Autor Pr. Wilson Gomes |
As vezes, a vontade de Deus na nossa
vida não parece ser no momento, o melhor para nós. Entretanto, é preciso ser obediente. Para
cumprir a ordem de Deus, temos que abrir mão de conceitos, renunciar coisas que
gostamos e rever o que planejamos. Por
exemplo: Numa época onde o Egito era a terra das oportunidades, e o lugar
perfeito para se criar os filhos, a ordem controversa dada por Deus a Isaque
foi exatamente esta: Não desçais ao Egito: Habita na terra
que eu te disser.
Mais do que uma ordem, esta sentença
era um teste para o patriarca Isaque. Viver na comodidade da estagnação nas
fartas planícies do Egito ou ser um peregrino de Deus pela terra? Isaque nunca teve a oportunidade que
temos hoje de ler o texto de I Pedro 1:17, onde diz que somos peregrinos e
forasteiros aqui neste mundo. Mas sobre ele havia um juramento, do qual não
estava propenso a abrir mão: " Eu
serei contigo e te abençoarei como prometi ao seu pai Abraão”. Isaque
poderia abrir mão de qualquer coisa. Menos da presença de Deus na vida de sua
família, e embora no momento o Egito proporcionasse expectativas de sucesso aos
seus rebentos, lá na terra dos Faraós, seus filhos seriam privados da promessa
de Deus, já que as mesmas estavam atreladas a obediência.
Quantos pais são egoístas e não pensam
nas promessas para seus filhos. Não plantam para o futuro. Querem honrar
cargos, buscam reverência instantânea e esquecem que estamos semeando para a
posteridade. Questionamos publicamente a Deus pelo que não recebemos e com isso
matamos a fé de nossos filhos, pois veem seus pais como figuras murmuradoras e
críticas que estão estacionados na fé, decepcionadas com Deus, com a igreja e
com os irmãos.
Seguindo esse exemplo deturpado, eles
têm seu caráter moldado num clima de frieza espiritual. Crescem almejando ter
idade para abandonar a igreja (a mesma igreja que segundo seus pais “não
possui mais a presença de Deus”). O irônico (embora trágico) é que depois esses
mesmos pais choram amargamente, pedindo para Jesus trazer seus filhos de
volta para a igreja. A mesma igreja da qual tanto mal disseram
Agora pense comigo. E se ao invés de
murmuração e palavras ofensivas, nossos filhos nos ouvissem fazendo orações de
agradecimentos? E se ao invés de picuinhas e falatórios eles nos vissem lendo a
Bíblia, falando em línguas com lágrimas nos olhos e sendo gratos pelo que
temos... O problema é que só choramos quando eles se perdem. Mas
infelizmente, aí já pode ser um pouco tarde. (Se eles vissem um altar
de adoração em casa talvez isso não acontecesse). Provérbios 22:6 diz que
nossos filhos se lembraram do caminho em decorrência do ensinamento ministrado
pelos pais. Então a questão de grande relevância é: O que temos ensinado?
Mude sua forma de enxergar a igreja, e
quando digo igreja me refiro no âmbito “Reino de Deus”. O tempo passa, pessoas
mudam, estações se renovam, conceitos caem, costumes são esquecidos... Mas o
Reino persiste eternamente. O caráter de Isaque foi forjado na obediência de
seu pai. Ele não nasceu em casa de alvenaria, mas sim em tenda, numa nômade
vida de obediente serviço a Deus e adoração por excelência, ambiente perfeito
para a construção de uma fé convicta e avassaladora. Nosso lar é o agente
formador do caráter e da estrutura espiritual de nossos filhos. Lares fortes,
filhos fortes. Pais vacilantes, filhos fracos e sem determinação. Alguém já
disse certa vez que o lar é a oficina aonde os filhos são construídos. Lares
abençoados fabricam filhos abençoados.
O valor do sacrifício foi aprendido por
Isaque ainda na adolescência, quando ele próprio era o inocente a ser oferecido
em culto sacrificial que o seu pai quase levou as últimas consequências, só
sendo detido pela intervenção do próprio Deus. Qual lição tiramos desta
história? – Leve Deus a sério, submeta-se ao seu poderio. Ele sabe o
que está fazendo! O
escritor americano Max Lucado nos faz a seguinte pergunta: - Como a
presença de Deus chega até nós? E nós dá uma resposta
surpreendente: - Simples. Deus vem com suas próprias
condições. Abraão sabia disso. Sabia que Deus viria com suas próprias
condições e que para ser feliz basta aceita-las.
Senhores pais, perdemos nossos filhos
quando o que é santo torna-se trivial, o que é espiritual tornar-se monótono e
o sagrado torna-se inferior. O meu conselho é: Não relaxe diante do que é
sagrado... Pelo bem da posteridade.
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