Jhonatan Wilson Gomes
Em algum momento, já paramos para pensar na visão que as
pessoas ao nosso redor têm sobre nós.
Momento este de reflexão, em que
colocamos todas as nossas ações em uma balança, no intuito de descobrirmos dentro
de nós mesmos, o que está errado e o que está certo; o que é bom e o que é mau.
Porém, esta é uma tarefa nada fácil e, às vezes, podemos não obter sucesso
absoluto numa análise própria, pois, percebemos que, quando achamos que temos
todas as respostas para a vida, na verdade, as nossas ações estão mudando todas
as perguntas. Talvez, se necessite de um segundo olhar para entender o que
estamos compartilhando com as demais pessoas, mas, para tal análise é preciso
alguém que nos veja com um olhar límpido, com toda consciência e um leve
sorriso no canto da boca. Ninguém é o que parece ou o que aparece. No entanto,
o essencial de nós, há quem enxergue: um amigo, um irmão. Desejamos dizer às
pessoas que o amor existe e, que é satisfatório doar-se às amizades e às
pessoas.
Portanto, a quem doamo-nos? Quem são nossos amigos?
Existem um provérbio muito bonito, no livro apócrifo
“Eclesiástico”, que sintetiza bem es urgente carência:
“Amigo fiel é remédio que cura, e os que temem
ao Senhor o encontrarão. Quem teme ao Senhor tem amigos verdadeiros, pois tal e
qual ele é, assim será o seu amigo.”
Ter um amigo é uma daquelas chances que Deus traz de nada ser
tão perdido ou vago. É optarmos por risadas até quando outras pessoas tentarem
fazer-nos cheios de mágoas. Todos os momentos difíceis da vida ficam menos
piores com os conselhos e o apoio de um bom amigo. As sinceridades protegem das
ilusões e de abandonos. Assim, a amizade é
uma ancora em todas as tormentas. É uma maneira de não desistir da bondade das
pessoas, do encanto de quem mesmo indo, fica.
Ao lermos
o livro de I Samuel na Bíblia Sagrada, encantamo-nos ao ver que Jônatas e Davi
criaram uma aliança inabalável. Eles não fizeram promessas sentimentais; não trocaram
apenas alianças de amizades. A alma de Jônatas ligou-se à alma de Davi, e nós,
somos vinculados uns aos outros, segundo Colossenses 2:19, estamos unidos em
amor, em uma obra divina. Um elo incontestável!
Outra bela amizade, e uma das melhores descritas na Bíblia, é
aquela que existiu entre Rute e Noemi. [...] “Não me peça para que te deixes,
nem me peça para abandoná-la, porque aonde quer que tu fores, irei eu e, onde
quer que pousares á noite, ali pousarei eu, o teu povo é o meu povo, o teu Deus
é o meu Deus”. Neste versículo referido em Rute 1.16, percebemos que os
verdadeiros amigos gostam da companhia um do outro. Em nossos relacionamentos,
muitas vezes tentamos apossar-nos uns dos outros, e a amizade pode desaparecer,
quando não existe espaço nem para respirar. Deus sempre fez parte da amizade de
Noemi e Rute. Rute encontrou
Deus através de Noemi, quando sua amiga lhe permitiu ver, ouvir e sentir toda a
profundidade de seu relacionamento com Deus.
A amizade de Jesus e Lázaro era algo muito forte. Algo que
chegava incomodar muitas pessoas. Os dias passam o amigo de Jesus. Aquele que
cresceu, brincou, sorriu e chorou junto com Ele se adoece. Diante desta situação o coração de
Jesus começa a ser espremido dentro do peito, e Jesus pede que o levem até a
sepultura onde estava seu amigo. Chegando ao local e ao ver aquela cena, Jesus
chora. Em João 11.35, temos o menor versículo da bíblia, mas, o mais profundo
em intensidade sentimental
O Senhor
Jesus tinha outros amigos, eram eles os 12 discípulos, entre os doze tinham
três mais chegados, e um que era o mais chegado de todos, João, que se auto descreveu-se
como o que Cristo mais amava e, que Ele chegava a reclinar a cabeça em seu
peito. Até mesmo o próprio traidor, Judas Iscariotes, foi considerado um amigo
até o final. Jesus, o chama assim, mesmo no momento que sabia estar sendo
entregue à morte. [...] “Jesus
perguntou: “Amigo, que é que o traz?” Então os homens se aproximaram, agarraram
Jesus e o prenderam.” (Mateus
26.50)
Desde nossos primeiros dias de vida, recebemos influências
para fazermos amizades. Geralmente, os primeiros amigos são nossos parentes
próximos, como irmãos, primos, filhos de amigos de nossos pais. Algumas
amizades se iniciam na infância e duram até o final da vida, outras começam em
certo ponto da vida e duram pouco, outras são tão fortes que nos tornamos mais
chegados que irmãos. Amizades que se tornam verdadeiros laços de sangue e essas
são preservadas por anos a fio e, nada é capaz de separar. Ao depararmo-nos com
estas histórias de amizades acima explicitadas, devemos rogar a Deus para que Ele
conceda-nos a graça da Aliança inquebrável, como a de Jônatas e Davi. A
Lealdade de Rute e Noemi. A Verdadeira Amizade, como a de Jesus e Lázaro. Desta
forma, tornaremo-nos modelos irreparáveis, podendo, auto avaliarmo-nos como
feitores de boa justiça. Mas, além de tudo, devemos aceitar o convite que
Cristo faz para que tornemo-nos amigos íntimos d’Ele: [...] “Já não os chamo servos, porque o servo não
sabe o que o seu senhor faz. Em vez disso, eu os tenho chamado AMIGOS, porque tudo o que ouvi de meu
Pai eu lhes tornei conhecido.” (João 15.15)
Se,
conhecemos a Deus por intermédio de Cristo, devemos a cada dia mais ansiar o
fortalecimento desta amizade, dada entre homem e Rei; já que Ele é o único
caminho para que nos acheguemos ao Pai. Jesus é totalmente confiável, adverte
quando necessário, está em prontidão a todo o momento e nunca deixa de
amar-nos. Tudo o que esperamos de um melhor amigo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário