Material Didático
Revista Jovens e Adultos nº 99
- Editora Betel
Fruto do Espírito - Lição 06
Comentarista: Pr. Israel Maia
Comentários Adicionais
Pb. Miquéias Daniel Gomes
Pb. Bene Wanderley
Texto Áureo
Neemias 8:10
Disse-lhes
mais: Ide, comei as gorduras, e bebei as doçuras, e enviai porções aos que não
têm nada preparado para si; porque esse dia é consagrado ao nosso Senhor.
Portanto, não vos entristeçais, porque a alegria do Senhor é a vossa força.
Verdade Aplicada
Quem tem a
Cristo, mesmo em moimentos difíceis, experimenta a alegria do Espírito Santo.
Textos de Referência
Salmos 32:11
Alegrai-vos
no Senhor e regozijai-vos, vós, os justos; e cantai alegremente todos vós que
sois retos de coração.
João 15:10-11
Se
guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, do mesmo modo que eu
tenho guardado os mandamentos de meu Pai e permaneço no seu amor. Tenho-vos
dito isso para que o meu gozo permaneça em vós, e o vosso gozo seja completo.
Filipenses 4:4
Regozijai-vos,
sempre, no Senhor; outra vez digo: regozijai-vos.
O novo nascimento
Comentário Adicional:
Pb. Miquéias Daniel Gomes
Nenhum trecho da Bíblia
apresenta um contraste mais nítido entre o modo de vida do homem cheio do
Espírito Santo e de outro controlado pela natureza humana pecaminosa, do que o
texto de Gálatas 5:16-25 - Digo, porém: Andai em Espírito, e não
cumprireis a concupiscência da carne. Porque a carne cobiça contra o Espírito, e
o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o
que quereis. Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da
lei. Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério,
fornicação, impureza, lascívia, Idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias,
emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices,
glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como
já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de
Deus. Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade,
bondade, fé, mansidão, temperança. Contra estas coisas não há lei. E os que são de Cristo crucificaram a carne
com as suas paixões e concupiscências. Se vivemos em Espírito, andemos também
em Espírito (Gálatas 5:16-25).
Nestes versos, escritos por Paulo para a igreja da Galacia, o apóstolo não
somente examina as diferenças gerais do modo de vida destes dois tipos de
homens ao enfatizar que a carne e o espírito estão em conflito, como também
inclui uma lista com as obras e frutos produzidos a partir da inclinação para
um dos lados. As obras da carne (do grego – SARX) são oriundas de uma natureza
pecaminosa com seus desejos corruptos, que infelizmente continuam no cristão
mesmo após sua conversão, tornando-se o arqui-inimigo de seu espírito (Romanos
8:6-13). Aqueles que se deixam controlar por tais impulsos carnais não poderão
entrar no Reino de Deus. Exatamente por
este motivo, tal natureza carnal precisa ser resistida e mortificada, o que só
será possível, mediante uma intensa batalha espiritual que o crente trava contra
seus próprios instintos pela força do Espírito Santo.
Quando Nicodemos foi ter
com Jesus, buscando respostas para suas dúvidas espirituais, Jesus lhe afirmou
que não se pode entrar no Reino de Deus sem que antes experimente um novo
nascimento (João 3:1-4). Apesar de sua grande sabedoria, aquele homem ficou
pasmo diante da tal afirmação, não entendendo como um homem velho poderia
retornar para o ventre de sua mãe e reiniciar a vida. Jesus então lhe revelou
que o ingresso no Reino dos Céus está condicionado a uma transformação
espiritual e a uma mudança radical de comportamento e hábitos. É preciso nascer
da Água e do Espírito. Neste contexto, ambos os “nascimentos” mencionados estão
intrinsecamente ligados, paralelos um ao outro, complementos de uma mesma ação.
Em Ezequiel 36:25, quando Deus propõem a Israel uma Nova Aliança, menciona dois
elementos vitais para uma relação profícua entre Deus e Homem, que são
exatamente a “Água” e o “Espírito”: Então, aspergirei água
pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias e de
todos os vossos ídolos vos purificarei. - “E vos darei um coração novo e porei
dentro de vós um espírito novo; e tirarei o coração de pedra da vossa carne e
vos darei um coração de carne. E porei dentro de vós o meu Espírito e
farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e os
observeis.”
Assim, o nascimento da
água pode ser entendido como um processo de purificação, onde o homem, através
de sua fé em Cristo, é limpo de todo seu pecado e lavado pelo Sangue de Cristo,
símbolo máximo da Aliança Neo Testamentária (I Coríntios 11:25) . Já o nascer
do Espírito remete a uma mudança completa na forma de pensar e agir, quando o
velho homem é crucificado com Cristo, amortizando assim a vontade da carne e
dando vazão ao espírito que desde o princípio clama por Deus. Esta transformação
leva a um indivíduo a um novo estado de prioridades, onde elementos terrenos,
antes causadores de tristezas e frustrações permanentes, são renegados a um
status de inferioridade, sendo nossa mente ocupada por temas “eternais”. E se
esperamos em Deus e no seu Reino, vivemos em graça e esperança, acalentados
pelas promessas fieis de nosso Deus. Mas Jesus não nos prometeu uma vida cor-de-rosa, livre de tribulações e afrontas. Pelo contrário, nos enviou como
“ovelhas para o meio de lobos” (Mateus 10:26). Porém, a beleza do Evangelho é
exatamente transformar o mal em bem, a dor em regozijo, a tristeza em alegria,
a perseguição em honra, o perigo em galardão, a lágrima em sorriso, o agora na
eternidade. Quem produz Frutos Espirituais em abundância, encontra motivos para ser feliz mesmo nos dias mais tristes e cinzentos, pois a fonte de sua felicidade
não é deste mundo. Ela provem de Deus, Pai das Luzes, em quem não há sombra de
dúvidas ou variação (Tiago 1:6)
Um Sentimento Maravilhoso
A
alegria produzida pelo amadurecimento do fruto do Espírito Santo é algo
inigualável. Não existe nenhum sentimento humano que possa ser comparado a ela.
Dando sequência em sua apresentação acerca do fruto do Espírito, Paulo nos
mostra que, quando desfrutamos da característica do fruto, representada no
grego pela palavra “xapá” = [“chara”], ou seja, gozo, passamos a sentir uma
maravilhosa sensação de alegria e felicidade por todas as coisas que recebemos
de Deus pela Sua infinita graça (Efésios 2:8-9). A alegria do servo de Deus não
pode estar atrelada as coisas passageiras, programas de televisão e as
informações midiáticas que só tentam nos afastar do verdadeiro propósito do
Senhor para nossas vidas. O intento do Criador é nos apresentar uma alegria
constante e permanente, que só conhece aquele que desenvolve esta
característica do Fruto do Espírito (Atos 13:52). Na contramão deste propósito,
temos hoje o uso da tecnologia de forma exagerada, tentando nos levar a uma
dependência completa dos meios de comunicação. Ser dependente de estímulos
externos nos impede de produzir o amadurecimento do fruto do Espírito, pois,
para que o amadurecimento ocorra, devemos fazer uso de estímulos internos. Toda
mudança produzida no homem pela ação do Espírito de Deus começa de dentro para
fora (Salmo 30:11). Sendo assim, o servo de Deus não tem motivos para buscar alegria
através de coisas produzidas por homens. Aquele que recebe a Jesus Cristo,
recebe também o fruto do Espírito Santo. Logo, se existe a presença do fruto do
Espírito, cabe ao indivíduo desenvolver o seu amadurecimento. Com o
amadurecimento do fruto vem também a produção da alegria.
Quando
o homem passa a viver uma vida dependente dos meios de comunicação e da
tecnologia, ele começa a se afastar da comunhão que desfrutava com o criador
através da oração e da leitura sistemática da Palavra de Deus (Colossenses 4:2).
Tal perda de comunhão irá sufocar no indivíduo o sentimento de alegria
provocado pela ação do Espírito Santo. A presença do Espírito Santo deve ser
constante na vida daquele que busca desenvolver o fruto do Espírito. Muitos têm
se deixado levar por momentos de alegria passageira em detrimento de uma
alegria duradoura e que nos é dada para ser definitiva. O gozo produzido pelo
amadurecimento do fruto do Espírito Santo permanecerá em nós por toda
eternidade. O texto de Lucas 10:17-19 nos mostra o quanto os discípulos de
Cristo estavam alegres por verem os demônios sendo subjugados pelo poder do
nome de Jesus. Mas, ao ver tamanha alegria de Seus discípulos, o Mestre revela
que aquilo que eles estavam vendo não era motivo para tanto, pois haveriam de
se alegrar por terem eles o seu nome escrito no céu (Lucas 10:20). A alegria
proposta por Jesus deve habitar em nossos corações pela certeza da nossa
salvação (Salmos 51:12). O gozo produzido pelo fruto estará presente em nós por
toda eternidade.
A
principal característica humana que nos difere dos outros animais é o raciocínio.
O homem foi dotado por Deus de entendimento para que pudesse adorar ao Criador
de forma racional (Romanos 12:2). A razão humana capacita o homem a glorificar
a Deus e receber dEle aquilo que for necessário para uma vida plena. Enquanto o
homem sem Deus sofre com muitas dores, o servo fiel vive cercado pelas
misericórdias do Senhor (Salmo 32:10). Tais misericórdias proporcionarão ao
justo uma vida de gozo, isto é, alegria e louvores perpétuos ao Todo Poderoso
(Salmo 32:11). Louvar a Deus é reconhecer de coração as bênçãos que recebemos
através de Sua infinita bondade. Logo, ser alegre é uma característica de todo
aquele que vive uma vida em Cristo. Mesmo que o servo fiel não esteja vivendo
em condições ideais isto não pode afastar a alegria do Espírito de sua vida. Em
um dos momentos mais difíceis vividos pelo apóstolo Paulo, ele encontrou forças
para exortar os crentes alegrarem-se sempre no Senhor (Filipenses 4:4). Ao
escrever aos Filipenses, Paulo estava aprisionado em condições sub-humanas, mas
nem assim perdeu a graça de Deus que o fazia feliz em Cristo. Lembrar-se sempre
das bênçãos recebidas do Senhor irá nos alegrar e fazer com que não valorizemos
as perdas sofridas por Cristo (Filipenses 3:8).
O Evangelho da Alegria
Comentário Adicional:
Pb. Miquéias Daniel Gomes
O "Gozo", mais conhecido em
nossos dias como “Alegria”, é o profundo regozijo do coração, o verdadeiro gosto
de viver e o legítimo amor à vida. É este aspecto do fruto espiritual que nos
leva a sentir uma profunda “Satisfação no Senhor” independente das
circunstâncias vividas. Ele não impede que tenhamos momentos de tristeza ou
frustração, mas nos capacita a passar por eles com nossa devoção intacta e
nosso desejo de adorar inalterável. Sua
fonte está na Graça de Deus, que é perfeita e infinita. Logo, o cristão que atravessa uma noite de tristeza, terá
logo pela manhã, motivos de sobra para sorrir; e aquele que ora em gemidos e
lágrimas, pouco depois já esta a celebrar com cânticos de júbilo (Salmo 30:5). Sabemos
que a vida cristã implica em muitas provações (João 16:8) e inúmeros perigos
(Mateus 10:16), mas mesmo nas piores condições
podemos experimentar dessa imensa alegria que a presença do Senhor Jesus
nos proporciona, afinal, nada e ninguém poderá tira-la de nós (João 16:22) .
Esta alegria, não se trata de um mero sentimento, e nem é reflexo de um momento
de descontração; mas sim uma característica inerente do homem que se entrega a
Deus, pois uma vez feita esta escolha, somos “ungidos” com o “óleo da alegria”
(Salmos 45:7). Um bom exemplo deste
comportamento é Davi.
Ele estava em um dos
piores momentos de sua vida, havia perdido seu mentor espiritual (Samuel),
estava muito longe de casa, as circunstâncias tinham afastado seus amigos. Perseguido
pelo exército de Israel, foi encurralado numa caverna escura e úmida de Adulão.
Motivos de sobra para chorar, se lamentar e se entregar ao desespero. Mas não
são estes sentimentos que encontramos em sua mais conhecida composição deste
período, o Salmo 23 – “O Senhor é meu pastor e nada me faltará. Deitar-me faz
em verdes pastos, guia-me mansamente as águas tranquilas... Ainda que eu
andasse pelo vale da sombra e da morte eu não teria medo, pois sua vara e teu
cajado me consolam." No original grego,
a palavra “EVANGELHO” significa literalmente “Boa Notícia” ou “Boas Novas”.
Porém, mais do que trazer alegria e esperança, esta “novidade” vinda diretamente
dos céus, traz para a vida do ser humano uma verdadeira “transformação”. Não
uma mudança superficial ou uma mera adaptação a um estilo religioso de vida,
mas sim uma guinada de 180º que começa no interior do coração humano e se
expande progressivamente por sua alma, espírito e corpo, até levar o indivíduo
ao padrão de homem perfeito, estabelecido e personificado em Cristo.
Esta transformação começa
pela liberdade de todas as amarras que nos prendem ao passado pecaminoso ou
então ao legalismo que nos veste com trajes de religiosidade enquanto
nossas intenções estão distantes dos desígnios de Deus. E esta liberdade nasce
do conhecimento – “Conhecereis a VERDADE e a VERDADE vós libertara” (João
8:32). Jesus é esta verdade libertadora,
e, portanto, é inadmissível que o cristão continue amarrado em traumas e
pendências pretéritas, sofrimentos diários e tristezas continuas. Quando o
homem tem um encontro real com o Salvador, uma mudança genuína acontece, pois o
sangue de Cristo suplanta toda maldição e o amor que abunda na cruz, lança fora
todo o medo. Jesus é poderoso o suficiente para arrebentar cordas e destruir
grilhões e fará isso na vida de qualquer pessoa que realmente o receba como o
Messias. Ele apaga nosso passado e nos orienta rumo a um futuro glorioso. Em vez de lamento,
louvor... Ao invés de desespero, esperança... Que os versos compostos por Davi em Adulão sejam nossas palavras
nas horas mais tristes da vida... E que o mesmo sentimento do poeta nos acompanhe dentro
das cavernas escuras, para onde um dia, inevitavelmente teremos que correr.
Alegrando-se em tempos
difíceis
Viver
neste mundo não é nada fácil. A cada dia fica mais claro que estamos próximos
da vinda de Jesus (Apocalipse 22:20), porém sabemos que enquanto isto não
ocorre teremos que ser sustentados pelo poder do Espírito Santo, que nos
permite viver alegres em meio às tribulações. O amadurecimento do fruto do
Espírito Santo tem a incrível capacidade de modificar a situação do homem. Por
pior que seja o momento pelo qual o indivíduo está passando, a alegria se fará
presente pelo simples fato do agir de Deus (Salmo 30:11). Para Deus, não há mal
que Ele não possa debelar (Isaías 65:19). Quando tudo parecer perdido, ore,
porque a oração funciona como adubo para o amadurecimento do fruto do Espírito.
A cada dia recebemos através da mídia notícias que nos entristecem por vermos a
queda moral da raça humana. O mundo vive uma falsa alegria, mas, para os
salvos, Jesus Cristo prometeu que converteria a tristeza em alegria (João 16:20).
Enquanto o mundo vive uma falsa alegria sem saber o que há de lhe acontecer no
futuro, o homem justo e fiel a Deus vive uma alegria interior verdadeira, que lhe
garante uma bênção futura (Mateus 5:12a).
O gozo
e a alegria que o mundo espera viver estão baseados em prazeres da carne (Romanos
8:8). Tais prazeres são efêmeros, pois não podem ser experimentados na
eternidade. A alegria de poder viajar, morar em locais privilegiados, se
alimentar de comidas finas certamente não irá nos acompanhar em nossa vida
futura. Essa alegria experimentada em nosso corpo físico cessará com a
desintegração deste corpo. Entretanto, o gozo do Espírito pode ser
experimentado tanto neste corpo quanto no vindouro. Fica claro então para nós
qual deve ser o gozo que devemos escolher experimentar. O texto de Isaías 9:3
nos mostra como podemos nos alegrar por coisas materiais, não estando impedidos
de nos alegrar na presença do nosso Deus em espírito. Se nos deixarmos levar
por tudo que nos é proposto pelos canais de comunicação, ficaremos à mercê de
tudo que o inimigo espera que valorizemos. Em sua carta aos Colossenses, Paulo
nos adverte que devemos valorizar as coisas que são terrenas (Colossenses 3:1-2).
O gozo produzido pelo amadurecimento do Fruto do Espírito nos é entregue pelo
Senhor, logo devemos fortalecer nossos sentimentos e desejos em Jesus Cristo, o
autor e consumador da nossa fé (Hebreus 12:2), pois, assim como, com alegria,
Ele suportou a morte na cruz, nós também experimentaremos com gozo a vida
eterna com Ele.
O
livro de Atos dos Apóstolos nos mostra que em diversos momentos a Igreja do
Senhor sofreu perseguição sem, contudo, perder a alegria gerada pela ação do
Espírito Santo (Atos 2:46). Entretanto, em uma passagem mais que especial, Lucas nos conta acerca da Prisão de Paulo e
Silas. No capítulo 16 deste livro, vemos que os servos de Deus deveriam ter
todos os motivos para sentirem-se perdedores, porém a alegria sentida por eles
era tão imensa que os mesmos cantavam sem parar, até que o Senhor os libertou
com um terremoto. Podemos perceber que Deus se alegra quando damos o testemunho
de louvor. O testemunho de louvor é uma prova íntima de alegria produzida no
fruto do Espírito. Mesmo vivendo uma situação de aparente derrota o cristão
sempre será um vencedor e por este motivo sempre expressará o gozo do Espírito.
O posicionamento de Paulo e Silas naquele momento, que parecia ser o fim,
impactou o carcereiro, que não se conteve em desejar experimentar o motivo da
tamanha alegria expressada pelos servos do Senhor. A certeza da salvação produz
no indivíduo um gozo indescritível que só percebe quem recebe o Fruto do
Espírito (Atos 16:30-31). Os momentos ruins podem até ser comuns em nossas
vidas, mas o gozo do Fruto do Espírito Santo certamente nos ajudará a
superá-los.
Fonte de Águas Vivas
O que poderia dar mais
alegria para um cristão do que ganhar o mundo inteiro com sua pregação? Mesmo que fosse possível essa proeza, ela não seria
uma garantia de salvação da nossa alma, pois tal seguridade só existe no fato de
permanecermos firmes em Cristo Jesus, nosso Senhor. Esta condição certamente irá
nos garantir a alegria eternal, proveniente do amadurecimento do Fruto do
Espírito Santo em nós. Em detrimento das obras da carne, que leva o homem a um
estado de fracasso total; o Fruto do Espírito Santo na vida do homem vem em
direção contrária, produzindo vida em abundância naquele que se achega à Deus.
O fato de vermos tantos crentes abatidos, caídos, desanimado, descrentes do
poder de Deus, sufocados, infrutíferos, sem graça, cegos, mancos espirituais,
verdadeiros mendigos, que se alojam em nossos templos, é que essas pessoas
ainda não buscaram na fonte certa, não entenderam que existe somente um
manancial de águas vivas, que é Jesus Cristo. Então, vivem como a mulher
samaritana, bebendo de uma água sem vida, desorientada, cega na religião de
seus pais; achando que o mundo girava em torno do monte, até que; Jesus se
apresentou para aquela mulher como a verdadeira fonte de onde ela certamente
poderia beber e nunca mais ter sede (João 4).
Aquela mulher não
entendia nada sobre a vida eterna, pois ela mesma não tinha a vida, e Jesus (a
vida em vida) chegou até ela e lhe mostrou que aquilo que ela julgava ser vida,
na verdade era morte, pois o pecado é morte, é separação de Deus, o dono da
vida. E uma vez que o homem não tem a vida que é Cristo ele vive num estado de
morte. Infelizmente, hoje temos muita gente dentro de nossas igrejas, tal qual
aquela mulher. Estão com a boca da fonte, mas preferem viver com sede!
É um absurdo ver como
essa geração vive tão cega e surda em relação as coisas de Deus. Oremos para que
Deus nos tome em cada tópico desta lição, que sejamos um farol a indicar o caminho para a fonte, pura e verdadeira, onde se pode tomar
dessa água e ter uma vida cheia do Espírito Santo. É hora de despertarmos do
sono, e buscar em Cristo Jesus o dom do Espírito Santo e o seu fruto precioso
fruto. Uma vez que tomarmos da água pura, nunca mais teremos sede. E a boa noticia
é que essa fonte é inesgotável. Então busquemos com fervor desenvolver o fruto
do Espírito. O gozo do Espírito Santo produz na vida do crente poder que o
capacitará a vencer todas as batalhas que se levantar durante a sua caminhada (Josué
1.3–9). Mergulhe na fonte,
sorriso no rosto e pé na estrada.
Lições Práticas
Estamos
vivendo dias em que toda sorte de notícias chega até nós de maneira inesperada.
A surpresa provocada por tais notícias são, em muitos casos, a causa de um
profundo sentimento de tristeza (João 16:33). Tanto nos momentos de grandes
provações como nos momentos em que somos pegos de surpresa com alguma má
notícia, é comum nos sentirmos abatidos. A aceleração da produção de alta
tecnologia tem nos colocado cada vez mais rápido em contato com os
acontecimentos, produzindo em muitos um terrível sentimento de tristeza, mas o
nosso Senhor nos garante que em breve seremos presenteados com uma alegria que
ninguém poderá tirar de nós (João 16:22). Para todos os que esperam em Jesus
Cristo está garantida uma trajetória sem cansaço e desistência (Isaías 40:31). A
alegria produzida pelo amadurecimento do fruto do Espírito Santo supera todo
sentimento de tristeza produzido pelos apelos midiáticos e tecnológicos.
Existem
pelo menos duas coisas que devem garantir a alegria que provem do
amadurecimento do Fruto do Espírito Santo. Primeiro, a certeza que teremos o
nome escrito nos céus (Lucas 10:20). Segundo a prova de uma comunhão íntima com
o Criador. Quando desfrutamos desta comunhão, passamos a sentir uma alegria
intensa, pois sabemos que estamos vivendo uma vida onde depender de Deus é
certeza de que alcançaremos a nossa vitória (Filipenses 4:13). Depender de Deus
nos torna forte e tira de nós a tristeza promovida pelas incertezas acerca do
futuro, plantadas pela mídia para desestabilizar a sociedade. Nem tudo e
veiculado pela mídia tem por interesse desestabilizar a sociedade. Entretanto,
existem algumas notícias que nos deixam preocupados com o que está acontecendo
à nossa volta, mas para o cristão, tais notícias não devem incomodar. Ser
cristão é poder experimentar as bênçãos de Deus sem estar preocupado com as
circunstâncias que hão de vir (Mateus 6:25-34).
Se
permanecermos em Jesus Cristo, veremos a manifestação do Seu amor por nós e
experimentaremos a Sua alegria em nós. Quando experimentamos esta alegria,
temos a garantia de que em nós haverá abundância de alegria, produzindo em nós
uma alegria completa (João 15.10-11). Esta alegria completa não permite que
nada que nos seja apresentado possa nos tirar do foco de estar em Cristo. Não é
fácil ficar firme em meio aos terríveis acontecimentos que rodeiam a Terra, mas
é possível permanecer firme naquilo que nos prometeu o Senhor (Hebreus 10:23). Ganhar
o mundo inteiro possivelmente não é garantia da salvação de nossa alma, mas
permanecer firme em Nosso Senhor Jesus Cristo certamente irá nos garantir a
alegria, proveniente do amadurecimento do Fruto do Espírito Santo.
Conclusão
O gozo
produzido pelo amadurecimento do fruto do Espírito Santo nos garantirá mais
momentos de felicidade do que possa tentar nos entristecer Satanás, através de
notícias e informações apelativas. Sigamos firmes, não olhando nem para a
direita nem para a esquerda (Tiago 1:2).
O
Fruto Espiritual é uma prova eficaz que estamos progredindo em
nosso processo de santificação, tornando nossa maturidade espiritual
perceptível. Este fruto
só será completo se for constituído de amor, alegria, paz, longanimidade,
benignidade, bondade, fé, mansidão e temperanças. Para aprender ainda mais
sofre o Fruto do Espírito, e a frutificação espiritual na era da pós
modernidade, participe neste domingo, 08
de maio de 2016, de nossa EBD.
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