Material Didático
Revista Jovens e Adultos nº 99
- Editora Betel
Fruto do Espírito - Lição 07
Comentarista: Pr. Israel Maia
Comentários Adicionais
Pb. Miquéias Daniel Gomes
Texto Áureo
Filipenses 4.7
E a paz de Deus, que excede todo o
entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo
Jesus.
Verdade Aplicada
A verdadeira paz produz uma sensação de
prazer indescritível na vida de quem recebe o fruto do Espírito.
Textos de Referência
Romanos 5.1-5
Sendo, pois, justificados pela fé,
temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo; pelo qual também temos
entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes; e nos gloriamos na
esperança da glória de Deus.
E não somente isto, mas também nos
gloriamos nas tribulações, sabendo que a tribulação produz a paciência; e a paciência, a experiência; e a
experiência, a esperança.
E a esperança não traz confusão,
porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo
que nos foi dado.
A Vida e a Paz
Comentário Adicional
Pb. Miquéias Daniel Gomes
A morte de Jesus foi sem
duvidas um dos eventos mais impactantes da história. Ainda hoje, é impossível não
se emocionar ao ver uma cena que represente a Crucificação de Cristo ou ouvir
uma narrativa (ou canção) que nos remeta a via crucis e a paixão do Salvador.
Se dois milênios depois, ainda somos profundamente afetados por este acontecimento,
imagine o impacto vivenciado pelos seguidores de Jesus, que testemunharam todo
este drama ao vivo e em cores. Cristo teve centenas de seguidores e
simpatizantes ao longo de seu ministério, dentro os quais, destacavam-se
setenta discípulos. Depois de uma intensa noite de oração, Jesus escolheu
dentre ele doze homens para formar seu “círculo de confiança”, os quais viriam
a ser conhecidos como “apóstolos”. A morte de seu mentor e líder não apenas
causou grande comoção neste homens, como abalou as estruturas do grupo. Um
deles traiu o Mestre, outro se tornou um renegado e outros nove se omitiram,
confusos e assustados. Apenas João se manteve leal aos pés da cruz. Com Jesus
morte e sepultado, aqueles homem se reuniram a portas fechadas no cenáculo. Ao
longo de três intensos anos, eles andaram com Cristo. Dormiram sobre o mesmo
teto, comeram da mesma porção, caminharam os mesmos caminhos, conheceram as
mesmas pessoas, frequentaram as mesmas festas. Olhavam para os olhos do próprio
Mestre enquanto bebiam da fonte de seu inesgotável saber. Cada ensinamento,
cada palavra de vida eterna chegaram primeiro aos seus ouvidos, receberam afago
e carinho. Desfrutaram da beleza que há na correção feita em amor e da doçura
existente numa severidade empática. Homens privilegiados com um chamado
exclusivo e pessoal, testemunhas oculares de cada milagre, participantes de
cada página da mais bela história já registrada. Tinham motivos de sobra para
crer, mas por um instante duvidaram, pois aparentemente seu Mestre tinha ido
embora numa viagem sem retorno e agora eles estavam sozinhos, a mercê da
própria sorte. O caminho fora interditado, a verdade tinha sido sepultada e a
vida estava morta.
A incerteza do futuro rouba
a paz e inquieta o espírito. O cenário
que se descortinava diante daqueles homens era nebuloso e repleto de desesperança.
O que fazer da vida quando se assiste aquele que é a própria VIDA agonizar e
morrer. Os discípulos estavam silenciosos porque lhes faltavam palavras. O que
teriam para falar se a voz que os instruía se calará pra sempre? Eles
abandonaram Jesus em seu momento de maior agonia e sofrimento, e agora se
sentiam sozinhos. Medo, dúvidas, insegurança, frustração, vergonha...
Sentimentos que em nada corroboram para a paz. Aqueles homens estavam sendo
consumidos por tribulações. Mas o sepulcro frio e escuro só conteve Jesus por três
dias. Na manhã de domingo, um Cristo vivo e radiante aparece a Maria Madalena e
ordena: Vá e diga aos outros que eu ressuscitei! Ao ouvir esta noticia, os discípulos
se enchem de esperança e correm ao jardim onde Cristo jazia, porém, chegando ao
tumulo, nada vêem além de um lugar vazio... Tão vazio quanto seus lúgubres
corações. A inquietação de nossa alma não só perturba nosso espírito, como também
esmaga a fé e limita nossa visão de futuro. Esquecemo-nos até mesmo das
promessas feitas por aquele que é fiel.
Na tarde daquele dia, um
grupo desfalcado esta isolado do mundo, recluso entre paredes seladas quando Cristo
se faz presente entre eles. Jesus poderia lhes inquirir sobre a debandada da
ultima sexta feira, ou recriminar-los pela omissão e ainda expor as negativas
de Pedro. Mas não... O Cristo entrega a eles aquilo que mais precisam no
momento: - Recebam a minha “PAZ” (Lucas 24:37). Jesus estava de volta. Diferente,
é verdade, mas ainda assim o mesmo Messias amável e benigno que conheciam tão
bem. O bom Mestre sabia que ainda havia muito trabalho a ser feito e seus discípulos
precisavam de muita “lapidação” antes de serem os fundamentos que estavam
destinados a ser (Apocalipse 22:14). Embora fossem eles os escolhidos, ainda
não estavam preparados. Criam, mas não confiavam. Foram devidamente instruídos,
mas não estavam capacitados. Aqueles eram homens especiais, escolhidos pelo
próprio Cristo, pois havia dentro de cada um potencial para pavimentar a
estrada do evangelho que se estenderia pela posteridade, mas sem alguém para
pegá-los pelas mãos e conduzi-los constantemente, com certeza, iriam errar o
caminho. Então, em corpo presente, Jesus os estabiliza com sua PAZ, pois
somente sobre um terreno estável é possível edificar com segurança. Depois,
Cristo lhes envia o Espírito Santo, que é quem, ainda hoje, produz em nós a
mesma PAZ entregue a Jesus aos seus apóstolos.
Em busca da verdadeira paz
Nesta lição, estudaremos a
característica do Fruto do Espírito que produz um efeito profundo na vida do
servo de Deus. A paz mantém o indivíduo sereno e tranquilo mesmo em meio às
tribulações da vida. A partir do momento em que começa a desenvolver o amor e o
gozo, o cristão passa a sentir uma imensa sensação de paz, característica do Fruto
do Espírito que a humanidade mais tem buscado nos dias atuais. Porém, só
alcança esta paz quem tem a certeza de que desfruta de um perfeito
relacionamento com o seu Criador. Sem esse relacionamento, o indivíduo anda
vagueando pelas infovias em busca de alguma paz (Filipenses 4:7). Em um de seus
diálogos com os discípulos, Jesus os acalentou acerca da paz que tanto o homem
busca. As palavras do Mestre visavam trazer um sentimento de tranquilidade para
aqueles que puderam experimentar a companhia do próprio Deus durante o Seu
ministério terreno (João 14:27). Mais adiante, em outro momento especial, Jesus
apresenta como essa paz se faria presente em meio ao Seu povo (João 16:7). Em seu
discurso, o Senhor apresenta o Espírito Santo como agente desta paz. Quando o
indivíduo começa a trabalhar em busca do amadurecimento do Fruto do Espírito
Santo, ele conhece a paz que foi apresentada pelo apóstolo Paulo aos
filipenses: a paz que excede todo entendimento (Filipenses 4:7). As infovias
são um conjunto de linhas digitais por onde trafegam os dados das redes
eletrônicas, possibilitando através delas o acesso a todo tipo de informação
sem um controle central, ou seja, tudo pode ser acessado por todos de maneira
global (Daniel 12:4). A busca descontrolada por alguma coisa que possa produzir
paz acaba por apresentar ao indivíduo um mundo de informações que podem
danificar a sua forma de viver, levando muitos a perderem a comunhão com Jesus
Cristo, o único que fornece a verdadeira paz.
No texto bíblico de Isaías 9:6, Jesus
Cristo nos é apresentado como Príncipe da Paz. Este poderia ser encarado como
mais um dos tantos títulos maravilhosos que são devotados ao nosso Deus (Apocalipse
1:8). Entretanto, neste título existe uma diferença em relação a todos os
outros, pois ele nos mostra que não existe como ser participante da verdadeira
paz se não estivermos em uma comunhão perfeita com o Filho de deus. A paz que
nos é fornecida pelo Príncipe da Paz não está atrelada a acontecimentos
externos, mas vem direto do Pai das luzes na pessoa do Seu Filho. A sociedade
tem cada vez mais tentado provar que paz é a ausência de guerra. A cada dia, os
governos têm procurado criar meios de se associarem com a criação de grupos
formados por países, buscando um comércio comum e um sistema financeiro
unificado (vide União Européia e MERCOSUL). Tais organizações buscam promover
uma paz entre as nações, buscando a garantia de que não colocarão o mundo em
risco de guerras (Tiago 3:18). Mais uma vez, estamos diante dos apelos
midiáticos, que visam colocar a todos em um lugar comum.
Viver neste mundo é viver em um barril
de pólvora. Por todos os lados ouvimos notícias de guerras e rumores de
guerras. A cada dia surge um novo inimigo público, seja no âmbito das nações,
com grupos terroristas que aterrorizam a todos, ou no âmbito social, com
elementos que se apresentam como paladinos das populações menos favorecidas em
prejuízo de todo o resto da sociedade. Como viver em paz diante de um cenário
como este? O passo a ser dado é ter paz com o Criador (Salmo 91:10). Quando
temos paz com Ele, passamos a experimentar, através de Sua infinita graça, este
sentimento de bem-estar e satisfação que só se manifesta na vida de quem está
na presença de Deus (Romanos 5:1-2). Quando o cristão vive uma vida dedicada às
coisas concernentes ao Reino de Deus, não teme nada, pois, ao ter uma caminhada
dirigida pelo Espírito, tem as suas emoções controladas, impedindo que viva uma
vida permeada de ansiedade (I Pedro 5:7), medo e preocupações, ou seja, este
tipo de sentimento não tem como ser traduzido de forma racional (Filipenses 4:7).
Não saber explicar este sentimento não o torna impossível de ser sentido, mas
estar em comunhão com Deus produz um sentimento de confiança que é desenvolvido
pelo amadurecimento do Fruto do Espírito Santo.
Paz na Tempestade
Comentário Adicional
Pb. Miquéias Daniel Gomes
A “ansiedade” é com certeza um
sentimento que define nosso mundo. Agendas abarrotadas, dias extremamente
curtos, excesso de trabalho e encontros diários com a opressão. Não temos
espaço em nossas vidas (ou em nossos dicionários) para palavras como serenidade
e tranquilidade. Vivemos tempos de perturbação e conturbação, brilhantemente
capitada na pintura de um velho artista: montanhas desoladas sendo severamente
castigadas por uma imensa e assustadora tempestade. O interessante
é que este quadro ganhou o premio principal em um concurso cuja temática era
“PAZ”. Como? Conta-se que certo príncipe, decidiu promover uma exposição de
arte e dar um bom premio ao artista que melhor representasse a PAZ. Centenas de
obras foram inscritas e o que não faltou foram imagens de pássaros brancos,
rios cristalinos, por do sol dourado, jardins floridos e arco-íris. Uma delas,
porém, chamava a atenção por mostrar montanhas rústicas com pedras pontiagudas
e ameaçadoras que não davam espaço para qualquer vegetação. O céu era negro com
raios avermelhados cortando a escuridão. O cenário estava borrado pela
tempestade torrencial que caia e pelo vento percebido nos traços não lineares
dos riscos acinzentados que traziam vida ao temporal... Todos ficaram
indignados quando aquela obra foi escolhida como a grande vencedora, e foram
embora murmurando, sem perceber um detalhe no canto inferior do quadro, onde na
fenda da rocha, um pequeno pássaro, aconchegado em seu ninho, dormia
sossegadamente.
O termo “Paz” não significa
necessariamente “ausência de conflitos”. Paz em grego é “Eirene”, que pode
ser traduzida por tranqüilidade de coração e mente baseada na convicção que
esta tudo bem entre a alma do homem e o seu criador. No hebraico, o significado
básico de “Shalom” (palavra que correspondente para PAZ) é harmonia,
plenitude, firmeza, bem-estar e êxito em todas as áreas da vida. Ou seja, a PAZ
não é um sentimento e sim um estado de espírito. É uma atitude de serenidade,
calma, força, tranquilidade e quietude de espírito, produzida pelo Espírito
Santo em nós, mesmo nas adversidades e nas tribulações. Uma paz diferenciada
que não se esvai diante das tragédias, pois é forte o suficiente para nos guiar
em calmaria mesmo em meio aos vendavais; pois quando a tempestade aperta e o
vento derruba até os que estão voando pelos céus, nós nos escondemos na fenda
da ROCHA (que é Cristo) e dormimos em paz, afinal, dos seus filhinhos Deus
cuida enquanto dormem (Salmos 4:8).
Jesus nos prometeu essa paz
quando disse aos seus discípulos: “A minha paz vos deixo, a minha paz vos dou
(João 14:27). Esse tipo de PAZ não é natural no ser humano, mas sim proveniente de nossa
perfeita confiança em Deus. Ela se deriva no fato de que nosso Senhor cuida de
nós constantemente e assim não existem motivos para desespero ou insegurança.
Dessa forma temos os nossos
corações guardados contra da ansiedade e nossas mentes blindadas contra o
desespero. Essa PAZ é plantada em nós pelo próprio Jesus, mas deve ser
desenvolvida por nós através da meditação e aplicação da PALAVRA e da busca
diária pela presença de Deus em nossas vidas. Afinal, é preferível estar
no meio de uma tempestade tendo Jesus em nosso barco, do que navegar em
águas tranquilas sem ele.
Um descanso permanente
A paz é um sentimento íntimo e profundo
de sossego vivenciado pelo indivíduo, independente dos acontecimentos que o
rodeiam. Quando o indivíduo escolhe viver uma vida de paz com Deus, ele começa
a ser presenteado por Ele com uma intensa posição de serenidade em relação ao
que recebe de informações negativas. Mesmo em meio à tempestade e o medo dos
discípulos, Jesus não saiu da sua posição e, quando solicitado, forneceu a sua
serenidade a todos (Mateus 8:23-27). Paulo, em sua carta aos Colossenses, disse
que fomos chamados por Deus para uma vida de paz, que será vivida por todos que
fizerem parte do Corpo de Cristo. Logo, devemos ser agradecidos e buscar
produzir o amadurecimento do Fruto do Espírito, através do qual dominaremos os
mais profundos sentimentos em nossos corações (Colossenses 3:15). Hoje já virou
um jargão em algumas pregações a seguinte frase: “é muito fácil ser cristão
quando tudo vai bem”. A verdade é que para o cristão verdadeiro nunca as coisas
irão mal, pois, se estiver em Cristo, no momento da tempestade, basta clamar
que Ele irá acalmá-la. O servo fiel deve manter, sempre, uma posição de
serenidade, pois não há mal que poderá se abater sobre a sua vida (Salmos 91:10).
A paz do fruto do Espírito é algo que
deve ser compartilhado com todos aqueles com quem nos relacionamos. Viver em
comunhão é fazer parte de um mesmo corpo e não se pode fazer parte de um corpo
vivendo um ambiente sem paz. Em sua carta aos Romanos, o apóstolo Paulo orienta
que sempre que for possível devemos buscar viver em paz com todos. (Romanos 12:18).
Viver em paz na sociedade tem como efeito principal o processo de santificação,
pelo qual todos devem passar se desejarem ver a Deus (Hebreus 12:14). Se não
buscarmos o amadurecimento da paz do Fruto do Espírito Santo em nós, estaremos
fadados a nos afastar cada vez mais do Criador, pois, se não cultivarmos a paz
com o homem, não poderemos ter paz com o Senhor. A sociedade atual não tem
interesse em promover a paz entre os homens. Quando do nascimento de Jesus
Cristo (Lucas 2:11), Deus declarou que o Seu desejo era que houvesse paz na
Terra. Para que isso viesse a se tornar realidade, Ele estaria disposto a
demonstrar boa vontade para com os homens (Lucas 2:14). Nesta declaração do
Senhor fica claro que se dependesse dEle a paz seria uma constante no mundo.
Entretanto, a sociedade religiosa da época tratou de interferir nos planos do
Senhor, se colocando entre o Cristo e os homens.
Os sentimentos de paz, sossego e
serenidade são características que fazem do servo do Senhor um indivíduo
diferente. A Palavra de Deus afirma que os que não servem a Cristo não
experimentaram a paz íntima e verdadeira (Isaías 48:22). Viver em um mundo onde
não se tem certeza de nada é algo terrível para muitos. Mas, para quem conhece
a Jesus de forma íntima, esta falta de certeza veiculada pela mídia não assusta,
pois experimenta uma paz que firma todas as suas emoções em Cristo. Desfrutar
de paz é descansar nos braços do Senhor e ter a certeza de um sono tranquilo.
Nenhuma ameaça vinda de pessoas será capaz de tirar a paz de um servo fiel (Salmos
56:11; 118:6). A paz tem sido responsável pela manutenção da esperança entre os
servos de Deus, recebida pela virtude do Espírito Santo (Romanos 15:13). Em
momentos de tribulação, sabemos que a paciência se manifesta e com isso um
crescimento de nossa experiência, que irá fortalecer a nossa esperança nas
vitórias que virão das mãos do Senhor (Romanos 5:3-4). Os momentos de
tribulações são, na sua maioria, momentos que devem ser encarados com
serenidade, pois a serenidade nada mais é do que um posicionamento de quem
desfruta da verdadeira paz do Espírito em Cristo.
Paz e Esperança
Paz e Esperança
Comentário Adicional
Pb. Miquéias Daniel Gomes
Podemos afirmar que a “paz”
emanada de Cristo é uma garantia de estabilidade para a vida cristã. Mesmo
nadando contra a correnteza, confrontando o mundo e seus sistemas corrompidos,
devemos sempre estar em absoluto equilíbrio espiritual, sem deixarmos que
nossos sentimentos e ações sejam inflados pelas rupturas catastróficas da moral
humana. A “paz” é base que mantém solida nossa espiritualidade nos cenários
mais tempestuosos. Em Romanos 12:9-21, o apóstolo Paulo lista uma série de
virtudes que devem ser priorizadas na vida de todo cristão, tais como
generosidade, hospitalidade, perseverança na oração, zelo não remisso, amor
fraternal sem hipocrisia, apego ao bem, aborrecimento ao mal e fervor de
espírito. Porém, duas das qualidades listadas neste texto exigem de nós um
árduo exercício de devoção, fé e fidelidade: Alegre Esperança e Paciência na
Tribulação (Romanos 12:12).
Embora aqui tenhamos dois conceitos distintos, ambos estão completamente
interligados, e juntos, ilustram o poder estabilizador da “Paz de Cristo”. A
WEB define “ESPERANÇA” como sendo uma crença emocional na possibilidade de
resultados positivos relacionados com eventos e circunstâncias da vida pessoal,
sendo requerida uma certa perseverança para se acreditar que algo é possível
mesmo quando há indicações do contrário. Para o cristão, a esperança deve estar
focalizada em Cristo e embasada em fé. Paulo apresenta em Romanos 5:1-4 um mapa
do que podemos chamar de “CAMINHO DA ESPERANÇA”:
“Agora que fomos aceitos por Deus pela nossa fé nele, temos paz
com ele por meio do nosso Senhor Jesus Cristo. Foi Cristo quem nos deu,
por meio da nossa fé, esta vida na graça de Deus. E agora continuamos firmes
nessa graça e nos alegramos na esperança de participar da glória de Deus. E
também nos alegramos nos sofrimentos, pois sabemos que os sofrimentos produzem
a paciência, a paciência traz a aprovação de Deus, e essa aprovação cria a
esperança. Essa esperança não nos deixa decepcionados, pois Deus derramou o seu
amor no nosso coração, por meio do Espírito Santo, que ele nos deu”.
Para que o Cristão tenha uma esperança viva e a prova de decepções, a mesma
deve ser cultivada em um coração cheio de amor e aprovado por Deus. Essa
aprovação se dá mediante a paciência que demonstramos em meio aos sofrimentos.
Em seu texto “O Casulo”, nosso Pr. Wilson Gomes faz uma analogia entre o
processo metamórfico da lagarta para borboleta e do crescimento espiritual
que pode ser obtido das mais traumáticas experiências, e conclui: A dor é
uma professora excelente, o sofrimento é disciplinador e as intempéries da vida
são a academia da alma. No casulo, nos fortalecemos para enfrentar o mundo, e o
conhecimento adquirido nesta escola é eterno e imutável.
No livro de Eclesiastes, o sábio rei Salomão esta revisitando seus antigos provérbios e elabora alguns conceitos bem interessantes sobre as adversidades da vida. Um dos mais peculiares é sua preferência por “velórios” a “festas”, pois o luto favorece a introspecção e o autoconhecimento, enquanto as celebrações podem nos dar uma utópica versão da realidade (Eclesiastes 7:2). Em outras palavras, boas experiências podem ser retiradas das piores situações. Paulo vai muito além e ensina que nosso sofrimento deve nos trazer alegria. Fechar este ciclo, e passar pelas tribulações com um sorriso nos lábios e esperança latente no coração e a prova cabal de nossa fé, que retumba vigorosa em meio aos cenários mais adversos, nos dando a certeza absoluta que Deus tem total controle de nossas vidas e navega ao nosso lado contra as correntezas do mais arredio mar. Vivenciar esta verdade é experimentar da mais absoluta e genuína “paz”.
No livro de Eclesiastes, o sábio rei Salomão esta revisitando seus antigos provérbios e elabora alguns conceitos bem interessantes sobre as adversidades da vida. Um dos mais peculiares é sua preferência por “velórios” a “festas”, pois o luto favorece a introspecção e o autoconhecimento, enquanto as celebrações podem nos dar uma utópica versão da realidade (Eclesiastes 7:2). Em outras palavras, boas experiências podem ser retiradas das piores situações. Paulo vai muito além e ensina que nosso sofrimento deve nos trazer alegria. Fechar este ciclo, e passar pelas tribulações com um sorriso nos lábios e esperança latente no coração e a prova cabal de nossa fé, que retumba vigorosa em meio aos cenários mais adversos, nos dando a certeza absoluta que Deus tem total controle de nossas vidas e navega ao nosso lado contra as correntezas do mais arredio mar. Vivenciar esta verdade é experimentar da mais absoluta e genuína “paz”.
Lições práticas
A primeira seção do fruto do Espírito
conta com três características (amor, gozo e paz) que garantem ao indivíduo o
desfrutar de uma vida equilibrada, pois permitem uma condição de tranquilidade,
onde os sentimentos estão protegidos pela ação do Espírito Santo. Ao ter a
oportunidade de experimentar o amor de Deus e desenvolvê-lo em
relação ao próximo, o indivíduo passa a viver pleno de gozo, isto é, alegre por
poder simplesmente ter a alegria de desfrutar das coisas boas da vida. O amor
aliado à alegria produzirá um sentimento de imensa paz interior, que só tem
aquele que desfruta da certeza de uma vida eterna com Deus (João 14:1-2). Ao
desfrutar deste intenso sentimento de prazer produzido pela paz interior, o
indivíduo passa a ter condições de rejeitar os apelos midiáticos impostos pelos
meios tecnológicos. Enfatize para os alunos que, mesmo em momentos de angústia,
o cristão encontrará socorro naquele que sempre está ao seu lado em todos os
momentos (Salmo 46:1).
Todos os dias somos atacados com
informações. Muitas vezes não são nem de origens confiáveis, São notícias que
ferem os nossos princípios religiosos, morais e espirituais (Mateus 18:7).
Parece existir uma ação orquestrada pelo inimigo visando desestabilizar a
todos, mas nenhuma arma forjada contra o povo de Deus prosperará (Isaías 54:17a).
Nenhuma notícia ou evento fictício irá tirar o servo do Senhor do centro de
suas faculdades mentais, pois Deus garante uma paz que finaliza toda tentativa
projetada pelo diabo. O inimigo de nossas almas não desiste de tentar destruir
a tranquilidade da humanidade. Para desespero do inimigo de nossas almas,
existe no mundo um povo que foi escolhido por Deus para provar que ainda que
Satanás viva se utilizando de todos os meios para influenciar a sociedade ele
não conseguirá dominar a Igreja do Senhor, que permanecerá pregando a Palavra
da verdade provando que se pode, sim, viver uma vida em paz, mesmo em um mundo
inundado pelo mal (I João 5:19).
Através de uma atitude inadvertida.
Adão se deixou levar pelo apelo de Eva e, não medindo consequências, tomou
parte do pecado proposto por ela. Este ato levou toda criação ao sofrimento (Romanos
8:22). Ainda assim, o Criador providenciou um meio para que o homem pudesse ter
resgatada a paz vivida pelos dois no jardim do Éden. Em Jesus Cristo podemos
vivenciar o mesmo sentimento de paz que Adão experimentou no paraíso (João 14:27).
Assim como o diabo conseguiu fazer com que Eva fosse usada como seu instrumento
para operar a queda de Adão, hoje ele tem se utilizado dos meios de comunicação
e da tecnologia para desviar o homem de sua comunhão com o Criador (I Coríntios
1:9). É preciso que a Igreja de Cristo esteja atenta para identificar até onde
o uso da tecnologia não é prejudicial e não visa abalar a paz do indivíduo com
notícias devastadoras.
Conclusão
O Fruto Espiritual é uma prova eficaz que
estamos progredindo em nosso processo de santificação, tornando nossa
maturidade espiritual perceptível. Este fruto só será completo se for
constituído de amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé,
mansidão e temperanças. Para aprender ainda mais sofre o Fruto do
Espírito, e a frutificação espiritual na era da pós modernidade, participe
neste domingo, 15 de maio de 2016, de nossa EBD.
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