao discípulo que com ele estava: “Levanta-o. Então ele estendeu a sua mão e o tomou” (II Reis 6.7). Esta sincera conclusão do relato nos recorda que em todo o milagre existe uma função Divina e outra humana. Existem coisas que para nós são impossíveis realizar, das quais Deus se encarrega de fazer. Quando o ferro já estava visível, a responsabilidade de extraí-lo da água já não era mais de Deus, e nem tampouco de Elizeu. Era algo que o discípulo podia e devia fazer. A regra é clara: Deus não fará por nós, aquilo que nós mesmos devemos fazer (Provérbios 6:6-11). Ficaremos prostrados após a queda, ou levantaremos?

Trazendo esse relato para os nossos dias, podemos afirmar com toda a convicção que a graça de deus pode levantar um coração duro e frio como o ferro. O Jordão nesse tempo era muito profundo em relação aos nossos dias. Hoje ele comporta apenas dez por cento do que possuía na antiguidade. O ferro flutuou de águas muito profundas e escuras. Do mesmo modo, Deus pode fazer emergir um pecador da mais profunda escuridão do pecado, pode elevar seus afetos para se interessar pelas coisas de cima, onde Cristo está assentado, e conduzi-lo a uma profunda satisfação e uma gloriosa esperança (I Pedro 1:3; II Pedro 1:3-8). Éramos milhões e milhões de seres humanos submerso em delitos e pecados. Mas nosso Senhor, o grande Salvador, nos ergueu, nos fez emergir, e nos colocou assentados juntamente com Ele nas regiões celestiais (Efésios 2:6). Ele nos tirou de um abismo de horror. A madeira foi lançada ao mar para que o ferro pudesse ser recuperado. Cristo já fez a Sua parte, agora cabe a cada um de nós estendermos as mãos e tomarmos posse desta tão grande salvação que nos foi outorgada por Seu sacrifício vicário (Hebreus 2.3).


Entendendo o Ministério Profético
 

A profecia como um DOM ESPIRITUAL, é a habilidade sobrenatural de se transmitir uma mensagem de Deus através da inspiração direta do Espírito Santo (I Pedro 1:21). Por ser uma manifestação espiritual da parte de Deus afim de capacitar sua igreja, o DOM de PROFECIA está disponível a todo cristão que é cheio do Espírito Santo, e Paulo nos aconselha a buscar com zelo este DOM (I Coríntios 14:1). Neste contexto eclesiástico, PROFETA é o indivíduo que recebeu do Espírito Santo a capacidade de entender uma mensagem enviada por Deus e transmiti-la aos demais em uma língua compreensível a todos. O profeta é um intérprete, e não um boneco de ventríloquo que apenas empresta sua boca para outro falar. No momento em que estiver profetizando, o profeta “não” estará em “transe” ou “êxtase”, pelo contrário, estará em plenas faculdades mentais, usando seu próprio vocabulário, construindo cada frase, ditando o ritmo da mensagem e tendo completo controle carnal sobre a ação espiritual, conforme descrito em I Coríntios 14:32. Entretanto, é preciso entender que exercer o DOM DE PROFECIA (dom da Graça concedido a um indivíduo) difere completamente do MINISTERIO PROFÉTICO que é um dom ministerial concedido à igreja, ou no caso do velho testamento, a uma nação. Digamos que se a Profecia como DOM do Espírito é uma INSPIRAÇÃO que REVELA algo de Deus ao homem, a Profecia como MINISTÉRIO se dá como uma REVELAÇÃO ao homem do próprio Deus a fim de o INSPIRAR. A Bíblia como conhecemos, com aproximadamente 1600 anos, é relativamente muito nova se analisada a luz da história, ou seja, somos privilegiados por vivermos em um tempo, onde podemos encontrar os conselhos divinos na estante de nossa sala, mas as pessoas que viveram antes disso não tinham tal facilidade. É aí que o Ministério Profético demonstra toda sua importância, pois através de homens especiais Deus se revelava ao seu povo, tanto em caráter quanto em desígnios, orientando e guiando seus filhos. Esses “PROFETAS” recebiam uma mensagem diretamente de Deus e as retransmitiam literalmente ao povo, como se fosse BOCA do próprio Deus na Terra (Êxodo 4:11-16).  

A PROFECIA como Ministério é tão importante na história sagrada, que foi o próprio Deus o locutor da primeira delas, que já se referia ao nascimento de Cristo (Gênesis 3:14-15). Posteriormente, sempre que houve necessidade de comunicação com o seu povo, Deus levantava homens especiais para transmitir sua mensagem. E foi através destes profetas que Deus se revelou aos homens ao longo da história. Grande parte do velho testamento é composto exatamente por estas mensagens, que com o avanço do tempo, se mostraram irrepreensíveis em cada cumprimento. A Bíblia cita centenas de homens que exerceram ministérios proféticos, agindo como líderes espirituais do povo, conselheiros de reis, inimigos públicos de sistemas tirânicos, opositores ferrenhos de governos idolatras e imorais. Para citar apenas os mais conhecidos, encontramos nos livros de Samuel, Reis e Crônicas; nomes com Natã, Micaías, Elias e Elizeu. No conjunto de livros que chamamos de Profetas Maiores, encontramos as impressionantes mensagens de Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel, e numa biblioteca igualmente fabulosa chamada de Profetas Menores temos Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias. No novo testamento encontramos um único profeta nestes mesmos moldes: João, o Batista; pois ele foi o responsável por revelar Jesus ao mundo, e este testemunho foi dado pelo próprio Cristo em Mateus 11:9-13 O Messias revelado suplantou a necessidade de profetas, pois ele mesmo era a revelação de Deus. 

Portanto, existe sim uma grande diferença entre os profetas de hoje e os de antigamente, afinal, os propósitos proféticos são diferentes. Podemos dizer que sobre os profetas do passado era outorgada uma autoridade profética em tempo integral, já sobre os profetas de hoje, a manifestação acontece apenas por iniciativa do Espírito Santo. É valido salientar que as profecias só existirão enquanto houver propósito para as mesmas. Em I Coríntios 13:9-11, Paulo ensinou aos irmãos daquela época que uma parte dos mistérios de Deus já haviam sido revelados, porém alguns ainda haveriam de se revelar através das profecias. Que naquele momento muitas coisas só podiam ser vistas como num espelho embaçado, mas que chegaria o dia em que veríamos ao Senhor face a face, e quando este dia chegasse, tudo estaria completo e aquilo que fosse em parte seria aniquilado.  Com o AMÉM de João em Apocalipse, a REVELAÇÃO foi concluída, e o Ministério Profético se encerrou. Quando necessário Deus ainda usa seus profetas de hoje, portadores do DOM de Profecias, para aconselhar seu povo e prepara-lo para a volta de Jesus...  E quando Jesus voltar, não mais será necessário à inspiração do Espírito Santo para ouvirmos sua voz, pois neste dia o conheceremos como por ele somos conhecidos, e então as línguas cessarão e as profecias desapareceram, pois já não mais existirão mistérios a se revelar.



Para compreender o cuidado divino através das intervenções milagrosas na história do seu povo, participe neste domingo (07/12/2014), da Escola Bíblica Dominical.

Material Base:
Revista Jovens e Adultos nº 93  
Milagres do Velho Testamento Editora Betel

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Pb. Miquéias Daniel Gomes

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