Texto Áureo
Com
a sua voz troveja Deus maravilhosamente; faz grandes coisas, que nós não
podemos compreender.
Jó 37:5
Verdade Aplicada
Por
mais simples que seja um milagre, ele pode ser capaz de produzir profundas e
inesquecíveis lições em nossas vidas, inclusive, nos despertar para outros
ainda maiores.
Textos de Referência
II Reis 6:1-6
Eliseu
dirigia um grupo de profetas. Um dia eles lhe pediram: - O lugar onde moramos
com você é muito pequeno.
Dê
licença para irmos até o rio Jordão a fim de cortar algumas árvores. Com elas
construiremos uma casa para a gente morar. - Podem ir! -respondeu Eliseu.
Um
dos profetas insistiu que Eliseu fosse com eles. Eliseu aceitou, e eles saíram
juntos. Quando chegaram ao Jordão, começaram a trabalhar.
Um
deles estava cortando uma árvore, quando, de repente, o ferro do seu machado
escapou do cabo e caiu na água. - O que vou fazer, senhor? - Gritou ele para
Eliseu. - O machado era emprestado!
Onde
foi que ele caiu? - Perguntou Eliseu. O homem mostrou o lugar. Então Eliseu
cortou um pedaço de pau, jogou na água e fez o machado boiar.
Porque navios flutuam e
machados afundam?
Nosso planeta é regido
por leis naturais que mantêm o equilíbrio de todos os elementos que compõem a
vida na Terra. Essas “leis” existem para dar funcionalidade a um sistema
intrínseco e muito bem articulado, e toda vez que são quebradas, podem causar
danos irreversíveis na natureza. Foi Deus quem as estabeleceu, e muitas delas ainda
são mistérios indecifráveis, mas com o avanço da ciência e da tecnologia, cada
vez mais, o homem entende o “como” e o “porque” destes sistemas muito bem
elaborados pelo sábio Criador, tomando ciência que são fundamentais para a
manutenção das espécies, o pleno convívio social e a própria preservação da
vida. Por isso, “dois corpos não podem
ocupar um mesmo espaço ao mesmo tempo”, “toda ação gera uma reação”, “opostos
tendem a se atrair, “o que determina
a flutuação é a densidade e não o peso” ... Esta última lei da física
citada, explica muito bem porque um navio gigantesco flutua e um pequeno
machado afunda vertiginosamente na mesma água. Isso acontece porque a massa do
navio é maior que a do machado, mas o seu volume também é. Tudo que é mais
denso que a água, afunda e o que é menos denso, flutua. Numa explicação mais
simples, cada vez que um objeto é colocado na água, ele exerce força para
baixo. A água por sua vez, reage exercendo força para cima. Se essas forças se
equivalerem o objeto flutua, caso contrário, ele afunda. Pode parecer trivial,
mas sem esse mecanismo, seria inviável qualquer tipo de navegação, e até um
simples mergulho em um lago num dia de calor seria impossível. Em suma, as leis
naturais são um presente do Criador para todos os habitantes deste planeta. Mas
se a física, a química e a biologia existem para impor limites necessários e
determinar a funcionalidade de toda a existência, Deus que as criou, não se
sujeita a nenhuma delas. Em prol de seus propósitos, o Senhor pode modificar,
interver, impedir, transformar ou impedir qualquer uma de suas leis, e a este
fenômeno damos o nome de MILAGRE.
Fazer
o ferro do machado flutuar parece ter sido um milagre muito simples, todavia,
mesmo sendo um milagre não muito chamativo, sua essência é muito poderosa, pois
traz consigo imprescindíveis lições espirituais para as nossas vidas. Elias
havia estabelecido uma escola de profetas em Jericó, e Eliseu deu seguimento, a
escola cresceu e o lugar ficou pequeno (II Reis 6.1). Com o desejo de melhora,
os jovens aprendizes, discípulos dos profetas, resolveram ir até o Jordão
cortar madeira, onde ocorreu o incidente e o milagre.
A Escola de Profetas
Algumas versões da
Bíblia, para texto de II Reis 6:1, traduz a expressão hebraica “bene ba-nabiim” por “filhos dos
profetas”, mas é necessário entender que este termo se refere a uma “ordem
profética” e não necessariamente a descendentes genealógicos dos profetas.
Outro aspecto de grande relevância, é que estas escolas não tinham a intenção
de ensinar a profetizar, mas sim passar às novas gerações a herança moral,
cultural e espiritual que Deus havia entregado a nação através de sua Palavra.
Pouco sabemos sobre o funcionamento destas escolas, e alguns estudiosos até
defendem a idéia de que na verdade esta é uma abordagem muito mais poética do
que literal. Mas certo é, que esses ajuntamentos que aqui chamaremos de “escolas”,
remontam até os dias de Samuel, primeiro homem a exercer o oficio profético em
Israel e que mantinha em sua casa encontros regulares de profetas onde as pessoas
deixavam de fazer as suas tarefas cotidianas e dedicavam-se às coisas de Deus,
ao aprendizado e a oração. Posteriormente surgiram novas escolas, sendo que no
tempo de Elias e Eliseu pelo menos quatro se destacaram: Gilgal, Betel, Jericó
e Jordão. A manutenção das escolas ficava a cargo dos próprios profetas com trabalhos
agrícolas e manuais, além da sempre bem vinda ajuda popular. Pelo relato de II
Reis 6:1-2, pode-se entender que os alunos orientados por Eliseu, viviam juntos
num alojamento comunitário. Como o edifício estava pequeno para comportar a
demanda de novos ingressados, fazia-se necessário um espaço maior. Além do machado flutuante, os alunos de Elizeu
viveram ao lado de seu mestre algumas situações bem interessantes, onde “leis
naturais” foram desafiadas. Em Jericó, sal foi usado para “adoçar” uma água
intragável. Em Gilgal, o profeta usou farinha para corrigir a receita de uma
sopa envenenada, e em certa ocasião, vinte pães foram utilizados para alimentar
com fartura cerca de cem homens famintos.
O
lugar em que Eliseu ensinava aos jovens profetas estava pequeno para a
quantidade de alunos que possuía, e um deles sugeriu que fosse ao Jordão com
eles, pois cortariam madeira para ampliar o local. Enquanto trabalhavam, o
ferro do machado de um deles acidentalmente se soltou o cabo, e afundou nas
profundas águas do rio. O grande problema aqui não foi perder a haste do machado,
mas porque era emprestado (II Reis 6:5). O desejo de crescer é comum a todos
nós, porém, precisamos estar cientes que nem sempre as coisas sairão como
pensamos, porque estamos sujeitos a imprevistos e acidentes de percurso. Quando
o ferro foi perdido, eles não mergulharam na água, nem criaram uma estratégia
para recuperá-lo, eles se dirigiram a quem poderia resolver (II Reis 2:21; 4:2-7,
34 e 41). Poderíamos agir assim também na hora de nossos desesperos!
Naquele
tempo essa ferramenta era caríssima, tratava-se de uma peça forjada no fogo e
nem todos poderiam comprar. Como eles eram jovens e sem recursos, o desespero
tomou conta do jovem aprendiz. Nessa época se uma pessoa não pudesse pagar uma
dívida era levado como mão de obra escrava até que a dívida fosse sanada (II
Reis 4:1).
Um mestre sempre presente
A
presença de Eliseu entre os jovens tipifica a presença do Senhor em nosso meio.
Quando a ideia foi autorizada por Elizeu, eles não saíram sem antes
assegurarem-se que Elizeu iria com eles ao local (II Reis 6:3). Isso significa
que esse empreendimento iria contar com a presença Divina a cada passo do
caminho. Com o passar dos tempos muitos cristãos se apartaram desse tipo de
relação tão necessária e indispensável à caminhada por esta vida. Se agíssemos
como esses jovens, não erraríamos tanto. Não perderíamos tanto tempo para
acertar. Gastamos quase uma vida inteira para chegar a uma determinada coisa
que se estivéssemos conectados a Deus, não passaríamos por tantas decepções e
tantas incertezas. Deus tem o sobrenatural, precisamos caminhar juntos a Ele (Salmos
77:11-14; Jeremias 33:3). Precisamos aprender a conviver com o sobrenatural,
Deus opera de forma imprevisível. Um Evangelho que não manifesta o sobrenatural
em nada difere das demais religiões. Eles primeiro chamaram a companhia do
Senhor, e depois clamaram a Ele. Eles não ficaram criando meios de produzir um
milagre, se dirigiram a quem vivia cotidianamente com eles. Eles buscaram a
saída correta para aquele momento de pavor. Devemos entender que Deus não se
move dentro da lógica, da física, matemática, e demais regras de sabedoria humana.
Sabemos que para Ele não existe impossíveis (Gênesis 18:14; Lucas 1:37).
Embora
fosse possível tentar recuperar o ferro submerso, eles recorreram ao
sobrenatural. Quando as dificuldades surgem no caminho que o Senhor nos
autorizou a caminhar, devemos recorrer a Ele em primeira instância, em vez de
ficar tentando encontrar um meio de resolver. Deus deseja fazer flutuar aquilo
que perdemos na profundeza do rio. Quando, para nós, resolver o problema parece
ser impossível, o nosso primeiro impulso deve ser consultá-lo acerca de
como iremos recuperar.
Onde caiu?
Para
que serviria um cabo sem a haste do machado? Apenas como lembrança de que um
dia aquele cabo e aquela haste eram eficientes. Porém, somente unidos é que
poderiam ser o que eram. Um cabo sem a haste não corta, assim como uma pessoa
natural nada pode produzir na esfera sobrenatural. A pergunta de Eliseu é muito prática. Como
poderemos recuperar algo que não sabemos onde pode estar? Geralmente, quando
esquecemos um documento importante ou algo de valor e não sabemos onde pode
estar? Geralmente, quando esquecemos um documento importante ou algo de valor e
não sabemos onde encontrar o que fazemos? Paramos, respiramos, e tentamos
recapitular cada passo dado durante o dia, é como se voltássemos no tempo (Apocalipse
2:5). No mundo espiritual também é assim. Temos que lembrar onde tudo começou a
dar errado, onde a porta foi aberta para o inimigo cirandar em nossas vidas,
onde lhe demos legalidade. Se um mal nos advém, não vem sem causa (Provérbios
26:2). Jesus perguntou ao pai do lunático desde quando aquilo acontecia (Marcos
9:21). Tudo na vida tem um começo, nada na vida é sem resposta. Dificilmente
não sabemos onde caiu nosso machado! Quantos casamentos dissolvidos porque não
houve a coragem de dizer: eu errei naquele dia; quantas oportunidades jogadas
fora por não reconhecer que poderíamos ter agido diferente; quantos ministérios
no fundo do rio por querer ser senhor em vez de servo (Provérbios 18:12).
Muitas pessoas vivem a se esconder da verdade, por isso, não recuperam o que
foi perdido.
O
jovem sabia o valor daquele pequeno ferro do machado. Ele valia sua liberdade,
seu futuro como profeta. Ele sabia o que estava em jogo, não era apenas uma
pequena haste de ferro, era uma ferramenta valiosa, mesmo sendo simples. Assim
também é a vida cristã! Por menor que seja a ferramenta que o senhor colocou em
nossas mãos devemos valorizá-la. Perder o talento é algo muito sério,
compromete a liberdade (a salvação). Por causa de uma moeda a mulher revirou a
casa inteira. Ela ainda tinha nove, mas essa era a fundamental, ela sabia o seu
valor (Lucas 15:8). Em nossos dias, muitos não somente estão perdendo a
ferramenta mas afundando juntamente com elas no rio (Apocalipse 2:5). - “E
disse o homem de Deus: Onde caiu? E mostrando-lhe ele o lugar, cortou um pau, e
o lançou ali, e fez flutuar o ferro. E disse: Levanta-o. Então ele estendeu a
sua mão e o tomou” (II Reis 6:6-7). - Assim como Eliseu, o Senhor deseja também
nos desenvolvera ferramenta perdida. Basta apenas que sejamos sinceros e
digamos onde caiu. O profeta cortou uma madeira para que o ferro pudesse
levantar-se, de igual maneira Cristo por sua morte no madeiro foi a madeira
cortada e lançada no mar da humanidade para que seus servos possam erguerem-se.
Poucos entendem, a importância desse ferro, ele custou a própria vida do Filho
de Deus, que foi sacrificada para que pudéssemos nos reconciliar com o Pai
Celestial (Colossenses 1:13; 2:13-14). O tempo pode nos tornar religiosos e
rotineiros. Com o passar dos anos podemos minguar na verdade, e no poder da
mensagem. É bom estarmos atentos, porque nossa ferramenta não está isenta de
esbarrar em duros obstáculos, e de se perder no rio.
Lições Apendidas com o
Machado Flutuante
Eliseu
era um homem simples, um profeta que se identificava com as pessoas. Como
mestre ele não somente ensinava, mas apresentava de forma nítida o poder do
Senhor a seus alunos. O milagre parece simples a priori, mas é recheado de
profundas verdades espirituais, e o primeiro deles remete ao “corpo sem
cabeça”. O maior problema de Jesus antes
de sua morte e ressurreição residia em não possuir um lugar para reclinar sua
cabeça (Mateus 8:18-20). Jesus tinha residência física nesse tempo, ele não
tinha residência espiritual. Ele sabia que uma cabeça sem corpo fica sem
governo. Se traçarmos um paralelo veremos que o ferro representa a cabeça do
machado, e a madeira seu corpo. Lucas destaca claramente esse paralelo: “Porque
o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido” (Lucas 19:10).
Observe que não é “quem” (pessoas), mas “o que” (algo). Quando Adão pecou não
perdeu só a comunhão com o criador, ele perdeu também o governo da humanidade.
Por isso, Jesus veio ao mundo, e a salvação engloba tanto a vida humana, quanto
uma posição de governo na esfera espiritual (Mateus 28;18; Efésios 1:22-23; 2:1-6).
O peso específico do ferro é 7,84 vezes maior que o peso da água. O milagre
desafiou a força da gravidade. Nosso Deus não está preso às forças da natureza.
Fazer o ferro flutuar é colocar num nível acima, é sobrepor um sistema. Jesus é
a cabeça que se ergueu no mundo para sanar os problemas da humanidade.
Quando
o ferro do machado já flutuava e estava visível, Eliseu disse ao discípulo que
com ele estava: “Levanta-o. Então ele estendeu a sua mão e o tomou” (II Reis
6.7). Esta sincera conclusão do relato nos recorda que em todo o milagre existe
uma função Divina e outra humana. Existem coisas que para nós são impossíveis
realizar, das quais Deus se encarrega de fazer. Quando o ferro já estava
visível, a responsabilidade de extraí-lo da água já não era mais de Deus, e nem
tampouco de Elizeu. Era algo que o discípulo podia e devia fazer. A regra é
clara: Deus não fará por nós, aquilo que nós mesmos devemos fazer (Provérbios
6:6-11). Ficaremos prostrados após a queda, ou levantaremos?
Trazendo
esse relato para os nossos dias, podemos afirmar com toda a convicção que a
graça de deus pode levantar um coração duro e frio como o ferro. O Jordão nesse
tempo era muito profundo em relação aos nossos dias. Hoje ele comporta apenas
dez por cento do que possuía na antiguidade. O ferro flutuou de águas muito
profundas e escuras. Do mesmo modo, Deus pode fazer emergir um pecador da mais
profunda escuridão do pecado, pode elevar seus afetos para se interessar pelas
coisas de cima, onde Cristo está assentado, e conduzi-lo a uma profunda satisfação
e uma gloriosa esperança (I Pedro 1:3; II Pedro 1:3-8). Éramos milhões e
milhões de seres humanos submerso em delitos e pecados. Mas nosso Senhor, o
grande Salvador, nos ergueu, nos fez emergir, e nos colocou assentados
juntamente com Ele nas regiões celestiais (Efésios 2:6). Ele nos tirou de um
abismo de horror. A madeira foi lançada ao mar para que o ferro pudesse ser
recuperado. Cristo já fez a Sua parte, agora cabe a cada um de nós estendermos
as mãos e tomarmos posse desta tão grande salvação que nos foi outorgada por
Seu sacrifício vicário (Hebreus 2.3).
Entendendo o Ministério Profético
A profecia como um DOM
ESPIRITUAL, é a habilidade sobrenatural de se transmitir uma mensagem de Deus
através da inspiração direta do Espírito Santo (I Pedro 1:21). Por ser uma
manifestação espiritual da parte de Deus afim de capacitar sua igreja, o DOM de
PROFECIA está disponível a todo cristão que é cheio do Espírito Santo, e Paulo
nos aconselha a buscar com zelo este DOM (I Coríntios 14:1). Neste contexto
eclesiástico, PROFETA é o indivíduo que recebeu do Espírito Santo a capacidade
de entender uma mensagem enviada por Deus e transmiti-la aos demais em uma
língua compreensível a todos. O profeta é um intérprete, e não um boneco de
ventríloquo que apenas empresta sua boca para outro falar. No momento em que
estiver profetizando, o profeta “não” estará em “transe” ou “êxtase”, pelo contrário,
estará em plenas faculdades mentais, usando seu próprio vocabulário,
construindo cada frase, ditando o ritmo da mensagem e tendo completo controle
carnal sobre a ação espiritual, conforme descrito em I Coríntios 14:32. Entretanto,
é preciso entender que exercer o DOM DE PROFECIA (dom da Graça concedido a um
indivíduo) difere completamente do MINISTERIO PROFÉTICO que é um dom
ministerial concedido à igreja, ou no caso do velho testamento, a uma nação.
Digamos que se a Profecia como DOM do Espírito é uma INSPIRAÇÃO que REVELA algo
de Deus ao homem, a Profecia como MINISTÉRIO se dá como uma REVELAÇÃO ao homem
do próprio Deus a fim de o INSPIRAR. A Bíblia como conhecemos, com
aproximadamente 1600 anos, é relativamente muito nova se analisada a luz da
história, ou seja, somos privilegiados por vivermos em um tempo, onde podemos
encontrar os conselhos divinos na estante de nossa sala, mas as pessoas que
viveram antes disso não tinham tal facilidade. É aí que o Ministério Profético
demonstra toda sua importância, pois através de homens especiais Deus se
revelava ao seu povo, tanto em caráter quanto em desígnios, orientando e
guiando seus filhos. Esses “PROFETAS” recebiam uma mensagem diretamente de Deus
e as retransmitiam literalmente ao povo, como se fosse BOCA do próprio Deus na
Terra (Êxodo 4:11-16).
A PROFECIA como
Ministério é tão importante na história sagrada, que foi o próprio Deus o
locutor da primeira delas, que já se referia ao nascimento de Cristo (Gênesis
3:14-15). Posteriormente, sempre que houve necessidade de comunicação com o seu
povo, Deus levantava homens especiais para transmitir sua mensagem. E foi
através destes profetas que Deus se revelou aos homens ao longo da história.
Grande parte do velho testamento é composto exatamente por estas mensagens, que
com o avanço do tempo, se mostraram irrepreensíveis em cada cumprimento. A
Bíblia cita centenas de homens que exerceram ministérios proféticos, agindo
como líderes espirituais do povo, conselheiros de reis, inimigos públicos de
sistemas tirânicos, opositores ferrenhos de governos idolatras e imorais. Para
citar apenas os mais conhecidos, encontramos nos livros de Samuel, Reis e
Crônicas; nomes com Natã, Micaías, Elias e Elizeu. No conjunto de livros que
chamamos de Profetas Maiores, encontramos as impressionantes mensagens de
Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel, e numa biblioteca igualmente fabulosa
chamada de Profetas Menores temos Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias,
Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias. No novo testamento
encontramos um único profeta nestes mesmos moldes: João, o Batista; pois ele
foi o responsável por revelar Jesus ao mundo, e este testemunho foi dado pelo
próprio Cristo em Mateus 11:9-13 O Messias revelado suplantou a necessidade de
profetas, pois ele mesmo era a revelação de Deus.
Portanto, existe sim uma
grande diferença entre os profetas de hoje e os de antigamente, afinal, os
propósitos proféticos são diferentes. Podemos dizer que sobre os profetas do
passado era outorgada uma autoridade profética em tempo integral, já sobre os
profetas de hoje, a manifestação acontece apenas por iniciativa do Espírito
Santo. É valido salientar que as profecias só existirão enquanto houver
propósito para as mesmas. Em I Coríntios 13:9-11, Paulo ensinou aos irmãos
daquela época que uma parte dos mistérios de Deus já haviam sido revelados,
porém alguns ainda haveriam de se revelar através das profecias. Que naquele
momento muitas coisas só podiam ser vistas como num espelho embaçado, mas que
chegaria o dia em que veríamos ao Senhor face a face, e quando este dia
chegasse, tudo estaria completo e aquilo que fosse em parte seria
aniquilado. Com o AMÉM de João em
Apocalipse, a REVELAÇÃO foi concluída, e o Ministério Profético se encerrou.
Quando necessário Deus ainda usa seus profetas de hoje, portadores do DOM de
Profecias, para aconselhar seu povo e prepara-lo para a volta de Jesus... E quando Jesus voltar, não mais será
necessário à inspiração do Espírito Santo para ouvirmos sua voz, pois neste dia
o conheceremos como por ele somos conhecidos, e então as línguas cessarão e as
profecias desapareceram, pois já não mais existirão mistérios a se revelar.
Para compreender o cuidado divino através das intervenções milagrosas na história do seu povo, participe neste domingo (07/12/2014), da Escola Bíblica Dominical.
Material Base:
Revista Jovens e Adultos nº 93
Milagres do Velho Testamento : Editora Betel
Revista Jovens e Adultos nº 93
Milagres do Velho Testamento : Editora Betel
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Pb. Miquéias Daniel Gomes
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