sexta-feira, 10 de julho de 2015

O vendedor de cachorro-quente


Atualmente, bastam alguns segundos de conversa entre dois brasileiros para o assunto “CRISE” vir à baila. Realmente o cenário político e econômico do Brasil tem causado pesadelos em todos nós, isso quando não nos tira o sono. Mas será que não podemos fazer nada para evitarmos que a danada crise bata em nossa porta?  Esta semana quero compartilhar com vocês uma crônica que nos leva a esta pertinente reflexão.
 
Um homem vivia à beira de uma estrada e vendia cachorro quente. Ele não tinha rádio, não tinha televisão e nem lia jornais, mas produzia e vendia o melhor cachorro quente da região. Ele se preocupava com a divulgação do seu negócio e colocava cartazes pela estrada, oferecia o seu produto em voz alta e o povo comprava e gostava.
 
As vendas foram aumentando e cada vez mais ele comprava o melhor pão e a melhor salsicha. Foi necessário também adquirir um fogão maior para atender a grande quantidade de fregueses. E o negócio prosperava a olhos vistos. Seu cachorro quente era o melhor!
 
Vencedor, ele conseguiu pagar uma boa escola ao filho. O menino cresceu, e foi estudar Economia numa das melhores Faculdades do país.
 
Anos depois, finalmente, o filho já formado, voltou para casa, notou que o pai continuava com a vida de sempre, vendendo, agradando e prosperando e teve uma séria conversa com o pai:
– Pai, então você não ouve rádio? Você não vê televisão? Não acessa a Internet e não lê os jornais? Há uma grande crise no mundo. A situação do nosso País é crítica. Está tudo ruim. O Brasil vai quebrar.
Depois de ouvir as considerações do filho Doutor, o pai pensou: _ Bem, se meu filho que estudou Economia na melhor Faculdade, lê jornais, vê televisão e internet, participa de redes sociais, e acha isto, então só pode estar com a razão, a coisa deve estar feia mesmo!
 
Com medo da crise, o pai procurou um Fornecedor de pão mais barato (e é claro da pior qualidade).
Começou a comprar salsichas mais barata (que era, também, a pior). Para economizar, parou de fazer cartazes de propaganda na estrada.
 
Abatido pela notícia da crise já não oferecia o seu produto em voz alta. Tomadas essas providências, as vendas começaram a cair e foram caindo, caindo e chegaram a níveis insuportáveis e o negócio de cachorro quente do velho, que antes gerava recursos até para fazer o filho estudar Economia na melhor Faculdade quebrou.
 
O pai, triste, então falou para o filho: – Você estava certo, meu filho, nós estamos no meio de uma grande crise, e comentou com os amigos, orgulhoso:
 
– Bendita a hora em que eu fiz meu filho estudar economia, ele me avisou da crise!

Pense nisso. Bom final de semana!


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