sábado, 21 de maio de 2016

Culto Especial de Mulheres com Bruno Constâncio










Lucas Passarelli

O Círculo de Oração Lírio dos Vales realizou neste sábado, 21/05/2016, um culto especial com as mulheres da congregação, que contou uma ministração especial do preletor Bruno Constâncio.

A Bíblia relata que uma mulher, das mulheres dos filhos dos profetas, clamou a Eliseu, pois seu marido havia falecido, e deixado uma dívida que ela não tinha condições de pagar, e por isso, os credores vieram a sua casa para levar seus filhos como escravos (II Reis 4:1). Como se não bastasse perder o marido, essa mulher ainda teve que suportar a pressão dos credores, que desejavam a todo custo levar seus filhos cativos como pagamento das dívidas deixadas pelo falecido. A escravidão naquele tempo era tão séria que era iminente a destruição de sua família. 

Embora o texto bíblico pouco revele sobre as origens desta família e omita o nome do marido falecido, o respeitadíssimo historiador Flávio Josefo revela no nono livro de sua obra “História dos Hebreus”, não apenas a identidade deste homem, como também a origem de sua imensa dívida.  Quando a rainha Jezabel ordena o massacre dos profetas do Senhor que exerciam seu ministério em Israel e se posicionavam contra o culto à Baal, um funcionário do palácio, mordomo do rei, escondeu por conta própria cerca de 100 profetas, preservando suas vidas durante os meses de perseguição. Arriscando seu emprego e correndo o risco de ser condenada a morte por traição, Obadias, que era um homem temente a Deus, conduziu esses profetas para dentro de covas secretas, e ali fornecia para eles água e comida. Esta corajosa atitude benevolente está inclusive registrada no livro de I Reis 18:3-4. 

Posteriormente, o próprio Obadias teria ingressado no ministério profético, se tornando um dos alunos de Elizeu. Segundo Flavio Josefo, Obadias tomou vários empréstimos com credores, a fim de subsidiar a permanência dos profetas nos respectivos esconderijos, contraindo para si uma dívida muito alta. Infelizmente, o déficit foi tão acentuado, que Obadias faleceu antes de conseguir quita-lo, deixando sua família no vermelho. Com o risco de perder seus filhos para os credores, a pobre viúva recorre a Elizeu, que naquele tempo liderava uma escola de profetas. Diante do maior profeta daquela geração, a mulher traz à memória os feitos do marido, deixando claro que havia chegado a hora dos profetas fazerem algo por quem tanto tinha feito por eles: Teu servo, meu marido, morreu, e tu sabes que ele temia ao Senhor. Mas agora veio um credor que está querendo levar meus dois filhos como escravos (II Reis 4:1)

É muito edificante quando existe alguém habilitado por Deus para a realização de milagres. Eliseu é convocado exatamente por isso, porque era um representante legal de Deus naquela região. Ela lhe conta seu drama, e ele lhe faz a seguinte pergunta: “Que te hei de fazer?  - Dize-me que é o que tens em casaE ela disse: Tua serva não tem em casa, senão uma botija de azeite” (II Reis 4:2). 

Eliseu pede que aquela mulher corra até seus vizinhos, e lhes peça muitas vasilhas emprestadas para que o azeite daquela pequena botija venha enchê-las. Pelo empréstimo conseguido, observa-se que tinha relacionamento e boa convivência com seus vizinhos. Pois, sendo de má índole e sem relacionamentos seu milagre seria embargado. O profeta não fala a quantidade de vasos que ela deveria pedir, esse ato revela a qualidade e o nível daquilo que ela acreditava. Se ela pedisse mil, todos seriam cheios, se pedisse dez, aconteceria o mesmo. O que nos revela esse tipo de ação? Que podemos tanto limitar o milagre quanto ampliá-lo. Nossa fé pode determinar o tamanho do milagre que desejamos ver acontecer em nossas vidas.

Uma atitude de fé sempre estará alicerçada na espiritualidade e na sensibilidade. Essa mulher estava desesperada, com medo de perder seus filhos, por isso, não pôde ver que o pouco azeite daquela botija era a fonte para sanar suas dívidas. O milagre partiu de onde ela menos imaginava, e aconteceu quando ela tirou de onde aparentemente não havia nada, um sinal de que não podemos esperar ter para depois entregar. É do nada que Deus tira o tudo que precisamos.

O segredo para se encher é estar vazio... Vazio de si mesmo, da vaidade, do pecado, que a rachadura por onde se derrama toda a unção. O propósito divino é só parar quando todos os vasos estiverem cheios. O primeiro estágio dessa mulher era de calamidade total, mas seu final foi milagroso, próspero e sobrenatural. O importante não é como começamos, mas como iremos terminar diante de Deus. Ainda há tempo para mudanças, façamos como essa mulher, convidemos ao Senhor para vir a nossa casa e contemos a Ele o que se passa conosco. Fechemos a porta para o pecado, abramos nossas vidas para o puro azeite que o Senhor nos oferece.



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