domingo, 28 de dezembro de 2014

Um modelo para nossos filhos

Autor
Pr. Wilson Gomes
As vezes, a vontade de Deus na nossa vida não parece ser no momento, o melhor para nós.  Entretanto, é preciso ser obediente. Para cumprir a ordem de Deus, temos que abrir mão de conceitos, renunciar coisas que gostamos e rever o que planejamos.  Por exemplo: Numa época onde o Egito era a terra das oportunidades, e o lugar perfeito para se criar os filhos, a ordem controversa dada por Deus a Isaque foi exatamente esta: Não desçais ao Egito: Habita na terra que eu te disser.

Mais do que uma ordem, esta sentença era um teste para o patriarca Isaque. Viver na comodidade da estagnação nas fartas planícies do Egito ou ser um peregrino de Deus pela terra? Isaque nunca teve a oportunidade que temos hoje de ler o texto de I Pedro 1:17, onde diz que somos peregrinos e forasteiros aqui neste mundo. Mas sobre ele havia um juramento, do qual não estava propenso a abrir mão: " Eu serei contigo e te abençoarei como prometi ao seu pai Abraão”. Isaque poderia abrir mão de qualquer coisa. Menos da presença de Deus na vida de sua família, e embora no momento o Egito proporcionasse expectativas de sucesso aos seus rebentos, lá na terra dos Faraós, seus filhos seriam privados da promessa de Deus, já que as mesmas estavam atreladas a obediência.

Quantos pais são egoístas e não pensam nas promessas para seus filhos. Não plantam para o futuro. Querem honrar cargos, buscam reverência instantânea e esquecem que estamos semeando para a posteridade. Questionamos publicamente a Deus pelo que não recebemos e com isso matamos a fé de nossos filhos, pois veem seus pais como figuras murmuradoras e críticas que estão estacionados na fé, decepcionadas com Deus, com a igreja e com os irmãos.

Seguindo esse exemplo deturpado, eles têm seu caráter moldado num clima de frieza espiritual. Crescem almejando ter idade para abandonar a igreja (a mesma igreja que segundo seus pais “não possui mais a presença de Deus”). O irônico (embora trágico) é que depois esses mesmos pais choram amargamente, pedindo  para Jesus trazer seus filhos de volta para a igreja. A mesma igreja da qual tanto mal disseram

Agora pense comigo. E se ao invés de murmuração e palavras ofensivas, nossos filhos nos ouvissem fazendo orações de agradecimentos? E se ao invés de picuinhas e falatórios eles nos vissem lendo a Bíblia, falando em línguas com lágrimas nos olhos e sendo gratos pelo que temos... O problema é que só choramos quando eles se perdem. Mas infelizmente, aí já pode ser um pouco tarde. (Se eles vissem um altar de adoração em casa talvez isso não acontecesse). Provérbios 22:6 diz que nossos filhos se lembraram do caminho em decorrência do ensinamento ministrado pelos pais. Então a questão de grande relevância é: O que temos ensinado?

Mude sua forma de enxergar a igreja, e quando digo igreja me refiro no âmbito “Reino de Deus”. O tempo passa, pessoas mudam, estações se renovam, conceitos caem, costumes são esquecidos... Mas o Reino persiste eternamente. O caráter de Isaque foi forjado na obediência de seu pai. Ele não nasceu em casa de alvenaria, mas sim em tenda, numa nômade vida de obediente serviço a Deus e adoração por excelência, ambiente perfeito para a construção de uma fé convicta e avassaladora. Nosso lar é o agente formador do caráter e da estrutura espiritual de nossos filhos. Lares fortes, filhos fortes. Pais vacilantes, filhos fracos e sem determinação. Alguém já disse certa vez que o lar é a oficina aonde os filhos são construídos. Lares abençoados fabricam filhos abençoados.

O valor do sacrifício foi aprendido por Isaque ainda na adolescência, quando ele próprio era o inocente a ser oferecido em culto sacrificial que o seu pai quase levou as últimas consequências, só sendo detido pela intervenção do próprio Deus. Qual lição tiramos desta história? – Leve Deus a sério, submeta-se ao seu poderio. Ele sabe o que está fazendo! O escritor americano Max Lucado nos faz a seguinte pergunta: - Como a presença de Deus chega até nós?  E nós dá uma resposta surpreendente:   - Simples. Deus vem com suas próprias condições.  Abraão sabia disso. Sabia que Deus viria com suas próprias condições e que para ser feliz basta aceita-las.

Senhores pais, perdemos nossos filhos quando o que é santo torna-se trivial, o que é espiritual tornar-se monótono e o sagrado torna-se inferior. O meu conselho é: Não relaxe diante do que é sagrado... Pelo bem da posteridade.


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